O grito ecoa nas ruas: "Quem mandou matar Marielle?"

A avenida Borges de Medeiros, no centro histórico de Porto Alegre, tornou-se rua Marielle Franco no anoitecer desta quinta-feira, 14 de março.
As palavras de ordem ecoaram pelos arcos do viaduto: “Quem mandou matar Marielle?”.
No ato que marcou um ano do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes,  milhares de militantes de  todas as idades e tendências diversas juntaram-se cidadãos sem bandeiras partidárias. Não foram ouvidas buzinas em protesto ao interrompimento do trânsito, e uma viatura da polícia militar seguiu o cortejo em silêncio.
A imagem do rosto de Marielle passou pela avenida como um estandarte.
Manifestações exigindo esclarecimentos e justiça ocorreram em todo o país e em diversas cidades do mundo.
“Os que mataram não imaginavam que as sementes de Marielle ocupariam as ruas quantas vezes fossem necessárias até conseguirmos justiça”, discursou em Porto Alegre a deputada federal Fernanda Melchionna, do Psol, mesmo partido de Marielle.

Atos e eventos clamando pela vida, pela democracia e pela justiça, se alastraram por várias cidades do Brasil e do mundo. Os eventos acontecem não apenas na data do crime, mas se estendem até a semana que vem, em várias cidades do planeta.
Confira agenda de atos por Marielle no Brasil e no mundo.
Praça Luís de Camões, em Lisboa

Em cidades como Lisboa, Buenos Aires, Berlim, Amsterdã, Genebra, Bolonha, Madri, Melbourne, Londres, Nova York, Boston, Los Angeles, Montreal, Ottawa e Montevidéu houve manifestações com o mesmo mote: “Quem mandou matar Marielle?”
O ex-candidato à presidência da República pelo Psol, Guilherme Boulos, também lembrou que o assassinato da vereadora completou um ano sem que se soubesse quem foram os mandantes do crime. “Há poucos dias identificaram os suspeitos do assassinato. Mas não basta saber quem apertou o gatilho. É preciso saber quem mandou matar Marielle” registrou. “É isso que este ato aqui em São Paulo e manifestações em todo o Brasil estão querendo saber.” Porque “a morte de Marielle foi um crime político”. 
O padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua, saudou a “coragem dos que enfrentam os poderosos e nunca ficam do lado dos que pisam nos pobres”. O religioso clamou para que a população defenda os oprimidos, como fazia a vereadora. “Defendam aqueles que são exterminados pelo preconceito e pela violência. Marielle está viva, Anderson (o motorista da vereadora, também morto em 14 de março de 2018) está vivo, junto com todos os que lutam.”

Monica Leal diz que prefeitura atrasa discussão do Plano Diretor na Câmara

Em palestra na Associação Comercial de Porto Alegre, na terça-feira,12, a presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Mônica Leal (PP) reconheceu atraso nas discussões para atualizar o Plano Diretor de Porto Alegre até 2020, como prevê a lei.

Lei maior da cidade, que regula a ocupação do espaço urbano em todo o município, o Plano Diretor é revisado a cada dez anos. O atual consumiu seis anos de discussão até ser aprovado em 2010. O novo, que tem que ser votado no ano que vem, ainda não entrou em pauta. E pelo que disse a presidente do Legislativo aos empresários dificilmente isso vai acontecer este ano.
A Prefeitura, segundo informou, ainda vai contratar uma consultoria para auxiliar no processo.

