Jornalista que escrevia “cartas ácidas” para Lula está otimista com terceiro mandato

Durante três anos e meio do primeiro governo Lula, o jornalista Bernardo Kuscinski, com uma pequena equipe, produziu uma síntese analítica do noticiário diário dos principais veículos para o presidente.

Em tempos de pré-internet, a operação incluía um funcionário que buscava os jornais impressos do Rio e São Paulo num trecho do Eixão, em Brasília, às cinco da madrugada.

Às oito da manhã a resenha impressa em envelope lacrado deveria estar na mesa do presidente.

O próprio Lula apelidou de “cartas ácidas”. Dizia que se passasse uma toalha no suor de Kucinski e espremesse dava para fazer vinagre.

As cartas faziam uma leitura crítica da mídia, mas também eram implacáveis com os erros do governo. Lula reclamava mas lia sempre.

“Eu fiquei viciado em escrever e ele em ler” diz Kucinski no livro “Cartas a Lula” que reúne uma seleção dos mais de mil textos produzidos.

Aos 80 anos, Bernardo Kuscinski, que no meio jornalístico dispensa apresentações, dedica-se à literatura com vários livros publicados, com prêmios e indicações a prêmios.  Mas não perdeu o vício: embora não se disponha mais àquele tipo de escrita das cartas, segue acompanhando criticamente os movimentos do governo e o tratamento que eles recebem da mídia.

Até agora ele está otimista com o terceiro mandato de Lula: “A principal mudança em relação ao primeiro governo é o próprio Lula. Ele mudou, ele manda. Está afirmativo, não hesita em dizer que o teto de gastos é uma estupidez e, principalmente, ele tem agora uma visão muito mais clara do seu papel histórico”,

As crises no primeiro governo, segundo Kucinski, começaram antes da posse “com a campanha de terrorismo financeiro que levou Lula a fazer um acordão com os bancos para ter condições de governabilidade”.

“Acordo foi avalizado por Antonio Palocci e Henrique Meirelles e  esse pacto não escrito amarraria suas mãos e travaria o governo durante os dois primeiros anos de mandato, provocando forte tensão interna e deprimindo o presidente”.

Na avaliação do jornalista, “todo o primeiro governo Lula foi atravessado por contradições que o paralisavam”.

De um lado o ministro da Fazenda, Antônio  Palocci, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, comprometidos com o setor financeiro, avessos a investimentos sociais.

De outro, José Dirceu, todo poderoso chefe da Casa Civil, e Luiz Gushiken, também poderoso ministro das Comunicações, que não se entendiam. Além de tudo isso, havia “muita ingenuidade e amadorismo”. O próprio presidente tinha visíveis limitações. No livro Kusinski conta que um assessor próximo de Lula lhe pediu para que fosse mais didático nas notícias sobre macroeconomia.

O principal compromisso de Lula era dobrar o salário mínimo em quatro anos, Palocci se opunha tenazmente. “Palocci queria manter o salário mínimo arrochado. Numa reunião dramática, Palocci ameaçou ir à televisão dizer que não conseguiria cumprir o compromisso de superávit primário”.

“Palocci compartilhava espertamente as caminhadas matinais de Lula e as aproveitava para tentar fazer a cabeça do presidente.”

Só a partir da queda de Palocci em março de 2006, que Lula pode começar a cumprir sua promessa de campanha. Quando assumiu em 2003, o mínimo era equivalente a 86 dólares, no fim do segundo mandato já era 256 dólares. “Ao contrário das previsões catastróficas o aumento do salário mínimo não levou a uma explosão de preços”.

A mídia – Globo, Folha de São Paulo, Estadão, Veja, reverberados pelo país inteiro – foi a “condutora ideológica da oposição ao governo”, segundo Kucinski.

No prefácio de seu livro, ele lembra os ataques aos programas sociais, a ponto de reportagens negarem o problema da fome no Brasil, para depreciar o Fome Zero, o primeiro programa lançado pelo governo.

