Homenagem aos 250 anos de Porto Alegre, em exposição de Nilton Santolin

Em homenagem ao aniversário de 250 anos de Porto Alegre, a Delphus Galeria de Arte, em parceria com o Hotel Plaza São Rafael – duas referências em seus ramos de atuação – promovem a exposição fotográfica “Porto Alegre : Três Olhares”, do fotógrafo porto-alegrense Nilton Santolin.

21abr2009 fotos prédios centro de Porto Alegre, Mercado Público
01 06 2008 Ponte Móvel do Guaiba

O Centro Histórico de Porto Alegre, área privilegiada nas fotos,  possui belezas que muitas vezes passam despercebidas, mesmo para os que diariamente transitam por suas ruas, mas não pelo olhar atento de Santolin que, em 37 registros, captou ângulos que retratam uma arquitetura rica em detalhes das praças e dos monumentos da capital gaúcha.

© Nilton Santolin 2018/ Divulgação
© Nilton Santolin 2018/ Divulgação

Com quase 40 anos de profissão na arte da fotografia, Nilton Santolin inaugura no dia 10 de março, quinta-feira, a mostra individual que pode ser visitada com entrada franca, diariamente, das 9h às 20h, até o dia 30 de abril.

A exposição, dividida em três partes, tem como diferencial levar para o público três olhares distintos do mesmo fotógrafo sobre espaços de Porto Alegre A primeira parede apresenta a série Adulteradas, que ficou em cartaz no Museu de Arte do Rio Grande do Sul em 2019, trazendo perspectivas inusitadas da cidade. A segunda, Polaroides: Céu Azul de Porto Alegre, traz fotografias manipuladas e transformadas em ilustrações, que estiveram em cartaz em 2021 nas estações e nos canais da Trensurb. A última parte, intitulada Clássicas, expõe um compilado de imagens – que foram destaque em exposições coletivas, jornais, galerias e capas de revistas –, representativas de momentos e locais marcantes da cidade, como o pôr do sol, o Cais do Porto e a Fonte Francesa do Parque da Redenção.

©2016 Nilton Santolin/ Divulgação
©2015 Nilton Santolin/ Divulgação

O evento tem realização da Delphus Galeria de Arte e Molduraria – um espaço com quase meio século de história dedicado à arte em Porto Alegre. O convite à Nilton Santolin para que brindasse a cidade com sua arte fotográfica e seu olhar aguçado não poderia ser mais assertivo para esta ocasião. Você irá conferir, nas imagens expostas, toda beleza e singularidade de parte do imenso e qualificado acervo deste grande fotógrafo.

Sobre Nilton Santolin
Nilton Santolin Iniciou a carreira de fotógrafo em 1984. Unindo o olhar de repórter com a estética da publicidade, realizou diversos projetos que revelam o cotidiano e a arquitetura de cidades no Brasil e no exterior. Com dezenas de exposições individuais e coletivas, realizadas no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Uruguai e Suíça, é autor do livro UNICRED RS, que retrata 40 cidades gaúchas em preto e branco. Definindo-se como “um saqueador imagético dos detalhes”, seu maior interesse é impactar o espectador pela leveza ou estranheza da imagem.

© Nilton Santolin 2018/ Divulgação
© Nilton Santolin 2018/ Divulgação

SERVIÇO
Exposição Três Olhares: Porto Alegre Artista: Nilton Santolin
Período de visitação: de 10 de março a 30 de abril de 2022
Local: Hotel Plaza São Rafael (Av. Alberto Bins, 514 – Centro, Porto Alegre/RS)
Entrada franca
Realização: Delphus Galeria de Arte
As obras podem ser adquiridas no site: www.delphusgaleria.com.br

Abertura da Exposição “Fora da Margem” celebra diversidade nas artes visuais

Foi uma noite de glória para os 37 artistas participantes, para a Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa – promotora da mostra Fora da Margem -, e para a diversidade, representada na ocasião por suas diferentes tribos.

