Projeto Orquestra Jovem: inscrições abertas para aulas gratuitas na Casa da Música

O Projeto Orquestra Jovem e Escola Casa da Música-AACAMUS (Associação dos Amigos Casa da Música POA) está com as matrículas abertas, com vagas limitadas,  para aulas gratuitas de música.

As vagas destinam-se a estudantes de escolas públicas de Porto Alegre e da Região Metropolitana, com idade entre 6 e 16 anos. Atualmente as vagas disponíveis são para flauta doce, cavaquinho, violino, violino com prática, e grupo vocal infantil e infanto-juvenil.

Os estudantes terão acesso aos respectivos instrumentos, os quais são oferecidos pelo Projeto.

As inscrições estarão abertas até 20 de janeiro.

As aulas terão início no próximo dia 07 de março, na Casa da Música Porto Alegre, na Rua Gonçalo de Carvalho, 22 (fundos do Shopping Total).

A cantora mezzo soprano Angela Diel, diretora artística do projeto, relata que em 2021 houve grande crescimento tanto na qualidade do aprendizado quanto no número de alunos. “Percebemos alunos talentosos que merecem a oportunidade  de receberem aulas individuais, como é o caso dos integrantes do Quinteto Jovens Talentos, que também participam das aulas em grupo”, salienta.

O coordenador do projeto, violinista e professor Ricardo Chacón, doutorando em música na UFRGS,  é venezuelano, oriundo do “El Sistema”, projeto social de ensino da música desenvolvido de forma pioneira na Venezuela e reconhecido mundialmente, diz que é uma honra coordenar a Orquestra Jovem Escola Casa da Música-AACAMUS porque oferece oportunidade de desenvolver habilidades musicais, prática individual e coletiva, as quais fortalecem a formação integral das crianças originando nelas outro olhar sobre as artes.

“Para mim, a música é parte fundamental em qualquer processo educativo e o projeto  tem a estrutura organizacional, de infraestrutura e professores qualificados para fazer dele uma janela para o Brasil e para o mundo. O céu é o limite”, afirma Chacón.

www.casadamusicapoa.com.br

www.facebook.com/CasadaMusicaPoa/

 Inscrições: www.casadamusicapoa.com.br/aacamus

Ações desenvolvidas em 2021

Em 2021 o Projeto realizou seis concertos para cerca de 2.000 espectadores nos seguintes locais: EMEF Chico Mendes, Travessa dos Cataventos-Casa de Cultura Mario Quintana, na frente da Casa da Música Porto Alegre, Igreja Santa Teresinha, bairro Floresta (dois concertos), e Igreja Nossa Senhora da Pompéia.

Além das aulas de instrumentos para os grupos, foram ministradas oficinas de Técnicas de Orquestra, Percussão Corporal e Produção Cultural e Artística.

Criado em 2016, atualmente o projeto agrega 200 integrantes, oriundos de escolas da rede pública de ensino de Porto Alegre e da Região Metropolitana, e 18 professores. ​

A AACAMUS é uma associação sem fins lucrativos que tem por objetivo oferecer aulas de música gratuitas para alunos das escolas públicas de Porto Alegre (RS), com idade entre 6 e 16 anos, bem como trabalhar a formação de novas plateias na música clássica.

 

Miniarte apresenta tema de 2022, regulamento e logomarca da mostra

 

 

O Projeto Miniarte Internacional está de site novo, recém-colocado no ar (www.miniartex.org). O espaço informa que o tema da Miniarte 2022 é “Magia”, apresenta a logomarca da edição, concebida pelo designer gráfico Ronald Souza, e disponibiliza o regulamento da mostra em três idiomas: português, espanhol e inglês. O site abriga material referente às exposições anteriores e seus respectivos catálogos. A Miniarte foi criada em 2003 pela artista visual e gestora cultural gaúcha Clara Pechansky.

Ela diz que a escolha do tema da futura mostra se justifica pelo fato de “o mundo precisar de magia, que implica surpresa, curiosidade, idealização, fantasia, devaneio, sonho, aspiração, inspiração. A arte pode criar e representar o que é magia, com seus inúmeros significados”.

Clara Pechanski. Foto Lisa Roos/ Divulgação

O período de inscrição e de envio de fotos dos trabalhos para residentes no Brasil vai de 10 de janeiro próximo a 30 de abril. Cada participante deverá enviar somente uma foto de obra com o tema “Magia”, utilizando qualquer técnica, desde que tenha obrigatoriamente o formato quadrado.

