Projeto do governo prevê investimentos de 1,3 bilhão para revitalizar o Cais Mauá

Para viabilizar a revitalização parte da´área será vendida par a construção de prédios comerciais e residenciais

O governo do Estado apresentou, nesta quinta-feira, 25, as linhas gerais do projeto que encomendou ao BNDES para  “revitalizar o Cais Mauá”.

Nele estão previstas nove torres de até 90 metros de altura.

A mudança do Plano Diretor para permitir prédios com mais de 52 metros  na região central de Porto Alegre foi aprovada na Câmara de Vereadores na noite de quarta-feira, menos de 24 hora antes da apresentação.

Na apresentação do projeto no Palácio Piratini, o governador Eduardo Leite fez alusão três vezes “ao bom relacionamento com as autoridades do município” e justificou a ausência do prefeito Sebastião Melo.

O projeto, desenvolvido por um consórcio de oito empresas contratadas pelo BNDES, prevê investimentos da ordem de R$ 1,3 bilhão na “revitalização do Cais”.

Aí estão incluídos: a reforma dos armazéns tombados pelo patrimônio público, a urbanização de todo o entorno garantindo acesso irrestrito, a substituição de parte do muro da Mauá por  barreiras removíveis e a construção de nove torres com escritórios, hotéis e residências.

Projeto prevê derrubada parcial do muro da Mauá

Para viabilizar o negócio o governo do Estado entregará, sob regime de concessão, cerca de 80%  dos 180 mil metros quadrados do cais a investidores privados e venderá restante para  incorporadores imobiliários.

A área a ser vendida corresponde ao terreno das antigas docas, no terço final do cais, a partir da Usina do Gasômetro.

A mudança no Plano Diretor permitindo alturas maiores tem por objetivo valorizar os terrenos a serem vendidos.

A venda do terreno das docas é o ponto em comum entre o projeto do BNDES e a proposta alternativa apresentada por uma equipe de professores da UFRGS, na última terça-feira, 23..

Os professores, com seus alunos dos cursos de pós graduação em urbanismo, economia, sociologia, desenvolveram  um caminho alternativo,  para reintegrar a área do cais, à cidade.

A alternativa que apresentam,  descarta prédios residenciais em qualquer ponto do cais e, na área a ser vendida, limita a altura dos prédios. A venda do terreno financiaria a reforma dos armazéns, que abrigariam atividades culturais auto-sustentáveis

 

 

 

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