Ao contrário do que ocorreu em setembro, quando nove cidades registraram queda no preço dos gêneros alimentícios essenciais, em outubro, 10 localidades indicaram alta no custo dos produtos básicos.
O dado é da Pesquisa Nacional da Cesta Básica realizada mensalmente pelo DIEESE em 17 capitais brasileiras. Porto Alegre (1,93%), Curitiba (1,61%) e Vitória (0,95%) apresentaram os maiores aumentos.
As retrações ocorreram em todas as capitais da região nordeste, sendo as mais significativas apuradas em Natal (-2,63) e Fortaleza (-2,22%). Fora da região Nordeste, a única capital com queda no valor da cesta foi São Paulo (-0,08).
O custo da cesta na capital gaúcha foi o mais elevado em outubro, R$ 277,34. Em São Paulo, o valor do conjunto de alimentos correspondeu a R$ 266,97, vindo a seguir Florianópolis (R$ 260,99) e Belo Horizonte (R$ 252,20). Aracaju (R$ 182,68), João Pessoa (R$ 195,14) e Fortaleza (R$ 198,68) apresentaram os menores valores.
O salário mínimo ideal estimado pelo Dieese atingiu R$ 2.329,94 ante R$ 2.285,83, calculado em setembro, e corresponde a 4,27 vezes o mínimo em vigor (R$ 545,00). Para consumir a cesta básica, em média, o trabalhador teve de cumprir uma jornada de 94 horas e 4 minutos ante 93 horas e 58 minutos, em setembro. No acumulado do ano até outubro, Porto Alegre é a capital que teve maior aumento, um avanço de 9,9%.
Tag: cesta básica
Porto Alegre tem a cesta básica mais cara entre capitais brasileiras
A cidade de Porto Alegre apresentou em agosto o maior valor total da cesta básica, R$ 271,25.
São Paulo, apesar da elevação de apenas 1,28% com relação ao mês anterior, ficou em segundo lugar, com um custo de R$ 266,75. Em seguida aparecem Florianópolis, com R$ 260, e o Rio de Janeiro, com R$ 253,10.
A cesta mais barata foi encontrada em Aracaju (R$ 187,73).
O valor dos alimentos que compõem a cesta básica subiu em dez das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As maiores altas foram verificadas no Rio de Janeiro (4,82%), em Porto Alegre (4,49%), e em Curitiba (2,19%). Entre as sete capitais que apresentaram retração, as mais significativas foram Fortaleza (-4,13%) e Natal (-1,70%).
No acumulado do ano, de janeiro a agosto de 2011, em cinco capitais pesquisadas, houve redução de preços, sendo as maiores baixas em Goiânia (-3,15%), Manaus (-1,57%) e Natal (-0,13%).
Já os maiores aumentos ocorreram em Florianópolis (9,18%), em Porto Alegre (7,57%) e em Aracaju (6,74%).
Com base nos valores apurados para a cesta, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e Previdência, deveria ser em agosto de R$ 2.278,77.
O que corresponde a 4,18 vezes o valor em vigor, de R$ 545. Atualmente, o conjunto de alimentos básicos compromete de 54,10% a 37,44% do salário mínimo líquido.