“Teatro para Pássaros” de volta, no 24º Porto Verão Alegre

“Teatro para Pássaros” integra programação do 24º Porto Verão Alegre com apresentações nos dias 17, 18 e 19 de janeiro

Espetáculo conta com sessões na sala Carlos Carvalho, na Casa de Cultura Mario Quintana

Após duas temporadas de sucesso em 2022, o espetáculo Teatro Para Pássaros estreia na programação do 24º Porto Verão Alegre, com sessões na sala Carlos Carvalho, na Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico), que acontecem nos dias 17, 18 e 19 de janeiro (terça, quarta e quinta-feira), sempre às 20h30min.

Teatro Para Pássaros – foto © Fernanda Chemale/ Divulgação

Em cena, seis atores vivem personagens expostos a uma série de circunstâncias constrangedoras: um acontecimento misterioso marca a separação de Marcos e Jazmin; enquanto, após viver uma situação limite, Teresa escreve seu primeiro texto teatral e quer seu projeto produzido por Toni. Paralelamente, Ricki e Glória não conseguem disfarçar o fim do seu amor.

Teatro Para Pássaros – foto © Fernanda Chemale/ Divulgação

Os três casais se encontram em uma sala de um pequeno apartamento durante uma madrugada. Lá embaixo, na calçada, uma mancha de sangue.

Ao testemunhar uma armadilha do teatro dentro do teatro, o público é convidado a refletir sobre a complexidade das relações humanas em um mundo capitalista e a entrar em contato sobre as agruras de uma produção do segmento das artes cênicas. A atmosfera non sense é narrada de forma frenética com humor e ironia em um espetáculo ágil e dinâmico.

Ficha Técnica:

Autor: Daniel Veronese
Direção: Breno Ketzer Saul
Elenco: Áurea Baptista, Carla Cassapo, Dionísio Farias, Evandro Soldatelli, Raquel Zepka, Vinícius Petry

Duração: 80 minutos
Classificação: 12 anos

Show na Redenção no Poa Jazz Festival com Renato Borghetti, James Liberato e Bibiana Dulce

Higino Barros

Dentro de sua programação cuidadosamente escolhida, o  Poa Jazz Festival apresenta nesse domingo três atrações para quem gosta de música de qualidade: Renato Borghetti Quarteto, James Liberato Sexteto e Bibi Jazz Quarteto. Os shows começam as 17 horas, são gratuitos e realizados em um lugar emblemático da Redenção, o Monumento aos Expedicionários.

Renato Borghetti dispensa apresentações. Grande responsável pelo interesse das novas gerações pela gaita, instrumento que o consagrou, sua música foge do rótulo de jazz, para se tornar única, envolvente, universal. É o grande homenageado do Poa Jazz Festival. Sua apresentação fecha o evento e está prevista para 19h30.

Já o compositor, arranjador e instrumentista James Liberato, com 40 anos de carreira, tem história na cena jazzística gaúcha e inserção também no cenário brasileiro. Ele se apresenta com seu quinteto, formado também por músicos que fazem parte do que existe de melhor na música instrumental gaúcha. Seu grupo abre o evento, às 17 horas.

Finalmente, a uruguaia Bibiana Dulce se apresenta para o grande público de Porto Alegre, ela que é conhecida e respeitada nos circuitos de jazz da serra gaúcha onde morou. Bibi, como é conhecida, se mudou para a capital, teve suas atividades interrompidas pela pandemia, como todo o setor musical, mas esse ano retornou com tudo. A participação no PoA Jazz Festival é o coroamento do seu trabalho nessa temporada. Sua apresentação é às 18h15.

A cantora Bibiana Dulce. Foto:  Alexandro Auler /Divulgação

Sobre o assunto, ela fala na entrevista abaixo:

Pergunta: O que caracteriza a Bibi Jazz Quarteto ?
Bibiana: Mostrar personalidade dentro das canções que
trabalhamos. Apresentar ao público sempre uma proposta diferente em um standard já conhecido, no que se refere ao repertório jazz, formulando um novo arranjo, cantando ele em espanhol, apresentar a letra de uma música quando se acreditava que existia somente na versão instrumental. Acredito que estas sejam as principais características.

P: O que dizer sobre os músicos? Como se deu a escolha deles?

Bibiana: Desde que o grupo se formou em 2016, passou por duas formações diferentes. Atualmente da primeira formação estamos o Mateus Mussatto (baterista) e eu. Esta formação em específico é tranquila de trabalhar, não sei se usaria a palavra “escolha” é muito forte (risos). As coisas foram se dando de uma forma natural, mas aprecio muito grupos tranquilos de trabalho.

Sobre os músicos, considero uma benção trabalhar com pessoas tão talentosas e experientes, aprendo muito com
eles. Para esta apresentação contaremos com uma baita
presença, que será do contrabaixista uruguaio Miguel Tejera, o time no palco será Brasil- Uruguai ….rsrs

P: Qual o repertório para domingo? Vão entrar canções em espanhol também?
Bibiana: Ahá!  Gostaria de poder deixar um suspense em
relação a isso. Mas sim, certamente terão standards em
espanhol.

