Os lojistas estão otimistas em relação às vendas de Natal e esperam comercializar 8,5% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado. A previsão anterior era de que a vendas seriam 6,5% maiores. De acordo com o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, a nova estimativa pode ser considerada favorável em vista do quadro geral da economia, impactado pela crise econômica que atinge, principalmente, a Europa e os Estados Unidos. Em 2010, as vendas foram quase 12% superiores às do Natal de 2009.
Segundo Pellizzaro Junior, o setor de vendas do varejo espera forte impulso dos negócios no primeiro trimestre de 2012, em razão da previsão de aumento de 14% no salário mínimo. Haverá, segundo o presidente da CNDL, uma forte injeção de recursos na economia, que deverá apresentar resultados melhores que o mesmo período de 2011.
A CNDL encaminhou ao Ministério da Fazenda um pedido para redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os móveis, para que o segmento mantenha o ritmo de vendas atual. De acordo com Pellizzaro Junior, se não for concedido o benefício, o setor vai ter queda substancial de vendas neste fim de ano, pois a redução do IPI para os produtos da chamada linha branca faz com que os consumidores migrem suas compras do setor de móveis para o de eletromésticos. Ele acredita que o governo dará uma resposta sobre o assunto em uma semana.
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Nova classe média muda padrão de consumo
O padrão de consumo no Brasil está mudando e continuará sofrendo alterações nos próximos dez anos devido ao aumento da renda média e da escolaridade do brasileiro e envelhecimento da população. A conclusão é do estudo O Novo Cenário Socioeconômico e seu Impacto sobre os Negócios, divulgado hoje pela manhã na Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS).
O estudo apresenta projeções a respeito do consumidor gaúcho do futuro e prováveis transformações nos setores envolvidos. Há uma ascensão crescente dos indivíduos mais pobres e uma distribuição mais equânime da riqueza. A base da pirâmide vem diminuindo e continua nos próximos anos. A classe C é a base da mudança, sendo que até 2020, deverá representar quase 70% do total de habitantes, englobando cerca de 8 milhões de gaúchos. As classes A e B estão crescendo em ritmo menor mas, somadas, serão mais volumosas do que as D e E juntas. Até o final desta década, a camada da população mais pobre deverá concentrar pouco mais de 300 mil pessoas, frente aos quase 3 milhões de componentes atuais.
“Consequentemente, as classes A, B e C irão deter, praticamente, a totalidade do poder de compra das famílias gaúchas em 2020”, diz o estudo, mapeado a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009 e das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNADs), ambas do IBGE.
As mudanças observadas na estrutura etária da população, que passa a contar com uma maior participação de faixas de idade mais avançadas, principalmente de adultos jovens, influenciam diretamente nas projeções de gastos para 2020. “O setor terciário deve estar atento à transição etária, que eleva o número de idosos no Estado e amplia a base de adultos entre 20 e 40 anos, que têm hábitos de consumo peculiares”, alerta o presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac, Zildo De Marchi.
A aquisição de veículos, por exemplo, deve representar 8,9% dos investimentos totais em bens das famílias gaúchas em 2020 (1,7% a mais do que representa hoje). Da mesma forma, deverá aumentar em 4,1% ao ano a despesa com combustíveis para veículos pessoais. Os gastos com serviços de assistência à saúde, por sua vez, devem aumentar 3,6% em função da maior quantidade de idosos na população.
Conforme o economista Marcelo Portugal, em 2020, 30% da população terá entre 20 e 40 anos, a faixa etária que mais produz. “Nós vamos ter uma janela de oportunidade porque essa parcela é a que trabalha mais, então vamos produzir mais”, destaca.
Elevação da renda
A renda familiar per capita no Rio Grande do Sul deve crescer, em média, 3,5% ao ano. Em relação ao PIB estadual, estima-se que chegue a R$ 300 bilhões (a preços de 2010) em 2020. “A elevação da renda e a ascensão da classe média interferem em termos de perfil de consumo. Indivíduos que antes não adquiriam determinados bens e serviços passarão a adquiri-los, e também estarão mais atentos à qualidade daquilo que consomem”, afirma o presidente da Fecomércio-RS.