261 artistas

Inscrições individuais e de grupos de 10 artistas têm desconto se efetivadas entre 10 de janeiro e 12 de março. No caso de grupos, o 11. participante fica isento.

Em 2021, a Miniarte Vida contou com 261 artistas de 14 países e de quatro continentes. Foram realizadas as duas primeiras habituais exposições, em Gramado, no Centro Municipal de Cultura, em setembro (40ª edição), e em Porto Alegre, em novembro (41ª), na Gravura Galeria.

As próximas montagens já têm cidades definidas. Ocorrerão em Santa Cruz do Sul, de 5 a 31 de março, na Casa das Artes, com coordenação local de Márcia Marostega e Maria Celita Scherer, e em Caxias do Sul, onde a coordenadora local será Mara Galvani, da UCS.

 Confira todas informações em www.miniartex.org

Sarau e show celebram 35 anos de poesia de Liana Timm

Artista multimídia, arquiteta, poeta e designer são algumas das faces de Liana Timm, que completa, em 2021, seus 35 anos de poesia. Para celebrar essa trajetória, Liana vai transformar a Rua Giordano Bruno, no bairro Rio Branco, na Rua da Poesia e da Música, com sarau e apresentação musical na quinta-feira, 16 de dezembro, a partir das 18h30, em frente à Empório Nouveau (Rua Giordano Bruno, 13).

Liana vai dividir o palco com o violonista Gilberto Oliveira. No sarau, Janaina Pelizzon, Cátia Castilhos Simon, Dione Detanico, Jane Tutikian e Luciana Éboli vão interpretar textos que marcam a trajetória poética da escritora. Durante o evento, também será lançado o livro “A Dimensão da Palavra”, da Editora Território das Artes, uma antologia que reúne em 494 páginas poemas de 18 livros de poesia publicados pela artista.

 Nascida em Serafina Correia, Liana é cidadã de Porto Alegre, onde mantém seu atelier em permanente ebulição, ao mesclar manualidade e tecnologia, conceito e materialidade, história e contemporaneidade. As intensas vivências de Liana foram traduzidas em 76 exposições individuais (e outras 130 coletivas). Em sua trajetória, também foram produzidos 64 livros, sendo 18 individuais de poesia – que integram, na íntegra, a seleção de “Dimensão da Palavra”.

Liana faz da arte sua vida e da poesia sua forma de expressão. “Escolher a palavra certa que rime com nosso interior é mais que rimar a sílaba forçando uma artificial musicalidade. É harmonizar o prazer da estética que, espontaneamente, busca se aconchegar em outras palavras carregando-as de significações. Na poesia testamos, com a sonoridade de nosso coração, todo verso que atravessando o corpo despreza qualquer tradução. Há mais ou menos 12.775 dias vivo a poesia sem intervalos nem concessões. Na solidão da escrita sou tudo o que quiser ser!”, revela a artista.

Esse constante movimento foi reconhecido com 17 premiações. Entre elas, o Prêmio de Melhor Livro do Ano na categoria Poesia, da Associação Gaúcha de Escritores (AGES) para “Água passante” (2010) e “Os potes da sede (2012). O primeiro, nas palavras da crítica literária, ex-professora da UFRGS, da PUC e ex-diretora do Instituto Estadual do Livro (IEL), Léa Masina: “Liana oferece ao leitor um mergulho nas profundezas de uma estética em constante movimento, apreendida na fragmentação das coisas e na possibilidade de uni-las provisoriamente, sem deixar-se aprisionar pela estrutura previsível e imediata da realidade”.

Palavras em movimento

A revelação de sua reconhecida escrita poética ao público ocorreu em 1986, com a sua primeira publicação individual: “Amenas Inferências”, que inclui o diálogo da poeta em fina consonância com Cecília Meireles e Mário Quintana, em um mesmo poema. “Com a primeira, não só por dedicar-lhe explicitamente, iniciando com os seguintes versos: sede assim/ alguma coisa simétrica convidando o leitor/leitora a aderir a um quase total consenso da simetria. E finaliza em modo irônico de um Quintana, com suas melhores tiradas: portanto/ sede assim/ alguma coisa simétrica/ é um equívoco/ não querer ser/ como a maioria dos homens. O eu lírico ironiza a condição da criação estar sob a predominância da perspectiva do masculino. Nesse primoroso diálogo entre poetas, expandem-se campos de força e ganham os leitores”, analisa Cátia Simon, doutora em Estudos da Literatura Brasileira, Portuguesa e Luso-africanas, pela UFRGS, e responsável pelo texto de apresentação de “Dimensão da Palavra”.

