JÁ retoma série sobre energia eólica

O jornal JÁ retoma em seu site a série de matérias sobre a expansão da energia eólica no Rio Grande do Sul. A cobertura reinicia com a reportagem Embalados pelos Ventos, publicada na Revista JÁ, que traz uma visão ampla dos parques que estão em funcionamento e dos projetos eólicos em solo gaúcho. A matéria foi ganhadora de Menção Honrosa na categoria reportagem econômica do Premo Ari de Jornalismo, um dos mais antigos e conceituados da imprensa brasileira.

Os planos da Alstom a partir de Canoas

A mais nova fábrica da Alstom, inaugurada em Canoas ontem (7), começa a funcionar justamente no dia em que a imprensa divulga o envolvimento da empresa francesa em cartéis em diferentes países, inclusive no Brasil, segundo O Estado de S. Paulo de hoje.
A fábrica terá capacidade para produzir 120 torres de aço por ano, o suficiente para fornecer aproximadamente 350 MW de eletricidade. Veio de olho em toda a região sul da América Latina, um mercado que está crescendo.
A inauguração foi prestigiada pelo governador Tarso Genro e diversas outras autoridades locais.
Esta é a segunda unidade do setor eólico na América Latina. A primeira funciona em Camaçari, na Bahia, desde novembro de 2011, com capacidade para fabricar 600 MW em aerogeradores por ano.
A unidade de Canoas produzirá torres dedicadas ao complexo Corredor do Senandes, primeiro projeto eólico da Odebrecht Energia, que terá 108 MW de capacidade instalada.
Alguns meses atrás, a Alstom assinou uma parceria com a Renova Energia. O acordo – o maior dentro do mercado eólico onshore global – tem o potencial para gerar cerca de um bilhão de euros em pedidos para a Alstom, por meio da instalação de no mínimo 1,2 GW em projetos. As empresas já assinaram um contrato para 513 MW como parte do acordo.