Os bons presságios também incluem a educação, que deve receber mais investimentos por parte das famílias nos próximos anos e, consequentemente, gerar indivíduos mais qualificados a aumentarem sua renda. Entre os segmentos de serviços, esse é o de maior destaque em termos de elevação nos gastos: previsão de 6,8% de aumento ao ano. Televisão, Telefone e Internet aparecem em seguida, com incremento de 6,38% no período. Com isso, estima-se que indivíduos que hoje pertencem às classes D e E ascendam ao que se pode caracterizar como uma nova classe média, principal motor do consumo recente observado no Brasil.
“Os níveis crescentes de educação e a consequente ampliação da renda elevam a capacidade de consumo das famílias e alteram o perfil desse consumo, tendo em vista a ascensão social de quem tem sua renda ampliada”, afirma a pesquisa, que prevê que o nível de escolaridade da população com idade superior a 25 anos chegará a 8,8 anos de estudo em 2020.
Para De Marchi, o material pode auxiliar as empresas a realizarem seu planejamento. “Qualquer empresário deseja ter a noção de como se comportará o mercado e sua demanda. Com informações desse tipo em mãos, o empreendedor aumenta a probabilidade de acerto de suas decisões de investimento e ampliação de negócios, pois antevê algumas mudanças que estão para ocorrer”, finaliza.
O estudo pode ser acessado através do link: www.fecomercio-rs.org.br/fecomercio/novo_cenario_socioeconomico.pdf
Comerciantes querem freeshops brasileiros
Comerciantes brasileiros participaram de uma audiência pública no final de novembro, promovida pela Comissão do Mercosul e Assuntos Internacionais (CMAI), da Assembleia Legislativa, para debater o comércio entre os países do Mercosul, principalmente a possibilidade de instalação de lojas francas, os freeshops nas cidades de fronteira. A proposta está prevista no projeto de Lei 6316/2009, do deputado federal Marco Maia (PT/RS), em tramitação na Câmara Federal, e no projeto substitutivo do deputado federal Ibsen Pinheiro (PMDB/RS). Também estavam presentes prefeitos, vereadores e parlamentares.
O projeto, que autoriza a instalação de lojas francas nas áreas urbanas dos municípios localizados na linha de fronteira do território nacional com o Uruguai, Paraguai e Argentina, é considerado prioritário para estancar o empobrecimento e êxodo populacional dessas regiões. Nele, são beneficiadas as cidades de Quaraí, Santana do Livramento, Aceguá, Jaguarão, Chuí (fronteira com Uruguai), Uruguaiana (fronteira com Argentina) e Foz do Iguaçu (no Paraná, fronteira com Paraguai).
A CMAI irá encaminhar uma carta de apoio à aprovação urgente do substitutivo aos deputados federais gaúchos e às comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e Constituição e Justiça, da Câmara Federal. O objetivo é garantir que o projeto possa ser aprovado em todas as instâncias sem necessidade de passar pelo Plenário.
O projeto e o substitutivo permitem que estabelecimentos brasileiros credenciados recebam o mesmo tratamento tributário que recebem os instalados nos países vizinhos. “Estas áreas podem ser caracterizadas como economias regionais atualmente isoladas dos centros dinâmicos e de decisão nacionais e com potencial de desenvolvimento reprimido por esta situação”, justifica o texto. O comércio tipo freeshop é responsável pelo extraordinário desenvolvimento urbano das cidades uruguaias, paraguaias e argentinas de fronteira em função da geração de novos empregos que promoveu ao longo do tempo.
Por outro lado, as chamadas cidades gêmeas do lado brasileiro, empobreceram e continuam perdendo habitantes. Segundo dados da Receita Federal, os brasileiros gastaram nos freeshop’ das cidades vizinhas, em 2009, cerca de R$ 1 bilhão. Na justificativa do projeto, o parlamentar proponente cita o exemplo de Santana do Livramento que, nos últimos 15 anos, perdeu cerca de 400 empresas de médio e grande porte, provocando desemprego para cerca de 10 mil pessoas. (Com Assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa)
Gigantes da indústria assinam "pacto pela sustentabilidade"
Não tem precedente no Brasil o “Pacto pela Sustentabilidade” que o Wal Mart firmou esta semana com 18 dos seus maiores fornecedores – gigantes como a Ambev, Unilever, Golgate/Palmolive, Coca-Cola, Nestlé – que no conjunto representam quase 15% do PIB brasileiro.
