Mais dois cavalos abandonados nas ruas de Porto Alegre foram recolhidos na semana passada por agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
Os animais apresentavam sinais de maus-tratos, sendo uma égua com fratura na paleta e um macho com ferimentos em uma das patas.
Eles estão no abrigo da EPTC, localizado na zona Sul, onde recebem tratamento veterinário, além de alimentação adequada.
Atualmente, o abrigo conta com 26 cavalos acolhidos, sendo 15 deles considerados aptos para adoção.
Os pedidos para adoção podem acontecer pessoalmente no Setor de Atendimento ao Cidadão da EPTC, localizado na avenida Erico Veríssimo, 100, em frente ao Ginásio Tesourinha, de segunda à sexta-feira, das 9h às 16h.
Os interessados entram em uma lista de espera.
Denúncias sobre cavalos que sofrem maus-tratos na via, ou abandonados nas vias da cidade, podem ser encaminhadas pelos fones 156 e 118.
A área de acolhimento de animais recolhidos pela EPTC fica localizada na Estrada Chapéu do Sol, 2.400, região sul de Porto Alegre.
Autor: da Redação
Produtos da colônia invadem a praia em Torres
Até domingo (03/02) quem for a praia em Torres poderá conhecer
o que de melhor é produzido nas propriedades rurais no interior do Estado na
Feira Estadual da Agricultura Familiar, na Praça XV de Novembro.
Neste sábado (02/02), a feira funciona das 12h às 24h, e no domingo das 10 às 17h.
Ao todo participam 36 famílias de agricultores, de 27 municípios, que
produzem compotas, conservas, vinhos, panificados, ovos, mel, linguiça,
salame, queijos e outros derivados de leite, cachaça, geleias, biscoitos, flores,
erva-mate, entre muitos outros produtos, além de flores.
Deste total, três empreendimentos são de Torres: Mulheres em Ação, Orquisel e Afarve.
Este é o primeiro ano que o Grupo de Artesanato Rural em Bananeira e
Porongo Mulheres Rurais em Ação, de Torres, participa da Feira.
O grupo é composto de sete mulheres que moram no meio-rural. Elas são produtoras e
fazem artesanato para comercializar com a intenção de agregar renda e
resgatar este tipo de artesanato que não é mais produzido no litoral.
“Este é um trabalho que vem sendo desenvolvido há dois anos, desde a organização das pessoas, promoção de cursos com matéria-prima rural, participação em feiras e
eventos municipais e que está culminando com esta feira estadual”, explica a
extensionista da Emater/RS-Ascar em Torres, Sônia Cruz.
Além do grupo, existem agricultores que percorreram muitos quilômetros para
mostrar seus produtos aos consumidores como é o caso da família de Miguel
Sobucki, de Sete de Setembro, que andou mais de 700 quilômetros até Torres
para ofertar aos consumidores conservas, sucos e polpas de butiá, jabuticaba,
pitanga, uvaia e de outras frutas.
Para a diretora administrativa da Emater/RS, Silvana Dalmás, as feiras são o momento de colher os resultados de um trabalho que, às vezes, leva anos até que a agroindústria consiga se regularizar.
“Tanto para Emater, que acompanha todo este processo, quanto para o próprio agricultor, estas feiras representam o coroamento deste esforço e eles têm o produto deles em contato direto com o consumidor. Além disto, é uma oportunidade para o
agricultor buscar novos mercados”, ressalta Silvana.
A diretora comenta ainda a importância de as entidades trabalharem em
conjunto: “Com a união de todos, foi possível, por exemplo, conseguir a flexibilização da legislação, no ano passado, para facilitar a adesão das prefeituras ao sistema, permitindo que as agroindústrias possam comercializar em todo o Estado e não apenas no município”, esclarece.
Segundo Silvana, este trabalho de flexibilização foi realizado em conjunto, sem
que se abrisse mão das exigências ambientais, sanitárias e tributárias,
garantindo aos consumidores produtos de qualidade.
“Em seis anos de Susaf havia 30 prefeituras habilitadas e em seis meses de flexibilização, este número passou para 80”, completa.
A feira é promovida pela Emater/RS-Ascar, Fetag/RS, Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de Torres e Prefeitura.
