Pronto Socorro: comerciantes vão à Justiça pedir indenização

O comerciantes instalados nos sobrados que serão desapropriados para a ampliação do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre vão recorrer a Justiça. Eles querem também ser indenizados.
A prefeitura vai negociar com os proprietários dos imóveis um valor para calcular a indenização com base no índice contrutivo. Mas a lei não contempla os inquilinos que tem comércio no local.
Por enquanto são três os comerciantes que já contrataram advogado para recorrer à Justiça.
O café Coletânea que ali funciona há 12 anos, a estética Moya, há seis anos e a creche, com 100 crianças, há 14 anos no local.

Aberta concorrência para reforma do Pronto Socorro

(Patrícia Marini) – A concorrência pública para escolher a empresa que fará a reforma do térreo e segundo piso do HPS já está aberta.
O edital pode ser retirado pelos interessados, que devem levar um CD virgem para gravar o projeto de engenharia.
As obras civis estão orçadas em R$ 8,9 milhões. As propostas serão abertas dia 6 de dezembro.
A primeira etapa da reforma, já concluída, foi a troca da caixa de força, que custou R$ 1,5 milhão. A anterior era do tempo da construção do prédio, há 66 anos.
A etapa que vai começar em março reorganiza o fluxo de pacientes no térreo, atinge parte do segundo pavimento, para ampliação da UTI pediátrica, e faz pequenas intervenções nos demais andares.
O banco de sangue ficará desativado durante as obras, por falta de espaço. Fica só a área de transfusão, mas a coleta volta com a reforma do térreo. “É como trocar os pneus de um carro andando”, diz o engenheiro Álvaro Kniestedt.
Os recursos iniciais para estas duas etapas vieram do Qualisus1, programa federal para qualificação de hospitais. Mas o projeto ficou mais caro que o orçado inicialmente.
A prefeitura, que deveria entrar com uma contrapartida de 20%, acabou comprometendo-se com quase a metade, segundo o secretário adjunto da Saúde, Marcelo Bósio.
O objetivo desta reforma é melhorar o atendimento a quem chega, no diagnóstico e triagem dos pacientes, para atender exigências do Ministério da Saúde.
Mas não resolve outros problemas graves do HPS, que está fora das normas em vários aspectos. Um exemplo gritante é o risco de explosão representado pelos estoques de gases, em situação ilegal.
Para solucionar este e outros problemas sérios do hospital, será necessária a ampliação do prédio, já projetada mas ainda sem os recursos garantidos.
O projeto completo de ampliação foi apresentado terça-feira (9/11) pelo diretor do hospital, Julio Henrique Ferreira, aos vereadores da Comissão de Saúde, entidades civis, funcionários e médicos.
O projeto prevê a desapropriação de seis sobrados nos fundos do hospital, o que acrescenta 1.400 metros quadrados ao terreno e uma saída pela rua José Bonifácio.
As ambulâncias continuariam entrando pela avenida Oswaldo Aranha e saindo pela Venâncio Aires, mas os caminhões de coleta de resíduos e abastecimento sairiam do caminho.
Hoje, enquanto o caminhão abastece o tanque de oxigênio, por exemplo, a ambulância não pode entrar. Numa emergência, os 20 minutos de espera podem ser decisivos. Os que descarregam mantimentos e outros suprimentos também seriam desviados para os fundos, onde ficariam as áreas de apoio.
Para o projeto completo, faltam R$ 44 milhões. O prefeito José Fortunati acalenta a expectativa de incluir a ampliação do HPS nos investimentos federais para a Copa 2014.
Ainda não obteve nenhuma garantia, mas gerou novo ânimo no corpo técnico do hospital.
Por enquanto, o hospital espera a liberação de apenas mais R$ 2 milhões do Qualisus2, para mais uma UTI de trauma, aumento do bloco cirúrgico e da sala de recuperação. A licitação será em 2011, e complementa a reforma do segundo pavimento.