Nem por isso deixa de apontar os erros do governo, que a seu ver não foram poucos na área da comunicação.

“Desde o primeiro dia não foi boa a relação do governo com a mídia. Faltou ao governo uma política orgânica e moderna de comunicação pública”.

Lembra que “o presidente Lula só deu a sua primeira entrevista coletiva dois anos depois. As anteriores em agosto de 2003 e fevereiro de 2004, foram dadas a grupos limitados de jornalistas”.

A “frustração pelo não encaminhamento de propostas na esfera da comunicação” foi um dos motivos que o levaram a deixar o governo  pouco antes do final do primeiro mandato. “Propostas de mudança de postura da Radiobras. Propostas e pré-projetos à Secom: por uma política de apoio à mídia alternativa, por um programa vale-jornal (parecido com o vale-cultura do governo Dilma), pela criação de um jornal do executivo, como o da Câmara, pela instituição de coletivas regulares, pela criação de cadernos de referência sobre políticas públicas”. Nada disso foi adiante.

O outro motivo foi “o desassossego com a questão dos crimes da ditadura: “Sentia crescente desconforto por estar no coração de um aparelho de Estado que a rigor não abjurara seus crimes, cometidos pouco tempo antes”.

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Bernardo Kucinski é formado em Física pela Universidade São Paulo (USP), foi militante estudantil, preso e exilado. Tornou-se jornalista, passando pelos veículos mais importantes do Brasil e do mundo, como os ingleses BBC The Guardian. Foi fundador de jornais alternativos de resistência ao regime militar, como Movimento. Deu aulas de jornalismo na Escola de Comunicação e Artes da USP, publicou uma série de obras acadêmicas, foi assessor especial da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República durante o primeiro mandato de Lula, quando produzia boletins diários sobre a imprensa.

Everest será residencial e comercial, sem hotel. Reciclagem do prédio custará R$ 85 milhões

O alvará de construção do tradicional edifício Everest, localizado no alto do Viaduto Otávio Rocha, no Centro Histórico  foi emitido nesta quinta-feira, 5, pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus).

O projeto prevê reciclagem de uso do hotel, renovando e adequando o edifício para um novo conceito de empreendimento, sem alterar a estrutura e a arquitetura da edificação.

Haverá ampliação das atividades comerciais, incluindo a utilização do espaço do terraço com o conceito de rooftop e um retrofit das fachadas.

Está proposta ainda uma zona de comércio, com acesso principal pela escadaria da avenida Borges de Medeiros, juntamente a uma área destinada a um pequeno museu, contando a história do prédio, do entorno e da época em que foi edificado, em 1964. Estas áreas serão de utilização pública.

“O empreendimento atende a quesitos técnicos dispostos na Lei Complementar 930, de dezembro de 2021, que instituiu o Programa de Reabilitação do Centro Histórico de Porto Alegre e propõe a transformação urbanística do bairro”, enfatiza o secretário Germano Bremm, ressaltando que o local se constituirá em um espaço emblemático após as transformações propostas, criando espaços de conveniências e lazer de uso público, contribuindo ainda para incremento da segurança no Centro Histórico.

O condomínio Everest conta com um prédio residencial na parte frontal à rua Duque de Caxias, o Bloco A. Os demais blocos são espaços do complexo hoteleiro. A proposta de reforma apresentada tem como principal premissa a revitalização dos prédios do hotel para um novo empreendimento misto (residencial e comercial), criando espaços de convivência e lazer de uso público e transformando as unidades em residências. O Bloco A, um edifício residencial com 30 apartamentos, será mantido e não receberá reforma interna. O retrofit das fachadas abrange os quatro blocos, mantendo a identidade arquitetônica.

