Por Shana Torres
Grito Rock é um festival de bandas independentes agitado em 45 cidades do Brasil que, no dia 27 de fevereiro, aconteceu na praia de Imbé, no litoral dos pampas. Lá, dez bandas pré-selecionadas tiveram a oportunidade de mostrar seu trabalho e vivenciar o espírito roqueiro do dono do Pub Joe’s Rock: Jorge Luis Zinner, mais conhecido como Joe.
Desde que nasceu Joe era um adepto do Rock N’Roll e tinha o sonho de criar uma casa noturna voltada a esse estilo musical. Há cinco anos, surgiu a idéia de abrir um bar no litoral que tivesse espaço para bandas se apresentarem. Inicialmente, foi construído um espaço pequeno que, naquela época, não era muito maior que o atual palco da casa. Passada meia década, o pub passou a ter estrutura para abrigar mais de duas mil pessoas.
O dono da casa disse que procura conhecer o som das bandas, para selecionar quais têm condições de tocar lá. O critério principal para Joe é que a banda tenha “a alma rock”. O empresário defende que o espírito de um roqueiro vai além da dispensa do tratamento de celebridade que é exigido por algumas bandas com nome na praça.
“Ninguém aqui é melhor do que o outro ou tem tratamento privilegiado. Tem que ser humilde, simples, falar com o pessoal, dar autógrafos, essas coisas. Já chegaram aqui me pedindo toalhas brancas dobradas pro lado direito e eu disse: “Pô cara, tu esqueceu que eu te via bêbado pela noite? E agora tu vens me pedir isso?”, conta Joe.
Situações como esta poderiam ocorrer com grandes bandas de circuito nacional, mas com os nove grupos independentes que tocaram no festival a falta de humildade e o estrelismo não estiveram presentes. Para Marcelo Fruet, produtor musical e vocalista da banda Fruet & os Cozinheiros, o mainstream ainda está muito atrelado a cena musical, e este é justamente o diferencial do Grito Rock: “O Grito é pra ser mais independente, não o que está no mainstream. Eu sou a favor da popularização, mas ela não deve ser a primeira intenção de uma banda”.
O mainstream de que Fruet fala é sobre necessidade que muitas bandas do cenário pop têm de fazer música vendável. Como ele mesmo destaca, existe uma ambigüidade na propagação de bandas que não contam com um selo ou produtora na gravação de discos: “Na verdade, de independente elas não têm nada. Elas dependem de todo mundo, da divulgação, de quererem contratar shows, de leis de incentivo e etc.”, afirma Marcelo Fruet.
Todas as bandas que participaram do Grito Rock se auto-divulgam e algumas até fazem a gravação de seus álbuns em casa, como a banda Fapo e Humanóides, cujo CD foi gravado ao vivo, em um estúdio caseiro “de forma romântica”, como define Fapo, o vocalista.
Berrando em alto e bom som
O grito inicial foi dado por volta da meia noite com a banda The Transmission, com influências do The Cure e Sonic Youth. Foi formada em 2003, por Giana Cognato (guitarra e vocais), Steffano Fell (guitarra e vocais), Carol Pinedo (contrabaixo elétrico) e Leticia Rodrigues (bateria). A banda alterna vocais masculinos e femininos, tem guitarras com frases bem trabalhadas e uma abordagem instrumental interessante. Em 2005, The Transmission lançou seu primeiro EP – CD que levava o nome da banda e contava com as melancólicas “Sometimes” e “Take off”. No momento, a banda se concentra na mixagem de seu próximo trabalho, com nome provisório de “Transmission 2”. Seu lançamento é estimado para fevereiro de 2009.
Na seqüência, a banda de New Metal Audioterapia, formada por Rodrigo Borba (vocais), Henrique Armiche (guitarras), Tiago Pazzin (contrabaixo elétrico) e Ody (bateria), apresentou canções de apelo político e social. O vocalista Rodrigo Borba, com postura semelhante ao Falcão, do grupo O Rappa, e com um perfil musical influenciado pela banda Sepultura, conta, rindo, que já foram chamados de psicopatas por um telespectador de um programa de TV. No entanto, ele não considera o sentido negativo da expressão e diz que queriam mesmo que o público reconhecesse sua “atitude epilética”.
