O governo do Estado adiou pela terceira vez o leilão de concessão do Cais Mauá, remarcando para 6 de fevereiro.
O noticiário oficial informa que “o adiamento ocorreu a pedido de interessados na concorrência”.
Além dos supostos “interessados”, que seriam três, o secretário Pedro Capeluppi disse que “vários pedidos de esclarecimentos ao edital vieram “do Piratini”.
O noticiário oficial não informa quais os esclarecimentos pedidos, tanto pelos interessados quanto “pelo Piratini”.
Uma fonte confiável disse ao JÁ que as recentes cheias do Guaíba motivaram os principais questionamentos, para os quais o governo ainda não tem resposta.
Concebido num momento de euforia, em que se cogitou até remover o Muro da Mauá, o projeto prevê nove torres na áreas das antigas docas do porto e a ocupação dos armazéns com empreendimentos privados.
Montado por técnicos do BNDES, prevendo investimentos superiores a R$ 1 bilhão, sendo mais de 300 milhões nas torres nas docas, o projeto para concessão do Cais Mauá ficou na contramão da realidade depois das últimas cheias, quando todo o porto foi inundado.
O projeto sofreu alterações desde sua apresentação preliminar (foto) principalmente em função dos movimentos comunitários e ambientalistas, mas não foi alterado em sua essência de mega-empreendimento imobiliário-comercial
Terá no mínimo que ser repensado depois das enchentes que testaram o muro.
Cais Mauá: projeto prevê seis prédios residenciais e três comerciais na área das docas