Pela primeira vez no país, os maiores grupos industriais, sob a liderança de uma cadeia de varejo, uma das três maiores, se comprometem com metas de longo prazo para redução dos impactos ambientais ao longo da cadeia de seus produtos.
O compromisso implica também não adquirir produtos de áreas de desmatamento ilegal ou que envolvam trabalho escravo.
“Isso é o que todas as empresas deviam fazer”, disse o ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, no evento que lançou o pacto, terça, 23, em São Paulo.
O diretor-geral do Greenpeace no Brasil, Marcelo Furtado, lembrou a atitude das três maiores redes do varejo – Wal Mart, Pão de Açúcar e Carrefour – que suspenderam as compras de carne de fazendas em áreas de desmatamento ilegal, medidas também sem precedentes. “Estamos diante de uma mudança de padrão”, disse.
Era a primeira vez também que um representante do Greenpeace falava numa reunião de grandes empresários.
Hector Nunez, presidente do Walt Mart Brasil, disse que “estamos diante de uma nova economia, precisamos reinventar a maneira de fazer negócios. Os impactos ambientais não podem mais ser ignorados”.
“Onda Verde para veio ficar”
Andrew Winston, professor de Yale e consultor de empresas, é co-autor de “Green to Gold”, traduzido no Brasil por “O Verde que Vale Ouro”, livro que anuncia uma “nova era” na maneira como as grandes empresas estão encarando as questões ambientais.
Junto com Daniel Esty, também de Yale, Winston pesquisou e entrevistou centenas de grandes executivos e diz ter percebido uma “onda verde” se expandindo no ambiente das grandes corporações.
A Walt Mart é uma das primeiras e está na vanguarda, segundo Winston. Mas não está sozinha. “Incorporar a sustentabilidade é estratégia dos negócios e é uma necessidade que todos estão percebendo”, diz ele.
A ideia convencional de que preservação significa custo, segundo Winston, foi superada pela emergência dos desafios ambientais.
Um marco nesse processo foi o furacão Katrina que arrasou arrasou New Orleans, em 2004. Naquele momento se aguçou a percepçao sobre as mudancas climáticas e as consequências da devastação ambiental.
Confrontadas com a gravidade da situação, as empresas estão agindo e descobrindo que “o verde não é incompatível com o lucro”.
Ao contrário, a busca da sustentabilidade, via inovação e criatividade, pode representar uma “ecovantagem” para as empresas que saírem na frente.
A Wal Mart foi uma das primeiras. Desde 2005 passou a incluir a sustentabilidade na sua estratégia de negócios nos Estados Unidos.
Agora está expandindo essas práticas para os outros países onde atua. Na China, já reuniu mil fornecedores em outubro do ano passado, em Beijin, para dar inicio a um programa de sustentabilidade. No Brasil, construiu em outubro também o seu primeiro supermercado ecoeficiente, no Rio De Janeiro.
A possibilidade de que a adesão ao verde seja apenas uma fachada, um lance de marketing, esbarra, segundo Winston, no comportamento dos consumidores que estão cada vez mais conscientes e mais atentos.
Fazer um discurso verde e continuar com as práticas antigas seria um risco muito grande para uma empresa e Winston cita, em seu livro, vários casos de grandes prejuízos sofridos por companhias que descuidaram das boas práticas ambientais e sociais.
Não só os consumidores, os próprios funcionários das empresas estão a exigir e fiscalizar, mas também os acionistas, as ongs e as organizações comunitárias. “Isso é o que está mudando as empresas.”
O livro foi lançado em 2006 nos Estados Unidos e chegou ao Brasil no ano passado.
Principais metas definidas no pacto
Os signatários do Pacto pela Sustentabilidade se comprometem em reduzir os impactos em todas as etapas da produção – fontes de matéria-prima, embalagens, emissões de gases no transporte – para formar uma cadeia de suprimentos sustentável.