Na continuação, o grupo Laranja Freak veio com seu toque cítrico. Bem-humorado e sem muita frescura, o vocalista Ricardo Farfisa sincronizou o vocal e a harmonia de um órgão elétrico em canções com fortes influências da cena roqueira da década de 60, como Beatles e Jovem Guarda, hardrock e elementos da psicodelia. A banda produz letras inteligentes e mostram-se perspicazes em seus arranjos.
Composta por Ricardo Farfisa (vocais, teclados e violões), Evandro Martins (contrabaixo elétrico), Miro Rasolini (bateria), Grazi Rodrigues (vocais) e Alexandre Abreu (guitarras) a Laranja Freak existe desde 1997. Já tocou em diversos estados, gravou dois EP’s, um CD e participou de quatro coletâneas. A banda prepara-se para o lançamento de seu novo álbum, pelo selo Baratos Afins, que trabalha com nomes de peso como Rita Lee, Ratos de Porão, Mutantes, Jorge Maultner, Lanny Gordin e Tom Zé.
O rock da década de 70 esteve bem representado com Fapo e Os Humanóides que exploraram cada particularidade do Indie Rock com forte pegada de Blues e sonoridade própria, oriunda de instrumentos exóticos. A banda formada por Fapo (vocais, violões, guitarras, weissenborn, ukelele, harmônica e bandolim), um recifense que mora há seis anos na capital gaúcha, Ricardo Ourique (contrabaixo elétrico), Adriano Rocha (bateria) e Fernando Degar (guitarras) recebe influências desde Neil Young até Alceu Valença. A banda tem cinco anos de estrada e gravou um CD com a participação de Marcelo Gross da Cachorro Grande.
“Misture todos os ingredientes da cozinha” deve ser a ordem principal no entendimento da saborosa refeição que Fruet e os Cozinheiros apresentaram ao público na noite de sexta. Eles são influenciados por diferentes estilos como Jazz, Rock e MPB. As canções criam um clima intimista, com letras que falam de filosofia e amor. A banda já foi comparada a George Benson, ícone do jazz, em Los Angeles, onde tocaram em 2008. O currículo de Fruet inclui trilhas sonoras para cinema e programas de televisão, além da participação com os Cozinheiros no festival SXSW 2008 (South by South West), um dos mais aclamados pela mídia, que ocorre em Austin, no Texas.
A próxima banda desviou do tom. A Draco utilizou-se de uma esfera agressiva, imitando o rock pesado de Black Sabatah e Metallica e utilizando um visual Kiss style. A banda é composta por Leo James (vocalista e guitarrista), Dani Wilk (guitarras e vocais), Beto Pompeo (contrabaixo elétrico) e Vinicius Rym (bateria).
Alcaphones, a banda que veio a seguir, tem ótimas letras, presença de palco, hits, interação com o público e um visual marcante. O contrabaixista Júlio “Caldo Velho” sintetiza: “Trouxemos um som dos anos 60 com uma roupagem de 2000!”. Em letras como “Por querer amar demais” fica evidente o toque dançante de Elvis Presley, que com certeza não é de deixar ninguém sentado.
O rock eletrizante dos anos 90 também se faz presente, como em “Certo ou Errado” e “Lady Rosa”. Com Knak liderando as guitarras, Júlio no contrabaixo elétrico, Carlo na bateria e os vocais de Tiago “Caleb” a banda que já tem três anos de estrada esbanja atitude e energia.
Contrastando com a banda anterior, a Clan McCloud, com cinco anos de carreira, tem um perfil mais próximo da Legião Urbana, inclusive pelo timbre de voz de Alessandro Torres. As músicas da banda têm um fundo social e influencias das mais diversas. Como afirma o vocalista: “A gente coloca tudo no liquidificador e mistura”. O contraste da tranqüilidade da voz de Alessandro com a virtuosidade do baixista é nítido na formação da banda.
A banda que fechou o Grito Rock não tinha nada de underground. O grupo Redoma chega a convencer com boas letras, guitarras bem inseridas, linhas de baixo melódicas e voz suave e bem afinada da vocalista, Cassia Segal, que lembra a cantora Pitty. Porém, a banda peca em sua performance caoticamente frenética no palco. Pulos e rebolados desnecessários não casaram a bela voz que acompanhava as canções. O contrabaixista forçou a barra sustentando uma postura de pop star. Redoma tocou no aniversário da rádio Pop Rock, amplamente voltada à transmissão de bandas comerciais. Não fosse por essa última banda, o festival teria acudido o grito desesperado das bandas independentes que buscam seu lugar ao sol.