P: O que representa participar de um evento dessa
magnitude, público e com a apresentação do Renato Borghetti?
Bibiana: Bom primeiro pra mim é além de uma honra é de uma imensa responsabilidade. Não somente por estar
participando em um dos festivais mais importantes do país, em um evento gratuito em um dos parques mais conhecidos de Porto Alegre, mas pela magnitude que o Renato Borghetti tem como artista e instrumentista. Estou tentando, mas confesso está sendo impossível não criar uma expectativa…

SERVIÇO

17 horas:  Quinteto do guitarrista James Liberato, formado por Liberato (guitarra), Luis Henrique New (piano), Ronie Martinez (bateria), Everson Vargas (baixo) e Guilherme Goulart (acordeon).

18h15: Bibi Jazz Quarteto, formado por Antonio Flores (guitarra), a cantora uruguaia Bibiana Dulce, Mateus Mussatto (bateria) e Miguel Tejera (contrabaixo acústico).

19h30: Renato Borghetti (gaita ponto), Daniel Sá (violão), Pedrinho Figueiredo (sax e flauta) e Vítor Peixoto (teclados).

 

 

Street Expo Photo celebra cinco anos de arte na rua com nomes consagrados do Brasil e talentos locais

 

Walter Firmo/ Divulgação
Walter Firmo, uma das atrações nacionais da mostra/ Divulgação

Celebrando cinco anos de existência como a única e pioneira galeria de arte a céu aberto do Rio Grande do Sul, a Galeria Escadaria abre no próximo sábado, dia 10, às 16 horas, a quinta edição da Street Expo Photo 2022. A galeria fica em um local ícone da arquitetura de Porto Alegre, o Viaduto Otávio Rocha, no Centro Histórico.

FOTO: Daisson Flack/ Divulgação
Foto: Felipe Mandarino/ Divulgação

A Street Expo Photo 2022 vem recheada de atrações. São 94 fotógrafos participantes, diagramados em 17 grandes painéis com 150 fotos em grande e médio formato.  O ponto diferenciado da mostra, segundo seu curador Marcos Monteiro “é a criação   de novas situações, ao compor fotos de ícones da fotografia brasileira como Walter Firmo, Gal Oppido, José  Roberto Bassul,  Penna Prearo, entre  outros mestres. Expostos no mesmos espaço, juntos com novos e competentes talentos.”

Foto: Douglas Fischer/ Divulgação
Foto: Andréa Seligman/ Divulgação

A Street Expo Photo fica no Viaduto da Borges de 10 dezembro até dia 10 de fevereiro. A partir do dia 15 de fevereiro estará na Galeria Arte Restinga, na Praça Esplanada da Restinga com exibição até 15 de abril. O homenageado dessa edição é o fotógrafo Marcos Varanda. O curador Marcos Monteiro explica: o” Marcos Varanda está presente em nossos projetos desde a grande exposição de rua Mosaicografia no Largo Glênio Peres em 2016 e em todas as edições da Street Expo Photo desde 2018, fazendo a curadoria adjunta. Através de seus contatos, a Street tem mostrado o trabalho de fotógrafos internacionais, em especial os de Portugal”.

Foto; Alexandre Langer/ Divulgação
Foto: Heloiza Averbuck/ Divulgação

 

A Street Expo Photo em parceria com o Foto Clube Porto-alegrense promove um encontro presencial com o curador e fotógrafo Marcos Varanda, no dia domingo, dia 11, na Sala Sergio Napp 2, na Casa de Cultura Mário Quintana. “Quando ele fará a Leitura de Portfólio de até vinte privilegiados”, ressalta Marcos Monteiro

Foto: Anelise Barra Ferreira/ Divulgação.
Foto: Rose Battistella/ Divulgação

Quem é

O homenageado dessa edição, Marcos Varanda se define assim, resumidamente: Quem é Varanda?:  “paulistano, 61 anos, fotógrafo, colecionador, curador, empreendedor,

Incentivador cultural e acima de tudo, um inquieto. Minha formação começou autodidata, passou pelo Museu de Arte Moderna – MAM-SP, Museu da Imagem e do Som – MIS-SP, Workshops nacionais com Marcelo Greco, Gal Oppido, Pépe Mélega, Cristiano Mascaro, Armando Prado, Walter Firmo e Rosely Nakagawa e internacionais com Leo Divendal e Steve Pike e Pós-graduado em fotografia na Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP com o trabalho de pesquisa denominado “Mario Cravo Neto- A imagem escultórica”.

SERVIÇO

Street Expo Photo

Abertura: 10 de dezembro de 2022, as 16 horas

Encerramento: 10 de fevereiro de 2023

Local: Galeria Escadaria

Endereço: Viaduto Borges de Medeiros, Centro Histórico

CONTATOS:

Marcos Monteiro: (51)99935- 0608 (curador)

Gmail: streetexpophoto@gmail.com

Marcos Varanda: +55 (11) 97189-7776 (curador-adjunto)

marcos.varanda@terra.com.br

marcosvarandaphoto

 

“No ano da peste “: exposição mostra a fotografia como arte de resistência

 

Higino Barros

A pandemia da Covid 19, que causou 650 mil mortes no Brasil, é um acontecimento a ser estudado e refletido no País, em todos os níveis e todas as escalas. O registro sobre o que aconteceu é farto, largo e profundo. A medida que o tempo passa há a percepção que um dia os anos de 2020 a 2022 serão contados em toda suas dimensões.