A iniciativa é da Infinita Estrutura de Negócios e as obras já podem ser iniciadas. A estimativa é que o empreendimento gere 400 empregos e 211 novas opções de moradias, em um investimento de R$ 85 milhões.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

A posse apoteótica deu verdadeira dimensão à eleição de Lula

A eleição de Lula ganhou outra dimensão depois da posse neste primeiro domingo de 2023.

Apoteóse é a palavra para o que se viu em Brasilia.  Celebração popular, carregada de simbolismo, marcada por dois discursos definidores, a posse colocou o mandato de Lula num outro patamar.

A presença das delegações estrangeiras, a repercussão na imprensa internacional não deixam dúvidas.

Não é mais aquela diferença de pouco mais de 2 milhões de votos  que dá o tamanho da vitória da frente ampla liderada por Lula.

A saída irresponsável de Bolsonaro, pela porta dos fundos, contribuiu para consagrar a posse de Lula,  que recebeu a faixa de representantes populares, num momento emocionante.

Mais uma vez o Brasil vai tentar um projeto que coloca os trabalhadores como protagonistas do desenvolvimento econômico.  Não há capital sem trabalho, diz o conceito que está na origem desse  processo. Muitas e poderosas forças sempre se levantam contra ele. Provavelmente, não será diferente.

 

 

Atentado terrorista em Brasilia: zelo do motorista impediu a bomba

O atentado terrorista frustrado em Brasilia não está merecendo a devida cobertura jornalística, até nisso comparável ao Riocentro.

As grandes corporações, com suas redes e suas afiliadas, ainda estão tratando burocraticamente o caso.

Setenta e duas horas depois da prisão do homem que confessou ter armado a bomba, não apresentaram um perfil consistente dele e suas circunstâncias.

O que circula sobre George Washington de Oliveira, o homem preso por armar a bomba, é revelador de toda a gravidade do episódio,  mas incompleto, e foi levantado por jornalistas independentes e sites alternativos.

Além disso, há toda uma trama a desvendar e que requer o olho atento da opinião pública, representada pela imprensa, principalmente a que tem meios de apurar os fatos.

A entrevista coletiva, na manhã desta terça-feira,  do ministro da Justiça nomeado e do governador do Distrito Federal rendeu notícia secundária nos jornalões, que se auto proclamam panteões do jornalismo profissional.

Flávio Dino e Ibaneis Rocha disseram que o plano de explodir o aeroporto de Brasilia foi tramado por “apoiadores de Jair Bolsonaro  acampados em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, que executaram os atos terroristas no dia 12 de dezembro”.

Mais: os conspiradores procuraram um sniper – atirador de elite – para pedir aulas antes da posse de Lula (PT).

Outro personagem que passou batido:  o dono do caminhão onde foi alojada a bomba, um caminhão tanque lotado de querosene para avião.

Segundo declarou a polícia, o motorista mineiro Jeferson Henrique Silveira, de 33 anos, achou a bomba numa vistoria de rotina, antes de partir com o caminhão rumo ao aeroporto. Era um pacote de papelão, alojado entre um dos eixos.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu o suspeito de armar a bomba próximo ao Aeroporto de Brasília no mesmo dia.

Se essa versão é correta, não foi a diligência policial como diz  o grosso do noticiário, que evitou o atentado terrorista que pretendia mergulhar o Brasil no caos. Foi o zelo deste motorista.  Até agora, zero hora de 28/12/2022, não há uma foto dele publicada.

BNDES tem mais de 200 bilhões para financiar privatizações

O BNDES registrou R$ 34,2 bilhões de lucro líquido nos três primeiros trimestres de 2022, de janeiro a setembro. Um aumento de quase 30% em relação ao do ano passado.
Na área de concessões, privatizações e PPPs de infraestrutura, o BNDES superou a marca de R$ 250 bilhões “em capital mobilizado por projetos estruturados no Banco”.