Celular forneceu a pista para polícia chegar aos assassinos de Marielle

Foram presos na madrugada desta terça-feira dois suspeitos pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, no Rio.
Ronnie Lessa, de 48 anos, sargento reformado da PM, teria sido o autor dos disparos.  Elcio Vieira de Queiroz, ex-PM expulso da corporação, o motorista do carro, um Cobalt prata, usado no atentado.
O crime completa um ano nesta quinta-feira, 14 de março de 2019.
Eram quatro horas da manhã quando uma força-tarefa da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado chegou ao endereço do ex-sargento Lessa,  na barra da Tijuca, no mesmo condomínio de classe média alta onde o presidente Jair Bolsonaro tem sua casa.
O presidente também aparece numa foto no Facebook do ex-PM Queiroz, o outro suspeito preso.
Segundo as duas promotoras, Simone Sibilio e Letícia Emile, que comandam as investigações, o crime foi “meticulosamente” planejado durante três meses.
Além das prisões, a operação realiza mandados de busca e apreensão nos endereços dos denunciados para recolher documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios, munições e outros objetos.
A principal prova colhida pelos investigadores saiu da quebra do sigilo dos telefones celulares dos dois suspeitos.
Ao verificar os arquivos acessados por Lessa pelo celular, antes do crime, armazenados na “nuvem” (dados que ficam guardados em servidor externo e podem ser vistos remotamente), eles descobriram que o suspeito monitorava a agenda de eventos de que Marielle participava.
A polícia descobriu que Lessa usava na época do crime um telefone “bucha” (comprado com o CPF de terceiros, para não ser rastreado).
Já o aparelho registrado na operadora telefônica em nome do próprio sargento foi usado no dia do crime por uma mulher em um bairro da Zona Sul. Foi, segundo os investigadores, uma tentativa de despistar a polícia.
Para chegar ao celular “bucha” usado pelo PM no local do crime, os investigadores  fizerem o que chamam de “triangulação de antenas”, ou seja, levantar as ERBs da região do crime.
O resultado deste levantamento dos telefones ligados na região onde a vereadora passou, da saída da Câmara dos Vereadores até o local da emboscada, no Estácio, gerou uma extensa lista. “Era como achar uma agulha no palheiro”.
Por vários meses, os técnicos da polícia trabalharam na pesquisa.
Uma imagem de câmeras de segurança da Rua dos Inválidos, no Centro, no dia  do crime, foi decisiva na identificação.
A imagem mostra um ponto luminoso (que seria um celular ligado) dentro do Cobalt prata dos executores. O carro deles estava estacionado perto da Casa das Pretas, onde Marielle participava como mediadora de um debate.
Com o registro do horário que o possível aparelho estava em uso, a polícia fez uma nova triagem na lista de celulares já existente até descobrir que um destes telefones fez contato com uma pessoa relacionada a Lessa. Daí, a polícia partiu para buscar os dados na nuvem do policial.
Além da interceptação dos dados digitais dos suspeitos,  também num trabalho de inteligência e de depoimentos de informantes, inclusive presos no sistema carcerário, levaram aos criminosos
Falta ainda, segundo os investigadores, identificar uma terceira pessoa que segundo todos os indícios estava dentro do veículo dos assassinos.
Também reforçou a suspeita sobre o sargento Lessa, o atentado que ele sofreu no dia 27 de abril, no mês seguinte ao crime. Ele e um amigo bombeiro foram baleados no Quebra-Mar, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Um homem de motocicleta teria abordado o carro onde viajavam, mas os dois reagiram e balearam o criminoso, que fugiu.
Na época, a Polícia Civil considerou uma tentativa de assalto. Mas os investigadores do caso Marielle consideraram a hipótese de uma tentativa de queima de arquivo.
Lessa, baleado, foi levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas teria deixado logo a unidade sem prestar esclarecimentos.
Em 2009, Lessa foi vítima de um atentado, em Bento Ribeiro, quando uma bomba explodiu dentro da Toyota Hillux blindada que dirigia. Ele escapou da morte, mas perdeu uma das pernas, e desde então usa uma prótese.
Mas ele era considerado ficha limpa, sem ter sido investigado em  nenhum momento.
Ronnie Lessa, no entanto, era conhecido nos meios policias. Tinha fama de exímio atirador, associada a crimes de mando pela eficiência no gatilho e pela frieza na ação.
Egresso dos quadros do Exército, entrou para a Polícia Militar do Rio em 1992, atuando principalmente no 9º BPM (Rocha Miranda), até virar adido da Polícia Civil, trabalhando na extinta Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (DRAE), na Delegacia de Repressão à Roubo de Cargas (DRFC) e na extinta Divisão de Capturas da Polinter Sul.
A experiência como adido na Polícia Civil foi o motor da carreira mercenária de Lessa, segundo os investigadores.
A polícia trabalha agora para identificar o mandante ou mandantes do crime.
(Com informações do G1 e Extra)

Fantasia inspirada nos depósitos de Queiroz vence concurso no Rio

A fantasia do caixa eletrônico e 48 envelopes para depósito foi a mais votada pelos leitores e ganhou o tradicional Concurso de Fantasia Serpentina de Ouro, do jornal o Globo, no Rio. GLOBO.
A inspiração da fantasia são as “movimentações financeiras atípicas” de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
A ideia foi do professor Faber Paganoto, a partir de um meme no Twitter que dizia: ” somos todos depósitos do Bolsonaro”.