O compromisso inclui também não comprar produtos com vícios de origem, vindos de áreas de desmatamento, envolvendo trabalho escravo, ou empresas irregulares.
Metas definidas:
– Reduzir em 70% o fosfato nos detergentes para lavanderia e cozinha até 2013;
– Oferecer produtos de lavanderia no mínimo duas vezes mais concentrados até 2012;
– Oferecer pelo menos um produto orgânico por categoria de alimentos ate 2012;
– Estimular as vendas de produtos com diferencial em sustentabilidade;
– Apoiar e estimular o desenvolvimento de produtos de ciclo fechado.
Redução de Resíduos (lixo zero)
– Reduzir embalagens em ate 5% ate 2013;
– Implantar o Packaging Scorecard ate 2009;
– Reduzir o consumo de sacolas plásticas em 50% ate 2013.
Campanha para reduzir sacolas plásticas
No final do ano passado, o Wal Mart lancou um programa inédito no varejo brasileiro, dando ao cliente o credito de R$ 0,03 por sacola plástica não utilizada.
A meta da companhia é reduzir em 50% o uso de sacolas plásticas até 2013.
Em vigor em todas as lojas do Nordeste e do Sul (mais de 260 unidades), o programa já recolheu mais de 3 milhões de sacolas e concedeu mais de R$ 100 mil em descontos para os clientes.
Por outro lado, a rede estimula o uso de sacola retornável, oferecendo um modelo a R$ 2,50, feita em algodão cru com capacidade para até 35 quilos. Desde o lançamento, hÁ um ano, já foram vendidas mais de 2 milhões de sacolas.
* * *
A WM está há 14 anos no Brasil. Tem 348 unidades em 18 Estados, sendo 95 no Rio Grande do Sul, o que tem maior número de lojas. No ano passado faturou R$ 17 bilhões, crescendo 13% em relação ao ano anterior. Investiu R$ 1,2 bilhão, quantia que este ano vai se elevar para 1,6 bilhão, o maior investimento da empresa desde que chegou ao país, que vai resultar em dez mil novos empregos.
No mundo, a rede tem 7.900 unidades, sendo 4.258 nos Estados Unidos, 1.197 no México e 243 na China. Está em 15 países.
Tem 2 milhões de funcionários, 100 mil fornecedores e 200 milhões de clientes.
Comerciantes se unem para atrair clientes
Por Pedro Lauxen
Nove comerciantes com lojas num prédio antigo da Venâncio Aires com Vieira de Castro se uniram para atrair os clientes com promoções e ofertas conjuntas. A associação informal começou em dezembro e está dando certo.
O conjunto de lojas localizado na esquina da Venâncio Aires com Vieira de Castro, no bairro Santana, adotou o nome “Passeio Venâncio”, em dezembro. A iniciativa, que partiu de uma das comerciantes da rua, tem o objetivo de atrair mais clientes para as nove lojas que integram o grupo, o que está dando certo.
O Passeio oferece descontos e promoções em conjunto. Assim, os estabelecimentos pretendem formar um público fiel e, de quebra, embelezar a calçada e o prédio que abriga os comércios.
Nascida em Santiago, no Chile, Gabriela Martinez, 37 anos, foi quem teve a idéia de reunir o pessoal às vésperas do natal. Proprietária da Antares, onde oferece vinhos importados e outras iguarias, ela está no bairro há oito anos e achou que era o momento de propor aos seus vizinhos que se juntassem para promover melhorias aos consumidores e ao próprio negócio. “A idéia é oferecer melhor atendimento, promoções e se reunir para conservar e embelezar o prédio”, disse.
Com um mês e meio de atividades, o Passeio Venâncio já realizou uma promoção de natal, com direito a decoração na calçada, descontos e prêmios. Quem comprasse R$ 30 em produtos ganhava um cupom para concorrer a um MP3 player, uma cesta com artigos de todas as lojas, ou um jantar no Bar do Beto, entusiasta do projeto. “A resposta do público foi muito boa, todos gostaram, Inclusive a Hering aderiu ao grupo nessa época. A maioria preferia a cesta aos outros prêmios”, lembrou.