A Revolução Eólica (41) – O despertar da Fronteira dos Ventos

Por Cleber Dioni Tentardini | Fotos Antonio Henriqson
Com a inauguração neste mês de março da Usina Eólica Cerro Chato, Santana do Livramento, na fronteira-oeste gaúcha, vislumbra uma oportunidade única, após décadas de estagnação, para recuperar sua economia de forma sustentável. Em alguns anos, pode se tornar o maior pólo eólico da América Latina.
Santana do Livramento, na divisa com Uruguai, em uma década pode se tornar o maior pólo eólico da América Latina. Pelo menos uma dúzia de parques para geração desse tipo de energia renovável está projetada para o município, que passará a ser conhecido como a Fronteira dos Ventos.
Os projetos formatados até agora para Livramento, de pequeno, médio e grande portes, somam mais de 950 megawatts (MW). Representam quase a metade de todo potencial eólico do Estado, que gira em torno de 2 mil MW. À frente dos investimentos, que ultrapassam os três bilhões de reais, estão empresas públicas e privadas.
Três parques já estão fornecendo energia à rede elétrica nacional. Eles integram a primeira fase do Complexo Eólico Cerro Chato, um projeto da Eletrosul Centrais Elétricas, que foi incluído na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC 2, do governo federal.
A inauguração das primeiras usinas, em março, contará com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff, que se empenhou no fortalecimento do setor eólico enquanto era ministra de Minas e Energia no governo Lula.
O empreendimento simboliza um marco histórico não só para a empresa responsável por sua implantação e gerenciamento, a estatal, subsidiária do Sistema Eletrobras, como para o município sede, que deslumbra uma oportunidade única, após décadas de estagnação, para recuperar sua economia de forma sustentável e melhorar a qualidade de vida da população.
O prefeito de Livramento, Wainer Machado, espera duplicar a arrecadação municipal até 2014 somente com as primeiras usinas da Eletrosul. “Vamos aumentar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, por conta da primeira usina, em torno de 40% a 50% do valor. “Se hoje é R$ 25 milhões, acreditamos que vai aumentar R$ 12 milhões a partir de 2013”, comemora Machado. Os cinco parques da Eletrosul aprovados no último leilão, projetados para gerar mais 78 MW a partir de 2014, irão render mais R$ 15 milhões/ano aos cofres do município.
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Um pólo eólico no Pampa
A Usina Eólica Cerro Chato, de 90 MW, capazes de abastecer três vezes o município de Livramento, cerca de 240 mil habitantes, entra para a história da Eletrosul, assim como a cidade, pois é com ela que a estatal voltou à geração de energia, treze anos após a privatização. A empresa detém 90% dos quase R$ 500 milhões investidos no complexo. Os 10% restantes são da Wobben Windpower, subsidiária do grupo alemão Enercon GmbH, fabricante de aerogeradores.
A ampliação do Cerro Chato já começou, com a construção de mais 39 aerogeradores para produzir 78 megawatts. A terceira fase do complexo eólico, que compreende mais quatro parques com 34 torres no total e capacidade instalada de 68MW, pode ser definido no leilão de energia agendado pelo governo federal no dia 22 deste mês.
Santa Rufina – Outro empreendimento previsto para a mesma região é a Central Geradora Eólica Santa Rufina, de 60MW, com investimento previsto de 40 milhões de dólares da Zeta Energia, empresa do Grupo Ecopart. A propriedade está dentro da APA do Ibirapuitã, área de proteção ambiental mantida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente.
Cerros Verdes – Para a região dos Cerros Verdes, o grupo espanhol Fortuny tem projetos eólicos que somam 180 MW, com investimentos em torno de R$ 750 milhões. Há um entrave ambiental que pode provocar mudanças no projeto: a falta de autorização do ICMBio, órgão gestor da APA do Ibirapuitã.
Coxilha Negra –A Eletrosul possui projetos que estão sendo desenvolvidos na Coxilha Negra, na linha divisória com o Uruguai. Estima-se uma potência energética que pode chegar a 550 MW em uma área de 20 mil hectares. O investimento ultrapassa R$ 1,5 bilhão. Existe a possibilidade de interligação com o país vizinho.
Menos gases efeito estufa
Até 2010, o Brasil tinha 18 usinas eólicas em operação. Com isso, eram gerados 1 milhão de MWh/ano – o equivalente ao consumo médio de 4 milhões de pessoas – que contribuíram para a redução de aproximadamente 600 mil toneladas de emissão de CO2 por ano, um dos gases causadores do efeito estufa. A partir de 2012, com a estimativa de aumentar para 40 usinas eólicas no país, os números dobrarão, sendo gerados 2 milhões de MWh/ano, o que representa o consumo médio de 8 milhões de pessoas e a redução de aproximadamente 1,2 milhão de toneladas de emissão de CO2 por ano.
No Rio Grane do Sul, os primeiros 150MW produzidos pelos Parques Eólicos de Osório evitaram a emissão anual de aproximadamente 148 mil toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Mas os benefícios ambientais não se restringem aos efeitos climáticos.
Nova energia para Livramento
