Finalizada a reforma, que durou nove meses, a Unidade de Saúde Lomba do Pinheiro voltou a atender a comunidade no endereço da avenida João de Oliveira Remião, 6111.
Com dois médicos, dois enfermeiros, quatro técnicos de enfermagem, dentista, técnico de saúde bucal e agente comunitário de saúde, o serviço atende das 8h às 12h e das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira, totalizando duas equipes de saúde da família. )
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou pintura interna e externa, colocação de novas divisórias, readequação do layout interno, climatização do ambiente com instalação de ar-condicionado, troca de lâmpadas com melhoria na iluminação, adequação da sala de vacinas, recebimento de móveis e equipamentos de informática obtidos a partir de emendas parlamentares.
Como o prédio é locado, ficou a cargo da proprietária a colocação de piso cerâmico em toda a área da unidade de saúde.
“São duas equipes de saúde da família que atendem 6.297 moradores cadastrados da região”, comenta o coordenador de Atenção Primária da SMS, Thiago Frank.
Durante a reforma, aprovada no ano passado junto aos conselhos Locais e Distrital de Saúde, a US Lomba do Pinheiro manteve as atividades nas dependências da US Panorama.
Autor: da Redação
Riscos de Bolsonaro não se restringem à sala de cirurgia
O presidente da República está no hospistal por conta de uma facada que levou na campanha eleitoral, quando participava de uma manifestação em Juiz de Fora, em Minas.
As investigações, até agora, não são conclusivas e, embora haja um réu confesso, há quem duvide que a facada ocorreu.
Esse episódio já seria uma boa metáfora da situação em que se encontra o Brasil em 2019. Mas há muito mais…
Por causa do ferimento que lhe trespassou o intestino, Jair Bolsonaro passou a portar uma “bolsa de colostomia”, que recolhia urina e fezes até que as lesões internas cicatrizassem.
Nesta segunda-feira ele passou pela terceira cirurgia – a primeira de emergência para estancar a hemorragia interna que poderia matá-lo, a segunda para reconstituir as áreas lesadas e prevenir uma infecção.
E agora esta, para “reconstrução do trânsito intestinal”, no hospital Albert Einstein, em São Paulo, um dos mais avançados do país.
O presidente entrou na sala das cirurgia pouco antes das sete horas da manhã, com uma previsão de três a quatro horas de operação. Ao meio dia, quando já se completavam cinco horas, os noticiários informavam que “o presidente ainda está sendo operado”.
A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros, divulgará um boletim assim que os médicos liberarem. Não foi divulgado o nome dos médicos.
O presidente ficará no Hospital Albert Einstein por 10 dias, pelo menos.
Mas a crise política não lhe dará tréguas. É visível sua preocupação em não deixar o vice em seu lugar mais do que as 48 horas indispensáveis para sua mínima recuperação.
Depois disso, ele pretende trabalhar normalmente, despachando com ministros e assessores, além de transmitir orientações para a equipe ministerial.
O Hospital Albert Einstein organizou um espaço para o presidente despachar.
Segundo o porta-voz, existe um dispositivo montado pelo gabinete de Segurança Institucional com equipamentos, possibilidades técnicas para Bolsonaro orientar seus ministros e seus órgãos e despachar.
Por enquanto, o vice-presidente, Hamilton Mourão, estará na Presidência da República. Mourão conduziu a reunião ministerial, que Bolsonaro passou a realizar uma vez por semana no Palácio do Planalto.
A cirurgia com certeza é o maio risco que Bolsonaro enfrenta. É um risco que diz respeito à sua sobrevivência ou capacidade física. Mas os riscos políticos envolvendo sua posição não são pequenos.
Esta semana, por exemplo, deve emergir um personagem que aparece ligado ao presidente e à sua familia em situações perigosas: o ex-segurança e motorista Fabricio Queiroz.
Queiroz escapou de depor até agora alegando problemas de saúde. Mas depois que ele apareceu num vídeo dançando no quarto do hospital, a expectativa é de que apareça para falar nos próximos dias.