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7ª bienal do Mercosul quebra o paradigma de unidade temática
Por Shana Torres
A bienal do Mercosul, que acontecerá de 26 de setembro a 22 de novembro, propõe inovação em sua sétima edição. Com o conceito “Grito e Escuta-ação e reflexão” a exposição pretende incitar o visitante à critica não só no campo artístico, como social, questionando o papel do artista contemporâneo e propondo uma reflexão sobre a crise mundial.
Grito e Ação são dois elementos nos extremos de uma ligação comunicacional: o grito do artista, que quer causar impacto e reflexão no visitante através do resgate do diálogo como modelo de construção, da ação social no simples ato de ouvir e enxergar a proposta desmistificadora apresentada pela Bienal. Para tanto, acredita-se na multiplicidade de vozes e na arte dirigida a diferentes públicos.
Serão sete exposições divididas em diversas vertentes, apresentadas em espaços do Armazém do Cais do Porto, da Fundação Iberê Camargo, do Santander Cultural e do Margs:
1) O desenho como primeiro espaço de tradução do pensamento do artista. Esta mostra vai explorar o desenho estabelecendo afinidades inesperadas como, por exemplo, a exibição de obras de grandes mestres ou de artistas solidamente históricos que colocam em destaque a densidade dos processos contemporâneos.
2) Os processos de criação que interpelam as condições culturais e políticas de contextos específicos. Nesta mostra estarão projetos de artistas que usam a imagem como ferramenta questionadora do nosso contexto social e que focam seu trabalho na ação, no fazer e no pensar como sistema dinâmico e mutável na construção da obra.
3) O artista que retira os elementos de linguagem da arte e expõe suas condições de produção. Obras que se questionam sobre os processos de surgimento das próprias obras e que expandem a noção de invenção. Os artistas desta mostra vão articular narrativas pessoais cheias de ironia que questionam premissas básicas do sistema da arte – a obra como objeto visível, a obra como mercadoria. Exploram lógicas alternativas – a invisibilidade, a cotidianidade – para questionar o limite da obra de arte na atualidade.
4) O humor e o absurdo como instrumentos de resistência e liberdade. Nesta mostra pretende-se expor uma estratégia para o comentário e a crítica social sobre a vida contemporânea.
5) A transformação como ferramenta capaz de deslocar a percepção da obra e sugerir uma suspensão do tempo. Artistas serão convidados a realizar projetos que, durante o tempo de exibição da 7ª Bienal, apresentarão um ritmo de transformações constantes.
6) O diálogo com a cidade, cuja trama os artistas modificam e resignificam. Analisando as diversas manifestações artísticas e culturais próprias do ambiente urbano, pretende-se extrair os pontos fundamentais responsáveis por gerar e alimentar essas manifestações, assim como criar estruturas que as recebam e potencializem.
7) A arte como espaço de projeção de ideias, de comunicação, da imaginação. Este é um projeto vinculado aos processos visuais e comunicativos atuais. Há uma convocatória aberta a artistas de todo o mundo para apresentarem projetos “projetáveis” em seus vários sentidos: o projetável como o imaginado, aquilo que cria novos públicos ou aquilo que representa um território, como na cartografia. As inscrições estarão abertas no final de fevereiro, através do site da Bienal.
Além disso, será criado o projeto Rádio Visual, que funcionará como o centro de veiculação dos seminários e debates que ocorrerão durante o período da exposição. Com uma programação a ser produzida por artistas curadores, críticos, público escolar e geral de Porto Alegre, desde os meses que antecedem as exposições, a rádio vai transmitir obras de arte sonoras, entrevistas, e informações sobre a construção da 7ª Bienal e sobre o andamento das ações do projeto pedagógico.
O projeto pedagógico é outra inovação oferecida pela Bienal. Ele funcionará com a colaboração de doze artistas que realizarão projetos de residência em comunidades de diferentes regiões do estado, em um período anterior ao das exposições. Esse trabalho levará a confecção de um material pedagógico que será distribuído nas escolas da rede pública do estado e de outras regiões do Brasil.