Obra Quarto fechado, sexo velado, de Ita Stockinger.
Grande público compareceu a abertura na Galeria do Dmae

Um dos trabalhos que chamaram a atenção do grande público que passou pela Galeria do Dmae na noite de quinta-feira (3), durante a abertura da mostra, foi a série “Queens”, da artista visual Inez Pagnoncelli: nove telas pintadas com acrílica e óleo, acrescidas de colagens com strass, miçangas, fitas com pérolas, folhas de ouro.

Paulo Amaral prestigiou a mostra da Chico Lisboa e a série Queens, de Inez Pagnoncelli
Público curtiu a mostra nas arcadas da galeria

Feliz com a atenção dispensada às obras pelos visitantes, entre eles o coordenador de Artes Visuais da Prefeitura de Porto Alegre, Paulo Amaral, a artista contou que se inspirou em drags famosas para produzir os retratos.

O público curtiu as obras expostas por entre as arcadas da galeria e assistiu e aplaudiu vídeos sobre a temática queer projetados nos jardins do parque. Presença a ser destacada, entre tantas outras, a da decana das artes visuais, Zoravia Bettiol.

Artista Graça Craidy (segurando catálogo), suas obras e as amigas Rosane Morais, Silvy Bertoja Fernandes e Josmeri Pergher Phul

A exposição permanece no local (Av. 24 de Outubro, 200, Moinhos de Vento) até o próximo dia 31. Entrada gratuita.

Drag queen Cassandra e a presidente da Chico Lisboa, Lisiane Rabello na Fora da Margem

-Texto e Fotos: Carlos Souza/Divulgação

Pâmela Amaro lança single de Samba às Avessas, seu primeiro álbum

Pâmela Amaro lança, nesta sexta-feira (4), a música “Samba Arte Popular”, pela Mundaréu Records/ybmusic (SP), aperitivo para o lançamento do seu primeiro álbum, “Samba às Avessas”.

A cantora e compositora porto-alegrense figura como intérprete, pois partilha o espaço com outros talentos emergentes do samba porto-alegrense, como os poetas Xannd Sy e Luciano Magalhães, entre outros. O single, assim como o projeto do disco, conta com a consultoria artística da sambista Nilze Carvalho (RJ), produção musical de Pâmela e de Tuti Rodrigues; arranjos de Tuti, Pâmela e Max Garcia e direção artística de Tiago Souza.

O single foi gravado em agosto de 2021, na Áudio Porto e no Transcendental Audio, pelos engenheiros de som Pedro Schimitt e Leo Bracht, sendo mixada e masterizada por Helio Menezes. Na arte da capa do single, a artista, que assina a direção de arte, faz referência ao Carnaval, na foto de Luis Ferreirah, com edição de Fabio Junges e design gráfico de Guile.

O álbum “Samba às Avessas” chega às plataformas musicais em abril, com financiamento da Lei Estadual de Incentivo (LIC) e patrocínio da Natura Musical. A ideia de um samba às avessas de Pâmela Amaro é reconhecer o samba a partir das narrativas femininas.

“O avesso é olhar pelo lado da matriarcalidade; significa ver pelo lado de dentro, ir a fundo à busca de mostrar o ponto que não se vê”, resume Pâmela.

Santiago e seu “Caderno de Desdenho”, reunindo cartuns universais e atemporais

 

O cartunista Santiago apresenta, em Caderno de Desdenho (Libretos Editora, 2022, 140 páginas, 21 x 21 cm, colorido, R$45, ISBN 978-65-86264-40-1), o melhor de sua produção dos últimos 30 anos, com desenhos inéditos e muitos publicados em revistas e jornais. Dentre 100 premiações conquistadas em salões nacionais e internacionais, 16 cartuns vencedores constam desta obra comemorativa. São obras universais e atemporais que abordam temas como ecologia, costumes e crítica social.

 

Santiago, que comemora 47 anos de profissão, autografa Caderno de Desdenho no dia 10 de março (quinta-feira), às 17h30, no Espaço Amelie (Rua Vieira de Castro, 439 – Santana, Porto Alegre/RS). A publicação já está disponível no site http://www.libretos.com.br, nas livrarias ou diretamente com o autor.