— A escala da fantasia deu uma dimensão maior do problema. Acho que por isso a fantasia fez tanto sucesso — conta o professor.
Para o concurso, foram selecionadas dez fantasias entre as inscritas no Instagram e  as selecionadas nas ruas pela equipe de repórteres que fez a cobertura do carnaval de rua no Rio. A votação foi feita pelos leitores no site do  jornal.

Guru dos Bolsonaro diz que "governo está repleto de inimigos do presidente"

Apontado como “guru” da família Bolsonaro, o professor Olavo de Carvalho trouxe a público uma crise no interior do governo de Jair Bolsonaro.

Em post em sua página no Facebook, Carvalho recomendou aos alunos de seu curso online a deixarem o governo, no MEC específicamente, onde sua influência começa pelo ministro Vélez Rodrigues, que foi indicado por ele.
A recomendação também aparece na conta de Twitter atribuída ao ideólogo:
Jamais gostei da ideia de meus alunos ocuparem cargos no governo, mas, como eles se entusiasmaram com a ascensão do Bolsonaro e imaginaram que em determinados postos poderiam fazer algo de bom pelo país, achei cruel destruir essa ilusão num primeiro momento. Mas agora já não posso me calar mais. Todos os meus alunos que ocupam cargos no governo — umas poucas dezenas, creio eu — deveriam, no meu entender, abandoná-los o mais cedo possível e voltar à sua vida de estudos”. 
O presente governo está repleto de inimigos do presidente e inimigos do povo, e andar em companhia desses pústulas só é bom para quem seja como eles”, escreveu..
Em seguida em novos tuítes, Olavo diz que “oficiais militares induzem o ministro Velez a tomar atitudes erradas e depois lançam a culpa nos meus alunos”. “São trapaceiros e covardes”.

Ressalvou, porém, que “nenhum Olavette” havia, até então, sido demitido do Ministério da Educação. “Foram apenas transferidos para cargos politicamente inócuos”.
Ainda no sábado, o assessor especial do Ministerio da Educação, Silvio Grimaldo, um dos ex-alunos de Olavo de Carvalho, disse que há um “expurgo” em andamento no setor.

Em sua página no Facebook, Grimaldo, um dos prováveis exonerados, afirmou: “O expurgo de alunos do Olavo de Carvalho do MEC é a maior traição dentro do governo Bolsonaro que se viu até agora. Nem as trairagens do Mourão ou do Bibiano chegaram a esse nível”.

O traidor seria o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, indicado para o cargo por Olavo.
Além de Grimaldo, Tiago Tondinelli, advogado e também ex-aluno de Olavo de Carvalho, deverá deixar o cargo de chefe de gabinete do ministério.
Tondinelli era uma das pessoas mais próximas de Vélez Rodríguez, até o momento.
Ao contrário de Grimaldo, ele não quis comentar a sua saída. Disse, apenas, que ela estava prevista já antes dos comentários de Olavo de Carvalho e que a razão era pessoal.
(Com informações da revista Forum)

Marca das gestões petistas, Baile da Cidade volta ao parque da Redenção

Mais de 30 mil pessoas participaram do último dos bailes públicos no Parque da Redenção em 2012, comemorando os 240 anos de Porto Alegre.
A Banda Municipal interpretou músicas que se tornaram hinos da cidade, na voz dos seguintes convidados:
-Kleiton & Kledir, com “Deu Pra Ti”,
-Nei Lisboa (“Berlim Bom Fim”),
-Bebeto Alves (“Pegadas”),
-Isabella Fogaça (“Porto Alegre é Demais”),
Gelson Oliveira (“Ramilonga”),
Raul Ellwanger (“Pealo de Sangue”),
Vitor Hugo (“Horizontes”), Gisele de Santi (“Menino Deus”),
Cigano (“Porto City”),
Lourdes Rodrigues (“Alto da Bronze”),
Ângela Jobim (“Rua da Praia”)
Lucia Helena (“Porto dos Casais”).
O “Baile da Cidade”, no canteiro central do Parque da Redenção, foi criado quase de improviso nos primeiros meses da gestão de Olívio Dutra, em 1989. Foi um sucesso e tornou-se uma marca dos governos petistas.
Era organizado pela Secretaria da Cultura e envolvia todos os grupos e músicos locais para a grande festa popular do aniversário da cidade.
O sucesso era tal que  o “Baile da Cidade” aberto ao público no principal parque da cidade atravessou os dois mandatos de José Fogaça, que chegou à prefeitura com a bandeira anti-petista.

