Gelson Oliveira celebra 70 anos de vida, repassando sua obra com show no Espaço 373

Um dos mais importantes compositores do Rio Grande do Sul, Gelson Oliveira vai celebrar seus 70 anos com show especial, dia 11 de abril (sexta-feira), no Espaço 373. Além de cantar as obras relevantes como “Tem que Provar” – gravada por Lauro Corona e que foi trilha sonora da novela Louco Amor –, “Dentre elas”, “Papagaio Pandorga”, “Salve-se Quem Souber”, “Tempo ao Tempo”, “Pimenta” e “Noite Magia”, a noite contará com várias “canjas” surpresas.

Em seus 46 anos de carreira, Gelson Oliveira se consolidou no rol de cantautores gaúchos com carreiras longevas. Seu primeiro álbum, Terra (1983), lançado de forma independente, ao lado do baterista Luiz Ewerling, é um artigo cult de colecionadores de vinil. Já o premiado segundo álbum, Imagem das pedras (1992) contou com a participação de Gilberto Gil. Seu nome está ligado a grandes outros nomes da música brasileira como Antonio Villeroy, Bebeto Alves, Chico César, Geraldo Flach, Giba Giba, Gilberto Gil Hique Gomes, Jerônimo Jardim, Luis Vagner, Nei Lisboa, Nelson Coelho de Castro, Paulo Moura e Renato Borguetti.

Dono de voz potente e canções que marcaram época, interpretou com maestria uma composição de Geraldo Flach e Jerônimo Jardim, chamada Pátria amada,

Gelson Oliveira – Foto Simone Schlindwein/Divulgação

no Festival dos Festivais da Globo, em 1985.

 

Sua discografia conta com oito álbuns solo (Terra: Gelson Oliveira & Luiz EwerlingImagem das pedrasColetânea, Tempo ao tempo, Gelson Oliveira & Júlio Rizzo, O Anjo Negro, Tridimensional O ônibus do sobe e desce) e dois gravados com o Juntos, formado por Antônio Villeroy, Bebeto Alves e Nelson Coelho de Castro (Juntos ao vivo Juntos 2).

Como diretor artístico, atuou em trabalhos como Mameluca (2007), de Paulo Lata Velha, Ziringuindim (2009), de Zilah Machado, e Brasil Quilombo (2019), de Glau Barros. Gelson já cantou em palcos da Argentina, Uruguai, Alemanha, França, Holanda, Itália, Portugal, República Tcheca e Suíça.

A obra de Gelson Oliveira tem sido revalorizada no novo contexto tecnológico. Em 2018, foi editado na Alemanha um disco chamado Too Slow To Disco Brasil, compilado por Ed Motta, com fonogramas dos anos 1970 e 1980 que se destacam pela incursão qualificada nos gêneros soul e funk. Entre eles está Acordes & Sementes, do primeiro LP, ao lado de nomes como Filó Machado e Sandra de Sá. A coletânea possui versão em vinil e digital. Um selo português também fez contato com o gaúcho manifestando interesse em relançar Terra em longplay.

Além dos seis prêmios Açorianos e das distinções nacionais com os prêmios Fiat (1990) e Sharp (1993), o artista guarda outras curiosidades, como o fato de ter sido artesão em Gramado, onde confeccionou o troféu Kikito do festival de cinema.

SERVIÇO
GELSON OLIVEIRA – 70 ANOS
Quando: 11 de abril | Sexta-feira | 21h
Onde: Espaço 373 (Rua Comendador Coruja, 373 – Floresta)
Ingressos: R$30 a R$90
Ingressos antecipados: https://tri.rs/event/65/gelson-oliveira-70-anos

Informações e reservas de mesas pelo WhatsApp: (51) 999 99 23 15

O lançamento do curta-metragem do espetáculo “Memórias Enferrujadas – Costuras do Tempo “

 

 

O Grupo De Pernas Pro Ar celebra nos dias 9 e 10 de abril o lançamento do sua mais recente produção, o curta-metragem MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo , com uma programação especial e gratuita. Dirigido por Tayhú D. Wieser, o curta promete transportar o público para o universo particular de seu protagonista, o ator, diretor e inventor, Luciano Wieser, e de suas criações, que atravessam o tempo. O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo, Município de Canoas/RS, e pelo Ministério da Cultura do Governo Federal.

Em MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo, adentramos a mente fascinante das criações do inventor Luciano Wieser. Seu cotidiano, repleto de delírios e recordações, mesmo que enferrujado pelo tempo, continua a ressoar e a moldar sua existência. “Esta é uma experiência provocadora que entrelaça passado, presente e futuro, onde curiosas máquinas ganham vida e, como artesãs do tempo, costuram memórias e destinos”, afirma o inventor.

Na trama, o velho inventor, esquecido e desgastado, vive imerso em ilusões e lembranças despertadas por suas próprias criações. Cada uma das suas máquinas guarda preciosas pistas e acompanha cada um de seus passos, fragmentos de um quebra-cabeça a serem decifrados em um futuro distante. É através da vida pulsante dessas criações que ele não apenas recorda, mas revive cada momento com uma simplicidade renovada. Uma dança de tempos que se cruzam e se reinventam, costurada nas engrenagens das máquinas e nas emoções que elas despertam.

A programação

O lançamento do curta-metragem MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo, dirigido por Tayhú D. Wieser, inicia no dia 9, a partir das 19h30, quando será realizada a exibição online do filme no canal do YouTube do Grupo De Pernas Pro Ar (@depernasproar), com legendas e audiodescrição. Logo após, às 20h, realiza-se uma live de lançamento, com um bate-papo entre o diretor Tayhú D. Wieser, o criador da obra Luciano Wieser e os cineastas Jackson Zambelli e Tutti Gregianim. A será transmitida no mesmo canal do YouTube.

