A prisão do advogado Maurício Dal Agnol, acusado de fraudar seus clientes, seria gancho de uma reportagem que fosse contar como foram enganados os acionistas minoritários da extinta Companhia Riograndense de Telecomunicações, criada por Leonel Brizola, vendida para a Brasil Telecom, no programa de privatizações do governo de Antônio Britto.
Chegaram a 80 mil as ações na Justiça (*), de minoritários reclamando seus direitos, que ficaram a descoberto na transferência do controle para a BR Telecom. Quem tinha telefone no Rio Grande do Sul tinha ações da CRT, que vinham embutidas na compra da linha.
Num certo período, entre 2002/2007, com base numa “jurisprudência pacificada”, muitos minoritários tiveram seus direitos reconhecidos e foram indenizados.
De repente, porém, houve uma decisão no STF que virou o jogo. “Inventaram um critério”, diz o advogado Mário Madureira, que participou de reuniões com centenas de colegas (inclusive Dal Agnol) que buscavam “unificar teses jurídicas” na defesa de seus clientes. Perderam.
“Ainda há processos em liquidação, que vão se arrastar por cinco ou seis anos”, diz Madureira. São processos da primeira fase, quando a “jurisprudência era pacifica”.
Depois, segundo advogado, “os poucos que ganharam ganharam quase nada. A Brasil Telecom foi favorecida”.
Nota do editor: Uma fonte nos diz que essa tungada nos minoritários da CRT foi que viabilizou a venda da Brasil Telecom para a OI.
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Caso Alstom: PF indicia dez pessoas em São Paulo
O jornal O Estado de S. Paulo de hoje traz reportagem com base em documentos da Polícia Federal, mostrando como funcionou o suposto esquema de pagamento de propina a integrantes do governo paulista e ao PSDB pelo grupo francês Alstom. Dez pessoas foram indiciadas no inquérito da PF. Entre elas, dois ex-secretários, dois diretores da estatal de energia EPTE (ex-Eletropaulo), consultores e executivos da Alstom.
O repórter Bruno Ribeiro Marcelo Godoy revela que autoridades suíças sequestraram 7,5 milhões de euros em uma conta conjunta no Banco Safdié em nome de Jorge Fagali Neto e de José Geraldo Villas Boas. Fagali é ex-secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo (1994, gestão de Luiz Antônio Fleury Filho), ex-diretor dos Correios (1997) e de projetos de ensino superior do Ministério da Educação (2000 a 2003), no segundo governo Fernando Henrique Cardoso. Villas Boas é dono de uma das offshores acusadas de lavar dinheiro do esquema.
O caso envolvendo a Alstom é semelhante ao do cartel metroferroviário denunciado pela Siemens, do qual a Alstom também faria parte. Fagali foi indiciado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão. Acusados de corrupção passiva, o ex-secretário de Energia e vereador Andréa Matarazzo (PSDB), o ex-presidente da EPTE Eduardo José Bernini e o ex-diretor financeiro da empresa Henrique Fingermann. Consultores e diretores da Alstom foram indiciados sob as acusações de formação de quadrilha, corrupção ativa, evasão e lavagem de dinheiro.
Segundo a reportagem apurou junto à PF, os beneficiários finais da corrupção eram “servidores públicos do governo no primeiro semestre de 1998”, na gestão de Mário Covas (PSDB). A investigação começou após a apreensão na Suíça de documentos com diretores da Alstom sobre subornos. No caso da EPTE, o esquema teria atuado na contratação, sem licitação, de um crédito de R$ 72,7 milhões no banco Société Générale, subscrita por Fingermann, seu diretor financeiro. Estáno inquérito: o dinheiro só foi liberado “porque o grupo Alstom (…) idealizou um esquema de pagamento de vantagens indevidas para funcionários públicos paulistas (…) pela aprovação da celebração do contrato de crédito com declaração de inexigibilidade de licitação”.