A dança de Queiroz, vazada pelas redes, não foi entendida. Talvez fosse um recado para os que o protegem, que podem dançar também se ele abrir a boca.
Secretária que estava no carro com Marielle levou familia para o exterior
“Ela era uma mulher negra, favelada e lésbica, ou seja, o corpo dela trazia todas as suas lutas. Só por isso ela já causava um incômodo no espaço ocupado por homens brancos ricos”, diz, ao relembrar também os diversos casos de assédio que sofriam na Casa.
Fernanda estava no veículo no dia em que a vereadora foi assassinada, em março do ano passado, e ficou ferida pelos estilhaços. Ela foi a convidada do Entre Vistas, da TVT, nesta terça-feira (22), gravado no Café do Sindicato dos Bancários, na região central de São Paulo.
Além de Juca Kfouri, fizeram parte da bancada de entrevistadores o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Moisés Selerges e Monica Seixas, codeputada estadual eleita em São Paulo com a bancada ativista.
Assessora parlamentar com atuação na CPI das Milícias, Fernanda conta que sentia um clima de insegurança para a família, então foi para o exterior, mas com a expectativa de retornar rapidamente ao Brasil.
“Eu acreditava nisso porque nos dias que se seguiram ao atentado surgiram imagens do carro envolvido no crime, então despertava uma esperança de resolução num tempo rápido. Achava que, em duas semanas, já teria o indicativo dos envolvidos”, afirma.
Fernanda fala também sobre a mudança em sua vida após o atentado. Apesar de um processo complicado, como a própria jornalista define, ela diz ter encontrado um modo de seguir em frente. “Tive muito amor da minha família, estamos todos mais próximos. Ao mesmo tempo que você vive o horror, um outro lado ascende. Então você escolhe para qual lado vai olhar”, conta.
Depois de 10 meses fica difícil acreditar que vão solucionar o caso, acrescenta. “As autoridades precisam entregar essa resposta, se não vamos passar o atestado de incompetência”, aponta.
Na manhã de ontem, uma operação policial no Rio de Janeiro realizou a prisão de ao menos cinco suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle e de Anderson Gomes. Os presos são integrantes da milícia considerada a mais perigosa e antiga do estado, chamada Escritório do Crime.
Com seu histórico de investigação sobre milicianos, Fernanda critica a postura do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que já elogiou, em 2003, um grupo de extermínio que atuava na Bahia. “Muitas autoridades consideram as milícias como um ‘mal menor’. Isso é um fato incômodo, que cria insegurança e indignação profundas. Quem vive nos espaços controlados por esses grupos sabe a situação imposta, você paga taxas para sobreviver”, lamenta.
O Entre Vistas vai ao ar todas as terças-feiras, às 21h. Pode ser visto no Youtube (www.youtube.com/redetvt) e na página da TVT no Facebook.
Ataques no Ceará atingem escola e posto de saúde
Em menos de 12 horas, na noite e madrugada de quinta-feira, um posto de saúde, uma escola municipal, um posto de combustíveis, dois tratores e, pelo menos, dois ônibus foram incendiados em três municípios.
Já no Posto de Saúde de Olho d’Água, os invasores roubaram um botijão de gás, cortaram os fios de alguns aparelhos eletroeletrônicos, danificaram teclados de computadores e espalharam parte dos medicamentos e produtos farmacêuticos armazenados.
Em Fortaleza, por volta das 21h de ontem, dois homens armados assaltaram os clientes de um posto de gasolina do bairro Papicu e puseram fogo em um dos carros estacionados no local.
Os próprios funcionários do estabelecimento conseguiram apagar as chamas, mas os criminosos escaparam sem ser identificados.
Também na capital, dois homens invadiram o prédio do Centro Social Urbano (CSU), no bairro Pici, e incendiaram dois tratores estacionados. Segundo testemunhas, os criminosos fugiram em uma motocicleta.