“O valor inclui investimentos contratados para os próximos anos, além de outorgas arrecadadas pelo Governo Federal, Estados e Municípios parceiros e representa mais de 40 vezes o orçamento anual do Ministério da Infraestrutura”, diz um comunicado do banco.

A carteira de projetos possui atualmente outros 153 ativos em estruturação e mais de R$ 215 bilhões em capital a ser mobilizado para os próximos anos.

Nas previsões do quarto trimestre, estão os leilões da Empresa Gestora de Ativos (Emgea), Ceasa Minas, Cais Mauá (Porto Alegre), Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), – marcado para 20/12 mas por enquanto suspenso por liminar – , metrô de Belo Horizonte (CBTU-MG), a concessão de parques nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, entre outros.

Fonte de recursos

Mais da metade (55,3%) dos recursos que o BNDES dispõe para financiar projetos vem Fundo de Amparo ao Trabalhador ( dados de 30 de setembro de 2022). Outros 14% provém do Tesouro Nacional.

Em 30 de setembro de 2022, o BNDES devia ao Tesouro Nacional R$ 93 bilhões. em 30 de junho de 2022, por conta da liquidação antecipada no montante de R$ 10 bilhões e pagamentos ordinários de R$ 2,6 bilhões.

O FAT se manteve como principal credor do BNDES. No terceiro trimestre de 2022, ingressaram R$ 5,5 bilhões de recursos do FAT Constitucional. O volume de recursos do fundo com o Banco totalizou R$ 364,4 bilhões em 30 de setembro de 2022.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

Projeto prevê concessão da Redenção junto com Calçadão do Lami

Uma audiência pública “extraordinária” dará continuidade ao debate sobre a concessão do Parque Farroupilha e do Calçadão do Lami.

Os dois espaços compõem o Lote 1 do programa de concessões que envolve cinco parques de Porto Alegre.   Significa que serão concedidos num só edital.

O calçadão do Lami foi incluído no projeto posteriormente (substituindo cinco pequenas praças em diversos bairros, que integravam o Lote I, junto com a Redenção).

A parte mais polêmica de todo o projeto é um estacionamento subterrâneo, previsto na Redenção.

Duas audiências híbridas (presencial e virtual) sobre a concessão dos parques  já foram realizadas nos dias 17 e 18.

O projeto original previa a concessão de 138 hectares (1,3 milhão de metros quadrados) de áreas públicas em cinco parques municipais.

O parque Moinhos de Vento, num primeiro momento, ficaria fora das concessões.

No estudo de viabilidade que a Fundação Getúlio Vargas fez para a Prefeitura, está prevista uma receita de  quase R$ 900 milhões ao longo dos 30 anos de concessões (R$ 30 milhões por ano, aproximadamente).

A maior parte desta receita viria do estacionamento subterrâneo, mais de R$ 600 milhões no período, considerando uma capacidade mínima para 550 carros.

A consulta pública dos parques segue até 24 de novembro.

A audiência desta quarta-feira é continuidade da anterior, do dia 18,  quando o tempo previsto pelo regimento do Legislativo de três horas de duração para os debates não foi suficiente para a explanação de todas 47 pessoas inscritas.

O plenário contou com mais de 250 presenças, entre lideranças comunitárias, esportistas, autoridades políticas, vereadores, deputados, ativistas, permissionários, ambulantes, integrantes de associações de bairros, instituições e ONGs, além de moradores da Capital frequentadores do parque.

Já na plataforma virtual, aproximadamente 100 pessoas assistiram pelo Zoom.

“Pelo regimento, na quarta-feira, não terão novos inscritos para fala. Serão ouvidas apenas as pessoas que já se inscreveram na última audiência do dia 18 e cumpriram o protocolo de regras estabelecidas, mas ainda não conseguiram fazer a sua manifestação”, esclarece a secretária de Parcerias, Ana Pellini.