(Com informações da Assessoria de Imprensa)
Lara na posse: "É preciso abrir a Caixa Preta dos incentivos fiscais"
Luís Augusto Barcellos Lara,de 50 anos, natural de Bagé tomou posse nesta quinta-feira como 67º presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Lara, de 50 anos, cumpre o sexto mandato como deputado estadual, reeleito com 56.396 votos pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Sua base eleitoral, Bagé, lhe deu a maioria dos votos (20.836), seguida de municípios da região como Dom Pedrito (6.298) e Rosário do Sul (1.611). Registrou muitos votos também em Porto Alegre (2.642) e Pelotas (1.747).
Na última legislatura, Lara dedicou-se ao estudo detalhado da crise das finanças públicas no Rio Grande do Sul, que tem como consequência final a precarização dos serviços públicos essenciais como saúde, segurança, sem falar na falta de investimentos para gerar emprego.
Bacharel em Direito, Lara fez da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle, que presidiu durante duas oportunidades nos últimos quatro anos, “uma trincheira para vasculhar os vazamentos que tornam o orçamento do Estado incapaz de ordenar as receitas e direcionar as despesas para o que é essencial”.
Sua conclusão: “É preciso abrir a caixa preta dos incentivos fiscais”. Ele se diz tão convencido que chegou a indicar esse caminho para o governador, Ivo Sartori, e já recomentou o mesmo a Eduardo Leite.
Nas suas contas, os incentivos fiscais (redução de ICMS ou juros subsidiados a empresas) comprometem um terço da arrecadação estadual.
“É o dinheiro que falta para hospitais, segurança pública, emprego”, diz o deputado ao mostrar que o Estado é o que mais concede incentivos na Federação, supera 30% do orçamento.
A outra ponta do vazamento orçamentário está na sonegação fiscal, mostra Lara, preocupado com o desmonte dos mecanismos de fiscalização. “Então, abrir a caixa preta dos incentivos fiscais e reforçar o combate à sonegação é o principal pilar para vencermos a crise do Estado”, acredita Lara.
(Com informações da Assessoria de Imprensa)
Marlon Santos mantém discrição ao final do mandato
O deputado Marlon Santos (PDT) despediu-se da presidência e do Parlamento gaúcho com um discurso breve.
Em seguida deixou a sessão solene antes do seu final para viajar a Brasília, onde assume amanhã (1/2) seu primeiro mandato como deputado federal.
A discrição tem sido a marca de Marlon nos últimos meses. No final do ano ele recusou inclusive as tradicionais entrevistas que os jornais, rádios e tevês fazem para avaliar o ano político.
Ao que se diz na Assembléia, o deputado quer chegar à Brasilia sem chamar atenção para sua condição de médium, nesse momento em que um dos médiuns mais famosos do Brasil está envolvido em fatos negativos.
Ele teme que isso possa desviar a atenção do trabalho como parlamentar que se preparou para desenvolver na Câmara Federal, com foco nas questões das finanças públicas e do desenvolvimento do Estado.
Em sua breve fala nesta quinta-feira ele agradeceu à bancada do PDT, que o indicou à presidência e disse que o exercício do cargo neste ano “evidenciou que há esperança, e que vale a pena acreditar nos órgãos e instituições quando, à frente destes, estão pessoas de tamanha grandeza”.
"Semana Farroupilha será foco da ação cultural", diz novo presidente da AL
“Se quisermos que a Semana Farroupilha volte a ser grande, gerando emprego e renda até para o pessoal do carnaval temos que fomentar as suas atividades. Ela será o nosso foco, através delas vários eventos serão desencadeados”.
A declaração é do novo presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, Luiz Augusto Lara, na entrevista coletiva que deu depois da posse, nesta quinta-feira, 31.
A Semana Farroupilha, no mes de setembro, comemora os feitos dos riograndenses na Revolução Farroupilha (1835/1845), principalmente com desfiles a cavalo na capital e em várias cidades do Estado.
Segundo Lara, o evento contempla todo o Estado e interessa a todos os deputados, além de preservar as tradições gáuchas..
Ligado ao movimento tradicionalista, Lara desfila a caráter todo o ano na Semana Farroupilha em Bagé, sua terra.