A 7ª Bienal do Mercosul contará com uma equipe curatorial de artistas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México. Segundo os curadores-gerais, Victoria Noorthoorn e Camilo Yáñez, o projeto pretende “explorar a riqueza e a complexidade do olhar artístico e criar elos de ligação para um diálogo crítico dentro e fora dos espaços expositivos”. A intenção é quebrar o paradigma do espaço-tempo inerente às exposições e transpor a avaliação crítica para o cotidiano social.
Instituições organizam Corredor Cultural do Bom Fim
O Memorial da Justiça do Trabalho, com o objetivo de integrar as atividades culturais do bairro, propõe o Corredor Cultural do Bom Fim. Duas idéias que compõem o projeto estão com o orçamento aprovado e começam a ser colocadas em prática: o Mapa Cultural do bairro e a Feira do Livro do Bom Fim.
As instituições culturais que participam do projeto são os museus da UFRGS, da História da Medicina do Rio Grande do Sul, a Sociedade Italiana, o Clube de Cultura de Porto Alegre, o Museu Casarão da Várzea Porto Alegre, o bar Ocidente, o Jornal Já e, claro, o Memorial da Justiça do Trabalho. A expectativa é que pelo menos mais três instituições confirmem a participação.
O mapa deve ficar pronto dia 25 de abril, quando será realizada a feira, no último dia da Semana do Livro de Porto Alegre. Também constará neste mapa as livrarias que participarão do evento: a Zouk, a Letras e Companhia e a Palavraria. No evento, haverá ainda exposição de livros do Já Editores e de livros editados pelo Tribunal de Justiça do Trabalho e pelo Museu de Medicina. Espera-se a confirmação de participação de outras seis livrarias.
No dia da feira, além da distribuição do mapa cultural do bairro, que depois ficará a disposição dos interessados nos estabelecimentos participantes, haverá apresentação de um grupo de canto folclórico italiano, divulgação de cursos e oficina de contação de história e conservação de livros para crianças.
As instituições culturais interessadas em participar do Corredor Cultural podem entrar em contato com Benito Schmidt, diretor do Memorial, pelo email bschimidt@trt4.jus.br ou pelo telefone 3222-9580.
Votorantim patrocina Terreira da Tribo
O Instituto Votorantim vai financiar a “Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz”, em 2009. O grupo foi o único do Rio Grande do Sul selecionado entre mais de 2 mil inscritos Programa de Democratização Cultural, que a Votorantim promove desde 2006.
A seleção dos vencedores ( 16 projetos, num total de R$ 4 milhões) saiu em dezembro passado. O grupo gaúcho, que tem mais de 30 anos de experiência, vai receber R$ 300 mil para desenvolver o projeto “Teatro: Laboratório para Imaginação Social”, que inclui cursos de formação de atores, oficinas, apresentações e pesquisa de linguagem.
A proposta é levar teatro a 15 mil pessoas em oito bairros de Porto Alegre – Humaitá, Bom Jesus, Restinga, Partenon, Belém Novo, São Geraldo, Parque dos Maias e Guaiba.
Todas as atividades, inclusive as apresentações, serão gratuitas. Quinze “atuadores” estarão envolvidos no projeto.
Inédito no segmento empresarial, o programa de democratização cultural da Votorantim se propõe a financiar projetos que ampliem o acesso popular às produções artísticas.
Descida da Borges transferida para dia 23
A tradicional “Descida da Borges”, que relembra os antigos carnavais da Capital, do dia 16 foi transferida para o próximo dia 23. Segundo informações da Prefeitura, os acadêmicos decidiram adiar a apresentação da última sexta-feira em homenagem à delegação do Brasil de Pelotas, que se acidentou na semana passada, deixando três mortos.
Além disto, a abertura do carnaval, que estava programada para ocorrer no Paço Municipal, foi cancelada devido ao luto estadual.
O trajeto dos desfiles se inicia na Esquina Democrática e termina no Mercado Público, com expectativa de mais de 10 mil pessoas. As escolas de samba Protegidos da Princesa Isabel, Unidos de Vila Isabel e Bambas da Orgia desfilam a partir das 20h30, com concentração na Esquina Democrática, às 20h.