Uma área em que as pessoas se refugiaram, se recolheram e resistiram foi no campo das artes em geral.
No caso das artes visuais, profissionais, amadores, amantes e praticante comuns, se envolveram em trabalhos que volta e meia surpreende pela força, originalidade e criatividade na execução.
Um destes trabalhos foi o executado pelas irmãs Lise Lampert e Dora Lampert, moradoras em Novo Hamburgo, que estão expondo atualmente no Espaço Cultural Antiga Matriz, em Dois Irmãos. No trabalho elas reproduziram, com fotografias, obras consagradas e conhecidas universalmente da arte pictórica. A mostra abriu dia 23 de outubro, e fica no local até  à 27 de novembro de 2022
A abertura ocorreu no Espaço Cultural Antiga Matriz às 17 horas com apresentação da Caxias Ensemble Orquestra.
Momento de autógrafos dos livros RUIDO SILENCIO – poesias de Dora Lampert e POETICOIA poética brasileira com seis autores participantes.

Sobre o projeto as irmãs escreveram:

“Nosso objetivo foi manter o isolamento social de forma produtiva, fugindo do terror daqueles dias sombrios. Todos os objetos, figurinos, adereços e cenários, estavam ao alcance de nossos domínios domésticos. A cozinha foi nosso estúdio, o jardim, os campos.

A iluminação, um abre e fecha da cortina. O paninho impregnado de álcool 70 virou babado barroco; os lençóis, vestidos épicos; as saias se transformaram em blusas bufantes e vice-versa. Tudo fotografado e editado num aparelho celular apenas com intuito de publicações nas nossas redes sociais.

O isolamento antes de tolher nossos intentos, animou nossa criatividade, trazendo conhecimento sobre os artistas e suas obras. Eles estiveram conosco, nos ensinaram, nos fizeram rir, sonhar e chorar. Com eles sobrevivemos a nós mesmas no ano da peste.”
Lise e Dora Lampert.
QUEM SÃO
Lise Lampert
Fotógrafa amadora, atua como técnica de enfermagem. Trabalha num grande hospital público da região metropolitana, foi afastada do cargo por seu médico traumatologista desde antes do início da pandemia, o que  favoreceu o isolamento.
Pesquisou, estudou, produziu e fotografou todas as interpretações.
Dora Lampert
Amante das Artes – música, teatro, cinema, plásticas e literatura. Pesquisou, estudou, produziu e interpretou todas as obras apresentadas.
Fez estreia na poesia com RUÍDO SILÊNCIO e na Antologia POETICOIA pela OIA editora em 2022.

SERVIÇO:
Exposição fotográfica do projeto no confinamento
QUANDO   – De 23 de outubro, domingo,  à 27 de novembro de 2022
ONDE   – Espaço Cultural Antiga Matriz, Avenida São Miguel, 473 Centro – Dois Irmãos.

HORÁRIO PARA VISITAÇÃO DO ESPAÇO CULTURAL ANTIGA MATRIZ, SEMPRE AOS SÁBADOS E DOMINGOS ENTRE 13H E 17H, SALVO PROGRAMAÇÕES ESPECIAIS. OU AGENDAMENTO PELO TELEFONE (51)995601968.

VISITAS GUIADAS PARA GRUPOS ESCOLARES .

Todos os sons de Mário Marmontel, na volta do projeto “Música na Escadaria”

 

Higino Barros

O flautista e saxofonista Mario Marmontel é o músico escolhido para retomar um projeto cultural bem sucedido no Centro Histórico de Porto Alegre. O “Música na Escadaria” realizado toda sexta-feira na Escadaria do Viaduto Otávio Rocha, na avenida Borges de Medeiros, até a pandemia da Covid 19 aparecer e terminar com a função. Nessa sexta-feira, dia 16 de setembro, a música ao vivo está de volta no mesmo local, ao ar livre, junto ao bar Tutti Giorni, a partir das 18 horas, com encerramento às 22 horas.

Com produção musical de Luciano Riquez, produtor do evento antes da pandemia, músico e grande batalhador para as representações populares de arte tenham visibilidade na região, esse retorno tem também a participação do DJ Cristiano Zanella, com música eletrônicas dos anos 1960 a 1980, com direito a tudo que não se ouve normalmente.

Mário e Nani, no Tutti Giorni. Foto: Cristiano Zanella/ Divulgação

A escolha de Mário Marmontel para marcar o retorno da Música na Escadaria não é aleatória. Amigo do dono do Tutti Giorgi, o Nani (Ernani Glorio Marchioretto), frequentador do local, ele se identifica com a proposta do projeto. De possibilitar diversão e arte à população da cidade, em lugar histórico e de grande valor arquitetônico  de Porto Alegre. Um chapéu para contribuições voluntárias é passado entre os presentes. Pelo “Música na Escadaria” já passaram grandes instrumentistas da cidade como Jorginho do Trompete, Dionara Fuentes e outros artistas conhecidos da cena musical gaúcha.