Sobre outra obra, “Os Potes de sede”, a escritora gaúcha Jane Tutikian descreveu: “Constitui um inventário da vida em poemas. Aliás, esta e a sua matéria de criação: o cotidiano que conhecemos apreendido de uma forma outra, a de quem sabe que a vida já começa finda, de quem nasceu meio velha/contestando os limites do berço/querendo de pronto/aterrissar no deserto de um assombro. Para a poeta, a palavra em si rompe o dicionário dos sentidos, abre-se ao leitor em possibilidades múltiplas de ressignificação, entre o poema que me escreve e o poema que inscreve no meu dorso”.

Liana Timm Foto: Luis Ventura/ Divulgação

Antes de “A Dimensão da Palavra”, sua mais recente publicação poética havia sido “O Íntimo das horas”, de 2019-2020, uma antologia organizada pela escritora Dione Detanico, que reúne poemas selecionados de 8 livros de poesia já publicados por Liana. De cada um deles, Dione escolheu cerca de 10 poemas para compor um caleidoscópio do universo da poeta, que trouxe à tona o inapreensível a olho nu, numa poética que reconfigura o óbvio da existência. O escritor Alexandre Brito, na primeira orelha, assegura que esse livro “sacode o cristal das palavras como um idioma novo”.

“A obra de Liana Timm é água fresca para quem tem sede de liberdade, expressão cara e inegociável para a arte. Com ela é possível testemunhar o vigor dos apaixonados pela descoberta, dos que não temem enfrentar dragões despertos nem descer aos infernos em meio a labaredas. Por sua poética há medusas e anjos, barro e areia translúcida, oceanos e chuva fina, e o gosto pelo azul”, define Cátia Simon na apresentação de “Dimensão da Palavra”. Uma boa definição desses 35 anos poéticos – e que venham muitos outros.

Empório Nouveau

 

Transformar a Giordano Bruno, em Porto Alegre, em Rua da Poesia e da Música é um marco para a Empório Nouveau. “É uma honra receber, em tão pouco tempo de existência (cinco meses), uma artista da grandeza da Liana Timm. Acredito que a escolha de Liana pela nossa cafeteria tem muita relação com o nosso propósito, nossa temática. O Empório Nouveau – cafés, vinhos e doces vícios nasceu com esta vontade de que todos estávamos de nos reencontrar, tomar uma taça de espumante ou vinho, trocar livros e falar sobre cultura. E o vício da leitura, da cultura está muito presente por aqui!”, destaca Caren Mello, que deixou de lado o jornalismo para assumir os fouets e sua face confeiteira. Ela se inspirou nos cafés parisienses para criar o espaço e o cardápio, que encantou Liana Timm e promete levar os participantes do evento para uma viagem pela poesia, pela música e pelos sabores.

Liana Timm Foto: Caren Mello/ Divulgação

Poesia & Música na Rua com Liana Timm

Lançamento do livro “A Dimensão da Palavra”
Show com Liana Timm e Gilberto Oliveira
Sarau de poesia com Janaina Pelizzon, Cátia Castilhos Simon, Dione Detanico, Jane Tutikian e Luciana Éboli

Local: em frente à Empório Nouveau (Rua Giordano Bruno, 13)

Data: 16 de dezembro de 2021
Horário: 18h30

Vagas limitadas (70 lugares)

Confirmar presença pelo whatsapp (51) 9148-3592, informando nome completo de cada confirmado.

Feira Bella Ciao, em 2ª edição, com 60 expositores e convidados especiais

Neste domingo,  19/12, começa a 2a edição da Feira Bella Ciao,  com mais de 60 expositores, de marcas autorais de roupas, acessórios, artesanato, arte, literatura, cerveja artesanal, alimentação vegana e convencional, além de convidados especiais, como o cartunista Santiago, o coletivo Reafro, a Cozinha Solidária do MTST, a ONG Alice (Boca de Rua) e vários expositores indígenas.

A ASSUFRGS (Sindicato dos Técnico-Administrativos em Educação da UFRGS, UFCSPA e IFRS) vai estar presente comemorando o aniversário de 70 anos e apoiando a 2a edição da Bella Ciao com o propósito de reforçar a
importância da luta sindical por um país melhor para todas e todos.

A tarde será animada com o som da Tribo Brasil, que toca samba e MPB, e da DJ Joelma Terto, que toca uma música tropical de diferentes ritmos.

Além disso teremos um espetáculo de dança e, para crianças e adultos,
brincadeiras com a Fê Poletto e uma apresentação do palhaço Grillo. Pets são bem vindos.

