“Acqua” mostra as múltiplas vertentes da técnica de aquarela de 33 artistas gaúchos
Obra de Debora Duarte/ Divulgação
A exposição “Acqua”, com vernissage no dia 8 de setembro, apresenta o trabalho de 33 aquarelistas do Rio Grande do Sul. Segundo o material de divulgação, o curador e arquiteto Anaurelino Barros Neto, com Pós-Graduação em Praticas Curatoriais e Bacharelado em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UFRGS, pretende apresentar, através da exposição, a produção de grupos de aquarelistas e artistas independentes , mostrando as múltiplas vertentes da técnica de aquarela no Estado do RS, desde as linguagens mais tradicionais até as abordagens mais contemporâneas e abstratas.
Obra de Luciane dos Anjos. Foto; Divulgação
ARTISTAS :
Ana Lovatto / Ana Germani / Achylles Costa Neto / Anderson Neves / Andrea Amaro / Beatriz Gonçalves / Débora Duarte / Deja Rosa / Denise Giacomoni / Denise Marcolin / Denise Wichmann / E. Arigony /
“As aquarelas quase fotográficas e tradicionais sempre serão a nossa referência e terão nossa admiração. Temos exemplos impressionantes, como o do artista José Lutzemberger e sua perfeição técnica, entre outros aqui mesmo mesmo no Rio Grande do Sul.
Na aquarela, a água é o determinante fundamental para o êxito. Quem domina a sua dosagem e evaporação, em relação ao pigmento, certamente domina a técnica. Dessa maneira, é possível determinar as diferentes nuances da tinta, a saturação ou a leveza do pigmento, bem como as sobreposições de camadas de tinta. Revelam-se, assim, surpreendentes transparências e delicadezas, em descobertas de fusão de cores em pinceladas aleatórias. Por vezes, chega-se, até mesmo, a desenhar com o pincel.
Obra de João Iganci/ Divulgação
Tão importante como as técnicas mais tradicionais e acadêmicas, são os processos construtivos da abstração na aquarela. O acaso e suas eleições também exigem grande domínio para se obterem estruturas formais poderosas e convincentes.
Como nos ensinou a grande artista e teórica Fayga Ostrower, “os acasos existenciais irão transformar-se em acasos significativos, e serão reconhecidos imediatamente”. Essa intuição, em arte, não significa recursos menores e sem valor: ao contrário, pode corresponder a um resultado repleto de memórias afetivas que foram construídas ao longo de sua trajetória.
Obra de Helena Stainer/ Divulgação
Os aquarelistas devem estar atentos e receptivos durante esses processos, que serão sempre sua fonte acumulativa – casual ou não – de experiências, resultando na bagagem cultural única e pessoal de suas criações. É em seus ateliês que nós, curadores, percebemos estes resultados originais e autorais. Nesse espaço, seus processos interiores nos são revelados. As curadorias servem justamente para eleger e selecionar – dentro destes universos solitários que, por vezes, não têm um referencial exterior – as obras mais significativas, mais contundentes e ousadas, orientando caminhos futuros, os quais podem ser imperceptíveis aos próprios artistas.
É justamente essa impulsividade e ousadia que permitem que a Arte evolua: são essas sucessivas possibilidades criadoras que sempre nos surpreendem.
Obra de Graça Craidy/ Divulgação
SERVIÇO
EXPOSIÇÃO “ACQUA”
ONDE : GALERIA STUDIO JARDIM . Av New York , 506 . Bairro Auxiliadora
QUANDO : Vernissage dia 8 de setembro de 2022 . Visitação de 12 de setembro a 21 de outubro de 2022 . Horario de 14 h ás 18h.
Parabéns pela matéria da ACQUA . EXCELENTE