Mário e Miguel  D”Alberto, um dos músicos convidados, no local da apresentação. Foto; Cristiano Zanella/ Divulgação

Samba na terça

A volta do “Música na Escadaria” se junta a outro acontecimento musical que ocorre na Escadaria da Borges, como é conhecido o lugar, toda terça-feira, com apresentações do grupo de samba Puro Asthral. Durante a pandemia o samba ficou suspenso e retornou esse ano, com frequência cada vez maior.

Interior do Tutti Giorni, frequentado por artistas visuais gaúchos. Foto: Divulgação

A partir de outubro começam as obras de revitalização do Viaduto Otávio Rocha, pela Prefeitura de Porto Alegre, orçadas em R$ 13,7 milhões, com duração de 18 meses de execução. Durante esse período, lojas e todos os equipamentos comerciais da avenida Borges de Medeiros, no perímetro que compreende a parte debaixo da escadaria permanecerão fechadas.

Os dois acessos da avenida Borges de Medeiros à rua Duque de Caxias ficarão abertos. É nessa área onde existe além do Tutti Giorni, mais dois bares, o Armázem, na mesma calçada e o JUSTO, na calçada oposta. De equipamentos culturais há o Teatro de Arena, em atividade, e a Galeria Escadaria, à céu aberto, com exposições de fotografia.

Turma praticante de xadrez frequenta o local. Foto: Divulgação

O Tutti Giorni tem história no lugar. Há 22 anos promove eventos culturais, é sede informal da GRAFAR, entidade que reúne o pessoal que produz cartuns, quadrinhos e outras artes visuais na capital, além de abrigar jogadores de xadrez. E boêmios, frequentadores anônimos e toda uma fauna e flora de tipos humanos que fazem do lugar um ponto de referência e resistência cultural de Porto Alegre.

SERVIÇO

Música na Escadaria apresenta:

“Jazzmarmontel & Convidados”

Mario Marmontel e convidados retornam a “Música na Escadaria, apresentando repertório de Bossa Nova, Jazz e MPB!

> Sexta 16/09, a partir das 18hs

> Tutti Giorni Bar / Viaduto Otávio Rocha (Centro Histórico/POA)

> Apresentação ao ar livre / entrada franca (contribuição no chapéu)

Produção: Luciano Riquez

Seleção musical: Mister Z —

 

 

OSPA traz à Porto Alegre Antonio Meneses, o maior violoncelista brasileiro

 

O maior nome do violoncelo no Brasil e um dos maiores do mundo, Antonio Meneses está viajando pelo país em uma turnê comemorativa aos seus 65 anos. No próximo sábado, 3 de setembro, ele estará na capital gaúcha para solar em uma belíssima obra de Antonín Dvořák como convidado da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). O diretor artístico e maestro Evandro Matté conduz a apresentação, que também prevê “Danças Sinfônicas”. Essa famosa obra de Leonard Bernstein dá nome ao concerto, que tem início às  17h, na Casa da OSPA, com transmissão ao vivo pelo YouTube. Os ingressos podem ser adquiridos em sympla.com.br, e também dão acesso à palestra sobre o programa, Notas de Concerto, às 16h, com o pianista Max Uriarte.

Nascido em Recife, Antonio Meneses é considerado um dos maiores instrumentistas brasileiros de todos os tempos. Em 2022, ele comemora 65 anos, completados na última terça-feira (23/8), percorrendo cidades brasileiras onde não se apresenta há muito tempo. Além disso, celebra duas efemérides: 45 anos desde que ganhou o primeiro prêmio no Concurso Internacional ARD, em Munique, e 40 anos do primeiro prêmio e medalha de ouro no Concurso Tchaikovsky, em Moscou.

“Estou muito contente de poder voltar a Porto Alegre, já faz algum tempo que não vou e agora finalmente conseguimos organizar tudo para isso”, compartilhou o músico, que atualmente mora na Basiléia, na Suíça. O programa não foi escolhido ao acaso: Concerto para Violoncelo em Si Menor, Op. 104, de 1896, foi a obra que Meneses executou na final do Concurso Tchaikovsky em 1982. “É talvez o mais lindo concerto escrito para violoncelo. É uma peça sempre muito bonita, romântica, cheia de vida. O Dvořák a escreveu quando estava prestes a voltar para a terra natal após viver nos Estados Unidos, então ela expressa uma ânsia de voltar, uma saudade, por isso estou tocando em todas as cidades que estou indo”, comenta o violoncelista.

Maestro Evandro Matté Foto: Vitória Proença /Divulgação

Na segunda parte do programa, a OSPA executa, sem a presença do solista, as melodias que embalaram um dos maiores musicais de todos os tempos, “West Side Story”, de 1957. As “Danças Sinfônicas” são nove partes extraídas da trilha sonora pelo próprio compositor, o norte-americano Leonard Bernstein, e adaptadas para formar uma suíte, em 1961. Com o passar do tempo, a obra ganhou autonomia com relação à encenação original e consolidou-se no repertório de grandes orquestras.