O evento acontece no Memorial Luiz Carlos Prestes, um lugar que representa os valores de democracia, de igualdade, resistência e solidariedade, em frente ao Anfiteatro pôr do sol, na orla do Guaíba, Porto Alegre – RS.

Estaremos arrecadando alimentos para a cozinha solidária do MTST, um projeto que dá comida pra quem tem fome. Leve não perecíveis para doar.

Agradecemos o interesse e contamos com sua parceria para divulgação!
Precisamos ir além das redes sociais para buscar uma rede de justiça social.

O quê: Feira Bella Ciao

Onde: Memorial Luiz Carlos Prestes – Avenida Edvaldo Pereira Paiva, 1527
Quando: 19 de dezembro de 2021, das 14h às 19h30

Libretos Editora celebra 20 anos de atuação, investindo na bibliodiversidade

Fundada por Clô Barcellos, jornalista, designer e artista visual e por Rafael Guimaraens, escritor e jornalista, a Libretos atua desde 2001 na área de memória e humanidades e, em duas décadas, publicou cerca de 200 livros, entre romances, contos, não-ficção, infantis, juvenis, ebooks e audiolivros, além das séries Universidade e Poche, de bolso. Dia 18 de dezembro, sábado, das 14h às 18h, haverá um evento comemorativo ,no Espaço Amelie, na Rua Vieira de Castro, 439 – Porto Alegre/RS

Clô Barcellos e Rafael Guimaraens. Foto: Ricardo Stricher/ Divulgação
Entre seus autores estão Valesca de Assis, Alcy Cheuiche, Wrana Panizzi, Rafael Guimaraens, Paulo César Teixeira, Santiago, Fátima Farias, Edgar Vasques, Marcel Citro, Dilmar Messias, Lilian Rocha, Robson Pereira, Celso Gutfreind, Kleiton Ramil, Viviane Jugueiro, Letícia Möller, Miguel da Costa Franco, Ana Dos Santos, Jandiro Adriano Koch, Ricardo Silvestrin, Maria do Carmo Campos, Susana Vernieri e muitos outros. Também editou audiolivros de Carlos Urbim, Jane Tutikian e Cintia Moscovich.

“Nos identificamos com a qualidade de nossos autores, ilustradores, revisores, técnicos de várias áreas que fazem do livro a nossa razão de ser. Editar é uma atividade social, cultural e transformativa feita por aqueles que estão ao lado da justiça social”, observam Clô e Rafael.

Tornou-se uma editora com metas, mas mantendo o compromisso primordial com a bibliodiversidade. Cada vez mais publica livros de cultura negra, como Pretessência – Sopapo Poético, A criação da Terra e do Homem – Mitologia YourubáBatidas de OkanMel e Dendê e Travessias de Amanaã, e de temática LGTBIQ+, como Coligay, Babá – esse depravado negro que amou O crush de Álvares de Azevedo.

Banca da Libretos na 67ª Feira do Livro de Porto Alegre

Há onze anos participa da Feira do Livro de Porto Alegre com banca própria e promove eventos de lançamento com debates de temas de todos os seus livros, incluídos na programação oficial da feira, além de estar presente em feiras do interior do Estado e feiras populares de rua, e de eventos dos movimentos culturais. A Libretos é parceira, em edições e eventos, de instituições como Goethe Institut Porto Alegre, UFRGS, Ulbra, Unisinos, Fapa e Assembleia Legislativa.

No ano de 2020, em função da pandemia, a editora transmitiu trinta e cinco lives de lançamento e debate de seus livros, na Sala Libretos, e neste ano, mais nove programas. Promoveu o projeto Libretos Híbrida, presente na Feira do Livro de Porto Alegre com banca e sessões de autógrafos de seus autores, além de uma ampla programação virtual da Sala Libretos.

A editora recebeu os prêmios Destaque Açorianos/SMC/PMPA (2010); Troféu Cultura Econômica/JC (2013) e Parceiros da Escrita/ AGES (2017) e, recentemente, o Prêmio Trajetórias PMLL na categoria Instituição do Livro/PMPA. Importante registrar que diversos livros da Libretos ganharam prêmios literários, como o Troféu Açorianos da PMPA, o Prêmio da Associação Gaúcha de escritores AGES e Prêmio Minuano, do Instituto Estadual do Livro em parceria com a Faculdade de Letras da UFRGS. O livro Flavio Koutzii, biografia de um militante revolucionário, de Benito Schmidt, foi finalista no prêmio Jabuti, em nível nacional.