Município de porte médio, com o segundo maior território do Estado, numa área com6,9 mil km², atrás apenas de Alegrete. População chegando aos 85 mil habitantes. Prédios abandonados no centro de Santana do Livramento denunciam que, nas últimas décadas, a cidade amargou muitas perdas, das indústrias à mão de obra qualificada. Muitos jovens foram embora. O último Censo do IBGE registrou 20 mil habitantes a menos. Falta gente até para trabalhar no campo.
Espera-se, agora, uma mudança no cenário. Os parques eólicos viraram símbolos da recuperação econômica da região, com benefícios ambientais e sociais. A Eólica Cerro Chato se responsabilizou pelo Programa de Controle do Capim-annoni e vai plantar 2,6 mil mudas de árvores na cidade, dentre outras ações. Os proprietários rurais foram beneficiados principalmente com a construção de estradas e açudes, sem mencionar os royalties da energia produzida.
Muitos que trabalharam no canteiro de obras da usina eólica receberam cursos de capacitação e esperam ser contratados para os próximos parques. Outros adquiriram experiência, aprenderam novas profissões e melhoraram a renda da família. O motorista Denizart Silveira acompanhou diariamente os operários do início ao fim das obras. Era ele quem transportava o pessoal para a Campanha. Eram doze homens no início, entre serventes, pedreiros, carpinteiros.
A cada semana chegavam mais dez trabalhadores. “Pegamos o pior do inverno, quatro graus negativos, mas duvido quem não gostaria de voltar pra lá, porque pagavam bem, horas extras, e muitos tiveram oportunidade de crescer”, lembra. Silveira viu servente promovido a chefe do almoxarifado, motoristas de caminhão virarem operadores de máquinas gigantes, passando a ganhar quatro mil reais por mês.
“Conheço pai e filho que foram trabalhar em linhas de transmissão em São Paulo, funcionários com carteira assinada, e um mecânico, dono de borracharia, que lucrou muito fazendo o socorro de todos lá fora, a qualquer hora do dia ou da noite”, conta.
O sentimento geral dos santanenses é de que as oportunidades de trabalho ainda têm de melhorar, mas as expectativas mudaram. E não são só nos cerros que os ventos têm soprado a favor. Na esteira do desenvolvimento, a cidade natal do folclorista Paixão Côrtes vê ampliar de forma significativa os cursos técnicos e universitários gratuitos, da Unipampa, Uergs, UFPel, UFSM e da Escola Técnica Federal.
Free shops brasileiros — Há muita expectativa em torno da instalação de free shops brasileiros nas cidades fronteiriças – projeto de Lei 6316/2009, de autoria do deputado Marco Maia (PT/RS). Seria uma forma de reagir à explosão desse tipo de zona de livre comércio do outro lado da fronteira – somente em Rivera, beneficiado pelo valor baixo do dólar, essas lojas de produtos importados comercializam por ano cerca de 600 milhões de dólares.
Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Livramento (ACIL), Sérgio Oliveira, a posição geográfica do municípioencarece muito a logística e a matéria-prima. “Os municípios distantes têm de oferecer incentivos tributários para as empresas vir se instalar aqui”, defende o empresário.
Mais hotéis — A rede de hospedagem tem se expandido tanto na zona urbana como na rural para atender a demanda. O Sindicato dos Empregados em Turismo e Hospitalidade (Sethl), registra 22 hotéis e pousadas na cidade. “Até pode haver mais, mas alguns estabelecimentos abrem e fecham muito rápido”, afirma a presidente da entidade, Edila Goulart.
Uma boa opção são as pousadas nas estâncias, onde são oferecidas atividades de lazer, comidas típicas e a tranquilidade da Campanha.
Na cidade, o médico e empresário Mozart Hillal é um dos que mais investem no segmento. “A infraestrutura da cidade tende a melhorar a partir de agora, porque a prefeitura vai dobrar sua receita com os royalties da energia eólica”, destaca Hillal, que ocupa a presidência da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a vice-presidência do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas).
Aluguéis caros — A ampliação dos cursos e a adesão das universidades locais aos exames nacionais ENEM e ProUni levaram ao município muitos alunos e professores de outras cidades gaúchas e estados. Soma-se a isso chegada de funcionários das empresas que prestam serviços nos parques eólicos e a falta de investimentos na construção civil. Resultado: disputa acirrada para locar imóveis com preços exorbitantes. Apartamento de um dormitório chega a R$ 700.
Conforme o delegado do Sindimóveis/RS, Carlos Simas, Livramento começa a recuperar sua economia agora, com a vinda de algumas indústrias, mas o processo de qualificação da infraestrutura da cidade é lento. “Nosso mercado da construção civil está estagnado há muito tempo”, explica Simas.
Potencial turístico — O potencial turístico de Livramento, hoje, é proporcionalmente inversa aos investimentos nesse setor, que são muito baixos. De olho nas novas perspectivas, as guias turísticas Vera Reis e Viviane Ávila voltaram para a cidade natal e reativaram a sociedade na Corticeira’s Guia de Turismo, e já lançaram dois novos roteiros: A Rota Internacional do Vinho e a Rota dos Ventos. A luta é diária para que a cidade deixe de ser apenas dormitório para o turismo de compras. “Oferecemos alternativas de lazer às pessoas que vem em busca dos free shops, e tentamos direcioná-los para que conheçam mais nossa Fronteira”, explica Viviane. “A gente tem que alavancar nossas potencialidades para o caso de algum dia esse cenário comercial mudar”, completa Vera.