Evandro Matté (regente)

É diretor artístico e maestro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, da Orquestra Theatro São Pedro e do Festival Internacional SESC de Música, em Pelotas. Realizou sua formação musical na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na University of Georgia (Estados Unidos) e no Conservatoire de Bordeaux (França). Desde 2006, atua como regente e, como convidado, já esteve à frente de orquestras de Uruguai, Argentina, China, Portugal, República Checa, Croácia, Alemanha, Itália, Colômbia e Estados Unidos. Em 2019, foi condecorado pelo Ministério da Cultura da França pelo desenvolvimento das artes francesas em seu domínio artístico.

Evandro Matté. Foto: Vitória Proença / Divulgação

Antonio Meneses (violoncelo)

Antonio Meneses nasceu em Recife, em 1957, e começou os estudos de violoncelo aos 10 anos de idade. Aos 16, foi estudar com Antonio Janigro em Düsseldorf e Stuttgart. Em 1977 obteve o 1º prêmio no Concurso Internacional em Munique e, em 1982, o 1º lugar e a medalha de ouro no Concurso Tchaikovsky de Moscou. Gravou para a Deutsche Gramophon, com Herbert von Karajan e Anne Sophie Mutter, além de outros selos importantes. Apresenta-se regularmente na Europa, América e Ásia com importantes orquestras, dentre elas a Filarmônica de Berlim, Sinfônica de Londres, Sinfônica da BBC. Convidado dos maiores festivais de música, é ativo camerista, tendo sido membro do legendário Beaux Arts Trio por 10 anos. Ministra masterclasses em vários continentes, além de ser professor titular na Hochschule de Berna, desde 2008.

ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE (OSPA)

Concerto da Série Casa da OSPA – Danças Sinfônicas
Concerto: Sábado, 3 de setembro, às 17h. Notas de Concerto: às 16h, com Max Uriarte.
Onde: Casa da OSPA (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre, RS).
Ingresso solidário (mediante doação de 1kg de alimento): R$ 10 (estudante, qualquer seção), R$ 15 (mezaninos e balcões) e R$ 20 (camarotes e plateia). Ingresso inteiro: R$ 30 (mezaninos e balcões) e R$ 40 (camarotes e plateia). Desconto de 50% para Amigo OSPA, sócios do Clube do Assinante ZH, idosos, doadores de sangue, pessoas com deficiência, estudantes, jovens até 15 anos e ID Jovem. Desconto de 20% para titulares do cartão Zaffari e Bourbon e para clientes do Banrisul.
Bilheteria on-line: via Sympla em bit.ly/ospa2022_ingresso (com taxa de conveniência).
Bilheteria na Casa da OSPA: sextas e sábados, das 12h às 17h. Formas de pagamento: Dinheiro, Banricompras, Visa, Master, Diners, Hiper, Elo, Vale Cultura Ticket e American.
Estacionamento: gratuito, no local.
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 6 anos.
Acessibilidade: pessoas com mobilidade reduzida e com deficiência visual.
Transmissão ao vivo: canal da OSPA no YouTube.
Informações para o público: (51) 3288-1507 e 98608-0141, de segunda a sexta, das 9h às 18h.

Programa:

DANÇAS SINFÔNICAS

 

Dvořák, Antonín | Concerto para Violoncelo em Si Menor, Op. 104

I. Allegro

II. Adagio ma non troppo

III. Finale. Allegro moderato

Intervalo

Bernstein, Leonard | West Side Story: Danças Sinfônicas

Regência:

Evandro Matté

Solistas: 

Antonio Meneses (violoncelo)

Apresentação:

Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA)

Direção Artística:

Evandro Matté

Acompanhe a OSPA pelo Instagram:

instagram.com/ospabr

Lei de Incentivo à Cultura Patrocínio da Temporada Artística: Gerdau, Alibem e Banrisul. Patrocinadores da Casa da Ospa: Banrisul, Vero, Panvel, Grupo Zaffari e Gerdau. Apoio da Temporada Artística: Dufrio e Sulgás.  Realização: Fundação Ospa, Fundação Cultural Pablo Komlós, Secretaria da Cultura do RS, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo. PRONAC: 192458.

Arte para o povo: uma galeria a céu aberto em praça da Restinga

 

Higino Barros

“Tenho um sonho há bastante tempo: fazer chegar arte de qualidade para a periferia.” Assim o fotógrafo e produtor cultural Marcos Monteiro define o propósito de sua nova conquista: abrir no bairro Restinga, um local estigmatizado no imaginário urbano da capital gaúcha, uma filial da Galeria da Escadaria, espaço de arte consagrado em Porto Alegre. Dia 27 de agosto, sábado, às 15 horas será realizada a cerimônia de abertura com  apresentação de grupos de capoeira da comunidade.

Isso está sendo possível através de edital do FAC (Fundo de Apoio à Cultura), da Secretaria Estadual da Cultura. “Com a produtora que trabalha comigo, a Isabel Meireles, fizemos o processo e fomos contemplados no edital, explica Monteiro.