 

 

Desdenhando a pompa e a circunstância, com irreverência nata, Santiago é um artista conectado às questões sociais e sempre alerta contra as injustiças e as artimanhas de intimidação por parte dos poderosos. Afinal, se o rei está nu, alguém precisa registrar com qualidade e excelência. O cartunista reitera sua concepção sobre humor gráfico: “Humor é desdenho. Eu desdenho com muito empenho: da hipocrisia e sua miopia, do cinismo sem abismo, das convenções da sociedade com maldade, do preconceito sem respeito e do ódio de qualquer jeito”.

 

O livro, cuja capa é assinada pelo designer e diretor de arte Bernardo Abreu, tem edição e editoração de Clô Barcellos. Os cartuns selecionados foram originalmente publicados no jornal Extra ClasseCREA em Revista, revista Novo Olhar, revista Foco, revista Florense, revista Le Monde Diplomatique Brasil, revista AGAS, revista Momento, revista VOX, revista Porto & Vírgula, revista Aplauso, revista Na Janela, revista Bundas Pasquim21, outros participaram em Salões Internacionais de cartuns e muitos são inéditos.

 

Neltair Abreu nasceu em 1950, na cidade que lhe emprestou o pseudônimo e que antigamente foi “Santiago do Boqueirão” na quase fronteira com a Argentina. Estudou Arquitetura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Trabalhou por dez anos na Folha da Tarde, para o Coojornal (Cooperativa dos Jornalistas), Pasquim, revista Bundas, jornal Pasquim 21, jornal O Interior, jornal O Estado de S. PauloJornal do Comércio e desenha atualmente para o jornal Extra Classe e revista Le Monde Diplomatique Brasil. Editou 18 livros de humor gráfico, sete destes com o seu personagem, o gauchinho Macanudo Taurino.

Foi premiado oito vezes no concurso do jornal Yomiuri Shimbun de Tóquio, sendo em uma ocasião o Grand Prix, o prêmio máximo, concorrendo com 16 mil desenhos do mundo inteiro. Venceu cinco vezes o Salão de Piracicaba e, em 1992, foi presidente de honra do certame. Ganhou por vinte vezes o prêmio de melhor charge editorial da Associação Rio Grandense de Imprensa. Obteve o prêmio do Salão de Cartuns do Canadá em 1987 e na Alemanha em 1983. Arrebatou o primeiro lugar no Salão de Humor Antiguerra, na Bulgária em 1987. Premiado duas vezes no Salão Carioca de Humor em 1997 e 2008.
Em 1987, a revista especializada em humor gráfico, Witty World, dos Estados Unidos, colocou seu nome entre os dez melhores do mundo, junto com Quino, Aragonés, Sempé e Mordillo. Possui originais no Museu da Caricatura em Basiléia, Suíça. Dedica-se também à história em quadrinhos, sua paixão desde sempre. Já publicou contos vivenciados em Causos do Santiago (Zarabatana, 2013) e A menina do Circo Tibúrcio (Libretos, 2016).
.
.

Programação especial comemora o Dia Internacional da Mulher, na CCMQ

A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), preparou uma agenda toda especial para o Dia Internacional da Mulher. A programação do Dia 8 de Março culmina com as atividades de encerramento da exposição Donas da História, que desde o início de fevereiro ocupa o Espaço Oliveira Silveira, no 5º andar do complexo cultural (Rua dos Andradas, 736, Centro Histórico de Porto Alegre).

A mostra fotográfica destaca a trajetória de 16 mulheres negras gaúchas, oito delas vivas e atuantes. A celebração do Dia Internacional da Mulher tem ainda a abertura da exposição do Coletivo Nítida – Fotografia e Feminismo e o lançamento de novo vídeo no YouTube da CCMQ, com show de Viridiana, convidada do mês de março do Projeto Música no Terraço.