Além da Antares, o Passeio reúne dois salões de Beleza, L’Equipe e Tonsor, a pastelaria Estação, o Mercado do Nino, o Café Negro Bianco, a Farmácia Vida, a Leyupe moda infantil e a Hering.
Com exceção da Hering, que fica do outro lado da Vieira de Castro, todas as lojas estão localizadas na parte térrea de um prédio de 1953, que figura na lista dos possíveis tombamentos do Patrimônio Histórico.
Por isso, os proprietários se organizam para solicitar à prefeitura autorização para renovar o visual do edifício. Eles querem trabalham para melhorar a iluminação e pintar o local, mas dependem de autorização da EPAC – Equipe de Patrimônio Ambiental e Cultural.
Estabelecer o contato com a prefeitura é tarefa do cabeleireiro André Villanova, 39 anos, seis deles cortando o cabelo dos moradores do Bom Fim. “Neste mês vou à prefeitura conversar com esse pessoal do Epac para ver o que pode ser feito.
O prédio está ficando velho e não podemos ficar presos na burocracia”, reclamou. No mesmo tom, Gabriela justifica a união do grupo, que se reúne semanalmente e no futuro pretende formalizar uma associação. “Se ficarmos esperando de braços cruzados o poder público não faz nada”, afirmou.
Neste momento, os comerciantes já projetam duas fortes ações para fevereiro: o “Liquida Passeio Venâncio” e uma campanha de conscientização sobre o lixo.
Brasil produziu 351 milhões de livros em 2007
O mercado editorial brasileiro cresceu 6,4% em 2007 e seu faturamento anual foi de R$ 2,28 bilhões, ante R$ 2,14 bilhões no ano anterior. As editoras venderam no período um total de 200.257.845 exemplares, 8,2% a mais que em 2006, quando foram comercializados 185.061.646 exemplares. O número de livros produzidos no País, um dos oito maiores produtores de livros no mundo, cresceu ainda mais: 9,5% (351.396.288 exemplares, ante os 320.636.824 de um ano antes). Os dados foram anunciados hoje (1/10), em São Paulo, pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel) e fazem parte da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro 2007, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Já a quantidade de novos títulos editados no País caiu: foram lançados 18.356 obras, enquanto que no ano anterior esse número chegou a 20.177. A quantidade de livros impressos em 1ª edição supera, no entanto, em 37,9% a de 2006: foram produzidos 112.248.282, ante 81.374.917. O total de títulos editados no ano, o que inclui as reedições, também foi menor. De acordo com o levantamento, 45.092 títulos foram editados em 2007 (26.736 eram reedições), contra 46.025 (25.848 reeditados) de 2006.
Religiosos e infantis – O maior aumento foi registrado na categoria de religiosos. Em 2007, foram editados 5.570 títulos desse gênero no País, 27% mais que em 2006, quando foram editados 4.383 títulos. Na outra ponta, a maior queda se deu no setor de Científicos, Técnicos e Profissionais. Em 2007, foram editados 9.780 títulos desse gênero no País, 19% menos que os 12.081 de 2006. Os religiosos também foram responsáveis pelo maior aumento percentual no faturamento das editoras. Em 2007, a venda desses livros pelas editoras foi de R$ 273,1 milhões, 12,8% maior que os R$ 242,1 milhões de 2006.
O levantamento também mostrou que o maior aumento na produção de livros se deu na literatura infantil. Em 2007, foram produzidos 14.753.213 de exemplares em 3.491 títulos, contra 12.808.625 e 3.031, respectivamente, um ano antes, o que significa um aumento de 15,1%.
Livrarias – As livrarias continuam sendo o canal mais importante para o escoamento da produção, com quase metade dos negócios, mas houve um pequeno recuo na sua participação: 49,1% para 47,6%. O maior aumento se deu nas vendas para a internet, que saltaram de 0,4% para 1,7%. Embora pequeno em números absolutos, o crescimento na participação foi de 285%. Outro aumento significativo se deu nos segmento de venda de livros porta a porta. Em 2007, a participação do setor foi de 9,6% no total de livros vendidos pelas editoras, o que representa uma evolução de 91,3%. Em tempos de internet, quase 20 milhões de exemplares foram vendidos pelas editoras a vendedores porta a porta, o que faz dele o terceiro canal de vendas mais importante para as editoras, ficando atrás apenas das livrarias e dos próprios distribuidores (21,5% de participação).
