FINEP financia pesquisa sobre saúde de adolescentes

Está aberta até 21 de outubro a seleção de projeto para realizar um inquérito epidemiológico nacional sobre síndrome metabólica. O objetivo é determinar a magnitude da ocorrência de diabetes e outros fatores de risco cardiovasculares individuais e potenciais em adolescentes de 12 a 17 anos nas populações brasileiras de cidades de mais de 100 mil habitantes. O edital da FINEP determina o comprometimento de recursos não-reembolsáveis no valor de até R$ 6,5 milhões, sendo R$ 3 milhões oriundos do Fundo Setorial CT-Saúde e R$ 3,5 milhões do Ministério da Saúde.
A síndrome metabólica é caracterizada pela associação de fatores de risco para as doenças cardiovasculares (ataques cardíacos e derrames cerebrais), vasculares periféricas e diabetes. Ela é considerada uma doença da civilização moderna, associada à obesidade, como resultado da alimentação inadequada e do sedentarismo. Hoje não há informações quanto à prevalência dessas condições em nível nacional. A pesquisa ajudará a traçar estratégias de prevenção.
O prazo de execução do projeto deverá ser de até 36 meses. A disponibilização do Formulário para Apresentação de Propostas (FAP) está prevista para 25 de setembro. As instituições acadêmicas que se candidatarem passarão por três etapas de avaliação: Pré-qualificação, Avaliação de Mérito e Análise Técnico-Jurídica. O resultado está previsto para o fim de novembro.

Brasileiro será avaliado por mais de 10 anos

Foi dada a largada para que os centros de estudos de seis estados brasileiros iniciem as atividades do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (Elsa), a maior pesquisa financiada pelo Ministério da Saúde e Ciência e Tecnologia para avaliar doenças crônicas. A cerimônia de lançamento dos trabalhos ocorreu, na segunda-feira, dia 22 de setembro, durante o VII Congresso Brasileiro de Epidemiologia, que termina nesta quarta-feira (24 de setembro), em Porto Alegre.
O valor do investimento foi de R$ 22 milhões distribuídos por meio de um edital de pesquisa. “Hoje não podemos mais dizer que não é possível fazer pesquisa porque não temos recursos. Nosso desafio virou de cabeça pra baixo”, afirmou o secretário de Ciência e Tecnologia, do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, durante a solenidade que marcou o começo do Elsa. O recurso previsto no edital servirá apenas para o início da pesquisa. Devido a duração do estudo, Guimarães, afirmou que será necessário prever recursos estáveis para os próximos anos. A previsão é que a duração seja de, no mínimo, 10 anos.
VOLUNTÁRIOS ? A pesquisa que avaliará indivíduos entre 35 e 74 anos já nasceu premiada. O Elsa recebeu o prêmio coletivo de pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública. “Esse é mais um sinal de acerto. Vamos colocar o Brasil no mapa mundial das doenças crônicas”, comemorou a diretora do Centro de Investigação do Rio de Janeiro, Dora Chor. O Rio de Janeiro terá dois mil voluntários avaliados, entre funcionários, docentes da universidade federal e da Fiocruz.
Também presente na solenidade de abertura, a diretora do Centro de Investigação da Universidade Federal de Minas Gerais, Sandhi Barreto, lembrou que desde o início o Elsa foi um processo de construção. “Estamos enfrentando coisas novas que não tinham sido enfrentadas. Este é um desafio em termos científicos, o Elsa com seu desenho, precisou de ter suas equipes montadas, treinamento e certificação”.
O único centro do Nordeste a participar da pesquisa será o da Universidade Federal da Bahia, com dois mil funcionários a serem avaliados. “É uma honra integrar esse estudo. Temos uma larga tradição em pesquisa, com ênfase na epidemiologia social”, disse Estela Aquino, representante do centro de investigação baiano.
Participam também do Elsa a Federal de São Paulo, do Rio Grande do Sul e do Espírito Santo. Ao todo serão avaliados 15 mil funcionários e docentes de universidades.