Às 18h, na Cinemateca Paulo Amorim, no térreo da CCMQ, acontece uma sessão comentada do documentário Donas da História, produzido pela equipe de comunicação do Palácio Piratini, com direção de Deborah Anttuart, Mateus Gomes e Valentina Mombelli. O documentário reúne depoimentos das mulheres negras homenageadas que permanecem em atividade. A produção foi lançada em novembro último, por ocasião das comemorações dos 100 anos da sede do Governo do Rio Grande do Sul, onde estreou a exposição Donas da História. Após a sessão comentada, acontece uma visita mediada à mostra.

Viridiana-transfusão-Foto; Lau Baldo/ Divulgação

Também no Dia 8 de Março, o canal do YouTube da CCMQ tem lançamento de mais um vídeo do Projeto Música no Terraço. A convidada do Mês da Mulher é Viridiana, multiartista trans porto-alegrense. O álbum autoral de estreia (Transfusão), selecionado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Pró-Cultura-RS), programa da Sedac, e pelo edital Natura Musical, mescla referências da canção brasileira com a música pop e eletrônica dançante.

Ainda no Dia 8 de Março, em parceria com o Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), a CCMQ abre a exposição do Coletivo Nítida – Fotografia e Feminismo. A mostra valoriza a presença feminina na fotografia, reunindo imagens de mulheres e suas lutas. Contando ainda com atividades paralelas a serem divulgadas, a mostra do Coletivo Nítida – Fotografia e Feminismo permanece aberta à visitação até o final do mês de abril na Fotogaleria Virgílio Calegari, no sétimo andar da CCMQ.

8 de Março – Dia Internacional da Mulher na CCMQ

Sessão comentada do documentário Donas da História
Onde: Cinemateca Paulo Amorim (térreo da CCMQ)
Horário: 18 h (Após a sessão, acontece uma visita mediada pela exposição.)

Lançamento do vídeo de Viridiana | Projeto Música no Terraço
Onde: Youtube da CCMQ
Horário: a partir das 20 h

Fotografia e Feminismo/ Divulgação

Abertura da mostra fotográfica do Coletivo Nítida – Fotografia e Feminismo
Onde: Fotogaleria Virgílio Calegari (7º andar da CCMQ)
Horário: a partir das 10 h

Felipe Azevedo abre a temporada de música instrumental do Butiá, em março

 O Butiá retorna no dia 6 de março com as apresentações de música instrumental ao pôr do sol, no palco instalado na beira do rio Guaíba. No primeiro domingo da temporada, o violonista Felipe Azevedo apresenta “De Cordas e Canções”. Acompanhado de Everson Vargas (contrabaixo acústico) e Felipe Karam (violinos), ele traz temas instrumentais autorais que mesclam diferentes ritmos de raízes brasileiras, latino-americanas e africanas.

Ao longo da carreira, além de assinar trilhas para dança, teatro e cinema, Azevedo já dividiu o palco com artistas, como Guinga, Hermeto Pascoal e Ulisses Rocha, e com a Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro, como solista convidado.

Ale Ravanelo Blues Combo – Foto: Zé Carlos de Andrade/ Divulgação

No dia 13, é a vez de Ale Ravanello Blues Combo. Com a mesma formação há doze anos, Ravanello (harmônica e vocais), Sergio Selbach (contrabaixo), Nicola Spolidoro (guitarra) e Clark Carballo (bateria) interpretam um repertório que mistura clássicos dos grandes mestres da harmônica, com temas recheados de animação e swing dos anos 1950 e 1960.

Já no dia 20, pela primeira vez, O Butiá recebe Fernando Noronha & Black Soul. Um dos guitarristas mais eletrizantes do Brasil, e com mais de 20 anos de carreira estabelecida, Fernando é figura carimbada na cena de folk e blues global, onde participou de diversas turnês pela América do Sul, na Europa e nos Estados Unidos e Canadá. Junto com sua banda, Black Soul, formada por Luciano Leães (teclado), Edu Meirelles (baixo) e Ronie Martinez (bateria), o guitarrista se apresentou no Festival de Jazz de Montreal (Canadá), no Festival de Blues Augusti (Estônia) e no Festival Internacional de Jazz de Santiago (Chile).

