O quadro de superlotação da Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre vem se mantendo constante nos últimos dias, sem que haja redução no número de pacientes em atendimento. Na manhã desta quarta-feira (14), há 140 adultos atendidos em um local que oferece, em condições ideais, 49 vagas. Além disso, há sempre uma grande quantidade de pessoas aguardando atendimento.
Devido à grande demanda, além das vagas normais, a Emergência acaba recebendo pacientes também em macas, cadeiras de rodas e cadeiras comuns.
Mesmo estas “vagas extras” têm se encontrado permanentemente ocupadas. No momento, estão sendo usados, no limite máximo, todos os recursos materiais e humanos disponíveis, para atender a uma demanda que chega quase ao triplo da capacidade do setor.
Diante desse quadro, a Administração do Hospital solicita a colaboração da população de Porto Alegre e da Região Metropolitana, no sentido de que, em casos mais simples, evite dirigir-se à instituição, procurando os pronto-atendimentos ou postos de saúde de suas cidades.
A Emergência não está fechada; no entanto, novos pacientes que chegam à instituição passam por um controle de risco e, devido às dificuldades existentes, é dada prioridade aos casos mais graves, com risco de morte.
Tag: regiaõ metropolitana de Porto Alegre
Trensurb será Território Social Mundial durante uma semana
Toda a logística para a circulação de pessoas no 10. Fórum Social Mundial está a cargo da Trensurb, empresa que opera o trem urbano de Porto Alegre
O trem, que liga quatro das sete cidades onde haverá atividades do Fórum, será naturalmente o principal meio de transporte do evento.
Para as três cidades não alcançadas pela linha do Trensurb – Gravataí, Novo Hamburgo e Sapiranga – a empresa vai montar um serviço especial de ônibus para fazer conexão com o trem.
O plano de transporte está em elaboração, prevendo um movimento de 15 mil pessoas nos diversos eventos do Fórum, na semana de 25 a 29 de janeiro.
Os técnicos do Trensurb calculam pelo menos 10 mil utilizarão diariamente o trem para se deslocar no âmbito do Fórum.
“Queremos que ao entrar numa estação do Trensurb a pessoa se sinta dentro do Fórum. Se ela quiser ir a uma palestra e não sabe onde é, que vá numa estação que chega lá. Queremos ser um território do Fórum”, diz José Augusto Amatneeks, assessor da presidência da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre.
Na próxima quarta, 20, começam a circular os vagões que já receberam adesivos alusivos ao Fórum. São três composições com quatro vagões cada uma. Novas composições provavelmente serão necessárias para atender o movimento nos dias do Fórum.
As estações todas estarão com a identidade visual do Fórum e em cada uma delas haverá um posto de informações.
Transporte coletivo perde 3,5% dos passageiros com a crise
Por Bruna Cardoso
A Agergs, agência reguladora dos serviços públicos concedidos no Rio Grande do Sul, promoveu nesta quinta feira, 30, uma audiência pública sobre o aumento nas tarifas do transporte intermunicipal da Região Metropolitana de Porto Alegre.
As empresas estão pedindo um reajuste de 5,17% no preço das passagens, a partir de 1 de agosto. A audiência pública é a última etapa antes da decisão.
O aumento dos salário dos funcionários e de peças, como chassis e carrocerias, são as principais justificativas para o pedido de aumento. Outro fator citado pelas empresas é a redução no numero de passageiros, que caiu 3,5% em relação a 2008.
A única manifestação contrária ao aumento foi da Câmara Municipal de Guaíba, que enviou ofício à Agergs apelando para que não seja concedido o aumento nas tarifas da empresa Expresso Rio Guaíba, que hoje cobra até R$ 5,90 de seus passageiros.
Segundo o vereador Antônio do Santos Sarrafo, “o governo deve trabalhar junto para diminuir a carga tributária no transporte e assumir a responsabilidade na isenção de passageiros idosos, deficientes e estudantes. Já que hoje quem paga por isso é o trabalhador”.
Para o morador e usuário do transporte coletivo de Guaíba, Fernando Becker, aumentar as passagens num período de crise não é a solução. “Se hoje não se ganha tanto, o que se deve fazer é esperar. A crise ta passando. Hoje é mais barato andar de carro do que de ônibus. Em lugar nenhum do mundo isso é assim” desabafa.