A programação da “Descida da Borges” segue até o dia 30 de janeiro
23 de janeiro
Acadêmicos de Gravataí
Academia de Samba Praiana
Imperatriz Dona Leopoldina
30 de janeiro
Grupo de Acesso – (representações das sete escolas)
União da Vila do IAPI
Império da Zona Norte
A volta do Los Hermanos
Por Thiago Piccoli
Para muitos poderia ser apenas uma frase onírica, mas aos poucos o que se tratava de boato vem tomando consistência e deixando os fãs com uma pulga atrás da orelha após as notícias de que a banda abriria o show do Radiohead em São Paulo e no Rio de Janeiro em Março deste ano. Será mesmo que Los Hermanos voltará?
Foto: Thiago Piccoli
A banda anunciou uma parada “estratégica” em junho de 2007, e os integrantes deram sumiço até o início de 2008, quando re-apareceram na mídia separados, cada um com um trabalho diferente. Marcelo Camelo lançou o elogiadíssimo “Sou”, Rodrigo Barba assumiu as baquetas da big band Canastra, Bruno Medina assina um blog e, mais recentemente, Rodrigo Amarante lançou “Little Joy” ao lado do baterista dos Strokes. Os fãs se deliciaram com estes trabalhos, porém o vácuo existia.
Segundo o blog URBe, confirmando-se o boato, resta aos fãs correrem atrás dos últimos ingressos. Os shows ocorreriam nos dias 20 e 22 de Março, no Rio de Janeiro e São Paulo, dentro da programação do festival Just a Fest. Uma fonte segura garantiu que a divulgação começará em breve, e os shows podem se esticar para outros lugares do país.
Refilmagem de "O Dia em que a Terra Parou" estréia hoje na capital
Por Thiago Piccoli
O clássico da ficção científica ganhou nova roupagem, com imagens impressionantes, mas não agradou a crítica. O filme conta a história de um alienígena chamado Klaatu que assume o corpo de um humano no intuito de avisar a terra sobre um possível ataque. Vendo que não vai ser nada fácil essa missão ele deixa sua nave sob os cuidados de seu robo Gort e tenta reunir os líderes científicos (já que isso não funcionou com os líderes políticos). Mas o pior de tudo é que ele não contava com a ignorância do povo terrestre. Inevitavelmente comparado a versão de Robert Wise, de 1951, a película dirigida por Scott Derrickson é forte sugestão ao prêmio “Framboesa de Ouro” de Pior Filme, segundo o tablóide Rope of Silicon. Muitos temas ficaram questionáveis, incluindo uma suposta tese de que o material Silicone seria a composição da vida. Também há erros geográficos notáveis, e uma pequena gafe de produção: na cena onde uma porta de elevador se abre para Klaatu (Keanu Reeves) sair da casamata, a câmera pode ser vista. O filme também tem sido comparado às grandes produções “Independence Day” e “O Dia Depois de Amanhã”.
Ficha Técnica:
Título Original: The Day The Earth Stood Still
Atores: Keanu Reeves, Jennifer Connelly, John Cleese, Kathy Bates e Kyle Chandler
Direção: Scott Derrickson
Fotografia: David Tattersall
Roteiro: David Scarpa
Ano: 2008
País: EUA
Duração: 103 min
Classificação: 12 anos
Info: www.odiaemqueaterraparou.com.br
Confira as salas e horários:
GNC Praia de Belas 3
Sexta, Sábado e Domingo – 13h30, 15h40, 17h50, 20h, 22h10
Segunda a Quinta – 13h30, 15h40, 17h50, 20h, 22h10
Cinemark Bourbon Ipiranga 3
Sexta, Sábado e Domingo – 12h15, 14h40, 16h55, 19h35, 22h (Sexta e sábado também 0h30)
Segunda a Quinta – 12h15, 14h40, 16h55, 19h35, 22h
Cinemark Bourbon Ipiranga 7
Sexta, Sábado e Domingo – 13h05, 15h25, 17h45, 20h05, 22h25
Segunda a Quinta13h05, 15h25, 17h45, 20h05, 22h25
Cinesystem 2
Sexta, Sábado e Domingo – 13h20, 15h30, 17h40, 19h55, 22h15
Segunda a Quinta – 13h20, 15h30, 17h40, 19h55, 22h15
Arcoíris Rua da Praia 2