Fernando Noronha – Foto: Marcos Hermes/ Divulgação

E para fechar o mês, no dia 27, o baterista do Delicatessen Mano Gomes convida Lucas Brum (guitarra), Matheus Albornoz (contrabaixo) e Diego Ferreira (sax) para apresentar clássicos e standards, com uma linguagem que lembra o estilo dos artistas da consagrada ECM Records.

Mano Gomes. Foto Caio Girardi/Divulgação

Com 30 anos de carreira, Mano Gomes tocou com nomes conhecidos da cena gaúcha, como Nei Lisboa, Marcelo Delacroix e Peri Souza, e, também, da Europa, entre eles Rui Veloso, o “patrono do Rock in Rio em Lisboa”. Com o grupo Delicatessen, foi vencedor do Prêmio da Música Brasileira e de cinco Açorianos. Nos três primeiros discos, a banda atingiu a marca de 20 milhões de plays nas plataformas digitais.

Passeio de barco

As apresentações musicais ocorrem aos domingos, das 17h até o pôr do sol, com ingressos a R$ 40,00. O Butiá oferece ainda, além de almoço, piquenique e hambúrguer (a partir das 16h), passeio de barco e aluguel de pranchas de SUP (instrutor disponível).

Em cumprimento aos protocolos sanitários, as reservas devem ser feitas pelo site www.obutia.comA localização e como chegar são informadas por e-mail após a reserva.

Programação
06 de março | Domingo | 17h
Felipe Azevedo Trio

13 de março | Domingo | 17h
Ale Ravanello Blues Combo

20 de março | Domingo | 17h
Fernando Noronha & Black Soul

27 de março | Domingo | 17h
Mano Gomes e amigos

O olhar amoroso de Iberê Camargo sobre Porto Alegre, nos 250 anos da cidade

Para celebrar os 250 anos da Capital gaúcha, a Fundação Iberê Camargo inaugura, no dia 12 de março, às 11 horas, a exposição “Iberê e Porto Alegre – No andar do tempo”. Serão apresentadas 38 obras do acervo, entre pinturas e desenhos, e propõe um passeio pelo olhar do artista por alguns locais significativos, como o rio Guaíba, a Cidade Baixa, a Catedral Metropolitana, a Praça da Matriz, a Ponte de Pedra, a Rua da Praia, a Usina do Gasômetro, o Parque da Redenção e o pôr do sol.

Algumas delas serão expostas pela primeira vez no atual prédio da Fundação, que completa 14 anos no dia 30 de maio. A mostra integra o calendário oficial das comemorações do aniversário de Porto Alegre.

Nascido em Restinga Seca, 257km distantes de Porto Alegre, Iberê Camargo  sempre teve laços muito fortes com a Capital, como descreveu, em julho de 1970, na carta de agradecimento à Câmara de Vereadores pelo título Cidadão de Porto Alegre: “Foi nesta cidade, na igreja do Menino Deus, que recebi o batismo e o nome. Meu pai, então agente da estação de Restinga Seca, minha terra natal, escolheu a capital do nosso querido Rio Grande, como primeiro marco da minha humanização (…) Gosto de perambular, sonhando, pelas tuas mais antigas ruas cheias de sol e poesia. Olaria, Varzinha, Arvoredo – Oh! a rua da Praia dos encontros e dos namoros! Praça da Alfândega, do Portão, da Matriz… são ilhas cheias de verde e de luz. Nomes que nasceram da poesia popular e foram guardados na boca do homem, no tempo que torna as coisas sagradas. Lugares cheios de histórias… História do povo… história de gente… História simples da vida, do dia a dia em que cada um é herói, sem o saber. O caminho, amigos, é o rasto do homem. E o rasto é a sua história. Na trilha das gerações plasmam-se o ontem e o hoje. Cidade de Porto Alegre, perto ou distante, vejo-te refletida no Guaíba que tem feição de mar, onde todas as tardes o sol se esvai num lençol de Sangue…”.