 

O edital proporciona além da construção da galeria a céu aberto, na Praça Esplanada na Restinga, que será nos mesmos molde da Galeria Escadaria, no Viaduto Otávio Rocha, exibição de cinco exposições que foram mostradas no Centro de Porto Alegre. São 14 painéis, sete frente e verso. Cada painel tem dois metros por um.

Exposição de moradores do bairro

“Já fizemos uma série de reuniões com os representantes da sede da prefeitura na Restinga. Acertamos local e obtivemos a licença do espaço. Foi manifestado o interesse de fazer também uma exposição de fotos de celular, de mobgrafia, só com trabalhos de moradores da Restinga. Haverá um concurso, como curador vou escolher os fotógrafos selecionados do bairro e montar uma exposição”, prossegue o curador.

Foto de Paulo Mello/ Divulgação

Primeira exposição exibida na Restinga será de Mobgrafia, de fotógrafos gaúchos conhecidos e que teve ótima repercussão quando exibida em Porto Alegre. A previsão que cada uma fique dois meses, havendo a ocupação do espaço até julho de 2023.

A sequência de exposições, na Galeria de Arte Restinga reproduz as exposições previstas para a Galeria Escadaria da Borges de Medeiros:

Depois da Mobrafia atualmente em cartaz, entra exposição do curador da galeria e fotógrafo Marcos Monteiro, denominada “Ir real 2”. Em seguida acontece a mostra da Nega Ângela e a Street Expo Photo 2022-2003, que já virou um grande acontecimento no cenário fotográfico da capital gaúcha e agora chegará também à população da Restinga

Trabalho autoral original

O curador da Galeria Escadaria ressalta o trabalho de Nega Ângela, fotógrafa que integra o Photo Clube Portoalegrense. “ O trabalho tem a curadoria do Fernando Schmith, um grande fotografo da capital. Está mostra está sendo preparada há um ano e vai causar um impacto, já que é um trabalho autoral muito original.”, ressalta Monteiro.

Segundo ele “como tem acontecido na Street, grande profissionais da área ocupando o mesmo espaço ao lado de fotógrafos amadores com bons olhares, novo fotógrafos.

Foto de Carmem Gottfried/ Divulgação

O fato de ser exposição à céu aberto nós pomos em prática a ideia de levar para o povo exposições culturais com ótima qualidade, formando novos admiradores da arte e incentivar jovens e todo tipo de pessoa à praticar fotografia.

Hoje em dia se faz boa fotografia tanto com equipamento profissional quanto com um simples celular. Importante não é o equipamento. E sim desenvolver o olhar e arte dentro de cada um, as vezes adormecida, que a pessoa não tem a oportunidade de praticar”, conclui Marcos Monteiro.

CALENDÁRIO DAS EXPOSIÇÕES

Exposições na Galeria de Arte Restinga para 2022.

Dia 27. 08.22 exposição Mobgrafia.

Dia 10.11 2022 expo Marcos Monteiro,

Dia 10.12.2022 exposição Nega Angela,

Dia 03.03 exposição   Street Expo Photo edição 1.

Dia  03 .05. Street Expo Photo edição 2.

Dia 03. 05 – Exposição Convocatória Mobgrafia Restinga com moradores da Restinga. A única exposição que acontecerá somente na Restinga é a do moradores do bairro.

SERVIÇO:

DIA: 27 DE AGOSTO (SÁBADO)

ABERTURA DA GALERIA DE ARTE RESTINGA

LOCAL: PRAÇA ESPLANADA- CENTRO DE RESTINGA

HORÁRIO: 15 HORAS

COM APRESENTAÇÃO  DE GRUPOS DE CAPOEIRA DA COMUNIDADE.

EDITAL DO FUNDO DE APOIO À CULTURA (FAC), DA SECRETARIA ESTADUAL DA CULTURA

 

Contato:

Marcos Monteiro- Fone: (51) 99935-0608

Email: marcosmonteiroprojetos@gmail.com

 

 

 

 

 

Eliane Tonello lança “Adulto Maduro: Psicossomática e outros ensaios de Psicologia”

 