No dia 10, a exibição do curta será feita presencialmente na Escola Municipal de Ensino Fundamental Erna Würth, localizada para alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos), às 19h30min. Às 20h, o público presente poderá participar de um bate-papo com o diretor Tayhú Wieser, o criador Luciano Wieser e a cineasta Maíra Coelho.

Toda a programação é gratuita e aberta ao público, oferecendo uma oportunidade única de interagir com os criadores do curta e explorar o universo de Memórias Enferrujadas – Costuras do Tempo.

Sobre o grupo:

Desde 1988, o Grupo De Pernas Pro Ar, de Canoas-RS, tem desenvolvido um estilo próprio de teatro e audiovisual, com obras curiosas e  inusitadas, com traquitanas, bonecos e maquinarias de cena que misturam mecânicas com tecnologias digitais e robótica: estética ousada que rompe com o cotidiano por meio de máquinas que provocam reflexões sobre a vida de forma sensível, poética e curiosa.

FICHA TÉCNICA:

Diretor de Audiovisual: Tayhú Durigon Wieser

Diretor de arte: Luciano Wieser

Roteirista: Raquel Durigon e Luciano Wieser

Produção: Raquel Durigon

Ator: Luciano Wieser

Atriz animadora de tecnologias digitais e robótica: Raquel Durigon

Inventor das máquinas de cena e cenógrafo: Luciano Wieser

Captação de imagens e Montagem: Tayhú Durigon Wieser

Designer: Isadora Fantini Rigo  e Tayhú Durigon Wieser

Figurinista: Raquel Durigon

Iluminação: Gabriel Gonçalves

Cabelos e maquiagem: Raquel Durigon e Luciano Wieser

Assessoria técnica de audiovisual: Tutti Gregianim

Debatedores: Jackson Zambeli, Tutti Gregianim e Maíra Coelho , Luciano Wieser e Tayhú Wieser

Auxiliar de audiovisual: Isadora Fantini Rigo

OVNI – Acessibilidade

Legendas: Isadora Fantini Rigo

Assessoria de Imprensa: Silvia Abreu

Divulgação: Rolezino

Contabilidade: Extrema Razão

Realização: Grupo de Pernas Pro Ar

Projeto contemplado Lei Paulo Gustavo Município de Canoas/RS – Ministério da Cultura Governo Federal

Apoio: 

Ponto de Cultura – Inventário Espaço Criativo

ABTB/Unima Brasil _ Associação Brasileira de Teatro de Bonecos

Met RS

Rolezinho

 

SERVIÇO:

09/04/25 – 19h30 – Exibição do curta-metragem  MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo   

Minutagem: 15min

Local – Canal Youtube:   @depernasproar

Com Legendas e audiodescrição

Indicação: Livre

Divulgação: @grupodepernasproar @tayhuwieser

09/04/25 – 20h – Live de lançamento MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo.

Bate-papo: Diretor Tayhú D Wieser

Artista Criador Luciano Wieser

Convidados: Cineastas Jackson Zambelli e Tutti Gregianim

Local – Canal Youtube:  @depernasproar

Duração: 1h20min

 

10/04/25 – 19h30 – Exibição do curta-metragem na EMEF Erna Würth para alunos do EJA (Av. Dezessete de Abril, 430, Guajuviras, Canoas-RS)

10/04/25 – 20h – Bate-papo com o Diretor Tayhú Wieser, o criador Luciano Wieser e a cineasta Maíra coelho

Duração 1h30min

Programação Gratuita

Acesse fotos de divulgação – Crédito Tayhú Wieser:

https://www.dropbox.com/scl/fo/c1fwgknf4hpz0tf488ala/AFdy1tuIGP_c7Zo1_VliyrQ?rlkey=vpan6ts7beh07kbpm7smi5u47&dl=0

Projeto Proseando em Tupi contempla escolas de Viamão  com material sobre povos originários do Brasil

 

Proseando em Tupi_material pedagógico para crianças com palavras dos povos originários. Foto Poliana Peres/ Divulgação

Iniciativa, realizada com recursos da Lei Paulo Gustavo Pró-Cultura RS, será lançada oficialmente nesta quinta-feira (3), durante atividade formativa destinada a professores e orientadores 

Com o objetivo de valorizar a importância da língua Tupi como patrimônio cultural imaterial, o projeto Proseando em Tupi irá contemplar dez escolas públicas de Viamão com uma ferramenta de alfabetização voltada a estudantes das séries iniciais do Ensino Fundamental. O lançamento oficial do projeto ocorre nesta quinta-feira (3) e contará com entrega gratuita do material lúdico e pedagógico, durante atividade formativa destinada a professores e orientadores das instituições, que acontece, das 18h às 20h, no Colégio Estadual Cecília Meireles (rua Alcides Maia, 390 – Centro de Viamão). A Iniciativa conta com recursos da Lei Complementar nº 195/2022 do Ministério da Cultura, repassados pela Sedac/RS, via Lei Paulo Gustavo Pró-Cultura RS.

Formado por um jogo de tabuleiro, com baralhos de cartas que apresentam palavras dos povos originários do Brasil associadas a imagens representativas (de animais, plantas, alimentos, entre outros), a ferramenta foi elaborada para ser aplicada em salas de aula do 1º e 2º ano (para grupos com quatro crianças, em média).  A proposta tem como objetivo viabilizar que os pequenos se conscientizem, resgatem e reconheçam a procedência de palavras indígenas, a partir do desenvolvimento de habilidades de expressão corporal e de fluência leitora. Para isso, o material utiliza como vocabulário as palavras incorporadas do Tupi à Língua Portuguesa Brasileira, de forma contextualizada com a flora e a fauna presentes no território nacional.