Fortunati e o secretário de Cultura, Sérgius Gonzaga no ultimo baile no parque, em 2012
Quase uma instituição, já com 23 anos, o Baile da Cidade, só foi sofrer intervenção no segundo mandato de José Fortunati que, em 2013,  transferiu-o para a Usina do Gasômetro, onde ficou dois anos. Em 2015, passou para o Largo Glênio Peres, onde morreu.
“Chegou a vez da prefeitura devolver um dos mais tradicionais eventos à população”, disse o secretário municipal de Cultura, Luciano Alabarse,  que compara o baile no parque ao reveillon na nova orla.
Ele espera recuperar aquele público que chegou a 30 mil pessoas no último baile no parque.

O último baile no parque.  Fotos de Luciano Lanes/PMPA
O início da programação musical está marcado para as 18h do próximo dia 23 de março (sábado), com animação do DJ Kbção até a meia-noite. A entrada é franca.
A prefeitura esclarece que “como haverá patrocínio da iniciativa privada”, não terá despesas com o evento.
A organização do baile está a cargo da empresa Best Entretenimento (dos empresários Pinheiro Neto e Sandro Sant’Anna), com parceria da Bá Pizzas e Erva-Mate Tchê.
Será montada uma estrutura com palco de 16 metros de largura, camarins e banheiros, além de duas praças de alimentação.
A partir das 14h, haverá uma unidade móvel do Hospital de Pronto Socorro para serviços de emergência.
A segurança será garantida pela Brigada Militar e a Guarda Municipal.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO
Sábado, 23 de março
Local: Parque da Redenção
Entrada franca
Música
18h – André Scheid
19h – Rodrigo Ferrari
20h15- Tchê Barbaridade
22h – Cia. Show 4
(Com informações da Assessoria)

CPI da Ponte vai investigar reforma que já custou R$ 764 milhões

Foi instalada na quarta-feira (27/02) a CPI da Ponte Hercílio Luz, que vai investigar os gastos com a reforma do “Cartão Postal de Florianópolis”.
A obra já se arrasta por 28 anos e consumiu R$ 764 milhões dos cofres públicos.
Dezoito alterações entre contratos e aditivos já ocorreram, com troca de empresas e mudança de projeto.
A ponte foi interditada em 1982, reaberta para pedestres e bicicletas em 1986 e fechada definitivamente em 1991, para reforma.
A reforma, porém,  só começou 14 anos depois e, neste ano,  a ponte vai completar 15 anos em obras, com diversas paralisações e trocas de empresas.
Em março de 2016, uma nova empresa, o Grupo Teixeira Duarte, assumiu a obra comprometendo-se com um prazo de 30 meses e conclusão no segundo semestre de 2018.
Num seminário quinta-feira na Assembléia, o engenheiro responsável pela obra, Wenceslau Diotallevi, disse que a ponte está pronta.
O que falta decidir agora é qual vai ser o uso dela: está em condições de receber qualquer tipo de veículo (“o que passa na ponte de Laguna passa na Hercilio Luz”, disse o engenheiro. Mas há movimentos comunitários que defendem que a ponte integre uma rota turística, para pedestres, ciclistas e veículos leves.
O deputado Marcos Vieira (PSDB) foi eleito para a presidência da CPI e relator será Bruno Souza (PSB), que propôs a CPI.
A comissão tem nove deputados indicados pelos partidos e blocos: Fernando Krelling e Jerry Comper (MDB); Jessé Lopes e Sargento Lima (PSL), indicados pelo Bloco Social Liberal (PR e PSL); Marcos Vieira (PSDB) e Kennedy Nunes (PSD), indicados pelo Bloco Social Democrático (PSD, PDT, PSDB e PSC); João Amin (PP) e Bruno Souza (PSB), indicados pelo Bloco PP-PSB-PRB-PV, e Luciane Carminatti (PT).
 
 