O fogo foi apagado por policiais militares, com a ajuda de vizinhos. Ainda em Fortaleza, um ônibus e uma van abandonada foram incendiados nos bairros Pedras e Dias Macedo, respectivamente.
A quinta ocorrência foi registrada em Maracanaú, na região metropolitana de Fortaleza, onde um micro-ônibus foi incendiado no bairro Jardim Bandeirante.
Ataques
Este foi o vigésimo quarto dia da onda de ataques no estado, que começou no último dia 2, quando ônibus, veículos, prédios públicos, estabelecimentos bancários e edificações em vias públicas passaram a ser alvo da ação organizada de criminosos.
A violência é uma reação de facções criminosas à nomeação do secretário de Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque, e ao anúncio de medidas para reforçar a segurança nos presídios, como a não separação de presos em presídios por facção e o bloqueio total de celulares.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, 430 suspeitos de participar dos ataques já foram detidos desde o começo dos ataques. A pasta, no entanto, não informou quantos destes permanecem detidos.
Para tentar conter os ataques, o governo estadual convocou cerca de 1.200 policiais militares da reserva para voltar ao serviço. No dia 13, o governador Camilo Santana sancionou leis que facilitam a adoção de medidas como a convocação dos militares reservistas; o pagamento de recompensa a quem fornecer informações que resultem na prisão de bandidos ou evitem ataques criminosos no estado.
(Com informações da Agência Brasil)
CNN Brasil: uma dupla vitória da direita internacional
Eduardo San Martin, de Nova York
A criação da CNN Brasil parece ter impressionado a mídia nacional mais pelo anúncio de futuros 400 empregos e maior concorrência numa atividade em franca retração econômica, do que pelo que realmente significa politicamente.
A CNN vendeu uma franquia para atuar no Brasil.
Não é uma filial da Cable News Network dos Estados Unidos, como a BBC Brasil
é parte, material e editorial, da British Broadcasting Corporation.
Seria uma espécie de “emissora associada”.
O comprador é Rubens Menin Teixeira de Souza, um magnata da construção civil de Belo Horizonte, conhecido por dois motivos: aparece na revista Forbes com uma fortuna pessoal de $ 1,12 bilhões (em 2018) e ´é apoiador entusiasta de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro.
Assim, a CNN Brasil deve ter ampla autonomia editorial em relação à matriz, já que dificilmente chamará o presidente do Brasil de “político de extrema direita” ou de “Trump dos Trópicos”, como faz a coirmã norte-americana.
O modelo editorial da franquia brasileira seria o da concorrência da CNN nos EUA, a Fox News, do também bilionário Rupert Murdoch. Isto é, um canal ostensiva e
exaltadamente conservador.
Na Fox News, os comentaristas não poupam opositores a suas ideias,
batem boca (quando não cortam a palavra) de todo liberal ou personalidade
mais à esquerda, que se arrisque a enfrentar a feras.
Os entrevistados tendem a ser políticos ou porta vozes da direita americana. É o canal preferido (e mais amigo) de Donald Trump e seus seguidores.
A notícia da CNN no Brasil é música nos ouvidos de Steve Bannon, o orquestrador do que ele chamou de Movimento, uma confederação informal de grupos de extrema direita de diversos países.
Steve Bannon, o fundador da agência de notícias falsas contra a esquerda Breitbart, é tido como o estrategista responsável pela vitória de Donald Trump no Estados Unidos, em 2016.
Dali, ele partiu para criar o “movimento” de renovação da direita, escolhendo atuar em 13 democracias mais vulneráveis.
Desde então, orientou a vitória nas urnas e ascenção ao poder de correligionários na Itália, Austria, Espanha, Hungria, Polônia, Ucrânia e, agora, na presidência do Brasil, o filé mignon da América do Sul.
Em todas estas campanhas eleitorais, a arma de Bannon foi a mesma: excelente
entendimento técnico e capacidade de manipulação da opinião pública nas mídias digitais (e convencionais), pela criação e difusão de fake news, calúnias abjetas e mentiras descaradas.