Participação – A pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro 2007 consultou 545 editoras, mas apenas 59 delas responderam. Uma das razões apontadas pelos realizadores da pesquisa para a pouca disposição das empresas está no temor com relação à divulgação de dados. Entretanto, segundo os coordenadores do estudo, o baixo número de respondentes não comprometeu a representatividade da amostra se levado em conta o faturamento. Isso porque a tabulação dos dados dos questionários foi feita a partir de uma classificação das empresas de acordo com intervalos de faturamento. Para se ter uma idéia, no grupo A, onde foram classificadas 417 editoras com faturamento de até R$ 1 milhão por ano, apenas 11 empresas responderam. Por sua vez, no grupo D, onde foram enquadradas 13 editoras com faturamento superior a R$ 50 milhões anuais, 10 enviaram suas respostas.
Por Alexandre Malvestio, da agência Brasil Que Lê
Líderes empresariais propõem mudanças no Sistema Judicário Brasileiro
O presidente da BRUKCHAM – Câmara de Comércio, Indústria e Serviços Brasil Reino Unido, Alexandre Lucena, apresenta propostas para melhoria e evolução da Justiça no Brasil, desenvolvidas em parceria com o Instituto Nacional da Qualidade Judiciária (INQJ) e a BRUKCHAM.Sob a coordenação do INQJ a proposta prevê três projetos específicos: Projeto Legística, Projeto Celeridade Judiciária e Índice de Impacto Econômico da Justiça.
O material foi tema de encontro do executivos e de Garibaldi Alves, presidente do Senado, e contou também com a presença de empresários do País.
Projeto Legística – O objetivo do projeto é implantar no Brasil um modelo formal de análise de impacto de novas leis e melhoria da qualidade legislativa. De acordo com o INQJ, uma legislação produzida sem planejamento e de forma pouco criteriosa, com excessiva quantidade de normas, não tem boa qualidade. Além disso, a regulação de algumas situações realizadas, às vezes, por mais de uma lei, a ineficiência causada pela vigência de princípios que já não atendem mais aos objetivos visados pelo legislador e a incerteza na aplicação do Direito são outros fatores que contribuem para comprometer a qualidade legislativa.
Segundo o INQJ, para assegurar a qualidade técnica e legal das normas devem ser adotadas as seguintes estratégias: esclarecimento quanto à iniciativa legislativa, estabelecimento de padrões de legalidade, estabelecimento de padrões de qualidade para redação, avaliação do conteúdo das regras, estudos de viabilidade de implementação, estabelecimento de uma unidade responsável pela redação e revisão das leis.
Índice de impacto econômico da Justiça – O objetivo da proposta é criar um indicador para avaliar de que forma o Sistema Judiciário auxilia ou prejudica o desenvolvimento do País. Sem intenção de criticar os juízes, uma das idéias do projeto é publicar periodicamente um índice que será construído a partir de amostras estatísticas, capturadas de bases existentes dentro dos Tribunais e de vários setores da sociedade e economia. A partir dessa metodologia será possível isolar e quantificar o grau da influência do fraco desempenho do sistema judicial, que, de acordo com o BNDES, compromete o crescimento da economia brasileira em 20% ao ano.
Celeridade Judiciária – Reduzir em até 70% o tempo total de andamento dos processos judiciais no País, essa é a meta do projeto. Para alcançá-la, o INQJ pretende incorporar ao sistema judiciário brasileiro técnicas de Gestão da Qualidade, proporcionando aos órgãos de justiça uma atuação mais eficiente e eficaz, com redução do tempo de tramitação processual, comprometida com resultados e capaz de satisfazer as necessidades da sociedade. Ao final, será apresentado um projeto de lei, para disciplinar e padronizar as tramitações dos processos no País.
