Cerca de 135 mil brasileiros não sabem que têm o vírus HIV, e a maioria contraiu por não usar camisinha nas relações sexuais.
Mais de 900 mil pessoas vivem com o HIV no país. Desse total, em torno de 80% foram diagnosticados, segundo o Ministério da Saúde. A maioria dos infectados são jovens de 20 a 34 anos.
Para convencer essas pessoas a fazerem o teste, o Ministério da Saúde lançou nesta sexta-feira a Campanha contra o HIV/Aids: “Se a dúvida acaba, a vida continua”.
A ideia é explicar que, se o teste der negativo, basta se cuidar. Se der positivo, entrar com medicamento o quanto antes faz baixar a carga viral, e assim parar de proliferar o vírus.
A rede pública de saúde oferece a testagem gratuitamente, inclusive com testes rápidos, quando os resultados saem em 30 minutos.
O principal medicamento disponibilizado de graça é o dolutegravir, que diminuiu a quantidade do vírus no sangue. Assim o paciente tem menos chance de ficar doente, de transmitir o vírus nas relações sexuais e de desenvolver a Aids.
Christiano Ramos convive com o HIV há 32 anos. Ele revela que hoje o mais difícil não é o tratamento, mas sim combater o preconceito.
“A discriminação que existia no início da epidemia continua. Esse é o maior desafio nosso, realmente, combater esse preconceito e discriminação a que nós portadores somos submetidos no convívio social”.
Devido ao tratamento cada vez mais precoce, o número de mortes caiu nos últimos cinco anos. Em 2014, mais de 12,5 mil pessoas morreram devido a complicações da Aids. No ano passado, foram 10,9 mil.