Exposição “Iberê e Porto Alegre – No andar do tempo”
Artista: Iberê Camargo
Organização: Eduardo Haesbaert e Gustavo Possamai
Onde: Fundação Iberê – Átrio | Avenida Padre Cacique, 2000 – Cristal
Abertura: 12/03, Sábado
Hora:11h

 

Série “Queens” da artista Inez Pagnoncelli integra mostra sobre diversidade da Chico Lisboa

 

Na exposição Fora da Margem: Panorama Visual das Subjetividades Queer, que começa a ser montada pela Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa para celebrar a diversidade e ampliar a visibilidade da temática LGBTQIA+, não podiam faltar as drags. E elas estão presentes na série “Queens”, produzida pela artista visual Inez Pagnoncelli.

A exposição Fora da Margem será aberta no próximo dia 3 de março, às 19h, na Galeria de Arte do Dmae, onde permanecerá até o último dia do mês (31/03). O espaço fica na Av. 24 de Outubro, 200 – Moinhos de Vento – Porto Alegre. Entrada gratuita.

 

Drag cabelo e franja bord“, tiara branca . Reprodução/ Divulgação
Drag lenço azul, blusa amarela. Reprodução/ Divulgação

São nove telas pintadas com acrílica e óleo, acrescidas de colagens com materiais como strass, miçangas, fitas com pérolas, folhas de ouro. Ao retratar as drags em seus quadros, Inez diz que procura “revelar as inúmeras formas, semblantes, feições, sombras, desenhos e traços que elas reproduzem em seus trajes e penteados, expondo a beleza das transformações e a diversidade desses seres de alma feminina que primam pela luxúria, extravagância em suas vestimentas, sem perder a elegância”.

Drag cabelo vermelho e amarelo. Reprodução/ Divulgação
Drag loira, lábio azul. Reprodução/ Divulgação

Nas artes visuais desde os anos 1980, quando também se formou em Arquitetura e Urbanismo, Inez conta que ao pesquisar sobre o tema reforçou sua percepção de que “uma drag queen não é apenas uma ‘montação’ teatral. É algo que vai muito além da transformação visual”.

Drag Cleópatra. Reprodução/ Divulgação
Drag mãos ao alto. Reprodução/ Divulgação

Para ela, a transformação encenada pelas drags é uma manifestação, uma atitude, um posicionamento existencial contra a discriminação que lhes é impingida pela sociedade. “A criação dessa personagem revela uma busca por referências. A artista percorre um trajeto de resistência e força. Apesar de não estarem vinculadas a uma definição de gênero e orientação sexual, as drag queens também enfrentam o mesmo preconceito sofrido pela comunidade gay”.

Drag com bastão e de vestido verde. Reprodução/ Divulgação
Drag unhas longuíssimas. Reprodução/ Divulgação
Drag com leque. Reprodução/ Divulgação

 

Artistas participantes

 Sob a curadoria de Ben Berardi, Sandro Ka, Neiva Bohns e Manuela Fetter, participam da exposição Fora da Margem, da Associação Chico Lisboa, os seguintes 35 artistas:

Ajeff Ghenes, Alce Porto, Álvaro Augusto Moro de Quadros, Annie Ruaro, Arthur Caldeira, Bruna Abreu, Carol Martins, Céu Isatto, David Ceccon, Denise Wichmann, Eduardo Thomazoni, Elenise Xisto, Fátima Pinto, Felipe Cremonini, Gabriela João, Gabriela Kostesky, Gladys Neves, Graça Craidy, Inez Pagnoncelli, Itamara Stockinger, Kaline da Silva Luiz, Kaunauã Nharu, Laur Peters, Lívia Auler, Lorena Bendati Bello, Lu Vieira, Marcelo Eugenio, Marina de Souza Pessato, Pedro Reis, Rafael Dambros, Ricardo Ayres, Suzane Wonghon, Thiago Dorsch, Vitor Cunha e Walter Karwatzki.