Todas as dez instituições contempladas são escolas da rede de ensino público estadual, localizadas na cidade de Viamão (Açorianos, Airton Sena, Alcebíades Azeredo dos Santos, Canquirine, Cecília Meireles, Cecília Flores, Farroupilha, Minuano, Nísia Floresta e Rui Barbosa). “Inicialmente, nossa proposta era a de entregar os tabuleiros e realizar a formação de professores da rede municipal; no entanto, não houve interesse por parte da prefeitura da cidade e – com a autorização da Sedac – a iniciativa foi remanejada para alunos de escolas mantidas pelo Estado”, explica o produtor executivo e assessor artístico-pedagógico do projeto, Giancarlo Carlomagno.

A atividade formativa desta quinta-feira será considerada como horas trabalhadas aos participantes das escolas e será ministrada pela equipe integrante do projeto Proseando em Tupi, (contando com um intérprete de Libras) apresentando propostas didáticas para as áreas de Educação Artística, Alfabetização e Ciências da Natureza. Durante a formação sobre o uso do jogo em sala de aula e suas potencialidades no ensino interdisciplinar para as práticas de alfabetização, serão distribuídos – ao todo – 45 exemplares do material (somando uma média de quatro a cinco kits por escola). Para facilitar o treinamento, os professores e orientadores já receberam acesso a um e-book em PDF (mantido na nuvem do projeto) para que pudessem estudar a ferramenta e entender, antecipadamente, como o jogo funciona.

Embasado em conceitos teóricos da Pedagogia, com a orientação da professora Jaqueline Gomes Nunes, o projeto Proseando em Tupi é uma realização da empresa Diana Manenti Produção e Arte. Idealizada pela pedagoga e psicopedagoga Brenda Rosana Goulart, a iniciativa contou com distintas fases de execução: em agosto de 2024, foi realizado um playtest do protótipo do jogo com três professores voluntários, todos profissionais da Educação Básica; seguido por ajustes sugeridos pelos participantes e, após, a inclusão de recursos de acessibilidade (previstos originalmente pelo cronograma do trabalho). Realizada pelo Coletivo de Acessibilidade Criativa, esta última etapa incluiu a produção de dois baralhos com texturas distintas (para cada jogo), que podem ser diferenciados por crianças com deficiência visual, além de áudio disponibilizado em nuvem, para que os professores possam aplicar recursos de audiodescrição, quando necessário.

Com distintas propostas didáticas (organizadas conforme gradação de dificuldade) o material engloba, ainda, diferentes níveis de escrita e leitura. Além dos kits com os jogos de tabuleiro, as escolas também receberão manuais para professores e mediadores, a fim de que seja possível auxiliar no entendimento da ferramenta pelas crianças. “Durante o playtest realizado em agosto do ano passado, constatamos que não há impedimento de que o material seja utilizado por uma possível falta de conhecimento prévio”, pondera Brenda. “Também o vocabulário está adequado para a faixa etária destinada”, avalia a idealizadora. Segundo ela, o jogo é “divertido e rápido”, com coleta de itens ao longo do percurso. “Este material é uma potência para a aprendizagem de conceitos por parte do estudante, já que promove interação”, emenda.

 

Proseando em Tupi

Ficha técnica:

Idealização e assessoria pedagógica: Brenda Rosana Goulart

Realização: Diana Manenti Produção e Arte

Produção executiva/ ass. artístico-pedagógica: Giancarlo Carlomagno

Assessoria pedagógica: Jaqueline Gomes Nunes

Consultoria em acessibilidade: Coletivo de Acessibilidade Criativa

Social Media e fotografia: Poliana Peres

Design gráfico: Willian Nunes Ferreira

Vídeos e edição audiovisual: Pedro Clezar

Intérprete de Libras: Lucas Terres Rocha

Assessoria de imprensa: Adriana Lampert

 

Ritmos latinos e música de concerto se encontram na Casa da OSPA

 

Sonoridades brasileiras e caribenhas tomam conta do Complexo Cultural Casa da OSPA no concerto Latinidades, que será apresentado na próxima sexta-feira (04/04) pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS). A partir das 20h, o grupo percorre um repertório onde a música de concerto se encontra com boleros, cumbias, frevos, samba-canção e outros ritmos. O compositor Arthur Barbosa será o regente da Orquestra, que interpreta duas de suas composições, incluindo uma estreia mundial e uma peça com a participação do violinista Alejandro Drago. Os ingressos já estão disponíveis pelo Sympla. Está prevista a transmissão ao vivo da apresentação pelo canal da OSPA no YouTube.

O violinista argentino Alejandro Drago . Foto Ed Jahelka /Divulgação

Um dos compositores mais importantes do Rio Grande do Sul, Arthur Barbosa é também violinista da OSPA e regente da OSPA Jovem. Nascido em Fortaleza, no Ceará, ele completa 30 anos em Porto Alegre e 40 anos de carreira em 2025. Sua trajetória será homenageada no concerto Latinidades, no qual vai reger duas composições próprias. A Suíte Caribe, uma estreia mundial, deriva de uma pesquisa que abrangeu mais de 100 ritmos da América Latina e deu origem a diferentes suítes.  “A peça é composta por três movimentos, todos baseados em ritmos da região do Caribe, como cumbia, bolero e salsa. Cada movimento representa um desses ritmos, e a orquestração busca retratá-los da forma mais pura e límpida possível, sem a intenção de ser original, mas sim de preservar ao máximo sua essência”, detalha Barbosa.

A outra obra de Barbosa no repertório, Concerto para Violino e Orquestra, nasceu de conversas com o violinista argentino Alejandro Drago, que a estreou em 2007 nos Estados Unidos. Baseado em elementos musicais brasileiros, o Concerto aproxima o violino da rabeca, instrumento precursor do violino que é muito usado no forró e no xote, e explora gêneros como o samba-canção e o frevo. Convidado para atuar como solista junto à OSPA, o músico descreve a obra: “É uma honra apresentar este concerto, que vejo como um hino à beleza e à diversidade do Brasil, sua geografia, seu povo e sua cultura”.

