Corte de árvores no Parque Marinha dá impulso a movimento contra privtização

A polêmica sobre o corte de árvores no parque Marinha do Brasil, na orla do Guaíba, impulsionou nas redes um abaixo-assinado contra a concessão da área de 70,7 hectares a uma empresa privada.

O movimento denominado Coletivo Preserva Marinha, com apoio de várias entidades ambientalistas, começou antes da concessão, selada pela Prefeitura no início de julho. Ganhou força nos últimos dias, quando  notícias do corte de mais de cem árvores ganharam as manchetes e redes locais. Em dois dias, alcançou mais de 4.800 assinaturas, de um total de 5.000 pretendidas.

Leia o documento:

O Parque Marinha do Brasil é um dos parques urbanos do Município de Porto Alegre. Inaugurado em 09/12/78, com projeto dos arquitetos Ivan Mizoguchi e Rogério Malinsky, o Parque possui uma área de 70,70 hectares e está localizado no bairro Praia de Belas, numa das regiões mais privilegiadas da cidade para apreciar o rio e assistir o pôr do sol no Guaíba.

Foram feitos muitos investimentos públicos tanto para construir o parque como para manter e embelezar a área, instalar pracinhas, áreas de atividades físicas, banheiros públicos, a Secretaria de Esportes (atualmente utilizada pela Secretaria de Segurança), plantio de árvores e recuperação do espaço após o tufão de 2016.

A Prefeitura está investindo em linhas subterrâneas da fiação elétrica. E depois de tudo isso, o Prefeito pretende entregar à iniciativa privada, sem consulta à população, nem estudo e relatório de impacto ambiental prévio, restringindo o uso público e afastando, por cercas econômicas virtuais, a população com menor condição financeira, pois o concessionário irá explorar economicamente a área sem definição prévia das atividades que poderá desenvolver.

A Prefeitura Municipal de Porto Alegre está negociando a concessão/privatização do PARQUE MARINHA DO BRASIL por 30 anos, renováveis por mais 30 à iniciativa privada, que poderá explorá-lo comercialmente.

Você, usuário, frequentador, admirador do Marinha concorda com isso?

Queremos que o Marinha continue sendo um espaço público de acesso UNIVERSAL. Um recanto de paz, harmonia, saúde, esporte, lazer e cultura no centro da cidade, onde o direito à flora e à fauna seja respeitado. O Marinha é patrimônio histórico-cultual-esportivo da cidade e deve permanecer público. Existem recursos do FUNPROAMB – Fundo Pró-Defesa do Meio Ambiente para sua manutenção.

Se você NÃO concorda com essa concessão, ajude assinando esse documento e compartilhando para que possamos encaminhar aos órgãos competentes e evitarmos essa tragédia.

NÃO À PRIVATIZACÃO!

Coletivo Preserva Marinha do Brasil

Para assinar esta petição,  clique aqui.