Sexta, Sábado e Domingo – 14h10, 16h10, 18h10, 20h10
Segunda a Quinta – 14h10, 16h10, 18h10, 20h10
Unibanco Arteplex 4
Sexta, Sábado e Domingo – 13h, 15h10, 17h20, 19h30, 21h50; Sábado também à 00h
Segunda a Quinta – 13h, 15h10, 17h20, 19h30, 21h50
Arcoíris Bourbon 2
Sexta, Sábado e Domingo – 14h40, 17h, 19h10, 21h20
Segunda a Quinta – 14h40, 17h, 19h10, 21h20
GNC Lindóia 1
Sexta, Sábado e Domingo – 15h, 17h10, 19h20, 21h30
Segunda a Quinta – 15h, 17h10, 19h20, 21h30
GNC Moinhos 4
Sexta, Sábado e Domingo – 15h, 17h30, 19h45, 22h
Segunda a Quinta – 15h, 17h30, 19h45, 22h
Cinemark BarraShoppingSul 2
Sexta, Sábado e Domingo – 20h05, 22h30
Segunda a Quinta – 20h05, 22h30
Cinemark BarraShoppingSul 3
Sexta, Sábado e Domingo – 12h50, 15h15, 17h40, 20h05, 22h30
Segunda a Quinta – 12h50, 15h15, 17h40, 20h05, 22h30
Feira do Livro responde à crise: “Ler enriquece”
Elmar Bones
“Ler enriquece” é o bordão da Feira do Livro de Porto Alegre de 2008, que abre nesta sexta-feira.
As peças da campanha de divulgação foram apresentadas à imprensa na terça-feira.
Luiz Coronel, diretor da Agência Matriz, explicou que a campanha já estava pronta em setembro, quando estourou a crise financeira que abalou a economia mundial.
“Foi premonição”, brincou. “A crise fortaleceu o apelo que tem a idéia: a solução pelo conhecimento, que está contido nos livros, ao qual se chega através da leitura”
A campanha estará no rádio, jornal e tevê até o dia 16 de novembro quando encerra a feira, que há 54 anos ocorre na Praça da Alfândega, no centro cultural da cidade.
Incentivos ainda não aprovados
Apesar do otimismo do presidente da Câmara do Livro, João Carneiro, havia uma certa tensão na apresentação da programação da 54ª. Feira do Livro, na terça-feira.
O motivo era evidente: a aprovação do projeto da feira pelo Conselho Estadual de Cultura. O projeto está no conselho desde abril, mas só será examinado nesta quinta, 30, na véspera da abertura da feira.
A aprovação permite que a Câmara Riograndense do Livro, que organiza o evento, capte cerca de 700 mil reais via Lei de Incentivo à Cultura (o patrocinador abate do imposto a pagar a maior parte do valor que aplica ).
É pouco provável a não aprovação. Se isso acontecer, os organizadores terão que cortar 30% das atividades programadas para os 16 dias de feira, o que significa segundo uma estimativa, suspender 450 atividades. Por isso, ninguém conta com essa hipótese.
Mesmo com a aprovação, o fantasma da perda dos incentivos fiscais seguirá rondando a Feira do Livro de Porto Alegre. Ganha adesões no Conselho a tese de que “projetos consolidados”, como é o caso da feira, não possam se habilitar a benefícios fiscais, cuja finalidade principal seria estimular novos projetos.
Centro Histórico de Porto Alegre tem semana de eventos
Uma extensa programação de eventos vai movimentar o Centro Histórico de Porto Alegre, partir deste sábado, 16, até o fim da próxima semana.
A promoção é do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural. “É um projeto de celebração e exaltação que aspira além da valorização do centro, a integração e a participação de todos os que amam esta cidade”, segundo os organizadores.
Desfile de chapéus, aulas de dança, Tai Chi Chuan, clube de nadismo (pare e aprecie as belezas do Centro Histórico!), bandas, shows na Usina, música indiana, canções de antigamente, happy hour no Mercado Público são algumas das atrações.
A intenção, além de propiciar entretenimento para quem mora e trabalha no centro, é “trazer pessoas de outros bairros, e até de outras cidades, possibilitando uma incrementação no Turismo”.
Veja a programação: