Apenas cinco dos 45 aerogeradores estão funcionando, e produzindo 10 megawatts (MW) de potência, mas já é o bastante para levar milhares de pessoas ao canteiro de obras da Usina Eólica Cerro Chato, em Santana do Livramento. Calcula-se que no último final de semana passaram por lá quase mil veículos.
“No domingo, cruzaram por aqui uns 600 carros”, garante Nereo Mendes, responsável pela recepção aos visitantes, agora com auxílio de quatro estagiários.
O movimento intenso levou a Eletrosul à improvisar um container próximo à entrada do parque eólico, onde as pessoas são convidadas a assistir um vídeo de seis minutos e recebem informações sobre o empreendimento e a energia alternativa utilizada.
“Além da população em geral, recebemos autoridades municipais, muitos universitários e engenheiros de outros municípios e estados e até do Uruguai”, aponta. “Cheguei a falar ininterruptamente das 9h às 15h”, comenta Mendes, referindo-se ao dia 5, que registrou o maior movimento.
Ainda que não seja parada obrigatória, ele recomenda às pessoas que assistam ao vídeo. “Todos podem percorrer as estradas internas, mas querem avançar nas áreas privadas e chegar próximo às torres, o que não é permitido por questões de segurança, tanto dos visitantes como dos trabalhadores”, avisa.
Mendes, que diariamente coordena a Biblioteca Pública do município, também alerta para os cuidados com os animais. “Da estrada dá para ver as torres gigantes, as pessoas ficam maravilhadas e esquecem do cuidado que deve-se ter com os animais, não só os domésticos ou de criação. Constantemente cruzam pela estrada cobras e aranhas do tamanho do palmo da mão”, alerta, lembrando que a ninguém é permitido matar esses animais.
As visitas devem ser feitas preferencialmente aos sábados e domingos, a partir das 9 horas, quando Mendes e seus auxiliares já estão à disposição para orientar a população.
O complexo eólico Cerro Chato, que está sendo construído pela estatal brasileira Eletrosul (90%) em parceria com a Wobben (10%), subsidiária no Brasil da empresa alemã Enercon, será formado por três parques com capacidade instalada de 90MW.
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A Revolução Eólica (39) – USINA CERRO CHATO JÁ PRODUZ ENERGIA
A Usina Eólica Cerro Chato já está abastecendo a rede elétrica em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. Quatro aerogeradores (AEGs) estão produzindo 8 megawatts (MW) de potência. Hoje entra em operação a quinta turbina, somando 10MW no total.
Após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizar a energização dos equipamentos, três dias foram suficientes para os engenheiros realizar os testes e determinar o início da operação comercial. Segundo o coordenador de implantação da UECC, Franklim Lago, a primeira turbina foi energizada às dez horas da noite do dia 25. As outras três começaram a operar dia 27.
Esse primeiro circuito, composto por cinco aerogeradores, integra o parque III que terá 15 torres. O complexo eólico Cerro Chato será formado por três parques com capacidade instalada de 90MW. Construído pela estatal brasileira Eletrosul (90%) em parceria com a Wobben (10%), subsidiária no Brasil da empresa alemã Enercon, o empreendimento tem custo estimado de R$ 400 milhões.
A Revolução Eólica (38) – USINA COMEÇA PRODUZIR ENERGIA ATÉ O FINAL DO MÊS
Já estão prontos para começar a produzir energia os cinco primeiros aerogeradores do parque III da Usina Eólica Cerro Chato, em Santana do Livramento. A expectativa é entrar em operação comercial até dia 30 deste mês.
A Eletrosul aguarda a aprovação da documentação junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS para energização do Sistema de Transmissão em 230 kilovolts (kV). A previsão é de que isso ocorra no início da próxima semana, segundo o engenheiro Franklim Lago, coordenador da implantação da usina.
O ONS é responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), sob a fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Do total de 45 aerogeradores que formarão os três parques eólicos no Cerro Chato, já foram concluídas as fundações de 30. Falta preparar as bases das torres do parque I. [C.D.T.]