A primeira vitória desta onda neoconservadora representada pela CNN Brasil é que Jair Bolsonaro, a atual menina dos olhos do movimento de Bannon, deve contar com o apoio de um canal de comunicação de massa com credibilidade internacional e sem bagagem política ou culpa no cartório no Brasil, como a Globo, Record, SBT.
Esta CNN Brasil – isenta de passado – já deve fazer sentir sua presença nas eleições municipais de 2020.
A outra vitória da direita é de ordem ideológica. Será uma CNN conservadora, pró “Tropical Trump”, a primeira do gênero.
Nos Estados Unidos e países onde atua, a CNN é um canal de notícias considerado
“liberal” pelos moderados e de esquerda pela direita linha dura.
Esta percepção talvez decorra do fato de ser um canal de TV mais recente (criada
em 1980) e historicamente mais independente, com linha editorial relativamente mais equilibrada, inquisitiva, abrangente, inclusiva.
Ou seja, com várias das características daquilo os Olavos de Carvalho e ideológos da
nova direita condenam como “marxismo cultural”.
Cancelamento da entrevista em Davos revela que crise chegou ao presidente
Ainda não estão claras as razões que levaram o presidente Jair Bolsonaro a cancelar, sem aviso prévio entrevista com a imprensa internacional em Davos, nesta quarta-feira. Um dos ministros disse que o motivo foi “cansaço”.
Mesmo que seja, é inevitável a conclusão: os últimos episódios envolvendo o filho mais velho do Presidente, o senador Flávio Bolsonaro, inclusive com suspeita de ligações com as milícias do Rio de Janeiro, estão gerando uma crise que já bate no palácio do Planalto. Ou em Davos, aonde está o presidente nestes dias.
Depois do frustrante discurso de seis minutos e meio, não falta mais nada para que a primeira missão internacional do novo presidente brasileiro seja considerada um fracasso.
As consequências disso e dos episódios internos que contribuiram para o fracasso externo, ainda são imprevisíveis.
Ex-PM foragido é dos mais temidos no mundo violento das milícias
Do Jornal Extra:
Principal alvo da operação Os Intocáveis, o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega foi expulso da Polícia Militar por suspeita de envolvimento com a contravenção.
Ele teria se tornado homem de confiança de um bicheiro que provocou guerras pelo controle de territórios no Rio.
Essas ligações perigosas com o crime organizado lhe renderam um conselho de justificação na Polícia Militar, que resultou em sua exoneração em 2014.
Em 2005, Adriano recebeu a Medalha Tiradentes na Alerj, por indicação do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). A mãe e a mulher do ex-policial trabalhavam até o fim do ano passado no gabiente de Flávio.
Adriano era acusado de ser segurança de José Luiz de Barros Lopes, o Zé Personal, integrante da máfia dos caça-níqueis que acabou sendo assassinado em um centro espírita na Praça Seca, em 16 de setembro de 2011.
O ex-policial apresentou vários recursos na Justiça para tentar ser reintegrado à PM, mas não obteve êxito.
Antes de sua explusão, Adriano já havia passado por outros conselhos de justificação na PM. Chegou a ser preso, em 2011, como um dos alvos da operação Tempestade no Deserto, que desarticulou uma quadrilha acusada de vários crimes, inclusive homicídios, relacionados a uma disputa pelo patrimônio do contraventor Waldomiro Paes Garcia, o Maninho.
Hoje, dentro da PM, são poucos os que falam sobre Adriano, que está com 42 anos. E os que falam evitam pronunciar o seu nome.
Segundo investigações, depois que saiu da corporação, ele passou a chefiar não apenas o grupo de extermínio Escritório do Crime, mas também esquemas ilegais de construção nas comunidades de Rio das Pedras e da Muzema.
Virou, nas palavras da promotora Simone Sibilio, do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, “um homem extremamente perigoso”.