O dinheiro serviria para a compra de equipamentos para uma subestação de energia. Mas, quando foram entregues, o governo não havia nem licitado o prédio para abrigá-lo.
O dinheiro das propinas teria sido pago por meio de offshore no Uruguai. A PF destacou quatro: a MCA Uruguay, de Romeu Pinto Junior; a Taldos Ltd, de José Geraldo Villas Boas; a Splendore Y Associados Desenvolvimento Econômico, de Jean Marie Lannelongue, e a Andros Management Ltd, de Jean Pierre Charles Antoine Courtadon. Para justificar a saída do dinheiro, o esquema contrataria empresas de consultoria no Brasil. Entre elas, estariam a Ce-gelec Engenharia e a Acqua Lux Engenharia e Empreendimentos – esta última de um empresário ligado ao ex-secretário de Governo de Covas e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Robson Marinho.
Dono da MCA, Romeu Pinto Junior confessou à PF ter “servido de intermediário do pagamento de propinas a funcionários públicos paulistas a mando da Alstom e por meio da MCA”. A MCA usaria três contas bancárias no UBP Zurich, uma no Banco Audi em Luxemburgo e outra no Bank Audi em Nova York. O consultor teria recebido da Alstom R$ 40,1 milhões em 2000 e 2001 e de 2005 a 2007. Villas Boas teria recebido R$ 2,65 milhões da Alstom em 2000 e 2002 “sem justificativa plausível”. Ele teria feito grandes saques em espécie do dinheiro depositado pela Alstom. Parte foi enviada à Sanmoca Foundation, em Liechtenstein, e apareceu na conta bancária 230-566047, no Banco UBS, na Suíça. Ele alega inocência.
Promotores suíços descobrem propina no Brasil
O correspondedo Estadão em Genebra, Jamil Chade, relata que investigação na Suíça revelou pagamento de propinas no Brasil. Um caso explicitado em depoimento a que o Estado teve acesso foi o da Usina Hidroelétrica de Itá, em Santa Catarina, com contrato vencido pela Alstom. Outros 20 casos podem ter seguido o mesmo padrão. A informação faz parte do processo da Promotoria contra Oskar Holenweger, julgado por diversos crimes e chamado de “o banqueiro da Alstom”. Holenweger foi inocentado em 2011, depois de insistir que fazia pagamentos “em nome” da empresa.
Um dos casos mencionados pelos promotores suíços foi o envolvimento de uma empresa de consultoria com base no Panamá e conta nas Bahamas. Entre janeiro e outubro de 1999, a Janus Holding seria usada em três ocasiões para transferir mais de R$ 1 milhão para beneficiários do projeto em Itá. A usina entraria em funcionamento em 2001 e teria custado US$ 700 milhões. No consórcio que ganhou a licitação estava a Alstom.
A suspeita é de que a empresa de consultoria serviria para justificar a emissão de notas de contraltos falsos que, em seguida, eram alvo de pagamento pelos serviços. O contrato entre a Janus e a Hidroelétrica de Itá foi fechado no dia 5 de janeiro de 1999. Dez dias depois, o primeiro depósito, de US$ 350 milhões, foi feito. No total, mais de US$ 2 milhões podem ter sido usados para permitir a obtenção de contratos, em pelo menos 20 transferências a esquemas no Brasil.
Em 2011, o Estado revelou que, a partir da mesma acusação, a Promotoria suíça indicou que, no dia 28 de outubro de 1999, por exemplo, um valor de 41,5 mil teria servido como um aditivo para o projeto Gisel, com o beneficiário final sendo Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e chefe da Casa Civil do governador Mário Covas entre 1995 e 1997.
Outro beneficiário teria sido José Geraldo Villas Boas, que teria ficado com 1 milhão, de acordo com a acusação do Ministério Público suíço. Villas Boas foi presidente da Cesp nos anos 1980 e, segundo o Estado apurou, já teria indicado ao Ministério Público no Brasil que de fato prestava consultorias. Nos pagamentos ao Brasil, o nome Jean Marie Lannelongue também surge cada vez que Villas Boas ou Marinho recebiam dinheiro.