E para celebrar 20 anos de trajetória da editora, no dia 18 de dezembro, sábado, das 14h às 18h, será realizado o evento Libretos, 20 anos bibliodivertidos! no Espaço Amelie, na Rua Vieira de Castro, 439, com exposição de livros e banners.

Libretos, 20 anos bibliodivertidos!
Dia 18 de dezembro, sábado, das 14h às 18h, no Espaço Amelie, na Rua Vieira de Castro, 439 – Porto Alegre/RS

Exposição de livros e banners

Espaço Amelie – Praça João Paulo I, na Rua Vieira de Castro

Porto Alegre/RS
Aberto ao público
Nas comemorações de 20 anos de aniversário, a Libretos estará nesta semana até o dia 19 de dezembro participando também da FeirArteira no Bom Fim (João Telles, 499) com a Ong ALICE.

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Brasileiro lê mais com a pandemia: venda de livros cresce 33% este ano

O levantamento  períódico  feito pela Nielsen BookScan e divulgado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), mostra que as vendas de livros no Brasil cresceram 33,03%  de janeiro a novembro deste ano, em comparação a igual período de 2020.

No acumulado até agora, o varejo registrou 43,9 milhões de livros comercializados em 2021, com faturamento de R$ 1,83 bilhão, contra 32,99 milhões de unidades vendidas no mesmo período de 2020, gerando receita de R$ 1,39 bilhão.

O resultado já supera o desempenho de todo o ano passado, quando foram vendidos 41,9 milhões de exemplares, com receita de R$ 1,74 bilhão.

Para o presidente do SNEL, Marcos da Veiga Pereira, o estudo representa o otimismo que os mercados brasileiro e mundial estão vivendo.

Na sua avaliação, o isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus favoreceu o encontro dos leitores com a literatura e impulsionou as vendas deste ano, confirmando que o mercado se encontra em expansão.

Em entrevista à Agência Brasil, Marcos Pereira enfatizou que o resultado obtido até o momento “é espetacular”. “A gente não tinha ideia que fosse conseguir manter o crescimento ao longo do ano, nesses meses agora, em que a gente estava vendendo muito livro no ano passado. E continuamos vendendo mais do que no passado, com uma previsão de fechar 2021 perto de 25%”. Ele acredita que a curva continuará ascendente em 2022, mas não nesse nível. “Mas se a gente conseguir continuar crescendo a taxas mais parecidas com algo entre 5% a 10%, eu vou estar muito feliz, porque a gente vai estar em um mercado robusto que continua a crescer”, comenta.

Resiliência
De acordo com o levantamento, a elevada variação apurada este ano, até novembro, resulta de dois momentos diferentes do mercado livreiro: em 2020, um mercado atingido pelas medidas restritivas para conter a transmissão da covid-19 e, em 2021, um setor livreiro mais consolidado e resiliente.

O presidente do SNEL lembrou que no primeiro semestre deste ano, ocorreu uma segunda onda forte da covid, que levou várias lojas ainda a fecharem. “Eu não acho que isso vai acontecer em 2022”. Ao mesmo tempo, assinalou que há uma grande incógnita, ou indefinição, sobre o quanto as eleições e o cenário geral brasileiro podem contribuir negativamente para o setor, de alguma maneira. “Então, eu acredito que a gente precisa continuar a gerar boas notícias, para que a leitura continue em alta e as pessoas continuem interessadas em ler”.

O preço médio por exemplar praticado nos primeiros 11 meses deste ano, da ordem de R$ 41,64, apresentou redução de 1,42% em relação ao valor médio registrado de janeiro a novembro de 2020 (R$ 42,24).

Os dados do Painel são coletados diretamente do “caixa” das livrarias, ‘e-commerce’ e varejistas colaboradores. As informações são recebidas eletronicamente em formato de banco de dados e, após o processamento, os dados são enviados ‘online’ e atualizados semanalmente.

O Nielsen BookScan é o primeiro serviço de monitoramento de vendas de livros no mundo, atua em dez países, e o resultado de seu trabalho contribui para a tomada de decisão das editoras. O SNEL divulga o Painel das Vendas de Livros no Brasil a cada quatro semanas.
(Com informações da Agência Brasil)

Raquel Zepka traz vivência do teatro para seu livro de estreia

O título da coletânea de textos é Disformia Desatada, mas a atriz e diretora Raquel Zepka chama de “diário de mentiras”. O lançamento virtual pela Editora Patuá será domingo (12/12), às 19h.