A redução do foco cultural da Assembléia Legislativa ao fomento às festividades da Semana Farroupilha deve gerar críticas em setores culturais e meios intelectuais, muitos dos quais consideram a Semana Farroupilha um evento passadista, que revela uma visão distorcida da História.
Obras do entorno da Arena do Grêmio ainda não têm acordo
Duas reuniões já ocorreram no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) sobre as obras de contrapartida no entorno da Arena, no bairro Humaitá.
Mas ainda não dá para prever uma solução para o impasse.
As obras estão paralisadas desde 2015, quando a OAS, construtora da Arena caiu nas malhas da Operação Lava Jato e entrou em recuperação judicial.
Dezesseis pessoas participaram, na manhã desta terça-feira, 29, da segunda reunião dirigida pelo relator do processo no TCE, conselheiro Cezar Miola, com presença de representantes da Prefeitura de Porto Alegre, do Departamento Jurídico do Grêmio, de empresas envolvidas e de técnicos do tribunal.
“Foram esclarecidos pontos que precisam ser superados antes do prosseguimento do processo que tramita no órgão de controle”, disse a nota da assessoria.
O Conselheiro Cezar Miola afirmou que ” vários aspectos foram elucidados”, mas “ainda há importantes elementos destacados pelos técnicos e pela Procuradoria do Município (PGM) que ainda precisam ser formalizados e incluídos no processo, principalmente os que se referem às alterações dos projetos e às garantias para a efetiva conclusão das obras”.
A empresa Karagounis Participações, construtora das sete torres residenciais erguidas no terreno junto à Arena, tem interesse em solucionar o impasse, para poder licenciar os imóveis e apresentou uma proposta à Prefeitura em junho do ano passado.
A empresa propõe repactuar as obras de infraestrutura que seriam feitas em contrapartida aos empreendimentos imobiliários na região..
O conjunto de obras prioritárias compreende a duplicação da avenida AJ Renner, a duplicação da avenida Padre Leopoldo Brentano e a reformulação de trecho da avenida Pedro Boessio.
Além disso, terá que ser construída uma nova sede para o posto da 2ª Companhia do 11º Batalhão da Brigada Militar e o desassoreamento da rede de drenagem, responsável pelos alagamentos de parte do bairro.
Em junho quando apresentou seu plano, a Karagounis informou que “foram aprovados projetos, orçamentos e garantias apresentados pela empresa para a execução dos trabalhos”.
A prefeitura de Porto Alegre, porém, informou que ainda faltava o aval do Ministério Público (MP) para que o acordo seja oficializado.
O MP questiona a redução das obrigações dos empreendedores e requer que as garantias sejam bem analisadas. Daí resulta o processo que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) está conduzindo.
Participaram da reunião:
Secretário-adjunto municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), Jose Luis Fernandes Cogo;
Procurador-adjunto da PGM, Nelson Marisco e o assessor Germano Bremm;
Carolina Kessler, Patricia Tschoepke, Felipe Malacarne, da Prefeitura;
Fábio Beling, Marco Teixeira, Viviane Grosser, Aramis Ricardo Costa de Souza, Elisa Cecin Rohenkohl, Leo Arno Richter, Tarciso Dal Ri e Andrea Doval da Costa, do TCE-RS;
Carlos Ronei Bortoli, da empresa Profill Eng e Andre Pinto, da Matricial Eng Consultiva
Gladimir Chiele, advogado que representa o Grêmio no processo.
Após nove meses em reforma, reabre Unidade de Saúde Lomba do Pinheiro
Finalizada a reforma, que durou nove meses, a Unidade de Saúde Lomba do Pinheiro voltou a atender a comunidade no endereço da avenida João de Oliveira Remião, 6111.
Com dois médicos, dois enfermeiros, quatro técnicos de enfermagem, dentista, técnico de saúde bucal e agente comunitário de saúde, o serviço atende das 8h às 12h e das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira, totalizando duas equipes de saúde da família. )
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou pintura interna e externa, colocação de novas divisórias, readequação do layout interno, climatização do ambiente com instalação de ar-condicionado, troca de lâmpadas com melhoria na iluminação, adequação da sala de vacinas, recebimento de móveis e equipamentos de informática obtidos a partir de emendas parlamentares.
Como o prédio é locado, ficou a cargo da proprietária a colocação de piso cerâmico em toda a área da unidade de saúde.