Alstom é condenada por corrupção nos EUA
O grupo francês Alstom acaba de ser condenado nos Estados Unidos, reporta Andrei Netto. A acusação é a mesma pela qual é investigado no Brasil: prática de corrupção de agentes públicos durante licitações.
A condenação foi na semana passada. De acordo com o Departamento de Justiça, Lawrence Hoskins, de 62 anos, ex-vice-presidente do grupo industrial Alstom para a Ásia, foi considerado culpado por violação da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior durante negociações para a venda de uma usina de carvão para a Indonésia. À época, a Alstom era cotada na bolsa de valores de Nova York, o que a tornava sujeita à legislação americana.
Hoskins foi o quarto executivo da empresa sentenciado pelo caso. No dia anterior à condenação de Hoskins, um outro executivo da empresa, Frédéric Pierucci, preso em abril em Nova York, já havia admitido a culpa durante audiência da Justiça americana. De acordo com a investigação, a empresa subornou pelo menos um deputado com US$ 300 mil e uma viagem a Paris, com o objetivo de obter vantagens no contrato, cujo valor chegava a US$ 212 milhões.
O grupo francês é apontado por ONGs anticorrupção como a empresa francesa mais visada no mundo em processos por subornos de agentes públicos em licitações internacionais. A empresa foi “indicada” ao “prêmio” de mais corrupta de 2013 pela Focus Association for Sustainable Development, uma ONG que classifica a prática de corrupção da empresa como “estratégia deliberada de negócios”.
Mais Médicos sob suspeita de sabotagem
O governo chamou a Polícia Federal para acompanhar o processo de inscrições no programa Mais Médicos, após receber denúncias de mobilização pelas redes sociais para sabotar o programa.
Das 18.450 inscrições no programa, 8.307 tinham números inválidos de registros nos conselhos regionais de medicina, mais de 45% do total. Os 3.511 municípios que se cadastraram demandam 15.460 médicos para trabalhar na atenção básica.
Do total dos médicos inscritos, 1.920 se declararam estrangeiros ou têm registro profissional de outros países. São pouco mais de 10% dos inscritos, de 61 países, com registros principalmente da Espanha, Argentina e Portugal.
Outros 1.270 inscritos são médicos residentes, já recebem bolsa federal, e terão de formalizar o desligamento de programas de especialização para homologar a participação no Mais Médicos. O ministério também alterou regras do programa.
O Conselho Nacional do Ministério Público promoverá audiência pública nesta segunda-feira (29) para discutir o Programa A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou na sexta-feira (26) a primeira defesa judicial da medida provisória que instituiu o Programa Mais Médicos
O ministro da Saúde, Alexandre Padillha, pediu que a Polícia Federal acompanhe o processo de inscrições no programa Mais Médicos Após receber denúncias de mobilização pelas redes sociais para sabotar o programa. Das 18.450 inscrições no programa, 8.307 tinham números inválidos de registros nos conselhos regionais de medicina, mais de 45% do total.
Padilha disse que pode haver erros de digitação e inscrição de recém-formados, ainda sem o registro atualizado nos CRMs, e deu o final de semana para que façam as correções nos cadastros. “A PF vai acompanhar todo o processo, a finalização da inscrição, a finalização da escolha de municípios para ter evidências do que de fato está acontecendo ou não”, informou o ministro.
Os 3.511 municípios que se cadastraram demandam 15.460 médicos para trabalhar na atenção básica.
Do total dos médicos inscritos, 1.920 se declararam estrangeiros ou têm registro profissional de outros países, totalizando 61 nações. São pouco mais de 10% dos inscritos, com registros principalmente da Espanha, Argentina e Portugal.
Outros 1.270 inscritos são médicos residentes, já recebem bolsa federal, e terão de formalizar o desligamento de programas de especialização para homologar a participação no Mais Médicos.