Reforma política e tributária
Ainda no encontro realizado com o Senador Garibaldi Alves, José Henrique Nunes Barreto retomou as discussões sobre a reforma política e tributária brasileira e os interesses do setor produtivo brasileiro. O grupo manifestou seu ponto de vista sobre a proposta governista, que, segundo o Comitê, prejudicará o setor produtivo brasileiro, pois foca a tributação na base indireta de cobrança de impostos sobre a produção e comércio de bens e serviços.
Em março de 2008, em um evento realizado em São Paulo pelo Comitê de Assuntos Políticos e Institucionais da Brukcham, intitulado Conjuntura Política e Reformas, que contou com a palestra do presidente da Câmara dos Deputados – DF, Deputado Arlindo Chinaglia, , empresários de diversos setores, representantes de classe e autoridades discutiram o tema. Durante o encontro, foi apresentado aos participantes e entregue ao Deputado, um estudo desenvolvido pela FIPECAFI a pedido do Comitê, que afirma que o País precisa de uma reforma tributária que eleve a progressividade de acordo com a capacidade contributiva. Dessa forma, é possível reduzir a incidência sobre a produção e o consumo e transferir a tributação sobre a renda e o patrimônio, sem perder a arrecadação. Esse modelo de tributação é considerado a maneira mais equilibrada e justa para a cobrança dos impostos e foi definida pela OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Sobre o Sindifumo SP
O Sindifumo SP – Sindicato da Indústria do Fumo do Estado de São Paulo é um dos principais órgãos de representatividade do setor tabagista no País. A atividade do Sindifumo SP foi iniciada na década de 50 e conta com a participação de diversas empresas do setor. O sindicato é presidido por José Henrique Nunes Barreto, executivo que comanda a Cibahia Tabacos Especiais, indústria de cigarros, e é sócio da Menendez Amerino, fábrica baiana de charutos.
Assessoria de Imprensa: PLANIN Worldcom
Primeiros comerciantes acertam locações do Camelódromo
Os primeiros 15 ambulantes, de um total de 60 camelôs deficientes visuais, assinaram hoje, 16, os contratos de locação dos boxes do Camelódromo, no térreo do Centro Popular de Compras (CPC) da Praça Rui Barbosa.
O ato foi acompanhado pelo secretário municipal da Produção, Indústria e Comércio, Léo Antônio Bulling, representantes da Construtora da obra, da assessoria jurídica da Smic e dos comerciantes populares.”Agora, estamos encaminhando os contratos, logo estaremos com nossos alvarás na mão e prontos para trabalhar no Camelódromo”, disse o presidente da Associação dos Cegos do Rio Grande do Sul, Alcides Padilha.
Após a assinatura do contrato e a entrega da documentação à Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (Smic), os ambulantes poderão tomar posse dos seus respectivos boxes e receberão o alvará de funcionamento e licenciamento da atividade comercial no CPC. O aluguel do metro quadrado no Camelódromo custará R$ 24,85 semanais. “Hoje priorizamos os portadores de deficiência visual”, declarou o secretário da Smic, Léo Antônio Bulling. Amanhã, 17, serão 150 camelôs da Praça XV que estararão assinandos os contratos.
Do site da Smic
Obras do Camelódromo entram na fase final
Após visitar nesta manhã, 3, o Centro Popular de Compras (CPC) da Praça Rui Barbosa, o secretário municipal da Produção, Indústria e Comércio, Léo Antônio Bulling, prevê a conclusão do primeiro camelódromo de Porto Alegre em 25 dias.
A vistoria à obra foi realizada com as presenças do arquiteto Diogo Schiafino, do gerente do Programa Cresce Porto Alegre, arquiteto Adel Dionisio Goldani, e do engenheiro responsável pelo gerenciamento da obra, da construtora Verdicon, Roberto Moura. No segundo piso do CPC, podem ser visualizados os módulos das bancas metálicas dos futuros comerciantes populares. As bancas terão chaves independentes e medem, em média, dois por dois metros.
