Exposição “Clara Pechansky y Sus Amigas”, em grande estilo na Gravura Galeria de Arte

Higino Barros

Acontece em grande estilo, na próxima semana, a “Exposição Clara Pechansky y Sus Amigas”, que estreou em fevereiro no México. A inauguração será no dia 17 de junho, quarta-feira, com lançamento virtual também nas redes sociais da Gravura Galeria de Arte.  A visitação, com acesso limitado, vai até 17 de julho. Depois, a exposição segue para Gramado, onde estreia em setembro.

Confira quem são as 34 artistas participantes:

Anico Herskovits, Arlete Santarosa, Beatriz Balen Susin, Bebete Luz, Bernardete Conte (Estados Unidos), Claudia Sperb, Clara Pechansky, Cleusa Rossetto, Débora Lora, Eliane Santos Rocha, Ena Lautert, Ermínia Marasca Soccol, Esther Bianco, Fernanda Soares, Flávia de Albuquerque, Graça Craidy, Helena Schwalbe, Liana Timm, Lilia Manfroi, Linda de Sousa (Espanha), Mabel Fontana, Mara Galvani,Marise Zimmermann (Estados Unidos), Marta Loguercio, Miriam Tolpolar, Nara B. Sirotsky, Ondina Pozoco, Rita Gil, Silvia Marsson, Susane Kochhann, Suzel Neubarth, Thalma Rodrigues, Vera Reichert e Zoravia Bettiol.

 

Clara Pechansky. Foto Lisa Roos/Divulgação

Entrevista com Clara Pechansky, expositora e curadora da mostra 

Pergunta: O que caracteriza essa exposição ?

Resposta: É uma exposição a convite da Universidade Autónoma de Sinaloa (UAS), que fica em Culiacán, México. Em 2015 eu fiz uma individual na Galeria Frida Kahlo, da UAS, e em 2018 fui convidada pelo Coordenador de Artes Visuais, Prof. Jorge Luis Hurtado Reyes,  a voltar a expor individualmente. Em vez disso, decidi convidar mais pessoas a expor comigo. Passei o ano de 2019 organizando essa exposição, que se chama CLARA PECHANSKY Y SUS AMIGAS, e que inaugurei pessoalmente em 3 de fevereiro de 2020, antecedida de duas conferências, uma para alunos de Artes Visuais e outra para colegas artistas. Os eventos e nossa hospedagem, minha e de meu marido, foram patrocinados pela UAS, e presididos pelas autoridades universitárias.

Obra de Clara Pechansky. Quixote com violino e três nus. Foto: Lisa Roos/ Divulgação

Qual foi o critério de escolha das artistas ?

– Decidi convidar somente artistas que trabalham sobre papel, por uma questão de praticidade na remessa das obras. Cada artista enviou 2 obras, uma foi para o México e outra ficou aqui no Brasil.

Porque só mulher? E não incluir amigos.?

– Eu decidi que seria assim. Quando se organiza uma coletiva é necessário ter critérios muito definidos. Foram somente mulheres, de várias gerações e com vários tipos de currículos, mas todas elas com obra de qualidade sobre o suporte papel. No final, a lista ficou com 33 nomes.

Passada a pandemia, esse tipo de exposição, virtual, permanece ou perde importância diante da exposição presencial?

– EM PRIMEIRO LUGAR: NÃO SE TRATA DE UMA EXPOSIÇÃO VIRTUAL. A exposição mexicana permanece aberta em Culiacán, desde 3 de fevereiro de 2020. São 33 obras sobre papel das convidadas, mais 11 obras minhas. Todas as 44 obras foram enviadas ao México e emolduradas pela equipe da Universidade. Quanto à exposição brasileira, será exposta de 17 de junho a 17 de julho na Gravura, com 7 obras minhas e 33 obras das convidadas, num total de 40, todas emolduradas.

A INAUGURAÇÃO SERÁ VIRTUAL, mas a exposição ficará aberta ao público de segunda a sexta das 10 às 18h00. Esta mesma versão brasileira será exposta no Centro Municipal de Cultura de Gramado, entre 5 e 30 de setembro de 2020. A Secretaria da Cultura de Gramado patrocinou o catálogo, que mostra 80 obras, foi levado por mim e distribuído no México e produzido pela artista Liana Timm.

Obra de Clara Pechansky. Mágico sentado.Foto: Lisa Roos/ Divulgação

Quanto à sua pergunta sobre a exposição perder importância se fosse virtual, minha resposta é a seguinte: uma exposição com essas características torna-se histórica. Mesmo que fosse virtual, jamais perderia a importância.

Primeiro, porque tem o respaldo de uma universidade que existe há 147 anos, dedicando-se primordialmente às Artes; segundo, porque foi escolhida para ser a principal atração do XXV Festival Internacional de Cultura de la UAS, entre 6 e 11 de maio (este, sim, foi um Festival Virtual); terceiro, porque infelizmente aqui no Brasil a Cultura está tão desvalorizada que não há qualquer compreensão em relação ao trabalho que dá para organizar, durante um ano, 3 exposições desse porte, que incluem artistas residentes no Brasil e no estrangeiro; e o fato de reunir em um único espaço 34 mulheres de diferentes formações, trajetórias e gerações; por fim , as obras expostas serem um panorama de técnicas sobre papel, desde fotografia, desenho, pintura, xilografia, gravura em metal, colagem e litografia;

O registro destas 3 mostras será um testemunho de uma época, talvez a derradeira possibilidade de reunir num mesmo espaço tantos talentos juntos….

Obra de Graça Craidy. África no Brasil.

 

Obra de Ena Laudert. Aquarela.
Obra de Anico Herskovits. E aprendeu a notar coisas a que não dava atenção.
Obra de Zoravia Bettiol/ Lúcifer se diverte- o esforço dos anjos

 

 

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