A meta do governo municipal com a concessão dos parques é “impulsionar o crescimento socioeconômico e ambiental da cidade e melhorar a oferta de opções de lazer, turismo e cultura com ambientes seguros de convivência e diversão, gratuitos e abertos, diariamente à população”.

A audiência pública é uma exigência legal para a tramitação dos projetos de concessão. Depois de colhidas as sugestões da sociedade civil, o tema passará por reanálise da Procuradoria-Geral do Município (PGM) e será enviada a minuta do edital para apontamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O órgão tem prazo de três meses para fazer a avaliação. Após este trâmite, serão lançados os editais para atrair e prospectar empresas interessadas em explorar economicamente os tradicionais espaços de lazer da cidade.

A consulta pública dos parques foi aberta no dia 11 de outubro e publicada no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa). As contribuições e questionamentos podem ser enviados até 24 de novembro. Acesse aqui formulário de contribuições consulta pública.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

Pequenos negócios apostam em promoções para aquecer as vendas de fim de ano

Duas em cada três empresas (65%) preparam ações especiais para aquecer as vendas neste final de ano. É o que indica o levantamento mais recente do Sebrae RS.

A mesma pesquisa sobre as expectativas dos pequenos negócios para o fim de ano, mostra que apesar do otimismo, apenas uma em cada quatro empresas (24%) irá aumentar o estoque de produtos e/ou matéria prima para o período, esperando um aumento forte nas vendas. A grande maioria quer mesmo é desovar os estoques acumulados desde a pandemia,

A mesma proporção de negócios planeja ações promocionais: 16% irão promover o lançamento de novos produtos e/ou serviços, ao passo que 17% irão adaptar os existentes para atender às demandas do período considerado-chave para os 94% dos empreendedores gaúchos.

Em sua 28ª edição, a pesquisa elaborada pelo Sebrae RS foi realizada entre os dias 26/10 e 11/11 e contemplou empreendedores de Micro e Pequenas Empresas (MPE) e os Microempreendedores Individuais (MEI) gaúchos.

“É uma época de tradicional demanda para muitos segmentos da economia. Além de considerar o pagamento do 13º salário e as festividades de Natal e Réveillon, este ano a Copa do Mundo será um atrativo a mais para os negócios com apelo extra ao consumo”, avalia o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Vanoni de Godoy.

PIX  na hora de pagar 

A análise do comportamento dos pequenos negócios gaúchos realizada pelo Sebrae RS indicou ainda o PIX como a forma mais empregada pelos estabelecimentos para as transações comerciais.

A ferramenta lançada há exatos dois anos é a mais usada por 38% das empresas, seguida pela utilização de cartão de crédito (25%) e dinheiro em espécie (17%).

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

Foto: Zé Carlos de Andrade / Divulgação

Aldo Rebelo admite voltar ao Ministério da Defesa (se o convite for feito)

Ivanir Bortot

O ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo, admite  a possibilidade de voltar a comandar a pasta, chefiada por generais durante os quatro anos do Governo Bolsonaro.

Ele tem dito a amigos que não está participando de articulações para ocupar o posto de ministro da Defesa.

Além disto, de acordo com estas mesmas fontes, ele desconhece qualquer iniciativa neste sentido no grupo de transição ou entre articuladores credenciados do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

Mediante convite, se ocorrer, pensará sobre a possibilidade de aceitar ou não a missão de comandar novamente as Forças Armadas, posição que já ocupou no governo da presidente Dilma Rousseff.

O ex-ministro comandou quatro pastas nos governos dos presidentes Lula e Dilma. Além disto, foi presidente da Câmara dos Deputados.

Ele atribui a lembrança de seu nome na imprensa a fontes de dois segmentos: às Forças Armadas e ao grupo de amigos de petistas históricos.

Nos dois casos, entende a menção de seu nome como um reconhecimento e honraria pelos serviços prestados à administração pública na condição de ministro de Estado e presidente da Câmara dos Deputados.