Ministério investe na saúde do trabalhador

O repasse é de R$ 80 mil para o desenvolvimento de ações de saúde em cada centro de referência no sul do país

O Ministério da Saúde habilitou mais três Centros de Referências em Saúde do Trabalhador (Cerest) na região sul do país. De acordo com a portaria publicada no dia 19 de setembro, no Diário Oficial da União, os municípios contemplados são Erechim, no Rio Grande do Sul, Irati e Apucarama, no Paraná. Cada Cerest receberá um incentivo de R$ 50 mil para reforma do imóvel, aquisição de mobiliários e compra de equipamentos. Além disso, cada unidade receberá um incentivo mensal de R$ 30 mil para o desenvolvimento de ações de saúde do trabalhador. Com as três novas unidades, a região sul passa a contar com 21 Centros de Referências.
Cada equipe dos Centros de Referências é formada por médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem que realizam ações de prevenção, promoção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e vigilância em saúde dos trabalhadores urbanos e rurais, independentemente do vínculo empregatício e do tipo de inserção no mercado de trabalho.
Com a habilitação dos novos serviços, há 167 Centros de Referências de abrangência estadual ou regional, habilitados no país. De acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, a meta é implantar outras 33 unidades de assistência aos trabalhadores até o fim de 2008. Dessa forma, pretende-se estender para 200 o número de unidades implantadas e prestar assistência a cerca de 70 milhões de trabalhadores.
Para habilitar um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, o gestor deve procurar a Secretaria de Saúde do Estado e informar sobre o interesse do município em manter um serviço específico para o atendimento da população trabalhadora. O projeto para implantação do Cerest deverá ser aprovado na Comissão Intergestores Bipartite, a instância de articulação e pactuação política do Sistema Único de Saúde nos estados.

Emergência do Hospital de Clínicas fecha por 9 dias

A Emergência Pediátrica do Hospital de Clínicas vai ganhar uma nova área, sendo retirada do local onde funcionava até então – junto à Emergência de Adultos –, para oferecer mais privacidade e tranqüilidade a crianças de até 14 anos de idade. O serviço vai permanecer com oito leitos, mas a área aprimorada possibilitará reorganização do fluxo de atendimento, desde a triagem até a internação. Além disso, está sendo organizada uma nova equipe de enfermagem exclusiva para o acompanhamento dos pacientes pediátricos. Com a mudança, a ala de adultos também será beneficiada, ganhando mais espaço para melhorar a acomodação de pacientes e a circulação de profissionais na Sala de Procedimentos (onde são atendidos os casos de resolução mais simples e rápida) e da Unidade Vascular (dedicada a pacientes com problemas cardiovasculares). Além disto, serão instalados, no local, mais quatro sanitários e chuveiros para utilização pelos pacientes.
A implantação da nova Emergência Pediátrica está em fase de finalização, para receber os pacientes em breve. Com a transferência, as obras para realização das melhorias na ala de adultos começarão imediatamente. O Clínicas vai aproveitar para, ao mesmo tempo, realizar a limpeza periódica dos dutos de ar-condicionado, exigência da Portaria 3.523 do Ministério da Saúde para garantir a segurança das condições ambientais da Emergência. Como este conjunto de atividades vai gerar poluição sonora e ambiental e exigir o total desligamento do sistema de ar condicionado, nenhum paciente poderá permanecer no local durante os dez dias previstos para a realização dos trabalhos.
Por isto, a Emergência do Hospital de Clínicas estará fechada de 29 de setembro, segunda-feira, a 8 de outubro, quarta-feira. Os pacientes que se encontram atualmente em atendimento começam a ser transferidos, esta semana, para unidades de internação do próprio Clínicas e a leitos do Centro de Tratamento Intensivo da instituição destinados a atendimentos de urgência. No período da obra, não haverá novos atendimentos na Emergência, nem mesmo as consultas de pronto atendimento oferecidas pelo setor. Apenas os pacientes que chegarem em situação de emergência serão atendidos no box de urgência e encaminhados para o Centro de Tratamento Intensivo ou unidades de internação.