— É um dos chefes da quadrilha. É muito violento e temido até por seus comparsas. Exerce seu poder impondo o terror e precisa ser retirado rapidamente de circulação — afirma a promotora.
Adriano entrou na PM em 1995. Depois de três anos de preparação, inscreveu-se no curso de operações especiais e passou entre os primeiros colocados para o Bope.
Adriano até hoje é reconhecido como um dos mais qualificados policiais que já passaram pelo Bope. E também se revelou um dos mais cruéis. Um colega de turma conta que, como instrutor, ele fazia da vida dos aspirantes um inferno.
Criava situações de humilhação ao extremo e tinha o hábito de não deixar os alunos dormirem.
GM apresenta seu plano: redução de salários, fim de estabilidade e terceirização
Depois das ameaças, de que pode deixar o país se não equilibrar suas contas, a General Motors (GM) apresentou as bases de seu plano de reestruturação:
-redução do piso salarial,
-fim da estabilidade de emprego para lesionados
-liberação da terceirização em todos os setores.
A pauta de exigências foi apresentada aos trabalhadores nesta quarta-feira (23) em assembleia na fábrica de São José dos Campos (SP).
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a pauta apresentada pela GM conta com 28 itens.
Entre as exigências está a redução do piso salarial de R$ 2,3 mil para R$ 1,6 mil.
A empresa ainda quer tirar a estabilidade de emprego dos trabalhadores com lesão ocupacional ou acidente de trabalho – em São José dos Campos são 1,3 mil funcionários nesta situação.
A GM também quer a mudança no sistema de banco de horas, flexibilização da jornada de trabalho – com a implantação da categoria 12×36 – e abertura para terceirização para todos os setores.
De acordo com o vice-presidente do sindicato da categoria em São José dos Campos, Renato Almeida, as negociações estão apenas crescendo.
“Nós não sabemos qual a contrapartida dessas propostas, não sabemos o que vamos receber de investimento em produção ou aporte. Queremos saber claramente quais as intenções dela antes de aceitar qualquer exigência”, informou.
De acordo com a entidade, a assembleia na planta de São José dos Campos para o primeiro turno foi apenas para apresentar as propostas e devem acontecer novas assembleias nos próximos turnos.
A empresa e os trabalhadores devem se reunir novamente nesta quarta-feira (23) às 14h.
O sindicato estima que a decisão final sobre a reestruturação aconteça em 20 dias, quando uma proposta deve ser apresentada aos trabalhadores para votação.
A GM não se manifestou sobre a reunião.
A pauta foi entregue pela empresa depois do anúncio de que a montadora passa por um período crítico e que precisaria de uma reestruturação.
No exterior, o plano de reestruturação da empresa propôs o o fechamento de cinco plantas nos Estados Unidos e demissão de mais de 14 mil trabalhadores.
No Brasil, a presidência da GM afirmou que “não vai continuar empregando capital para perder dinheiro” e apresentou as medidas como contrapartida para investimentos.
Para os representantes dos metalúrgicos, o anúncio leva “apreensão” aos trabalhadores que, no entanto, ressaltam que a empresa anunciou lucro global de US$ 2,5 bilhões – equivalente a cerca de R$ 10 bilhões – no terceiro trimestre de 2018, e é líder de vendas no continente. No Brasil, lidera o mercado de automóveis desde 2016, e detém 20% das vendas de automóveis no país.
“Repudiamos esta possibilidade de paralisação da produção no Brasil e na América Latina, e também que nos seja exigido mais sacrifícios, como diz o comunicado da empresa”, diz a nota conjunta, que é assinada pelos presidentes dos sindicatos dos metalúrgicos do ABC (filiado à CUT), de São Caetano do Sul (Força Sindical) e São José dos Campos (CSP-Conlutas) e pelas confederações nacionais do ramo metalúrgico (CNM/CUT e CNTM/Força).