Estacionamento
Durante a visita, Bulling anunciou que está sendo encaminhado o processo legal de aditamento da construção do estacionamento do CPC para ser realizada uma licitação pública para exploração comercial das 216 vagas do espaço de oito mil metros quadrados. “Durante o processo de licitação, a Empresa Pública de Transporte e Circulação administrará o estacionamento de forma transitória”, afirmou o assessor de projetos especiais da Smic, Adel Goldani.
O espaço dos futuros comerciantes populares será de 8,2 mil metros quadrados e mais 2 mil metros quadrados de uso dos banheiros e lojas âncoras, como farmácia, restaurante e banco, que estarão localizados no Terminal Tamandaré. Os visitantes do CPC poderão visualizar o Lago Guaíba de uma escada que dará acesso ao terceiro andar do módulo do Terminal Tamandaré, que ficou com quatro metros quadrados a mais que o Terminal Rui Barbosa.
Terminais
O novo terminal de ônibus da Praça Rui Barbosa, totalmente reformado pela construtora Verdicon, com a supervisão da Metroplan, EPTC e Smic, contará com uma área de 8,2 mil metros quadrados. O total de área construída do CPC será de mais de 18,5 mil metros quadrados, somado ao terminal de ônibus que voltou a funcionar parcialmente no térreo do empreendimento.
No local, trabalham 150 operários da construtora. Hoje pela manhã, foram colocadas as coberturas do módulo do camelódromo do Terminal Tamandaré, entre as avenidas Júlio de Castilhos e Mauá. As duas passarelas que dão acesso aos dois terminais por cima da Avenida Júlio de Castilhos estão totalmente montadas e na fase de acabamento. Os elevadores e escadas rolantes estão em fase As escadas e rampas de acesso também estão na fase final de montagem e acabamento. Na Avenida Voluntários da Pátria, o Portal do CPC está quase terminado.
Do site da Prefeitura de Porto Alegre
Lojistas denunciam concorrência desleal no Detran da Zona Norte
Por Carlos Matsubara
Um Centro de Registro de Veículos Automotores (CRVA) na rua Dona Alzira, nº 185, bairro Sarandi, zona Norte de Porto Alegre, alugou uma sala para um comércio irregular de placas e tarjas de veículos. A denúncia é de comerciantes das proximidades.
A prática, dizem eles, é ilegal porque o centro é vinculado ao Departamento de Trânsito (Detran), que proibiu através de portaria emitida em novembro do ano passado o funcionamento das duas atividades no mesmo local. “O número do prédio, a entrada principal e o estacionamento são os mesmos para ambos”, diz um dos comerciantes, que pediu para não ser identificado.
Outro comerciante reclama que já denunciou a ilegalidade várias vezes ao Detran, sem obter qualquer retorno. “O órgão que detém o poder de avaliar e condenar as placas dos veículos vistoriados não poderia também fornecer o mesmo produto”, afirma.
Os fabricantes de placas da Dona Alzira alegam concorrência desleal. “Além de tudo é antiético”, ressaltam.
O titular do cartório do Detran da Zona Norte, Fernando (só foi informado o primeiro nome ) não quis atender a reportagem. A assessoria de imprensa do Detran alega que o local foi vistoriado por um engenheiro do departamento recentemente e não houve constatação de irregularidades.
Denúncias são infundadas, afirma proprietário
O proprietário da loja, Alexandre Dorneles, defende que a regulamentação do Detran proíbe que o estabelecimento funcione dentro do Detran. Não diz nada a respeito de estar localizada no mesmo prédio. “São entradas distintas com completa autonomia”, afirma.
Dorneles, que também preside a Associação de Fabricantes de Placas, ressalta que no mesmo prédio ainda funcionam outros estabelecimentos, entre eles um restaurante. “Todos com entradas independentes”.
Dorneles acredita que as denúncias são um fato isolado por causa da forte concorrência que existe na proximidade. Ele garante que o assunto nunca foi discutido nas reuniões da Associação, por exemplo. “Inclusive existe um fabricante bem na frente do prédio, que se duvidar, está mais perto do que eu”, alega
O Promotor de Justiça Alcindo Bastos Filho diz que a denúncia dos comerciantes foi encaminhada para a Promotoria de Justiça de Patrimônio Público, para conhecimento e providências que forem julgadas necessárias.