 A live, comandada pelo editor Eduardo Lacerda, será transmitida ao vivo pelo Facebook e pelo canal da Patuá no Youtube e contará com a presença das escritoras Dia Nobre e Cacá Joanelo, que irão debater com Raquel sobre a construção do livro, que reúne, entre outros textos, uma série de poemas curtos – sem forma definida, por isso o título –  sobre o feminino, sobre morte, sonhos, fragilidades pessoais, misticismo e erotismo.

“Vai ser uma conversa sobre poesia e sobre mulheres escritoras, que publicam suas obras”, adianta a autora. O livro ainda terá lançamento presencial dia 22 de dezembro, às 18h30min, na Livraria Bamboletras (Lima e Silva, 776, Cidade Baixa). “Há muitas mulheres na dramaturgia, mas também muito apagamento das vozes femininas. São dramaturgas, romancistas, escrevendo coisas incríveis”, destaca Raquel.

Formada em Teatro pela Universidade Federal de Santa Maria, pós-graduada em linguagem audiovisual e mestranda em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a autora atualmente pesquisa dramaturgias que radicalizam barreiras entre o real e o ficcional. “Em breve, virá um segundo livro, desta vez mais focado na dramaturgia”, adianta.

Como atriz, Raquel se considera “uma incubadora” de palavras que fervilham nas entranhas “antes de serem paridas”. Em Disformia Desatada elas não nascem na fala, mas na escrita da autora, ação vista por ela como um ritual que transforma o estado do mundo com o mistério da imaginação. A escrita tem sido ofício dentro do fazer teatral, onde exerce a função de dramaturgista, e desde de 2015 tem escrito para teatro.

A capa do artista Alessandro Romio é resultado de um compilado de escritas pessoais, antes não compartilhadas. Os textos vinham sendo escritos desde 2018. “É quase como se fosse um diário aberto, de pensamentos compartilhados, e mentiras compartilhadas”, explica. Foi após cinco meses de oficina literária conduzida pelo escritor pernambucano Marcelino Freire, que Raquel decidiu publicar. “Ele me fez acreditar que era possível compartilhar estes escritos, e foi um dos maiores incentivadores”, conta a diretora teatral.

A obra pode ser encontrada no site da Editora Patuá (a R$ 40) e pelo instragram da autora (@raquelzepka).

“Os poemas de Raquel organizam um percurso da infância como um carrossel que gira em sentido anti-horário. Os cavalinhos sorridentes te levam para diários queimados, bilhetes só de ida, melenas de cabelos guardados obsessivamente por mães que amam mais os cabelos de suas filhas do que elas próprias.” (Dia Nobre)

Sobre as escritoras que participarão da live de lançamento:

  • Dia Nobre é Ph.D em História. Natural do Cariri cearense, atualmente trabalha em Petrolina (Pernambuco), como professora universitária desenvolvendo projetos ligados à literatura, história, lesbianidades e feminismo. Publicou dois livros de não-ficção, O teatro de Deus (Ed.UFC, 2011) e Incêndios da Alma, (Multifoco, 2016), tendo recebido três prêmios por este último, incluindo o Prêmio Capes de Teses (2015). Seu primeiro livro de poemas, Todos os meus humores, foi publicado em junho de 2020 pela Editora Penalux. Participa ainda das Antologias Coletânea VISÍVEIS – I Anuário Filipa Edições e Antes que eu me esqueça – 50 autoras lésbicas e bissexuais hoje (Quintal Edições, 2021). Em maio de 2021, lançou o livro de ficção No útero não existe gravidade, finalista do 3° Prêmio Mix Literário 2021.
  • Cacá Joanello é Mestre em Escrita Criativa pela PUC/RS; foi produtora de filmes e teatro por boa parte da vida, até entender que literatura era sua vocação. Trabalhou como ghostwriter, principalmente de conteúdo on-line; e como designer editorial. Nos últimos anos, integrou o time da Livraria Bamboletras, um marco cultural e turístico de Porto Alegre. Possui diversos contos publicados em antologias e revistas. É uma das organizadoras da antologia Vigílias, lançada ainda no primeiro semestre de 2021. Foi uma das vencedoras do Edital Arte como Respiro – Literatura – Itaú Cultural.

San Martin faz “homenagem por imitação” a Ogden Nash, o poeta do humor e do absurdo

Eduardo San Martin, jornalista e escritor  é o convidado do sarau do coletivo de poetas Gente de Palavra, nesta quarta, o dia 8 de dezembro, às 19hr30min, na livraria e café Cirkula.

Escritor e jornalista, San Martin publicou, entre outros, O Círculo do Suicida (com ilustrações originais de Maria Lídia Magliani), traduções de Mario Quintana em inglês e espanhol (Água/Water/Agua) e recebeu dois prêmios Açorianos, por Terra à Vista e A viagem do Pirata.