O ministério também alterou regras do programa e passou a exigir que os candidatos apresentem documento em que declarem que vão deixar vaga de residência médica ou do Provab (Programa de Valorização da Atenção Básica) para atuar no Mais Médicos. A declaração deve ser apresentada no ato da inscrição.
O Conselho Nacional do Ministério Público promoverá audiência pública nesta segunda-feira (29) para discutir o Programa Mais Médicos, questionado pelo menos cinco vezes na Justiça por entidades médicas e pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). Os pontos mais polêmicos são o acréscimo de dois anos de serviço no Sistema Único de Saúde aos estudantes de medicina e o incentivo para atuação de médicos estrangeiros no país.
A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou hoje na sexta-feira (26) a primeira defesa judicial da medida provisória que instituiu o Programa Mais Médicos, uma ação civil pública apresentada pelo Conselho Federal de Medicina dia 19.
Processo de avaliação
De acordo com a AGU, os intercambistas que chegarem ao país por meio do Mais Médicos só poderão atuar nas atividades do programa, e qualquer outra atribuição exigirá a revalidação do diploma. O órgão ainda informa que será feito “um intenso processo de avaliação” desses médicos pelas instituições de ensino superior participantes do projeto.
A AGU destaca que os intercambistas passarão por curso presencial de 120 horas assim que chegarem ao país, com aulas sobre aspectos legais do sistema de saúde brasileiro, funcionamento e atribuições do Sistema Único de Saúde, atenção básica em saúde e língua portuguesa. De acordo com a entidade, os médicos serão avaliados durante o período de acolhimento para certificar que têm conhecimento de língua portuguesa e de situações práticas médicas no Brasil.
A entidade também questiona o uso de ação civil pública na Justiça Federal de primeira instância para contestar o programa, defendendo o acionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de ação de inconstitucionalidade.
A AGU ainda argumenta que o CFM não tem legitimidade para questionar o programa na Justiça, atribuição que caberia aos conselhos regionais de Medicina.
Além desta ação, o Mais Médicos foi questionado na Justiça pelo menos quatro vezes.
No STF, tramitam dois mandados de segurança – um do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), e outro da Associação Médica Brasileira (AMB), que teve liminar rejeitada. A Justiça Federal também terá que analisar duas ações civis públicas.
Dos inscritos, 3.123 médicos entregaram os documentos necessários. Os 15.327 restantes ainda estão com pendências na inscrição. Os médicos brasileiros tem até a meia-noite de domingo (28) para finalizar o cadastro, corrigir inconsistências e concluir a entrega dos documentos. Os estrangeiros terão até 8 de agosto para entregar os documentos.
No dia 1° de agosto, será divulgada a relação de médicos com registro válido no Brasil e a indicação do município designado para cada profissional. Eles terão que homologar a participação e assinar um termo de compromisso até 3 de agosto.
Todos os profissionais serão avaliados e supervisionados por universidades federais. Na primeira etapa, 41 instituições, de todas as regiões do país, se inscreveram no programa.
O ministro informou que o segundo mês de adesão ao Mais Médicos terá início no dia 15 de agosto. As inscrições para médicos serão contínuas, ao contrário das inscrições para os municípios, que terminam no próximo mês.
Lançado em julho, por medida provisória, o Programa Mais Médicos tem como meta levar profissionais para atuar durante três anos na atenção básica à saúde em regiões pobres do Brasil, como na periferia das grandes cidades e em municípios do interior. Para isso, o Ministério da Saúde pagará bolsa de R$ 10 mil.
O programa também prevê a possibilidade de contratar profissionais estrangeiros para trabalhar nesses locais, caso as vagas não sejam totalmente preenchidas por brasileiros.
A medida tem sido criticada por entidades de classe, sobretudo, pelo fato de o programa não exigir a revalidação do diploma de médicos de outros países.