A Revolução Eólica (36) – SURGE NOVA PAISAGEM NO PAMPA
A Usina Eólica Cerro Chato, que está sendo construída no município de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, já tem três aerogeradores prontos para operar dentre os cinco previstos para produzir energia ainda este mês. As torres gigantes estão formando uma nova paisagem na região da Campanha. Na foto, os aerogeradores 2, 3 e 4 do Parque III.

Dentro de poucos dias fica pronta a subestação coletora, que vai mandar energia para a subestação da CEEE, na zona urbana.
A Revolução Eólica (35) – SUBESTAÇÃO E LINHA DE TRANSMISSÃO DA UECC QUASE PRONTAS
A energia captada pelos aerogeradores será enviada em 34,5 Kv ( ou 34,5 mil volts) através de uma rede subterrânea para a subestação coletora onde transformadores elevam a tensão para 230 Kv (ou 230 mil volts).
A energia vai abastecer a Subestação Livramento 2, da Companhia Estadual de Energia Elétrica, distante 25 quilômetros, para em seguida entrar no sistema elétrico brasileiro.
A Revolução Eólica (34) – VENTO DEMAIS ATRASA OPERAÇÃO DA UECC
O vento é a matéria-prima de uma usina eólica. Quanto mais ventar, mais energia cinética será transformada em mecânica e, depois, em eletricidade. Mas, no caso da Usina Eólica Cerro Chato (UECC), que está em construção em Santana do Livramento, vento demais atrapalha nesse momento.
A montagem do primeiro aerogerador dentre os cinco previstos para começar a operar amanhã, 27, ocorreu somente na primeira quinzena de abril. A expectativa dos engenheiros é que os cataventos comecem a funcionar a partir da metade de maio, quando está prevista também a conclusão da subestação coletora e da linha de transmissão.
Segundo o coordenador de implantação da UECC, Franklin Lago, o vento não pode soprar mais de 7 m/s (metros por segundo), ou 25 km/h (quilômetros por hora), senão impede a operação do maquinário lá no alto.
Foi preciso um guindaste com 115 metros e capacidade para suportar 600 toneladas para içar a 108 metros de altura o primeiro aerogerador da usina. O conjunto de pás, nacele, rotor e demais peças somam 110 toneladas. (C.D.T)
A Revolução Eólica (30) – HÉLICES GIGANTES CHEGAM AO CERRO CHATO
Por Cleber Dioni Tentardini
Chegaram ontem ao canteiro de obras do complexo eólico Cerro Chato, na região da campanha de Santana do Livramento, as seis primeiras hélices que irão compor dois aerogeradores.
Como são pás gigantes – cada uma possui 41 metros de comprimento e pesa seis toneladas -, estão sendo transportadas em carretas também de tamanho avantajado, em média, com 40 metros de comprimento e de até 5 metros de largura.
Os trabalhos estão acelerados para que a usina seja inaugurada no final deste mês. Conforme o cronograma das obras, começarão a funcionar cinco aerogeradores do Parque 3.
O movimento de caminhões é constante, tanto no local das obras como ao longo das estradas. Os veículos carregam em média 25 toneladas de materiais e estão rodando apenas durante o dia, respeitando a velocidade de 40 quilômetros por hora. A maioria tem batedores (escolta privada) e alguns são acompanhados pela polícia rodoviária.
Os equipamentos são de diferentes locais: os geradores, as pás e demais peças foram fabricadas na Alemanha e trazidas ao país de navio. Os geradores foram montados em Sorocaba/SP pela fabricante Wobben, sócia da Eletrosul no empreendimento, e as pás estão armazenadas no porto de Rio Grande. As torres de concreto estão sendo fabricadas em Gravataí e os segmentos metálicos que compõem parte das torres, em Erechim.