Nesta quarta-feira, o autor falará sobre a presença e relevância da poesia em seus 40 anos de escrita profissional, lerá alguns de seus poemas publicados e inéditos do livro O Reino Animal, a sair em 2022.

Trata-se de uma “homenagem por imitação” da poesia de Ogden Nash (1902-1971), o mestre do humor absurdo ou nonsense em língua inglesa no século passado.
Gaúcho em exílio voluntário há 40 anos, Eduardo San Martin reside em Nova York. Trabalhou na Folha da Manhã e Correio do Povo em Porto Alegre e agência Unipress em São Paulo. Foi repórter e editor do Serviço Mundial da BBC de Londres, correspondente dos jornais Diário do Sul e OGlobo na Europa e da agência RBS nos Estados Unidos, assim como information officer da Organização das Nações Unidas.

Desde 2012, o coletivo de poetas Gente de Palavra reúne mensalmente autores e leitores, sempre homenageando um poeta brasileiro vivo, com a publicação de uma revista bimestral.

Entre os destaques das edições anteriores, estão J. E..Degrazzia, Lilian Rocha, Paulo Roberto do Carmo, Ricardo Silvestrin, Barreto Poeta, Jorge Fróes, Cristina Macedo César Pereira, Maria Alice Bragança, Ronald Augusto, Juliana Meira, Claudinei Vieira, César Augusto de Carvalho, Ricardo Portugal, Alexandre Brito, e muitos outros.

Serviço

Sarau Gente de Palavra
Dia: 8 de dezembro (quarta-feira)
Hora: 19hr30min
Local: Livraria e café cirKula
Av. Oswaldo Aranha, 522
Bom Fim Porto Alegre
ENTRADA FRANCA

A múltipla Zoravia em dose dupla e nova galeria e cinema na cidade

Zoravia Bettiol vai terminar o ano com duas exposições simultâneas. Decana das artistas plásticas — e outras artes, foi convidada pelo curador Ben Berardi a inaugurar a galeria do Cine Grand Café, que abre no Shopping Nova Olaria, em Porto Alegre, nesta terça, 30/11. A outra exposição está na galeria do seu ateliê, em Ipanema, na Zona Sul. Ambas com entrada franca.

No Cine Grand Café, a mostra “Múltipla Obra de Zoravia Bettiol” traz um pequeno recorte da sua vasta obra. São 20 trabalhos em pintura acrílica da série Musas, em serigrafia da série Exuberância Primaveril I, as gravuras digitais das séries Brasil 2016 e Sentar, Sentir, Ser e as xilogravuras de diferentes séries como Primavera, Namorados, Gênesis e Romeu e Julieta.

Essas séries diferem na temática, na forma como a artista as interpreta e também com variações técnicas. Zoravia está toda lá: o humor, o lírico, o lúdico e a crítica perpassam estas obras. Todas estarão à venda, pagamento parcelado.

Os trabalhos em séries são uma constante na trajetória de Zoravia. Na Zona Sul, expõe duas delas, uma toda produzida durante a pandemia. São as 37 ilustrações, feitas em cinco meses, para o livro Divina Rima, um diálogo com a Divina Comédia de Dante Alighieri, também escrito em terza rima por Gilberto Schwartsmann, que entre muitas outras atividades, foi curador da Bienal do Mercosul – “o mais democrático”, diz Zoravia. A outra série em exposição no ateliê é “Criaturas Voadoras”, de 2016 – natureza, gente, insetos, pássaros.

SERVIÇO:

Galeria do Cine Grand Café, shopping Nova Olaria (Rua General Lima e Silva, 736, Centro Histórico).

Inauguração: terça-feira, 30 de novembro, das 19h às 21 horas.

Exposição: de 1º/12/ 2021 a 9/1/2022, todos os dias, das 14 às 21 horas.

Preços (em reais):

Séries Namorados, Primavera, Romeu e Julieta e Gênesis – xilogravura: 1.800 s/ moldura, 2.400 c/ moldura

Série Musas – pintura: 6.000 c/ moldura

Série Sentar, sentir, ser – gravura digital: 650 s/ moldura, 890 c/ moldura

Série Brasil 2016 – gravura digital: 500 s/ moldura, 690 c/ moldura

Série Exuberância Primaveril I – serigrafia: 750 s/ moldura, 980 c/ moldura.