A noite também inclui obras de dois grandes nomes da música latino-americana: o mexicano Arturo Márquez e o cubano Dámaso Pérez Prado (1916-1989). Do primeiro, a Orquestra interpreta “Danzón nº2” – obra-prima inspirada em um estilo de dança que tem suas origens em Cuba, mas é parte essencial do folclore mexicano de Veracruz, no México. Foi composta em 1994 após uma visita do compositor a um salão de baile da região mexicana.

O concerto é finalizado com Pot-pourri de Mambos, de Pérez Prado, considerado um dos pais do ritmo e responsável pela sua popularização ao redor do mundo. Na seleção de peças que a OSPA vai executar, arranjada por Eugenio Toussaint, estão quatro dos mambos mais conhecidos do compositor. Segundo Arthur Barbosa, a obra “transmite um clima nostálgico, remetendo às grandes orquestras de rádio e às trilhas sonoras do cinema que marcaram a América Latina em décadas passadas”.

OSPA em concerto . crédito Vinícius Angeli, Divulgação

O violoncelista da OSPA Murilo Alves convida o público a se aprofundar mais no repertório uma hora antes da apresentação, no projeto Notas de Concerto. A palestra, que traz comentários e curiosidades sobre cada obra, será na sexta-feira (04/04), às 19h, na Sala de Recitais da Casa da OSPA – a entrada é mediante o ingresso do concerto. Assim como o concerto, a palestra tem transmissão ao vivo pelo canal da OSPA do YouTube.

Alejandro Drago . Foto Vern Evans / Divulgação

Sobre Alejandro Drago

Alejandro Drago é um violinista argentino aclamado internacionalmente. Sua musicalidade transcende gêneros, combinando virtuosismo clássico com a essência do tango. Formado no Conservatório Estadual de Moscou e na University of Southern Mississippi, Drago atua como solista, maestro, compositor e educador. Apresentou-se em prestigiadas salas como o Teatro Colón e o Kennedy Center. Atualmente, é Diretor Artístico da Greater Grand Forks Symphony Orchestra e professor na University of North Dakota. Seu repertório inclui obras clássicas e composições próprias, com destaque para as Seis Sonatas e Partitas Buenos Aires para violino solo. Seus arranjos de Piazzolla são especialmente aclamados pela crítica.

Arthur Barbosa rege obra de sua autoria. crédito Fabio Kreme/ Divulgação

Sobre Arthur Barbosa

Arthur Barbosa, violinista, compositor e regente, integra a OSPA desde 1998, assumindo em 2014 a regência da OSPA Jovem e, a partir de 2025, o cargo de Regente Assistente. Natural de Fortaleza, no Ceará, já residiu na Argentina, Chile, João Pessoa e Campinas, acumulando vasta experiência em música latino-americana. Sua obra, com mais de 200 composições, já foi executada em mais de 25 países, incluindo oito estreias internacionais. Entre reconhecimentos e premiações ganhou o prêmio Açorianos de Música, Trilha Sonora para Teatro Infantil e Dança, e em 2023 foi o compositor homenageado pelo 25° Encontro de Violoncelos do RS. No mesmo ano, recebeu o convite para tornar-se Embaixador do concurso de composição International Eduardas Balsys Young Composers Competition, com sede na Lituânia. Em 2025, completa 30 anos em Porto Alegre e 40 anos de carreira.

FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE

LATINIDADES – Homenagem à 14ª Bienal do Mercosul e à trajetória de Arthur Barbosa

SEXTA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2025

Início do concerto: às 20h. Palestra Notas de Concerto: às 19h, com Murilo Alves.

Onde: Complexo Cultural Casa da OSPA (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre, RS).

Ingressos: de R$ 10 a R$ 50. Descontos: ingresso solidário (com doação de 1kg de alimento), clientes Banrisul, Amigo OSPA, associados AAMACRS, sócio do Clube do Assinante RBS, idoso, doador de sangue, pessoa com deficiência e acompanhante, estudante, jovem até 15 anos e ID Jovem.

Bilheteria: em sympla.com.br/casadaospa ou no Complexo Cultural Casa da OSPA no dia do concerto, das 15h às 20h.

Estacionamento: gratuito, no local.

Classificação indicativa: não recomendado para menores de 6 anos.

Transmissão ao vivo: às 19h (Notas de Concerto) e às 20h (concerto) no canal da OSPA no YouTube.
Este evento disponibiliza medidas de acessibilidade.

PROGRAMA

Arturo Márquez | Danzón n° 2

Arthur Barbosa | Concerto para Violino e Orquestra

Solista: Alejandro Drago (violino)

Intervalo

Arthur Barbosa | Suíte Caribe (Estreia Mundial)

– Salsa

– Bolero

 – Cumbia

Dámaso Perez Prado | Pot-pourri de Mambos

Orquestração: Eugenio Toussant

-Que Rico el Mambo

-Ruletero

-Mambo n° 5

-Mambo n° 8

Solista: Alejandro Drago (Violino)

Regente: Arthur Barbosa

Apresentação: Orquestra Sinfônica de Porto Alegre

Lei de Incentivo à Cultura

Patrocínio da Temporada Artística: Gerdau, Banrisul, TMSA e Tramontina.

Apoio da Temporada Artística: Unimed, Imobi e Intercity. Promoção: Clube do Assinante.

Realização: Fundação Cultural Pablo Komlós, Fundação OSPA, Secretaria da Cultura do RS, Ministério da Cultura, Governo Federal – União e Reconstrução.

Acompanhe as notícias da Fundação OSPA:

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“Pintura à Deriva”,   de Eduardo Vieira da Cunha, no Espaço Cultural do Hotel Praça da Matriz

 Localizado no Centro Histórico de Porto Alegre, o Espaço Cultural do Hotel Praça da Matriz (HPM) hospeda de 2 a 30 de abril (14h-18h) a exposição “Pintura à Deriva”, com mais de 20 telas inéditas do renomado artista plástico gaúcho Eduardo Vieira da Cunha. A mostra tem abertura às 18h de quarta-feira (2) e visitação de segunda a sexta-feira (10h-18h), com entrada franca. Endereço: Largo João Amorim de Albuquerque nº 72, próximo ao Theatro São Pedro.

