Breno Serafini lança “POAlaroides urbanas”, uma ode visual poética à capital gaúcha.         

Nessa terça-feira (29 de março), o artista visual Breno Serafini lança o livro POAlaroides urbanas  e abre exposição de 20 fotos de graffitis, no Centro Municipal de Cultura (Av Erico Verissimo, 307), às 19h. O livro é um mosaico de 166 fotos, de página inteira, permeadas por alguns textos de autoria do autor, também em homenagem aos 250 anos de Porto Alegre.

A exposição ficará aberta à visitação até o dia 08 de abril no local, de segunda a sexta das 9 às 18h – nas terças e quartas o horário será estendido, das 9 às 22h. O evento integra a programação oficial do aniversário de 250 anos de Porto Alegre.

A capa do livro/ Divulgação

O livro celebra a capital dos gaúchos a partir do registro de sua arte urbana, principalmente graffitis, que foram captados pelo celular do autor. Nesse sentido, faz um inventário de dez anos de registro fotográfico, com uma variedade de autores e de formatos que representam hoje o que a cidade tem de mais significativo nessa arte.

Graffiti de Celopax/ Divulgação.
Graffiti de Erick Citron/ Divulgação

O que iniciou como um registro solitário, cotidiano, quando começou a tomar a forma de seu produto final – o livro –, contou com a curadoria do artista visual Luís Flávio Trampo, uma referência na arte do graffiti porto-alegrense. O curador comenta a força desse movimento cultural no sul do Brasil. “Essa arte sem fronteiras tem como uma de suas principais características a fácil integração de seus adeptos, que são como agentes multiplicadores dessa manifestação popular. As intervenções nas ruas de Porto Alegre vão além da tinta spray. Muitos artistas (ativistas) usam diversas técnicas e suportes para registrar sua arte, seja colando adesivos e cartazes, seja pintando de uma forma livre. Muros que embelezam e denunciam, expressando uma cidade que pulsa e vibra cultura.”

Grafiiti de Erick Citron_/ Divulgação
Graffiti de Jackson Brum/ Divulgação
No prefácio, o quadrinista, ilustrador e artista visual  Fábio Zimbres explica  que cada intervenção é uma tentativa de trazer para essa cidade algo que, para cada grafiteiro/pixador, falta nela: um rosto humano, fantasia, leveza, amor e até mais ruído, mais fricção, que, em geral, são escamoteados na normalidade forçada. “Como a cidade, este livro tem várias camadas. Os autores do caos estão mais ou menos escondidos, só vemos pedaços do que eles (nós) deixam(os) para trás. O que vemos são os artistas intervencionistas, expostos às intempéries, trazendo a cura efêmera. E a seguir, vem o olho que captura e desenha um mapa fraturado dos pontos desse corpo, um diagrama das intervenções, as novas, as velhas, as que sumiram. No conjunto, temos um quadro incompleto, caótico e poético, no qual essa sobreposição de autores se funde num objeto que passa a existir dentro da cidade. Um retrato da cidade cercado de cidade por todos os lados”, destaca.

 

O artista visual Breno Serafini. Foto: Ariel Serafini/ Divulgação

O autor Breno Serafini é natural de Santiago-RS, nascido em 14 de março de 1961. Com doutorado em Letras pela UFRGS, possui seis livros publicados: Mosaico Laico, CBJE (2010); Geração Pixel, Edições do Autor (2011); Millôres dias virão, Libretos Editora (2013); Picassos Falsos, Editora Buqui (2014); Bichos de Todos os Reinos, Edições do Autor (2015); e Colloríssimo – a coroação e o destronamento de Collor segundo Verissimo, AGE (2016), lança agora a sua publicação mais ousada – POAlaroides urbanas – uma ode visupoética a Porto Alegre.

Graffiti de Junior Neat/ Divulgação
Graffiti de Leandro Alves/Divulgação

POAlaroides urbanas – uma ode visupoética a Porto Alegre (Parangolé Editora,188 páginas, ISBN: 978-65-997247-0-1,R$69 nas livrarias, R$59 diretamente com o autor pela redes sociais: Instagram @poalaroides ou @brenoserafin), de Breno Serafini. Curadoria do artista visual Trampo e prefácio do o quadrinista, ilustrador e artista visual Fábio Zimbres.

Graffiti de Luis Bueno/ Divulgação
Graffiti Pati Rigon/Divulgação

 

 

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