Segundo os sindicalistas, essa ameaça tem a ver com um trabalho de reorganização global da GM, que incluiria o fechamento de fábricas nos Estados Unidos e no Canadá. “Não aceitamos que a situação seja utilizada para reduzir mais direitos, nem demissões ou o fechamento de fábricas. Defendemos os empregos e queremos estabilidade!”, afirmam.
O presidente da GM Mercosul diz que empresa pode encerrar atividades
Funcionários da General Motors no Brasil receberam na sexta-feira (18) um e-mail no qual a diretoria da empresa falava sobre a possibilidade de fechar suas operações na América do Sul.
Diz o texto: “A GM no Brasil teve um prejuízo agregado signicativo no período de 2016 a 2018, que NÃO PODE SE REPETIR. 2019 será um ano decisivo para nossa história. O Comitê Executivo do Mercosul está fortemente comprometido para reverter esta situação de forma imediata e definitiva. Vivemos um momento crítico que vai exigir importantes sacrifícios de TODOS. O Comitê Executivo do Mercosul desenvolveu um plano de viabilidade que foi apresentado para nossa liderança global em Detroit. Esse plano requer apoio do governo, concessionários, empregados, sindicatos e fornecedores. Do sucesso deste plano dependem os investimentos da GM e o nosso futuro.”
Ele não se alonga sobre o assunto, mas afirma que o Brasil vive um momento “muito crítico”. Em seguida, cita entrevista concedida pela presidente global da montadora, Mary Barra, a um site de Detroit, no último dia 11.
Barra afirmou que a empresa considera deixar a América do Sul. Brasil e Argentina, os maiores mercados sul-americanos da GM, continuam se mostrando “desafiadores”, segundo o comunicado.
Ela também afirmou que a companhia conversa com figuras chave dos mercados locais para tomar medidas para melhorar os negócios “ou considerar outras opções”. “Não vamos continuar investindo para perder dinheiro”.
No final do ano passado, o então presidente Michel Temer (MDB) sancionou o novo programa de incentivos para montadoras no Brasil, batizado de Rota 2030.
Na ocasião, ele vetou artigos que concediam isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para componentes, chassis, partes e peças e outras matérias primas da indústria automobilística que fossem importados por terceiros sob encomenda das fábricas.
Prefeitura faz licitação para suprir "déficit de comunicação"
A respeito da licitação para escolher as agências de publicidade que vão atender a Prefeitura de Porto Alegre em 2019, recebemos a seguinte nota da Assessoria de Imprensa:
“Desde que assumiu a administração municipal o prefeito Nelson Marchezan Junior está sem agência de propaganda.
Para suprir o déficit de comunicação, essencial para a divulgação de serviços de utilidade pública, a prefeitura lançou no dia 17 de outubro de 2018 a concorrência pública para contratação de duas agências de publicidade pelo prazo de 12 meses.
A dotaçãoorçamentária do edital é de 34,9 milhões e será distribuido conforme a Lei Orçamentária de 2019.
Em 24 meses a gestão de Marchezan investiu R$ 8,6 milhões em verba publicitária o que equivale a 0,06% do orçamento total da prefeitura.
A média aplicada nos últimos 15 anos é de 0,33% do orçamento geral do município e o governo atual planeja fazer uso de 0,27% do orçamento até 2010.
Na última terça-feira, 22 foram sorteados os três profissionais que integram a subcomissão técnica que irá julgar as propostas da concorrência pública.
Foram escolhidos os jornalistas Maria Emilia Portella, Paulo Sérgio da Rosa Beccon e a publicitária Maria Regina Venturini de Azevedo, sendo os dois primeiros com vínculo com o município e o último sem vínculo com o município, conforme a lei 12.232/2010.
Acompanharam a sessão representantes do Sindicato das Agências de Propaganda do Rio Grande do Sul (Sinapro RS) e de agências.
Doze empresas disputam a concorrência. A sessão pública para abertura dos envelopes ocorrerá dia 25 de janeiro, às 14h30, na rua Siqueira Campos, 1.300, 3o. andar, Centro Histórico”.