Acordo entre Tribunal e Policia Federal reforça combate à corrupção
Nesta sexta-feira, 6 de novembro, o procurador Geral do Ministério Público de Contas, Geraldo Costa Da Camino, e o superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul assinam um “Ato de Colaboração” que vai reforçar o combate à corrupção no Estado.
Haverá uma solenidade às 10h30min no gabinete do Procurador Geral, com a presença de represetantes do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público Estadual, do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público Federal.
Segundo Geraldo Da Camino, este é mais um passo para a integração de todos os órgãos de controle e fiscalização da administração pública no Estado. “A integração é um mantra, temos que persegui-la permanentemente, porque a corrupção é muito ágil e articulada e se não agirmos em conjunto não teremos eficiência no combate a ela”, disse o procurador geral.
A medida agora formalizada abre caminho para a atuação conjunta das duas instituições e dá continuidade a acordos que vem sendo feitos desde 2003, com o Ministério Público do Estado, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público junto ao TCU. “Unir esforços na defesa da ordem jurídica e no combate à corrupção” é o objetivo dessa integração.
Protógenes acredita no apoio da PF
Por Ana Lúcia Behenck Mohr
Protógenes Queiroz, delegado da Polícia Federal com 4 processos nas costas, esteve hoje na sede do Psol, onde concedeu uma entrevista coletiva. Mas ninguém quer saber o que Protógenes Queiroz tem a dizer. Em sua coletiva, só estavam presentes repórteres de dois veículos: Rádio Bandeirantes e nós, do Já.
Ontem à noite ele esteve palestrando em Lajeado e conclamou os “homens de bem” (que, para ele, são maioria) a “saírem de casa e assumirem o que lhes compete, assumindo um partido político, se candidatando”. Também tem denunciado a corrupção e o descumprimento da Constituição.
O delegado alegou novamente inocência nos 4 processos que estão em andamento contra a sua pessoa – um inquérito penal, dois processos administrativos por manifestações públicas e o mais recente de espionagem de autoridades . Disse que as acusações são “factoides que servem apenas para confundir”. Apontou uma inversão de papéis: “o investigador passa a investigado”.
Tudo isso, para ele, tem um “intuito de desqualificar um trabalho positivo” e proteger Daniel Dantas (o qual, conforme Protógenes, é “o PC que deu certo”). “Em toda a história da PF nunca se fez uma denúncia contra uma autoridade policial durante uma investigação”, afirmou. O delegado diz ter o apoio massivo de sua categoria: “99% da PF apoiou o trabalho de Protógenes”, assim mesmo, na terceira pessoa.
O delegado se juntou ao PSol em sua cruzada contra a corrupção, o descumprimento da Constituição Federal e o neoliberalismo. Foram nessa linha as falas de Roberto Robaina (presidente do PSol-RS), da deputada federal Luciana Genro e do vereador Pedro Ruas (Psol), que acompanharam a coletiva.
Robaina apontou uma confluência nas lutas contra a corrupção e em defesa do serviço público entre o Psol e Protógenes e reivindicou que o delegado seja aproveitado como policial federal. Mas, caso isso não ocorra, o sinal verde para que ele vá para o PSol já está dado.
Luciana destacou a ajuda de Protógenes nas recentes denúncias de corrupção no governo estadual (“Protógenes foi um amigo que nos ajudou, nos deu caminhos”). Pedro Ruas afirmou que ele colocou em pauta uma reflexão nacional sobre direito penal, sobre os chamados “crimes de colarinho branco”, que enseja a necessidade de um “aperfeiçoamento da superestrutura jurídica”.
No fim, o delegado assinou uma petição contra o afastamento da diretora de Qualidade da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul, Denise Zaions (o que ocorreu devido a um depoimento nas CPIs dos Pedágios, em 2007). Na ocasião, Zaions. economista concursada, afirmara que as concessionárias de pedágios no Rio Grande do Sul descumpriam contratos.
Depois o delegado teve que sair às pressas para pegar um voo – embora ainda tenha dado tempo de tomar um chimarrão e posar para fotografias com os parlamentares e militantes presentes.