O evento está integrado à segunda edição do projeto “Portas para a Arte”, promovido em uma série de espaços alternativos durante a 14ª Bienal do Mercosul (27 de março a 1º de junho). Além da exposição, o HPM promoverá nas quartas-feiras de 9 e 30 de abril (17h) a sua já tradicional “Roda de Cultura”, com a presença de Eduardo Vieira da Cunha para um bate-papo. Reservas pelo whatsapp (51) 9859-55690.

O artista visual Eduardo Vieira da Cunha  em seu ateliê-Foto Marcello Campos/ Divulgação

Pintor, desenhista, fotógrafo, escultor, gravador, pesquisador, museólogo e ex-professor do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) de 1985 a 2024, Vieira da Cunha não realiza uma exposição individual desde 2022. Esse hiato é agora quebrado por 25 trabalhos de diferentes formatos e todos em acrílico sobre tela, produzidos desde o ano passado e que incluem ilustrações sob encomenda para o livro “Por que Ler os Clássicos?”, do jurista e escritor Daniel Mitidiero.

Eduardo Vieira da Cunha (Foto Marcello Campo/ Divulgação

“Eu me aposentei da atividade docente em maio do ano passado, bem na época da enchente, de modo que a combinação de maior tempo livre e isolamento forçado acabou permitindo que eu me dedicasse à pintura em tempo integral em meu ateliê, na avenida Independência”, conta o artista de 69 anos – 51 de carreira. Em breve, ele retomará a atividade acadêmica como professor convidado do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFRGS.

Desenhos de aeronaves fazem parte dos quadros do artista. Foto Marcello Campos/ Divulgação

Espaço cultural HPM

 Inaugurado como imóvel residencial no final da década de 1920, o palacete do Largo João Amorim de Albuquerque nº 72 abriga há quase 50 anos o Hotel Praça da Matriz. O empreendimento passou por ampla revitalização e, sob o comando da família Patrício desde 2014, hospeda anônimos e famosos, além de abrigar o Espaço Cultural HPM. No foco estão exposições, saraus, lançamentos de livros e outros eventos, em parceria com a empresa Práxis Gestão de Projetos.

Pintura do Hotel Praça da Matriz (noturno) – Foto Divulgação

A origem do imóvel remonta a Luiz Alves de Castro (1884-1965), o “Capitão Lulu”, dono do cabaré-cassino “Clube dos Caçadores”, instalado de 1914 a 1938 na rua Andrade Neves (a poucas quadras dali) e enaltecido por cronistas e escritores como Erico Verissimo. A fortuna amealhada pelo empresário com a atividade ainda bancou, na mesma época, a construção do imponente edifício que hoje sedia o Espaço Cultural Força e Luz (Rua da Praia).

Contratado por Lulu, o engenheiro e arquiteto teuto-gaúcho Alfred Haasler projetou quatro andares com subsolo, pátio interno e dois diferenciais naquele tempo: garagem e sistema francês para calefação de água, tudo em estilo eclético, com mármores, azulejos e outros materiais importados. O conjunto está inventariado como de interesse histórico pelo Município e contemplado com o programa Monumenta, permitindo a recuperação de fachada, cobertura e estrutura elétrica.

 

O proprietário não teve muito tempo para aproveitar tamanho requinte, pois migrou no início da década de 1930 para o Rio de Janeiro, ampliando atividades (foi sócio do Cassino da Urca e dono de diversos empreendimentos). Com o decreto federal que em 1946 proibiu os jogos-de-azar, Lulu se desfez do seu patrimônio em Porto Alegre. O palacete junto à Praça da Matriz – até então alugado a terceiros – trocou de mãos até ser adquirido em 1949 por um comerciante cuja nora, Ilita Patrício, mantém hoje o estabelecimento hoteleiro.

Wander Wildner lança “Diversões Iluminadas” nas plataformas digitais e dá início à turnê

Um dos artistas mais presentes no cenário cultural do RS e do Brasil, Wander Wildner se prepara para o lançamento de seu novo álbum, Diversões Iluminadas, dia 3 de abril em todas as plataformas digitais, com direito a turnê de shows pelo país, começando por Porto Alegre, no Teatro de Câmara Túlio Piva. O álbum apresenta doze versões de clássicos atemporais, que vão de Bob Marley a Iggy Pop, passando por Caetano Veloso e Ednardo, em um verdadeiro almanaque de músicas que formaram a identidade de Wander Wildner e estão presentes em suas experiências pessoais e culturais. Diversões Iluminadas foi produzido por Rust Machado, jovem músico gaúcho de rara sensibilidade e criatividade, que há dez anos acompanha Wander em estúdios e nos palcos.

No show de lançamento, no dia 3 de abril, às 21h, Wander sobe ao palco acompanhado por Rust Machado na guitarra, Clauber Scholles no baixo, Rika Barcellos na bateria e Gabriel Guedes na guitarra. No repertório, além das músicas do disco, outras versões gravadas por Wander ao longo de sua extensa e movimentada carreira, entre elas, Um lugar do caralho, Amigo Punk, I believe in miracles e Candy, além dos clássicos de sua autoria, como Bebendo vinho, Eu tenho uma camiseta escrita eu te amo e Rodando el mundo.

Em Diversões Iluminadas Wander Wildner reafirma sua importância no cenário musical brasileiro. O novo disco promete agradar aos fãs de longa data e também conquistar novas gerações, provando que a arte continua a ser uma poderosa ferramenta de expressão. Juntamente com o álbum, Wander Wildner lança também o livro de mesmo nome, onde conta como foi o processo de criação de cada uma das versões.