Nas vésperas da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, Aldo foi convencido por Lula e Dilma a permanecer à frente do Ministério dos Esportes abrindo mão de uma reeleição tranquila a deputado federal por São Paulo, o que acabou afastando-o do Congresso Nacional.

Disciplinado, Aldo cuidou de todo o processo de organização da Copa do Mundo em uma época em que a população foi às ruas pedindo mais hospitais e menos estádios, assunto que a ex-presidente não desejava ver associado à sua imagem de mandatária.

O trabalho à frente do Ministério da Defesa lhe rendeu reconhecimento público dos mais diversos representantes e integrantes das Forças Armadas.

Ao mesmo tempo, suas posições nacionalistas eram compartilhadas pelos militares. Aldo, reconhecido como um intelectual de sólida formação sobre a história do Brasil, da teoria marxista-leninista internacional do PC do B, costuma dizer que “paga-se preço elevado carregar nas costas posições nacionalistas”.

Muitas críticas a suas posições nacionalistas e a sua aproximação com as Forças Armadas partem dos próprios quadros do Partido dos Trabalhadores, a quem foi aliado leal durante os muitos anos.

Deputada quer que ministro esclareça mensagens sobre golpe militar

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) quer  que o ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, vá à Câmara dos Deputados “explicar as insinuações que fez em áudios vazados sobre a possibilidade de um golpe de Estado”.  Ela protocolou  requerimento para que Nardes seja convocado, nesta segunda-feira, 22.

Augusto Nardes, que admitiu à imprensa ter afirmado em um áudio enviado a amigos do agronegócio pelo WhatsApp, entre outras falas golpistas, que “está acontecendo um movimento muito forte nas casernas” brasileiras, e que “é questão de horas, dias, no máximo, uma semana, duas, talvez menos do que isso”, para um “desenlace bastante forte na nação, [de consequências] imprevisíveis, imprevisíveis”.

“É inadmissível a participação de um ministro do TCU em conspiração golpista! As falas de Augusto Nardes são absolutamente incompatíveis com a Constituição Federal, violam as liberdades democráticas, desrespeitam o resultado das urnas e é urgente que o ministro vá ao Plenário da Câmara dos Deputados se explicar pelas falas golpistas.”, explica Fernanda.

Foram encaminhados requerimentos para a Comissão de Constituição e Justiça e para a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e ao plenário da casa. Além disso, a bancada do PSOL na Câmara também protocolou uma representação na Corregedoria do TCU contra o ministro.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

Endividamento é tema de educadores em Porto Alegre

Porto Alegre será sede do 2º Encontro Gaúcho de Educação Financeira (2º Egef), que acontece na próxima quarta-feira, dia 23 de novembro, às 19 horas, no Centro Cultural da Universidade Federal do RS (Ufrgs), na Rua Eng. Luiz Englert, 333, 2º andar.

O evento reunirá educadores financeiros de todo o estado do RS para discutir o tema, disseminando, assim, a importância da Educação Financeira no âmbito do estado do Rio Grande do Sul como fator transformador das vidas das famílias, evitando os altos graus de endividamento que prejudicam a economia do país como um todo. E um dos grandes objetivos do Encontro é proporcionar esse conhecimento à sociedade, de forma a prepara-la para maior qualidade de vida no futuro, conscientizando-a sobre a importância do planejamento financeiro.

O encontro presencial terá dois painéis, com os temas Planejamento e Organização Financeira e Como evitar o endividamento.  Já estão confirmados, como painelistas, os educadores financeiros Adriano Severo, Ana Pregardier, Bruna Hanauer, Camila Bavaresco, Camila Lorentz, Diego Angelos, Dirlene Silva, Everton Lopes, Gabriela Rodrigues, Janile Soares, Mariliane Caramão e Wendy Carraro.
O ingresso será um quilo de alimento não perecível e será fornecido Certificado de Participação.
(Com informações da Assessoria de Imprensa)