 

Inscrições gratuitas para oficinas de teatro, música, dança e artes visuais, na CCMQ

O Núcleo Educativo da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), promove novas oficinas de teatro, música, dança e artes visuais, a partir de março. As inscrições devem ser feitas mediante preenchimento de formulário online, nos links a seguir, específicos para cada oficina.

Todas as atividades são gratuitas, e os ministrantes são remunerados com recursos captados pela Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana (AACCMQ) junto ao Banrisul, patrocinador máster da instituição. 

As oficinas acontecem em diversos espaços voltados à arte-educação na CCMQ (Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico de Porto Alegre). As atividades ocorrem em quatro ou oito encontros presenciais, observando os protocolos sanitários vigentes.

Para quem se interessa por teatro, psicologia e política a oficina Teatro do Oprimido: uma vivência transformadora acontece nas quintas-feiras, 3, 10, 17 e 24 de março, das 18h às 20h, na Sala Marcos Barreto (4º andar da CCMQ). Ministrada por Araxane Jardim e Deia Alencar, a atividade propõe uma experiência prática a partir de exercícios e jogos da metodologia criada por Augusto Boal. Baseado no livro Jogos para Atores e Não Atores e em técnicas de teatro imagem, teatro jornal e teatro fórum, a oficina possibilita o contato com o teatro político de forma social, lúdica e pedagógica para que os participantes reflitam sobre as formas de opressão presentes na sociedade. São quatro aulas presenciais, com público-alvo a partir dos 15 anos. Inscrições: https://forms.gle/tq1xhFx7dcbGJ4tW9

Oficina Cadernos de Poemas. Foto: Pedro Cassel/ Divulgação

Unindo literatura e arte, a Oficina de artes visuais: Cadernos de Poemas se destina a quem quer aprender a se soltar e se divertir com as palavras. Ministrada por Pedro Cassel, a prática é um experimento em escrita poética com encontros nas sextas-feiras, 4, 11, 18 e 25 de março, das 15h às 17h, na Sala Sérgio Napp 2 (2º andar da CCMQ). A experiência aborda o texto de diferentes perspectivas, usando exercícios propostos por autores como Bernadette Mayer, Ana Martins Marquese e Francis Ponge. A atividade se desenvolve em quatro aulas presenciais, com público-alvo a partir dos 15 anos. Inscrições: https://forms.gle/o5waSGuRjCsyzzQ4A

A Oficina de música: Pandeiro Popular utiliza o método didático aplicado há mais de 35 anos pelo músico Zé do Pandeiro. São oito aulas aos sábados, das 10h às 12h (dias 5, 12, 19 e 26 de março e 2, 9, 23 e 30 de abril), na Sala Marcos Barreto (4º andar da CCMQ). As lições estão aliadas a práticas de exercícios contínuos propostos de forma ordenada. A oficina é livre para todas as idades e disponibiliza pandeiro para quem não possuir o instrumento. Inscrições: https://forms.gle/g8vtdJJrnrHhZmGS8

Oficina Pandeiro Popular. Foto: Divulgação CCPA

Ministrada por Syl Rodrigues, a Oficina de dança: do Jazz ao Funk se desenvolve em oito aulas às segundas-feiras (7, 14, 21 e 28 de março e 4, 11, 18 e 25 de abril), das 13h30 às 15h30, na Sala Cecy Frank (4º andar da CCMQ). A atividade dá protagonismo para as danças negras e o processo coreográfico das danças afrodiaspóricas, juntamente a passos de Hip Hop, Dance e Jazz Dance, com público-alvo a partir dos 15 anos. Inscrições: https://forms.gle/YX6Gr77f6R17dvF3A.