O álbum abre com a poderosa Redemption Song, de Bob Marley, que ganhou versão em português, ressoando uma mensagem de liberdade que sempre permeou a obra de Wander. Em seguida, The Killing Moon, do Echo & The Bunnymen, é reinterpretada, também em português, com a intensidade que caracteriza o som desse artista único, mostrando como a música pode transcender o tempo. Entre os destaques, Um Índio de Caetano Veloso ganha nova vida na voz de Wildner, trazendo à tona questões sociais e espirituais que ele carrega em sua alma. Já True

Love Will Find You in the End, de Daniel Johnston, é uma declaração de amor e esperança, perfeita para sua sensibilidade. Mas com certeza, transpor a poética de Simple Twist of Fate, do mestre Bob Dylan para a língua de Camões é uma mostra de que esse ‘punkbrega’ continua com a mente afiada e nos encantando cada vez mais. Com Dê um Rolê dos Novos Baianos e Sangue Latino dos Secos & Molhados, o álbum segue homenageando a rica história da música brasileira, descortina a versatilidade de Wander, mesclando diferentes estilos. A inclusão de Times Like These do Foo Fighters e Beside You de Iggy Pop, revela sua admiração pelo verdadeiro punk rock, traduzindo essas influências em um som que é essencialmente seu.

 

Diversões Iluminadas é mais do que um álbum de versões, são reinterpretações de memórias e vivências que definiram a carreira de Wildner. Em Terral, de Ednardo, Wander reforça seu amor pelo mar e a vida na natureza, e em John Lennon is my Jesus Christ, da Buzzard Buzzard Buzzard, banda inglesa do novo milênio, ele flerta novamente com a espiritualidade e a busca por sentido, temas recorrentes em sua obra. Fechando o disco, Pra Viajar no Cosmos não Precisa Gasolina de Nei Lisboa, é um convite à reflexão sobre o universo, mostrando a essência de um artista que continua buscando expandir seus horizontes.

 

Diversões Iluminadas é um lançamento YEAH/CDBABY e estará disponível nas plataformas digitais a partir do dia 3 de abril. Já o livro, poderá ser adquirido nos shows da turnê ou pelo whats (51) 99799.1900.

 

DIVERSÕES ILUMINADAS – shows de lançamento

3 de abril, quinta, às 21h – Porto Alegre

Teatro de Câmara Túlio Piva – Rua da República 575 – Porto Alegre

Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/102884/d/301903/s/2060585

4 de abril, sexta, às 22h – Viamão

Beerbox Cantegril – Av. Sen. Salgado Filho 6614 – Viamão

Ingressos: https://organizador.sympla.com.br/painel-do-evento?id=2826493

5 de abril, sábado, às 22h – Novo Hamburgo

O Lorde Bar – Av. Gal. Daltro Filho 1090 – Novo Hamburgo

Ingressos: https://olordebar.pagtickets.com.br/rs-rock-ed11-wander-wildner-alemao-ronaldo__14404/

6 de abril, domingo, às 21h – Canoas

London Music Pub – Rua doutor Barcelos 1350 – Canoas

Ingressos: https://organizador.sympla.com.br/painel-do-evento?id=2849247

*Diversões Iluminadas estará em todas as plataformas digitais a partir de 3 de abril

*Para adquirir o livro: nos shows de lançamento ou pelo telefone/whats (51) 99799.1900

 

 

 

“O oculto da pedra bruta” na exposição do escultor Ricardo Aguiar, em seu atelier

 

Com 35 anos de carreira e uma obra que adquire cada vez mais destaque em coleções privadas e espaços arquitetônicos, Ricardo Aguiar abre a exposição individual “O oculto da pedra bruta”, nesta terça-feira (1º/4), às 17h. Com curadoria de José Francisco Alves, a mostra integra a programação do Portas para a Arte, projeto da Fundação Bienal do Mercosul.

Obra de Ricardo Aguiar/ Divulgação

“A exposição reúne obras com estruturas segmentadas e polidas, com jogo de cortes e encaixes, proporcionando efeitos dinâmicos e fragmentados; também obras de formas simplificadas e arredondadas, lembrando um pássaro ou uma forma natural suavizada pela erosão”, descreve, analiticamente, o curador, que é membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte e professor de escultura em pedra no Atelier Livre Xico Stockinger, em Porto Alegre.

Alves acrescenta que “o contraste entre texturas, partes lisas com camadas rugosas, cria efeitos de equilíbrio e leveza. Há acabamentos lisos e altamente refletivos em contraste com superfícies texturizadas, a reforçar o apelo tátil das esculturas”.

Pedra esculpida. Foto Amanda Luchese/ Divulgação

Aguiar trabalha basicamente com mármore, basalto e granito, e considera o desenho fundamental na sua atividade. Usa-o como ponto de partida para o trabalho que, a seguir, é modelado em gesso ou argila. Arredio a rótulos, o artista diz que precisa se sentir livre para criar suas obras, predominantemente abstratas.

Quem visitar o atelier, de fachada  pintada de vermelho, nem precisará adentrá-lo para começar a apreciar a arte de Aguiar. Já no jardim da entrada deparará com peças de grande porte em meio ao verde das plantas. Nos fundo do atelier, há outra área ao ar livre, que também reúne trabalhos artísticos.

Atelier de Ricardo Aguiar, no bairro Floresta, em Porto Alegre. Foto Amanda Luchese/ Divulgação

O vernissage terá status de inauguração oficial do atelier, ocupado pelo escultor desde 2019. Em duas ocasiões anteriores, imprevistos impediram a abertura festiva para convidados, colecionadores, amigos. A primeira por conta da pandemia e a segunda em razão da enchente de maio do ano passado.

“Desta vez, com certeza, vivenciaremos a alegria de confraternizar com nossos amigos e amigas”, declara Aguiar, um dos mais ativos escultores gaúchos da atualidade, que, entre tantos trabalhos e ações, esculpiu uma fonte em granito para o renomado artista Vik Muniz, na Gávea, no Rio de Janeiro.