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Galeria Zoravia Bettiol, na rua Paradiso Biacchi, 109, bairro Ipanema

Séries “Divina Rima” e “Criaturas Voadoras”

Exposição: 7 de novembro a 16 de dezembro de 2021, de 2a a 6a-feira, das 9h às 18h, e sábados, das 15h às 18h.

Preços: de 600 a 900 reais

 

 

 

O humor da resistência, pelos cartunistas da Grafar, na Galeria Ecarta

“Grafar na luta pela cultura” é a nova exposição da Galeria Ecarta que inaugura neste sábado, 20/11, às 10 horas e segue até 19 de dezembro. A coletânea reúne cerca de 100 trabalhos de 22 cartunistas segmentada nas temáticas livros, educação e Paulo Freire. “São desenhos traçados com o fino fio do humor e o peso das ideias”, resume o curador Eugênio Neves.
Cartum de Santiago/ Divulgação_
Integram a mostra os cartunistas Alisson Afonso, Augusto Bier, Celso Schröder, Edgar Vasques, Eugênio Neves, Fernando Uberti,  Leandro Hals, Jô Xavier, Francisco Juska, Luciano Kayser, Lancast, Lu Vieira, Máucio, Moacir Gutterrez, Paulo Vilanova , Rafael Correa, Rafael Sica, Rodrigo Rosa, Ruben Castillo, Santiago, Vicente Marques e Anibal Bendati (in memorian).
Para o coordenador da Galeria Ecarta, André Venzon, o olhar dos cartunistas é um instrumento infalível de crítica e humor, com precisão inigualável quanto à contemporaneidade. “No meio desse amálgama visual, em que dezenas de desenhos povoam e elevam as paredes da galeria Ecarta, é uma honra nossa participar com a Grafar dessa sensível homenagem àquilo que nos inspira: os livros, a educação e Paulo Freire — esse inolvidável educador, cuja existência enriqueceu tanto a humanidade”.
Cartum de Moa/Divulgação
Resistência humorada
O desenho de humor congrega o cartum, a charge, a caricatura e as histórias em quadrinhos numa linguagem que provoca a reflexão, ironiza situações, evidencia a crítica e possibilita a leitura mais apurada da realidade, entendida num contexto moderno como uma obra de arte com graça.
Cartum de Bier/ Divulgação
Para o curador e cartunista Eugênio Neves, o desenho de humor marcou sua relevância nos momentos mais severos de ameaça à democracia e de gravidade social geradas pela desigualdade e injustiça. “E segue na sua inerente vocação de denunciar os retrocessos que o país atravessa e apontando o quanto a cultura e a educação têm papel crucial para compreender e superar esse período”, registra o grafariano.
Uma das últimas exposições coletivas da Grafar teve grande repercussão nacional, em 2019, por ter sido censurada na Câmara Municipal de Porto Alegre após sua inauguração por conter fortes críticas ao presidente do Brasil, numa mostra batizada de “Independência em risco”, alusiva a 7 de Setembro. Após reações e manifestações públicas da comunidade, a exposição cumpriu o período previsto no legislativo.
Organização e formação
A Grafistas Associados do Rio Grande do Sul (Grafar) foi fundada em 1987 como núcleo de referência para as sucessivas gerações de grafistas. Nestes 34 anos transmite e aprofunda o conhecimento nas áreas do cartum, da charge, da caricatura, dos quadrinhos e da ilustração.
Através de publicações, cursos, oficinas, palestras, mostras individuais e coletivas, atua decisivamente na formação, produção e divulgação do grafismo gaúcho tanto no Rio Grande do Sul, como no Brasil e exterior. A Grafar tem sido um espaço para o questionamento e o debate sobre esse importante setor da produção cultural do estado.
Cartum de Edgar_Vasquez/ Divulgação
Os trabalhos foram impressos em papel, formato A3 e estarão fixados diretamente na parede da Galeria, na concepção de suporte despojado. A mostra pode ser vista de terça a domingo, das 10h às 18h com entrada franca e protocolos sanitários.
O RS é reconhecido por gerar grande número de cartunistas talentosos de expressão nacional e internacional. Boa parte dos integrantes da mostra acumulam premiações em vários países.
Os trabalhos da mostra foram impressos em papel, formato A3 e estarão fixados diretamente na parede da Galeria, na concepção de suporte despojado. A mostra pode ser vista de terça a domingo, das 10h às 18h com entrada franca e protocolos sanitários.
SERVIÇO
O QUÊ: Exposição da Grafar na Galeria Ecarta
DATA:  20 de novembro a 19 de dezembro de 2021, de terças a domingos, das 10h às 18h
LOCAL: Fundação Ecarta – Avenida João Pessoa, 943