A Revolução Eólica (40) – Visitantes superlotam Cerro Chato no fim de semana

Apenas cinco dos 45 aerogeradores estão funcionando, e produzindo 10 megawatts (MW) de potência, mas já é o bastante para levar milhares de pessoas ao canteiro de obras da Usina Eólica Cerro Chato, em Santana do Livramento. Calcula-se que no último final de semana passaram por lá quase mil veículos.
“No domingo, cruzaram por aqui uns 600 carros”, garante Nereo Mendes, responsável pela recepção aos visitantes, agora com auxílio de quatro estagiários.
O movimento intenso levou a Eletrosul à improvisar um container próximo à entrada do parque eólico, onde as pessoas são convidadas a assistir um vídeo de seis minutos e recebem informações sobre o empreendimento e a energia alternativa utilizada.
“Além da população em geral, recebemos autoridades municipais, muitos universitários e engenheiros de outros municípios e estados e até do Uruguai”, aponta. “Cheguei a falar ininterruptamente das 9h às 15h”, comenta Mendes, referindo-se ao dia 5, que registrou o maior movimento.
Ainda que não seja parada obrigatória, ele recomenda às pessoas que assistam ao vídeo. “Todos podem percorrer as estradas internas, mas querem avançar nas áreas privadas e chegar próximo às torres, o que não é permitido por questões de segurança, tanto dos visitantes como dos trabalhadores”, avisa.
Mendes, que diariamente coordena a Biblioteca Pública do município, também alerta para os cuidados com os animais. “Da estrada dá para ver as torres gigantes, as pessoas ficam maravilhadas e esquecem do cuidado que deve-se ter com os animais, não só os domésticos ou de criação. Constantemente cruzam pela estrada cobras e aranhas do tamanho do palmo da mão”, alerta, lembrando que a ninguém é permitido matar esses animais.
As visitas devem ser feitas preferencialmente aos sábados e domingos, a partir das 9 horas, quando Mendes e seus auxiliares já estão à disposição para orientar a população.
O complexo eólico Cerro Chato, que está sendo construído pela estatal brasileira Eletrosul (90%) em parceria com a Wobben (10%), subsidiária no Brasil da empresa alemã Enercon, será formado por três parques com capacidade instalada de 90MW.

A Revolução Eólica (39) – USINA CERRO CHATO JÁ PRODUZ ENERGIA

A Usina Eólica Cerro Chato já está abastecendo a rede elétrica em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. Quatro aerogeradores (AEGs) estão produzindo 8 megawatts (MW) de potência. Hoje entra em operação a quinta turbina, somando 10MW no total. 
Após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizar a energização dos equipamentos, três dias foram suficientes para os engenheiros realizar os testes e determinar o início da operação comercial. Segundo o coordenador de implantação da UECC, Franklim Lago, a primeira turbina foi energizada às dez horas da noite do dia 25. As outras três começaram a operar dia 27.
Esse primeiro circuito, composto por cinco aerogeradores, integra o parque III que terá 15 torres. O complexo eólico Cerro Chato será formado por três parques com capacidade instalada de 90MW. Construído pela estatal brasileira Eletrosul (90%) em parceria com a Wobben (10%), subsidiária no Brasil da empresa alemã Enercon, o empreendimento tem custo estimado de R$ 400 milhões.

A Revolução Eólica (38) – USINA COMEÇA PRODUZIR ENERGIA ATÉ O FINAL DO MÊS

Já estão prontos para começar a produzir energia os cinco primeiros aerogeradores do parque III da Usina Eólica Cerro Chato, em Santana do Livramento. A expectativa é entrar em operação comercial até dia 30 deste mês.
A Eletrosul aguarda a aprovação da documentação junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS para energização do Sistema de Transmissão em 230 kilovolts (kV). A previsão é de que isso ocorra no início da próxima semana, segundo o engenheiro Franklim Lago, coordenador da implantação da usina.
O ONS é responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), sob a fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Do total de 45 aerogeradores que formarão os três parques eólicos no Cerro Chato, já foram concluídas as fundações de 30. Falta preparar as bases das torres do parque I. [C.D.T.]