“São duas equipes de saúde da família que atendem 6.297 moradores cadastrados da região”, comenta o coordenador de Atenção Primária da SMS, Thiago Frank.
Durante a reforma, aprovada no ano passado junto aos conselhos Locais e Distrital de Saúde, a US Lomba do Pinheiro manteve as atividades nas dependências da US Panorama.
Riscos de Bolsonaro não se restringem à sala de cirurgia
O presidente da República está no hospistal por conta de uma facada que levou na campanha eleitoral, quando participava de uma manifestação em Juiz de Fora, em Minas.
As investigações, até agora, não são conclusivas e, embora haja um réu confesso, há quem duvide que a facada ocorreu.
Esse episódio já seria uma boa metáfora da situação em que se encontra o Brasil em 2019. Mas há muito mais…
Por causa do ferimento que lhe trespassou o intestino, Jair Bolsonaro passou a portar uma “bolsa de colostomia”, que recolhia urina e fezes até que as lesões internas cicatrizassem.
Nesta segunda-feira ele passou pela terceira cirurgia – a primeira de emergência para estancar a hemorragia interna que poderia matá-lo, a segunda para reconstituir as áreas lesadas e prevenir uma infecção.
E agora esta, para “reconstrução do trânsito intestinal”, no hospital Albert Einstein, em São Paulo, um dos mais avançados do país.
O presidente entrou na sala das cirurgia pouco antes das sete horas da manhã, com uma previsão de três a quatro horas de operação. Ao meio dia, quando já se completavam cinco horas, os noticiários informavam que “o presidente ainda está sendo operado”.
A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros, divulgará um boletim assim que os médicos liberarem. Não foi divulgado o nome dos médicos.
O presidente ficará no Hospital Albert Einstein por 10 dias, pelo menos.
Mas a crise política não lhe dará tréguas. É visível sua preocupação em não deixar o vice em seu lugar mais do que as 48 horas indispensáveis para sua mínima recuperação.
Depois disso, ele pretende trabalhar normalmente, despachando com ministros e assessores, além de transmitir orientações para a equipe ministerial.
O Hospital Albert Einstein organizou um espaço para o presidente despachar.
Segundo o porta-voz, existe um dispositivo montado pelo gabinete de Segurança Institucional com equipamentos, possibilidades técnicas para Bolsonaro orientar seus ministros e seus órgãos e despachar.
Por enquanto, o vice-presidente, Hamilton Mourão, estará na Presidência da República. Mourão conduziu a reunião ministerial, que Bolsonaro passou a realizar uma vez por semana no Palácio do Planalto.
A cirurgia com certeza é o maio risco que Bolsonaro enfrenta. É um risco que diz respeito à sua sobrevivência ou capacidade física. Mas os riscos políticos envolvendo sua posição não são pequenos.
Esta semana, por exemplo, deve emergir um personagem que aparece ligado ao presidente e à sua familia em situações perigosas: o ex-segurança e motorista Fabricio Queiroz.
Queiroz escapou de depor até agora alegando problemas de saúde. Mas depois que ele apareceu num vídeo dançando no quarto do hospital, a expectativa é de que apareça para falar nos próximos dias.
A dança de Queiroz, vazada pelas redes, não foi entendida. Talvez fosse um recado para os que o protegem, que podem dançar também se ele abrir a boca.
Secretária que estava no carro com Marielle levou familia para o exterior
“Ela era uma mulher negra, favelada e lésbica, ou seja, o corpo dela trazia todas as suas lutas. Só por isso ela já causava um incômodo no espaço ocupado por homens brancos ricos”, diz, ao relembrar também os diversos casos de assédio que sofriam na Casa.
Fernanda estava no veículo no dia em que a vereadora foi assassinada, em março do ano passado, e ficou ferida pelos estilhaços. Ela foi a convidada do Entre Vistas, da TVT, nesta terça-feira (22), gravado no Café do Sindicato dos Bancários, na região central de São Paulo.
Além de Juca Kfouri, fizeram parte da bancada de entrevistadores o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Moisés Selerges e Monica Seixas, codeputada estadual eleita em São Paulo com a bancada ativista.