Campanha nas praias alerta contra os riscos dos óculos falsificados

Durou dois meses a campanha “Óculos de Qualidade Protege de Verdade”, do Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico, no Litoral gaúcho, onde os veranistas foram alertados sobre os malefícios do uso de óculos falsificados.
No total, em ações à beira-mar em 13 praias de Cidreira a Torres na temporada verão, foram realizadas durante 06 finais de semana, blitz envolvendo cerca de 50 pessoas nas operações de abordagem e divulgação, com distribuição 300 mil materiais impressos em pontos próximos a venda de produtos sem procedência.
Mas a campanha não limitou-se apenas em balneários.
Na Capital, na orla do Guaíba, foram executadas ações junto aos transeuntes, além do alerta reforçado nas praças de pedágios da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) em Portão (RS-240, km 13), Campo Bom (RS-239, km 19) e Viamão (RS-040, km 19).
Entrevistas e participação de programas de rádio e televisão para alertar sobre o tema por parte dos representantes do sindicato somaram 15 ocasiões.
Testes de visão junto à comunidade praiana e palestras proferidas por especialistas sobre os cuidados com a saúde visual também fizeram parte das ações da campanha nas Casas de Verão Sesc, em parceria com o Sistema Fecomércio RS/Sesc.
O presidente do Sindipótica RS, André Roncatto, enfatizou a importância da campanha, pois o uso de óculos falsificados causa efeitos cumulativos e irreversíveis ao olhos, provocando lesões para o futuro.
“Neste sentido, a campanha conseguiu mobilizar e conscientizar os consumidores desavisados, sobretudo, no litoral”, explica.
Exitosa, a campanha inspirou ações semelhantes em Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais.
Os óculos estão em quinto lugar na escala de artigos falsificados.
Até mesmo em locais de venda itinerante ou no comércio virtual na internet, revestido sob aspecto “legal”, a venda de óculos sem procedência busca atrair o consumidor desavisado.
A campanha do Sindiótica completou dez anos de atividades ininterruptas em 2019.
Participam das ações da campanha, além do Sindióptica RS, a Ajorsul, Fecomércio RS, Sesc RS, Ministério Público Estadual do RS e Governo do Estado.

"CPI da Caixa Preta" quer investigar incentivos fiscais em Santa Catarina

O deputado Laércio Schuster (PSB) anunciou que já tem as 21 assinaturas para abrir o que ele chama de  “CPI da Caixa Preta”, uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os R$ 6 bilhões em incentivos fiscais, que o governo de Santa Catarina  concede a empresas por ano.
O caso dos incentivos catarinenses não foge à regra da falta de transparência que é comum em todo o país.
“O secretário da Fazenda já  disse que desconhece o que se faz com os R$ 6 bilhões de incentivos, e falou até de contratos de gaveta”. diz Schuster.
Ele informou que deve protocolar o pedido da de instalação da “CPI da Caixa Preta”,  deve ser protocolado até a próxima semana.
No Rio Grande do Sul os incentivos fiscais chegam aos R$ 10 bilhões anuais e nem o Ministério Público de Contas consegue obter informações sobre como são aplicados esses recursos.
Uma tentativa de CPI sobre o assunto, no ano passado, foi abortada.
A intenção do deputado catarinense é buscar auxílio de outros órgãos para tornar o trabalho mais efetivo.
“Quero que a Casa faça parceria com o Tribunal de Contas e Ministério Público. Vamos unir forças com a sociedade para que o secretário Paulo Eli explique os incentivos de gaveta.”
 

Em tempos de militarismo, capitão censura carnaval de rua

O Ministério Público, federal e estadual e as defensorias públicas da União e de MG tiveram que intervir para evitar que Polícia Militar coibisse manifestações políticas no carnaval, como ocorreu em Belo Horizonte.

O fato que motivou a manifestação das autoridades ocorreu na sexta-feira no desfile do bloco Tchanzinho Zona Norte.

Quando o vocalista puxou um refrão contra o presidente Jair Bolsonaro, que os foliões respondiam com “Lula Livre”, o capitão que comandava os policiais que faziam a segurança do evento ameaçou retirar os soldados se o bloco não parasse com manifestações políticas.

Em nota, os promotores recomendam que a polícia cumpra o dever legal de manter a segurança pública “sem condicioná-los a quaisquer situações incluídas as manifestações de cunho político”.

Os policiais devem “se abster de deter qualquer indivíduo e direcioná-lo sobre o conteúdo de suas falas – principalmente os líderes/responsáveis pelos blocos carnavalescos em todo o Estado de Minas Gerais – quando políticas, sob pena de praticar censura institucional, ilegal, inconstitucional e, ainda, punida como crime de abuso de autoridade”.

Os autores do documento destacam também que, conforme a Convenção Americana de Direitos Humanos, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Constituição do Brasil, toda pessoa tem direito a liberdade de pensamento e de expressão e de receber e difundir informações e ideias de toda natureza.

O texto destaca ainda que “os blocos são legítima festa popular de propagação de valores humanos fundamentais, que ao longo da história são incontáveis as expressões de cunho político que, realizadas durante o carnaval, forjaram a própria experiência política brasileira, seja através do samba ou dos cânticos”.

Neste domingo (3), o bloco Chama o Síndico fez um discurso em defesa do Tchanzinho Zona Norte durante o desfile, na Região da Pampulha.

(Com informações do G1)