O elefante e os que não enxergam

Destaco três fatos do noticiário que nos assola:
-o reconhecimento da Globo de que errou ao apoiar o golpe militar de 1964;
-o controle da natalidade que o povo (os mais pobres principalmente) está fazendo espontaneamente;
-a extinção da votação secreta nos parlamentos, aprovada pela Câmara Federal.
São três fatos que indicam um momento de ruptura – um tempo ficou velho, um novo tempo já foi inaugurado. Que tempo é esse?
Diante dessa pergunta, me sinto como um aqueles cegos da piada, que apalpam um elefante. Sei que o negócio é grande, não sei se é um prédio, uma ponte ou uma mangueira que respira.

Câmara acaba com voto secreto. Falta o Senado

A medida vale para as deliberações da Câmara, do Senado, das assembleias legislativas, da Câmara Legislativa do Distrito Federal e das câmaras de vereadores. Aprovada em segundo turno, a matéria será analisada ainda pelo Senado, também em dois turnos.
No caso do Senado, por exemplo, o voto secreto não será mais usado na aprovação de indicações de ministros dos tribunais superiores; de ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) feitas pelo presidente da República; de presidente e diretores do Banco Central; do procurador-geral da República; de chefes de missão diplomática de caráter permanente; e da exoneração, de ofício, do procurador-geral da República antes do término do mandato.
O voto aberto também valerá para a análise de vetos pelo Congresso Nacional (sessões conjuntas da Câmara e do Senado).
Fonte: Agência Câmara

Frente parlamentar lançada no Congresso quer o fim do voto secreto

A Frente Parlamentar pelo Fim do Voto Secreto foi instalada nesta quarta (21) no Congresso Nacional. Por seu intermédio, parlamentares querem pressionar o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), a incluir na pauta de votações da Casa a apreciação, em segundo turno, da proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com as votações secretas nos legislativos federal, estaduais e municipais.
A PEC foi aprovada em primeiro turno em 2006. Desde então, aguarda a votação em segundo turno. De autoria do então deputado Luiz Antonio Fleury, a proposta foi apresentada à Câmara em 2001. A frente instalada hoje, segundo a assessoria do PSOL, conta com as assinaturas de 193 parlamentares.
A volta da pressão para a votação da PEC foi retomada por causa da absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). Acusada de quebra de decoro parlamentar por aparecer em um vídeo recebendo dinheiro de Durval Barbosa, pivô do escândalo de corrupção do governo de José Roberto Arruda, ela foi absolvida pelo plenário da Casa, em votação secreta, no dia 30 de agosto passado.
Além de deputados e senadores, participaram do lançamento da frente representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.