Obras de Ricardo Aguiar/ Divulgação

SERVIÇO

Exposição “O oculto da pedra bruta”, de Ricardo Aguiar

Curadoria: José Francisco Alves

Abertura: 1º de abril (terça-feira), às 17h

Visitação: de 3 a 20 de abril, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h

Endereço: Rua 3 de Maio, 115, bairro Floresta, Porto Alegre

Entrada franca

O lançamento do projeto Ilê Asè Omidewá –  A História de um Terreiro Assentado na Lomba do Pinheiro

 

Uma série de quatro encontros com o público marcam, a partir deste sábado, dia 29 de março, às 14h, o lançamento do projeto Ilê Asè Omidewá – A História de um Terreiro Assentado na Lomba do Pinheiro, que consiste em Podcast com 16 episódios que irão contar a história  de um terreiro amefricano, a partir de narrativas de natureza literária assentadas em tradição oral. A Iyalorixá Bete Omidewá estará no centro da roda, fazendo falar a língua da sabedoria ancestral. O projeto se constitui na criação de narrativas literárias que serviram de roteiro para o Podcast constituído por 16 episódios, com duração média de 30 minutos, cada um, disponíveis nos canais próprios para podcast e no Youtube.

Na primeira Roda de Conversa do projeto Ilê Axé Omidewá, o tema central é o conceito de “Encruzilhada”, presente em diversos contextos, mas com um significado singular para o povo bantu e seus descendentes. A conversa busca entender o que é a encruza, qual o papel de Pambu Nzila nesse processo e como ela se conecta com as tradições Congo-Angola. A proposta é explorar esses conceitos à luz do Pensamento Filosófico Muntu, com a Iyalorixá Bete Omidewá, referência na sabedoria ancestral, conduzindo o encontro. O objetivo é aprofundar o entendimento das raízes culturais e espirituais que nos constituem enquanto Muntu-Bantu. O convite está aberto a todos, filhos da casa ou interessados no tema, para se unirem a essa troca de saberes no Ilê, localizado na Lomba do Pinheiro.

As próximas rodas de conversa irão ocorrer nos dias 5, 12 e 19 de abril, sempre das 14h às 16h, na Rua Humberto Cadaval, 212, Bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. A realização é da Organização Religiosa e Cultural Ilê Asè Omidewá, com financiamento da Lei Complementar nº 195/2022, Lei Paulo Gustavo, por meio do Ministério da Cultura e da Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul. A direção geral é de Eliane Marques (Louças de familia, Prêmio São Paulo de Literatura 2024), autora dos roteiros literários escritos a partir de conversas com as matriarcas da comunidade A produção e gestão cultural são de Silvia Abreu e as entrevistas e assistência de produção são de Abraão Picoli de Lucena, Baba kekere.

Narrativas literárias

As narrativas literárias que compõem os 16 podcasts nasceram de entrevistas conduzidas pela poeta e escritora Eliane Marques com a Iyalorixá Bete Omidewá, sacerdotisa do Ilê Asè Omidewá, com Iyabassê Jussara de Nanã (Mãe da comunidade). O projeto conta com a consultoria de um professor de história e de um professor especialista em estudos africanos e afro-brasileiros. Constituído por entrevistas com as matriarcas da egbé (comunidade litúrgica), o projeto celebra a cultura, a memória, a existência criativa e a resistência da população negra. população negra.

Em breve, todos os 16 episódios do Podcast Ilê Asè Omidewá estarão disponíveis no site do projeto e no Youtube,. repletos de histórias, memórias e reflexões sobre o legado cultural e espiritual do terreiro.

Transmissão oral

“Se os terreiros se mantêm pela transmissão oral, o podcast se constitui na melhor forma de conectá-los com suas comunidades. O Rio Grande do Sul possui profundas raízes nas tradições de matriz africana, com Porto Alegre abrigando um número significativo de terreiros. Entre eles, o Ilê Asè Omidewá se destaca como um raro exemplo de um terreiro que preserva e reinventa as culturas Congo, Djejê (ewe-fon) e Oyó, entrelaçando sua história com a da Lomba do Pinheiro”, comenta Eliane Marques.

“Ilê Asè Omidewá – A História de um Terreiro Assentado na Lomba do Pinheiro” busca contar a trajetória do terreiro, das famílias negras que o originaram e do matriarcado que o sustenta, destacando a força de seus princípios e valores. A série de podcasts proposta é uma jornada pela memória oral, uma forma dinâmica e singular de preservar e compartilhar a riqueza cultural e espiritual dessa tradição. “Mais do que um registro, celebra-se a pluralidade e se faz convite a uma escuta amorosa dos itans e dos ritos que fortalecerão sua ancestralidade e nos farão lembrar de quem somos e de como nos construímos como África viva”, afirma Bete de Omidewá.

SERVIÇO:

O Quê: Roda de Conversa tendo como tema o conceito de “Encruzilhada”, em seus diferentes contextos.

Quando: Dia 29 de março de 2025, sábado, das 14h às 16h

Onde: Ilê Asè Omidewá | Rua Humberto Cadaval, 212, Bairro Lomba do Pinheiro, Porto Alegre-RS

Quanto: Entrada franca

Recomendação etária: 14 anos (confirmar)

Esta obra foi realizada com recursos da Lei Complementar nº 195/2022, Lei Paulo Gustavo.

 

Canais de Comunicação do Ilê

www.ileaseomidewa.com.br

https://www.instagram.com/ilease_omidewa/

Bienal do Mercosul: poéticas do passado e do presente, na Galeria Duque

 

A Galeria Duque celebra a poesia encontrada na arte de grandes nomes como Tarsila do Amaral, Iberê
Camargo, Danúbio Gonçalves, Carlos Scliar, Siron Franco, além de produções contemporâneas. Outro destaque é a intervenção artística “A arte conecta” na fachada. O vernissage será neste sábado, 29 de março, das 14h às 16h30, com entrada franca.