Na intenção de explorar o tema adulto maduro, arte, psicossomática e psicanálise, Eliane Tonello, reuniu ensaios e artigos com diversificados temas, abrindo um espaço de reflexão para estudantes, profissionais da área da psicologia e interessados em psicanálise, dada a relevância social dos assuntos abordados.
Segundo a autora os textos referem-se a aspectos do envelhecimento criativo, do papel da criatividade e das disposições e motivações correlacionadas às enfermidades corpo-mente. Os ensaios levantam também questionamentos acerca da vida psíquica antes do nascimento, das sobreadaptações correspondendo ao desejo do mundo, assim como questões de distintas possibilidades de traumas, inclusive do fenômeno do abuso sexual. Isso tudo sem deixar de mergulhar na trajetória da arte, da literatura e inclusive da poesia, como dispositivos de saúde mental.
Para Eliane “muitos autores entendem a clínica psicanalítica em consonância com a psicossomática, pois, independentemente da faixa etária, é o sintoma que leva o paciente a buscar um atendimento com um profissional capacitado, em decorrência do acúmulo de intrusões-insatisfações ao longo da vida. Na maior parte das vezes, o que ocorre é a inauguração de um espaço de circulação da palavra, dando voz aos sentimentos, o que antes apenas era descarregado no corpo.”
“Com a chegada à maturidade, percebe-se que já não se tem mais todo tempo do mundo. O sentimento de finitude está bem mais presente. Os questionamentos surgem: o que fiz até aqui? Será que existe ainda alguma coisa a fazer? Estas perguntas são respondidas na medida em que ocorre um resgate do sentir e da criatividade psíquica. Seria interessante estar vivo na hora da morte!
Todos os artigos versam sobre a experiência prática da autora. Os escritos decorrem de um olhar inquieto de uma psicoterapeuta que se apoia em autores relevantes da psicanálise, como S. Freud, D. Maldavsky, J. McDougall, P. Marty, M. Klein, D. Winnicott, A. Green e S. Ferenczi, dentre outros. Na caminhada da vida o que importa é o cuidado de si e do outro, gesto de amor para as novas e futuras gerações”, diz a autora.
Entre as obras dela já publicadas estão “Tecendo a sanidade: o caso Arthur Bispo do Rosário (ensaio), A espiral de gerações(romance), Encontro nas estações(poesias), Layla e a uva e Layla e Pedro (quadrilíngues).

Carlos Nejar é o patrono da 68º Feira do Livro de Porto Alegre , que volta de forma presencial

 

 

A Câmara Rio-Grandense do Livro anunciou ontem, dia 20, pela manhã o nome do escritor Carlos Nejar como patrono da 68º edição da Feira do Livro de porto Alegre; Ele sucede o filho, Fabrício Carpoinejar, que foi o patrono da edição passada. Depois de dois anos de forma híbrida, a feira volta em formato totalmente presencial, entre os dias 28 de outubro e 15 de novembro, na Praça da Alfândega e espaços culturais próximos.

Fotos: Câmara Rio-Grandense de Livros/ Divulgação

Carlos Nejar tem 83 anos e é ocupante da cadeira número quatro da Academia Brasileira de Letras. Tem extensa produção como autor de poesias, ensaios, contos, críticas literárias e literatura infanto-juvenil.

“Me puseram o título de patrono por generosidade, mas sou um servidor da Feira do Livro, quero servir, participar. Estou muito feliz por suceder o meu filho Fabrício e, também, pelo aniversário da minha terra. Feliz pelo calor humano e pela valorização do livro”, comentou logo depois do anúncio.

O presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Maximiliano Ledur, destacou  a escolha do patrono dessa edição, como reconhecimento à extensa contribuição de Nejar à literatura brasileira. “É uma honra prestar essa homenagem a este escritor gaúcho que traz em sua obra, que é atemporal, a afeição pelo Estado. É a oportunidade das novas gerações conhecerem a fundo publicações importantes, como ‘O Campeador e o Vento’ (1966), ‘Canga’ (1993) e tantas outras”, afirmou..

Nejar lançou seu primeiro livro, “Sélesis”, em 1960. Seus trabalhos mais recentes são “Senhora Nuvem” (Life Editora) e “A República do Pampa” (Casa Brasileira de Livros) e foram lançados neste ano. Há outras obras prontas, aguardando publicação.

“Livro na gaveta é fantasma. Os originais incomodam como almas penadas. O livro saindo, eu me liberto. Vem a oportunidade, eu publico, mas tenho muitos livros inéditos”.

 Um homem do pampa

Procurador de Justiça aposentado, há três décadas Nejar vive no Rio de Janeiro. Sua ligação com oRio Grande do Sul sempre fez parte de sua trajetória literária. Em 2018, foi lançado o dicionário “Carlos Nejar: Um homem do Pampa”, com mais de mil trechos de obras do escritor. A publicação foi organizada por Luiz Coronel e lançada pela Editora Mecenas.

Nejar recebeu diversos prêmios literários e teve reconhecimento internacional. Em 1993, a publicação norte-americana Quarterly Review of Literature destacou o gaúcho como um dos grandes escritores da atualidade, ele era o único brasileiro. Em 2002, foi citado entre os 10 poetas mais importantes do Brasil pela revista Literature World Today.

O patrono ainda foi considerado um dos 37 poetas-chave do século, entre 300 autores memoráveis, entre 1890 e 1990, pelo crítico suíço Gustav Siebenmann, em Poesía y Poéticas del Siglo XX en la América Hispana y el Brasil, em 1997. Em 2017, Nejar chegou a ser indicado ao Nobel de Literatura, segundo registros de notícias sobre o escritor em publicações brasileiras.

Tabu: os Nus e as Noivas de Sioma, em exposição dupla em Canela

 

Higino Barros

Pedro Luis Flores Filho tinha 15 anos quando descobriu uma caixa com fotografias, zelosamente guardadas, no fundo de um guarda roupa, por seu pai, o fotógrafo Pedro Flores que fora sócio, amigo (e considerado do mesmo nível) de Sioma Breitman, nome lendário na história da fotografia gaúcha. A caixa continha cerca de 30 negativos e cópias de nus femininos, feitos nos anos 1940 e 1950, por Sioma. Um tabu para a época.

