Jornalistas e aspirantes marcham em defesa do diploma

Foto: Roberto Santos

Na véspera da votação do Recurso Extraordinário 511961, que definirá a obrigatoriedade ou não do diploma para o exercício de jornalismo, dezenas de profissionais e estudantes gaúchos caminharam da Praça da Matriz até a sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região como forma de protesto. Eles distribuíram panfletos com a edição extra do jornal Versão dos Jornalistas, produzido especialmente para a ocasião, e informaram a população sobre o caso.
Amanhã, a partir das 14h, será realizada uma vigília na Esquina Democrática. No local, será instalado um telão para que os jornalistas presentes e a população acompanhem a votação no STF. Se a desregulamentação for aprovada, qualquer pessoa poderá exercer a profissão de jornalista.

Esquerda se une e pede saída de Yeda

Por Paula Bianca Bianchi

O Dia Nacional de Lutas, ato planejado ainda durante o Fórum Social Mundial, reuniu cerca de três mil pessoas esta manhã em frente ao Palácio Piratini. Nas ruas era possível encontrar bandeiras dos mais diversos movimentos sociais e estudantis, unidos no grito “fora Yeda” e em defesa dos trabalhadores contra a crise econômica.
Um dos pontos fortes do ato foi a apresentação de um contêiner com os dizeres “Escola Yeda Crusius – diretora Mariza Abreu”, por parte do CPERS. Segundo Rejane de Oliveira, presidente da entidade, “o contêiner representa o tipo de educação que o governo quer para o Estado”. Somente em Caxias do Sul, cerca de 200 crianças estão tendo aulas nas salas improvisadas.

Outras organizações, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, chamaram atenção para o momento de unidade. “É importante perceber que o inimigo é o mesmo”, lembra João Amaral, do MST. Ele afirma que a manifestação de hoje é um ensaio da greve geral que deve ser convocada pelas centrais trabalhistas em alguns meses.
Os estudantes, por sua vez, pintaram o rosto com as cores da bandeira do Estado, uma alusão aos famosos caras pintadas que derrubaram o presidente Fernando Collor, e em coro pediram a saída da governadora. Henrique Cignachi, aluno de História na UFSM, acredita que é dever de todo cidadão gaúcho sair às ruas e protestar. “É uma vergonha o que acontece no nosso Estado”, diz. A secundarista Angélica da Silveira Garcia, do Colégio 1º de Maio, completa: “Estou estudando para ser professora. Se eu não lutar agora que futuro vai sobrar para mim?”.