Um livro à altura dos molhes riograndinos

 

Geraldo Hasse

O jornalista Klécio Santos avisa que o livro “Sonhos de Pedra”, que conta a história da construção dos molhes que há um século viabilizam o porto de Rio Grande, vai ter uma segunda edição. A primeira, lançada há três meses e colocada à venda por R$ 85 na Livraria Vanguarda, de Pelotas, está no fim. Trata-se de um livrão de capa dura em formato A4 com 240 páginas contendo ilustrações e textos em português e inglês.

Antes de Sonhos de Pedra, a saga da construção dos molhes havia sido contada num dos 16 capítulos do livro Navegando pelo Rio Grande (Já Editores, 2008), que conta a história das hidrovias gaúchas. Klécio Santos nasceu em Porto Alegre, se criou em Rio Grande e trabalhou vários anos como jornalista em Pelotas, de onde migrou há 21 anos para Brasília. É autor de outros livros patrocinados sobre o Theatro Sete de Abril e o Mercado Público de Pelotas.

Além de fazer sua parte como repórter (com mestrado em patrimônio cultural), Klécio valeu-se de pesquisas feitas em jornais por Adão Monquelat, historiador-livreiro em Pelotas. Dos textos e das fotos emergem diversos personagens que se tornaram nomes de logradouros públicos. Entre os brasileiros, o maior dele foi o engenheiro Honório Bicalho.

O melhor do livro são as minúcias em torno da construção das duas barreiras de pedra que domaram as águas do Atlântico na barra da Laguna dos Patos — obra que envolveu brasileiros, franceses e norte-americanos, sendo considerada uma das maiores epopéias técnica do início do século XX. Sem os molhes, erguidos com pedras extraídas do interior do município de Pelotas, a cidade de Rio Grande não teria se tornado uma das maiores do Estado.

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