Essas fotos sempre fizeram parte do imaginário de Pedro Flores como adolescente e adulto e eram conhecidas somente pelos estudiosos da obra de Sioma. Agora elas chegam para o conhecimento e encantamento dos admiradores da trajetória do fotógrafo imigrante europeu que retratou como poucos a terra que ele escolheu para viver e onde fez história.

“Quando o Sioma morreu, o Irineu Breitman, filho dele, procurou meu pai e deu a ele uma caixa com um monte de negativos. Eram fotos de nus femininos.

Ele disse para o meu pai: Pedro, eu não sei o que fazer com isso. Acho que a pessoa mais indicada para guardar com isso é tu. “, conta Pedro Luis Flores como tais fotos foram chegar ao acervo de sua família.

As fotos dos nus, junto com outras icônicas, das Noivas de Sioma, estão pela primeira vez sendo mostradas em conjunto pelo Canela Instituto de Fotografia e Arte Visuais e tem a curadoria de Fernando Bueno e Andréa Pires, a dupla responsável pela a majestosa exposição sobre obra de Sioma Breitman, no Farol Santander Cultural, no início do ano. Elas ficaram foram da exposição do Farol Santander.

Quem já viu as fotos dos nus sempre as considerou como uma celebração ao corpo feminino, captada em cenários clássicos e com a perfeição de luz e sombra que caracterizam as fotos de Sioma Breitman, combinação que as tornam obra de arte.

Abaixo, Fernando Bueno, curador das mostras e do Canela Instituto de Fotografia e Artes Visuais, escreve sobre as exposições:

“O Canela Instituto de Fotografia e Artes Visuais nestes mais de vinte anos de existência nunca tolerou nenhum tipo de restrição de qualquer natureza, de credo, cor ou gênero. Sempre estivemos ao lado da cultura, da arte e principalmente da liberdade de expressão.

Quando há 100 anos atrás Sioma Breitman, um judeu ucraniano escapou da sanha intolerante do Bolcheviques e aportou na América, procurou durante toda sua vida se expressar através de sua arte, a fotografia, com criatividade e liberdade.

Não fez nenhuma restrição de classe social, raça, cor ou religião.

Fotografou Getúlio Vargas, mas também retratou Luis Carlos Prestes, fez fotos de grande empresários tais como A.J. Renner, mas ao mesmo tempo eternizou os personagens de rua.

Compartilhou seu conhecimento e talento com seus companheiros de profissão, fundou Associações, criou escolas, levou a fotografia do Rio Grande do Sul mundo afora, foi um libertário.

Graças a isto seu trabalho hoje está em várias coleções importantes, duas delas estão expostas na nossa galeria.

As icônicas Noivas de Sioma, que fazem parte da coleção do Museu Joaquim Felizardo, fazendo parte do acervo da fototeca que leva seu nome.

A outra é inédita, pela primeira vez em uma galeria, a Coleção Pedro Flores de Fotografia. Vai estrear em grande estilo.

Os Nus de Sioma, mesmo sendo multipremiados em salões de fotografias do mundo inteiro, ensaios produzidos no final dos anos 40 e início dos 50, são uma obra incrível que reverencia as mulheres e nunca foram expostos em conjunto.

E se isso hoje é possível é graças a coleção Pedro Flores, sócio e amigo particular de Sioma, que faleceu em 2005 e tal qual seu parceiro tem uma obra espetacular que parte também está na Fototeca Sioma Breitman. Os Flores são fotógrafos quase um século, seus irmão eram fotógrafos, seu filho é fotógrafo e seus netos também.

Graças aos respeito à fotografia e aos cuidados de Pedro Luis Flores, este acervo sobreviveu e hoje quase 100 anos depois podem ser expostos pela primeira vez.

As Noivas e os Nus de Sioma quebram e rompem com todos os Tabus. São pura arte.

Viva a Fotografia !

Viva a Liberdade de Expressão! “

SERVIÇO

O Canela Instituto de Fotografia e Artes Visuais apresenta a exposição

TABU – FOTOGRAFIAS DE SIOMA BREITMAN

– Coleção de Pedro Flores e do Museu José Joaquin Felizardo

– Curadoria de Andrea Pires e Fernando Bueno

– Consultoria de André Severo

Uma oportunidade de conhecer duas coleções incríveis de Sioma Breitman:

– Os Nus, ensaios produzidos no final dos anos 40 e início dos 50, obras que reverenciam as mulheres e que nunca foram expostas em conjunto.

– Noivas – uma coleção sensacional de fotografias que retratam o apurado e poético trabalho profissional deste grande mestre.

De 03 de junho a 31 de julho de 2022 – na Galeria do Instituto na Casa Francesa

Av. José José Luiz Corrêa Pinto, 299 – Canela

Apoio: Velha Laje e Casa Francesa

Saiba mais em: www.canelainstituto.com.br