A Oficina de artes visuais: uma casa, inúmeras travessas, ministrada pelo professor Fercho Marquéz-Elul, tem como tema a própria CCMQ e a forma como o espaço se articula com a comunidade e o entorno. A atividade situa a Casa de Cultura Mario Quintana como um organismo que atrai diferentes públicos, interesses e motivações, por meio da produção cultural, e propõe mecanismos artísticos expansivos e propulsores dos fazeres e da experiência estética, ética e política. As aulas ocorrem às quartas-feiras, 9, 16, 23 e 30 de março, das 15h às 17h, na Sala Sérgio Napp 2 (2º andar da CCMQ), com público-alvo a partir dos 15 anos. Inscrições: https://forms.gle/QkfjbeWHkVscqGC5A

Iniciativa do Coletivo de Teatro Panapaná, a Oficina Teatro para mulheres: A cena invade a rua acontece nas quintas feiras (31 de março, 7, 14, 28 de abril, 5, 12, 19 e 26 de maio), das 15h e 17h. Cada um dos oito encontros aborda aspectos das diversidades que compõem a sociedade, como etnia, sexualidade, classe social, religião e outros. A partir das discussões, serão construídas pequenas cenas para compor o trabalho final da oficina. O resultado será o cortejo de teatro de rua “Cumadres”, a ser apresentado nas proximidades da CCMQ. A oficina se destina exclusivamente para mulheres (trans ou cis) a partir de 15 anos. As atividades acontecem na Sala Cecy Frank e Sala Marcos Barreto, ambas no 4º andar da CCMQ. Inscrições: https://forms.gle/Anxud1wEEuk5uCQ69

(Texto: Daniel Scheffel Corrêa da Silva | Edição: Ludwig Larré)

 

Estátua do Laçador revitalizada, será entregue para a prefeitura de Porto Alegre

 

A Estátua do Laçador, que já está de volta ao Sítio desde o dia 11 de janeiro, será entregue para a prefeitura de Porto Alegre, completamente revitalizada, nesta quinta-feira, 17 de fevereiro.

O restauro do Monumento foi promovido pela Associação Sul Riograndense da Construção Civil e viabilizado pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), através do programa Pró Cultura – Lei de Incentivo à Cultura, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, que destinou uma verba de 900 mil reais para a intervenção na Estátua. Ainda, para que a revitalização do Laçador pelo Projeto Construção Cultural – Resgate do Patrimônio Histórico fosse possível, a Gerdau e a Sulgás atuaram como patrocinadoras e a JOG Andaimes, Elevato, Ministério Público do Rio Grande do Sul e Phorbis Empreendimentos Imobiliários como apoiadoras.

Durante o último mês, o Monumento ao Laçador passou por reparos finais, feitos com ele já fixado na própria base. Com o término dos restauros, a imagem que cobre a Estátua será retirada, assim como os andaimes usados para o trabalho. A formalidade contará com a presença do prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo.  A Prefeitura de Porto Alegre foi uma das apoiadoras do projeto com um aporte financeiro para a realização do restauro e fazendo o acompanhamento da revitalização através da Secretaria da Cultura, garantindo a execução de todo o projeto com a segurança necessária.

Zalmir Chwartzmann, coordenador do Projeto Construção Cultural – Resgate do Patrimônio Histórico, salienta a importância da revitalização ter acontecido e a alegria em fazer parte de um projeto com essa grandiosidade: “Estamos nos momentos finais do projeto, com mais de 100 dias de trabalho fora do local, mas que ao todo tem quase cinco anos de dedicação. Tudo foi feito com muito estudo, muita seriedade e preocupação, em especial dada a importância deste Monumento para o nosso Estado. Entregamos o Laçador revitalizado no ano em que estamos completando 250 anos de Porto Alegre e isso nos traz um orgulho muito grande.”.

Os andaimes ao redor do Laçador começam a ser retirados a partir das 17h e a entrega do Monumento para a prefeitura está prevista para às 18h30, no Sítio do Laçador, na Avenida dos Estados. Agora, fica a cargo do executivo municipal a revitalização do local, onde a Estátua está instalada desde 2007. Posteriormente, está previsto um evento festivo de entrega do Monumento para a comunidade.