A Revolução Eólica (37) – ENGENHEIROS DEFINEM DATA PARA COMEÇAR OPERAR UECC

Diretores da Eletrosul, Wobben e das empresas envolvidas nas obras se reúnem na quarta-feira, 18, para definir a data em que começarão a funcionar os primeiros aerogeradores da Usina Eólica Cerro Chato.
Segundo o coordenador de implantação da UECC, Franklim Fabricio Lago, já foram erguidos quatro torres do Parque III, de um total de cinco. A expectativa dos engenheiros é que o Circuito 1 comece a produzir energia até o final do mês.
A Eólica Cerro Chato S/A é a empresa responsável pela implantação, manutenção e operação da usina. É controlada pela Eletrosul Centrais Elétricas, subsidiária da Eletrobras, empresa estatal. Tem como sócia, com 10% do negócio,  a empresa Wobben, do grupo alemão Enercon, um dos principais fornecedores de tecnologia em aerogeradores.
A usina é formada por três parques eólicos, cada um com 15 aerogeradores e capacidade para gerar 30 megawatts (MW), totalizando 90 MW, capazes de abastecer um município com mais 200 mil habitantes. Os objetivos do governo ao entrar na produção de energia eólica é regular os preços e absorver tecnologia. [C.D.T]

Especialistas debatem energias renováveis no Cone Sul

“Os países latino-americanos têm enorme potencial para implantar projetos integrados de energias renováveis e alternativas que podem proporcionar o desenvolvimento da região com maior eficiência e sustentabilidade.”
A afirmação é do diretor de Recursos Naturais da Cepal (Comissão Econômica para a Amércia Latina e Caribe), o chileno Hugo Altomonte, um dos 38 palestrantes do ERACS 2011 – Exposição e Fórum de Energias Renováveis e Alternativas do Cone Sul. O evento acontece de 11 a 13 deste mês, no Cepuc (Centro de Eventos da Pucrs), em Porto Alegre.
Entre os painelistas estão, ainda, o diretor nacional de energia e tecnologia nuclear do Uruguai, Ramón Méndez, o especialista em energia do Banco japonês Sumitomo Mitsui, Hajime Uchida, a consultora em energia para os países latinos, Ana Ángel, o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Ricardo Simões e o coordenador do Laboratório Solar da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Arno Krenziger.
O ERACS 2011 é um fórum de negócios, exposição e debates sobre novas tecnologias e soluções sustentáveis para o problema energético. Os expositores e patrocinadores buscam fomentar novas parcerias para as empresas através do Projeto Comprador do Sebrae e do Projeto de Desenvolvimento de Parcerias com base no desenvolvimento sustentável.
O encontro é promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Portugal do Rio Grande do Sul (CCBP/RS), Câmara Alemã de Comércio (AHK), Câmara de Comércio e Indústria Britânica do Rio Grande do Sul (Britcham/RS) e Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil.
O presidente da CCBP/RS, Joaquim Firmino, destaca que o evento é pioneiro no Cone Sul e será um marco para o futuro da questão energética.
A estimativa de público é em torno de dois mil profissionais, entre executivos e outros gestores de energia de empresas privadas e públicas nacionais e internacionais, autoridades, estudantes e professores, que poderão acompanhar toda a programação comercial e institucional.
Mais informações: www.eracs.org.br

A Revolução Eólica (36) – SURGE NOVA PAISAGEM NO PAMPA

A Usina Eólica Cerro Chato, que está sendo construída no município de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, já tem três aerogeradores prontos para operar dentre os cinco previstos para produzir energia ainda este mês. As torres gigantes estão formando uma nova paisagem na região da Campanha. Na foto, os aerogeradores 2, 3 e 4 do Parque III.

Subestação coletora de energia
Subestação coletora de energia

Dentro de poucos dias fica pronta a subestação coletora, que vai mandar energia para a subestação da CEEE, na zona urbana.

A Revolução Eólica (35) – SUBESTAÇÃO E LINHA DE TRANSMISSÃO DA UECC QUASE PRONTAS

Eng Sato Yoshiki | Foto Cleber Dioni Tentardini
Eng Sato Yoshiki | Foto Cleber Dioni Tentardini

A energia captada pelos aerogeradores será enviada em 34,5 Kv ( ou 34,5 mil volts) através de uma rede subterrânea para a subestação coletora onde transformadores elevam a tensão para 230 Kv (ou 230 mil volts).
A energia vai abastecer a Subestação Livramento 2, da Companhia Estadual de Energia Elétrica, distante 25 quilômetros, para em seguida entrar no sistema elétrico brasileiro.