O representante da Federação Rio Grandense de Associações Comunitárias e de Moradores de Bairros (Fracab), Paulo Mena, espera que se leve em consideração às condições sociais dos afetados por esse reajuste. E sugere que seja criado um quadro comparativo entre o reajuste da passagem e o poder econômico da população.
Representantes de outras cidades da Região Metropolitana não se manifestaram sobre o assunto na audiência. A Agergs deve divulgar nos próximos dias o resultado, se for aprovado o aumento, o novo preço começará a ser cobrado 72h após a publicação no Diário Oficial.
Passagem do transporte coletivo terá novo aumento
Por Bruna Cardoso
As empresas que operam o transporte coletivo na região metropolitana de Porto Alegre estão pedindo aumento de 5,17% nas passagens das linhas urbanas. O pedido está em análise pela Agergs, a agência que regula os serviços públicos concedidos no Estado, e deve vigora a partir de 30 de agosto.
Para o usuário de Porto Alegre o aumento vai resultar num acréscimo de 10 centavos na passagem ( vai para R$ 2,40). Mas para outras cidades da região metropolitana, onde as passagens são muitas vezes mais que o dobro da capital, o reajuste vai pesar no bolso do trabalhador. É o caso de Gravataí, que abordamos hoje. (Bruna Cardoso)
Gravataí é uma das cidades que mais cresce na região metropolitana. Tem 265 mil habitantes e, no contexto da região metropolitana de Porto Alegre, é conhecida por sua qualidade de vida e baixos índices de violência.
A cidade certa para quem quer fugir dos problemas das grandes metrópoles. Localizada a 22km da capital, boa parte da população gravataiense trabalha em Porto Alegre. Porém o problema que essas pessoas enfrentam todos os dias é outro.
As 46.000 pessoas que usam o transporte público intermunicipal diariamente na cidade reclamam do tratamento que a empresa Sogil dispensa aos seus passageiros. A empresa é a única responsável pelo transporte municipal e intermunicipal de Gravataí e detém desde 1986 o contrato de concessão com a prefeitura da cidade.
As queixas contra a empresa Sogil são muitas, a principal delas é o preço da passagem intermunicipal que varia de R$4,05 chegando até R$5,75, um dos mais caros entre as tarifas urbanas.
Um ônibus de Gravataí faz 36km até o terminal em Porto Alegre. Comparando esses dados com os ônibus da empresa Transversal Metropolitana (TM), percebe-se as distorções. Um ônibus da TM faz em média 70km até chegar ao seu destino, transporta todos os dias 19.000 passageiros e a passagem custa apenas R$2,65.
Outra reclamação constante dos usuários da Sogil são os ônibus são velhos, com poucos horários e a lotação é absurda. Nos horários de pico no centro de Porto Alegre, os passageiros esperam até 30min por um ônibus, que quando chega, lota em pouco tempo.
A lotação é tanta, que além da fila tripla de pessoas no corredor do ônibus e idosos em pé, alguns passageiros viajam sentados nos degraus da porta. “A viagem demora, o trânsito é lento nesse horário. Em pé não tem condições de ir. A saída é sentar aqui no degrau mesmo”, afirma a passageira Maria Adelaide de Souza. Um dos passageiros que conseguiu sentar, conta como é a situação no dia a dia. “Nesse horário um banco é tão disputado quanto um concurso público”, compara João Paulino.
Outra reclamação comum dos passageiros é o fato da passagem ser tão cara, que até atrapalha na hora de conseguir emprego. Uma empresa que contrata alguém de Gravataí, gasta até R$276,00 em vale-transporte, 59% de um salário mínimo. “Se torna complicado conseguir emprego aqui em Porto Alegre por causa disso, ninguém quer pagar tanto por um empregado” conta Ronaldo Santa Helena.
A empresa e a prefeitura foram contatadas para falar a respeito do problema. A prefeitura se negou a dar informações. Já a empresa Sogil disse que no dia 30 de junho realizou uma pesquisa a respeito da demanda nas linhas municipais e intermunicipais com o objetivo de melhorar o planejamento e o dimensionamento das linhas.