Adolescente que matou a família por causa do celular: frieza intriga a polícia

Vizinhos disseram à polícia que "era uma familia pacata. Foto: reprodução Facebook

Isac Tavares Santos, de 57 anos, Solange Aparecida Gomes, de 50 anos, e Letícia Gomes Santos, de 15 anos – pai, mãe e  filha – foram mortos dentro da casa onde moravam na Vila Jaguara, zona oeste de São Paulo.

O outro filho do casal, de 16 anos, ligou para a Polícia Militar e confessou o crime.

O adolescente disse à polícia que na sexta-feira (17) teve o celular e computador retirados pelos pais e, então, decidiu matá-los.

Seu relato à polícia foi detalhado: pegou a pistola 9 mm do pai, que era da Guarda Civil Municipal de Jundiaí e atirou contra ele, que estava na cozinha e de costas, por volta das 13h da sexta-feira, 17 de abril..

A irmã, estava no primeiro andar da casa e gritou ao ouvir o disparo. Ele, então, foi até onde ela estava e matou-a com um tiro no rosto.

Ele ainda explicou à polícia que se relacionava bem com a irmã, mas decidiu matá-la também, porque a mãe chegaria em casa mais tarde e a irmã  poderia atrapalhar

Ficou esperando a mãe, que chegaria depois das 18 horas. Quando a mãe entrou na casa e viu o marido caído, o adolescente atirou.

Ele contou à polícia que  no dia seguinte, pegou uma faca e esfaqueou a mãe porque “ainda sentia raiva”.

O delegado que cuida do caso disse ao G1 que o adolescente não revelou qualquer arrependimento e “se surpreendeu ao saber que seria preso”.

A polícia apreendeu os celulares do pai, da mãe, da irmã,  além do aparelho e computador do adolescente.

Vizinhos, amigos e familiares devem ser ouvidos nos próximos dias. A polícia quer saber se o jovem agiu sozinho. Todas as informações até o momento indicam uma família normal, “pacata” como testemunhou um dos vizinhos.

O adolescente deve ser submetido a uma avaliação psicológica, pois sua frieza intriga a polícia..

Nos três dias em que ficou na residência, com os corpos, o adolescente contou que ia à padaria para comprar pão e outros itens para lanchar, e que dormia normalmente. Ele seguiu frequentando a academia do bairro também, como se nada tivesse acontecido. Só que, a certa altura, mais de 48 horas após as mortes, os corpos passaram a entrar em estado de decomposição e a cheirar mal, ocasião em que ele resolveu ligar para o 190, da Polícia Militar, e explicar o que tinha feito.

(Com informações do G1, Extra e Revista Forum)