A Revolução Eólica (29) – COMEÇA MONTAGEM DE TORRES DOS CATAVENTOS
A região do Cerro Chato, em Livramento, começou a mudar sua paisagem ontem com o início da montagem das torres que sustentarão os aerogeradores do parque eólico.
A Revolução Eólica (24) – CHEGAM OS EQUIPAMENTOS DA USINA CERRO CHATO
Por Cleber Dioni Tentardini
No decorrer de todo este mês, quem trafegar pela BR-290, no sentido Porto Alegre-Santana do Livramento, poderá cruzar por carretas gigantes transportando toneladas de equipamentos para o complexo eólico Cerro Chato, que está sendo construído naquele município da fronteira.
Calcula-se que 60 carretas, de 12 a 40 metros de comprimento e de até 5 metros de largura, farão 2.295 viagens até a fronteira do Rio Grande do Sul. Os veículos estarão carregando em média 25 toneladas de materiais e irão rodar apenas durante o dia, respeitando a velocidade de 40 quilômetros por hora. A maioria terá batedores (escolta privada) e alguns serão acompanhados pela polícia rodoviária.
Os equipamentos são de diferentes locais: os geradores, as pás e demais peças foram fabricadas na Alemanha e trazidas ao país de navio. Os geradores foram montados em Sorocaba/SP pela fabricante Wobben, sócia do empreendimento, e as pás estão armazenadas no porto de Rio Grande. As torres de concreto estão sendo fabricadas em Gravataí e os segmentos metálicos que compõem parte das torres, em Erechim.
Segundo o engenheiro Franklim Lago, coordenador da implantação do complexo eólico Cerro Chato, a montagem das torres deve começar na 1ª quinzena de março.
O empreendimento será formado por três parques eólicos, cada um com 15 aerogeradores, capazes de gerar 30 megawatts de energia, totalizando 90MW.
A conclusão dos parques está prevista para final de 2011 ou início de 2012, com contratos válidos por 20 anos e uma previsão anual de receita de R$ 38,9 milhões.
A Eólica Cerro Chato S/A, responsável pela implantação, manutenção e operação da usina, é controlada pela Eletrosul Centrais Elétricas, subsidiária da Eletrobras, tendo como sócia a empresa Wobben, do grupo alemão Enercon, um dos principais fornecedores de tecnologia em aerogeradores. A estatal brasileira detém 90% dos R$ 400 milhões que estão sendo investidos no complexo.
Revolução Eólica (23) – MAIS NOVE PROJETOS APROVADOS
Financiamento no valor de R$ 790,3 milhões foi aprovado no início de março pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção de mais nove usinas eólicas (energia gerada pelos ventos) no país. Oito são no Ceará, somando capacidade instalada de 211,5 megawatts (MW), e uma no Rio Grande do Sul, com 70 MW.
O Parque Eólico Elebras Cidreira 1, em Tramandaí, receberá do banco R$ 227,7 milhões. A Usina de Tramandaí está incluída no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), do governo federal. A previsão é que sejam criados 535 empregos diretos durante as obras.
Os novos parques eólicos no Ceará vão representar a geração de 1,2 mil empregos diretos durante a construção e 2,5 mil indiretos. Os projetos preveem o aproveitamento da mão de obra local e a capacitação e especialização dos trabalhadores. Os recursos, no valor de R$ 562,6 milhões, serão repassados pela Caixa Econômica Federal.
Os 51 parques eólicos que se acham em operação no país totalizam potência instalada de 937 MW. Mais 18 projetos estão em construção, com previsão de entrada em funcionamento ao longo deste ano. Eles totalizam capacidade instalada de mais 500,8 MW.
A carteira de projetos do banco, incluindo operações já contratadas ou em processo de assinatura, atinge 51 contratos de financiamento, para implantação de 1.369 MW. O valor das operações é de R$ 4,1 bilhões. O banco tem em análise, ainda, mais 44 operações de financiamento para o segmento eólico, no montante de R$ 3,3 bilhões.
Alana Gandra/Agência Brasil