Um dos acervos mais completos de arte do Estado também integra a 14ª Bienal do Mercosul dentro do projeto Portas para a Arte. A Galeria Duque inaugura neste sábado, 29 de março, duas exposições e uma
intervenção que exaltam a poética na arte. O vernissage será das 14h às 16h30, com entrada franca.
“Poéticas daqui” revela a poesia presente nas obras de grandes nomes do Rio Grande do Sul e do
Brasil, em uma oportunidade única para conferir as produções de mestres como Iberê Camargo, Danúbio
Gonçalves, Anita Malfatti, Burle Marx e Di Cavalcanti. “Poéticas plurais possíveis” compõem as
expressões da arte contemporânea presentes em obras de Daisy Viola, Graça Craidy, Kalu Flores, Thiago
Quadros e Ronaldo Mohr. Por fim, a intervenção artística “A arte conecta” de Roberto Freitas, Adriana
Leiria e Ronaldo Mohr.se integra à Bienal do Mercosul em um convite para viver a arte também nas ruas
da cidade.

Obra de Danúbio Gonçalves/ Divulgação

“A Galeria e Espaço Cultural Duque é um local para expor recortes temáticos de seu acervo composto por obras escolhidas uma a uma pelo colecionador Arnaldo Buss que, em algum momento, há treze anos,
resolveu possibilitar ao público da cidade de Porto Alegre a oportunidade de fazer parte desta história. Ela
também oferece um espaço de exposições para artistas atuantes na cidade e no Rio Grande do Sul. É um
espaço para ver, pensar, celebrar e comercializar a arte. Isso possibilitou, ao longo de sua trajetória, uma
maior aproximação entre o espectador e o objeto de arte em pleno centro histórico da capital gaúcha”,
destaca a curadora Daisy Viola.

Obra de Ronaldo Mohr/ Divulgação

Neste momento em que a cidade está respirando arte em muitos espaços, a Galeria Duque mostra um
recorte de seu acervo om obras de artistas fundamentais da arte brasileira nos séculos XX e XXI,
principalmente de artistas gaúchos. Integram a mostra “Poéticas daqui” nomes como Iberê Camargo,
Carlos Scliar, Carlos Vergara, Di Cavalcanti, Leopoldo Gotuzzo, Danúbio Gonçalves, Cândido Portinari,
Siron Franco, Burle Marx, Anita Malfatti, Ruth Schneider, Maria Lídia Magliani, Frans Krajcberg, Alice
Soares, Márcia Marostega, Nelson Jungbluth, Tarsila do Amaral, Gelson Radaelli, Antonio Bandeira, Oscar
Crusius, Fernando Baril, Glênio Bianchetti, Glauco Rodrigues, João Luiz Roth, Ione Saldanha, entre
outros.

Graça Craidy/ Divulgação

Já a exposição “Poéticas Plurais Possíveis” apresenta artistas muito diferentes entre si, com trabalhos
que se encontram na liberdade contemporânea do fazer. Cada um tem suas singularidades, mas todos
são muito fortes em suas propostas e linguagens escolhidas. “A ideia é valorizar essas diferenças que
juntas fazem parte de um universo coletivo com vínculos que estabelecem relações entre si e com o
público, o que amplia a dimensão poética do fazer e do perceber”, explica a curadora. Na mostra, Daisy
Viola, Graça Craidy, Kalu Flores, Ronaldo Mohr e Thiago Quadros expõem dez criações cada de sua
produção mais recente.
A arte já se apresenta na fachada da Galeria Duque como parte do projeto Bienal do Mercosul 2025 –
Portas para a Arte, em um convite à população para adentrar o espaço e conhecer as produções
artísticas do passado e do presente. A rua Duque de Caxias é uma das mais antigas da capital e ainda
mantém alguns prédios com fachadas históricas, como é o caso da Galeria Duque e da casa nº 614 bem
em frente. Para conectar esses espaços, os artistas Roberto Freitas, Adriana Leiria e Ronaldo Mohr
produzirão a instalação “A arte conecta” que apresenta manifestações artísticas que poderá ser
conferida de diferentes pontos de vista.
Bienal do Mercosul 2025 – Portas para a Arte
Galeria e Espaço Cultural Duque
“Poéticas daqui” – com obras do acervo
“Poéticas plurais possíveis” – com produções de Daisy Viola, Graça Craidy, Kalu Flores, Thiago
Quadros e Ronaldo Mohr;

Obra de Di Cavalcanti/ Divulgação

SERVIÇO

“A arte conecta” – com uma intervenção na fachada de Roberto Freitas, Adriana Leiria e Ronaldo Mohr
Endereço: Duque de Caxias, 649 – Porto Alegre
Vernissage: 29 de março, das 14h às 16h30
Período da exposição: de 29 de março a 1º de junho
Horário de funcionamento: Seg/Sex: 10h às 18h | Sáb: 10h às 17h

Na exposição “Minha Gaza, Minha Vida “, 38 desenhos de 18  cartunistas gaúchos

Começa na terça-feira, 25 de março, a exposição “Minha Gaza, Minha Vida”,  produzida pelo jornal GRIFO, com abertura às 19h, no Clube de Cultura em Porto Alegre (rua Ramiro Barcelos, 1853). São 38 desenhos de 18  cartunistas e mais um painel coletivo de 250cm X 176 cm.

Cartun de Tarso/ Divulgação

A exemplo de “Fica em Gaza”, de janeiro de 2024, esta mostra questiona motivos e responsáveis por mais de 48 mil mortes, além de destruição de casas, escolas, hospitais, estradas, cerceamento de ajuda humanitária e corte de energia elétrica.

Cartun de SCHRÖDER / Divulgação

A exposição acontece entre 25 março e 19 de abril e tem o apoio de Grafar, CUT/RS, Clube de Cultura, Associação Cultural José Marti, Associação José Marti/RS, Fepal, SindJoRS e Fenaj.