O Grupo de Trabalho coordenado pela Defensoria Pública Estadual conseguiu a retirada pacífica da maioria das quase 600 familias que ocuparam o terreno da extinta Avipal na Cavalhada, zona Sul de Porto Alegre.
Na tarde desta segunda-feira, 11 restavam no local apenas umas 100 familias que estavam sendo cadastradas, enquanto o grupo negociava com o Departamento Municipal de Habitação (Demhab) um local para reassentá-los, uma vez que são pessoas que não tem para onde ir.
Um helicóptero da Brigada Militar sobrevoava o local, enquanto a defensora pública Adriana Schefer, orientava os moradores remanescentes. A reintegração de posse, autorizada pelo juiz já há três semanas será realizada nesta terça, 12
Os ocupantes do terreno de dez mil metros quadrados numa área nobre da capital, chegaram a 800 familias, oriundas de diversas situações de remoção e desocupação de outras áreas. Pelo menos 200 dessas familias são remanescentes da remoção de moradias do Resvalo, um barranco à beira do riacho Cavalhada, área de risco, que foi liberada para as obras do Projeto Integrado de Saneamento Ambiental (PISA). Muitas estão incluídas no programa de aluguel social da prefeitura, mas alegam que não estão recebendo os valores estabelecidos.
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Ocupações em Porto Alegre: comissão pede 90 dias à Justiça
As dez da manhã desta segunda feira, 4 de agosto, uma “comissão de crise” vai se reunir com representantes do Judiciário para pedir a suspensão de duas ordens de reintegração de posse em áreas invadidas em Porto Alegre.
São aproximadamente 1.500 familias nas duas áreas, uma na zona norte, outra na Zona Sul, onde há mais de mês está ocupado o terreno da extinta Avipal, que hoje pertence à construtora Melnick Even.
Segundo estimativa da Defensora Pública, Adriana Nascimento, que participa das negociações, já são mais de 700 familias nesta área de dez mil hectares na Zona Sul, num dos pontos mais valorizados da capital.
A comissão ou Grupo de Trabalho, formado às pressas na semana passada para evitar uma crise com o despejo das famílias em plena campanha eleitoral, pretende pedir 90 dias de prazo para encaminhar uma solução.
Participam do grupo representantes do governo do Estado, da Defensoria Pública Estadual, da Prefeitura, dos Movimentos de Moradores Sem Teto e da Caixa Federal.
Segundo o diretor de planejamento da Secretaria Estadual de Habitação, Aurélio Froner, o problema das invasões não se restringe a capital: “No momento temos 20 ocupações de áreas particulares com pedido de reintegração deferido”, disse ele ao JÁ. (E.B)