Assessora parlamentar com atuação na CPI das Milícias, Fernanda conta que sentia um clima de insegurança para a família, então foi para o exterior, mas com a expectativa de retornar rapidamente ao Brasil.
“Eu acreditava nisso porque nos dias que se seguiram ao atentado surgiram imagens do carro envolvido no crime, então despertava uma esperança de resolução num tempo rápido. Achava que, em duas semanas, já teria o indicativo dos envolvidos”, afirma.
Fernanda fala também sobre a mudança em sua vida após o atentado. Apesar de um processo complicado, como a própria jornalista define, ela diz ter encontrado um modo de seguir em frente. “Tive muito amor da minha família, estamos todos mais próximos. Ao mesmo tempo que você vive o horror, um outro lado ascende. Então você escolhe para qual lado vai olhar”, conta.
Depois de 10 meses fica difícil acreditar que vão solucionar o caso, acrescenta. “As autoridades precisam entregar essa resposta, se não vamos passar o atestado de incompetência”, aponta.
Na manhã de ontem, uma operação policial no Rio de Janeiro realizou a prisão de ao menos cinco suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle e de Anderson Gomes. Os presos são integrantes da milícia considerada a mais perigosa e antiga do estado, chamada Escritório do Crime.
Com seu histórico de investigação sobre milicianos, Fernanda critica a postura do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que já elogiou, em 2003, um grupo de extermínio que atuava na Bahia. “Muitas autoridades consideram as milícias como um ‘mal menor’. Isso é um fato incômodo, que cria insegurança e indignação profundas. Quem vive nos espaços controlados por esses grupos sabe a situação imposta, você paga taxas para sobreviver”, lamenta.
O Entre Vistas vai ao ar todas as terças-feiras, às 21h. Pode ser visto no Youtube (www.youtube.com/redetvt) e na página da TVT no Facebook.
Ataques no Ceará atingem escola e posto de saúde
Em menos de 12 horas, na noite e madrugada de quinta-feira, um posto de saúde, uma escola municipal, um posto de combustíveis, dois tratores e, pelo menos, dois ônibus foram incendiados em três municípios.
Já no Posto de Saúde de Olho d’Água, os invasores roubaram um botijão de gás, cortaram os fios de alguns aparelhos eletroeletrônicos, danificaram teclados de computadores e espalharam parte dos medicamentos e produtos farmacêuticos armazenados.
Em Fortaleza, por volta das 21h de ontem, dois homens armados assaltaram os clientes de um posto de gasolina do bairro Papicu e puseram fogo em um dos carros estacionados no local.
Os próprios funcionários do estabelecimento conseguiram apagar as chamas, mas os criminosos escaparam sem ser identificados.
Também na capital, dois homens invadiram o prédio do Centro Social Urbano (CSU), no bairro Pici, e incendiaram dois tratores estacionados. Segundo testemunhas, os criminosos fugiram em uma motocicleta.
O fogo foi apagado por policiais militares, com a ajuda de vizinhos. Ainda em Fortaleza, um ônibus e uma van abandonada foram incendiados nos bairros Pedras e Dias Macedo, respectivamente.
A quinta ocorrência foi registrada em Maracanaú, na região metropolitana de Fortaleza, onde um micro-ônibus foi incendiado no bairro Jardim Bandeirante.
Ataques
Este foi o vigésimo quarto dia da onda de ataques no estado, que começou no último dia 2, quando ônibus, veículos, prédios públicos, estabelecimentos bancários e edificações em vias públicas passaram a ser alvo da ação organizada de criminosos.
A violência é uma reação de facções criminosas à nomeação do secretário de Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque, e ao anúncio de medidas para reforçar a segurança nos presídios, como a não separação de presos em presídios por facção e o bloqueio total de celulares.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, 430 suspeitos de participar dos ataques já foram detidos desde o começo dos ataques. A pasta, no entanto, não informou quantos destes permanecem detidos.
Para tentar conter os ataques, o governo estadual convocou cerca de 1.200 policiais militares da reserva para voltar ao serviço. No dia 13, o governador Camilo Santana sancionou leis que facilitam a adoção de medidas como a convocação dos militares reservistas; o pagamento de recompensa a quem fornecer informações que resultem na prisão de bandidos ou evitem ataques criminosos no estado.
(Com informações da Agência Brasil)