Desemprego na Capital é o menor em 19 anos

O crescimento na ocupação de vagas no emprego formal foi um dos fatores determinantes para a redução da taxa de desemprego em Porto Alegre em 2011. Na comparação com o desempenho do mercado de trabalho em 2010, o nível de desemprego da Capital caiu 13,8%. As informações foram levantadas na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada na tarde desta segunda-feira, 27, em ato no Paço Municipal, com a presença do prefeito José Fortunati.
Desde o início da série histórica da pesquisa, em 1993, o índice de desemprego chegou ao menor nível, correspondendo a 6,5% da população economicamente ativa. De acordo com os dados apurados no estudo coordenado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a prefeitura, 12 mil porto-alegrenses foram incorporados ao mercado de trabalho no último ano, somando 712 mil pessoas ocupadas na Capital.
Para o prefeito, o retrato oferecido pelo estudo é fundamental na construção das políticas públicas de combate ao desemprego, que tende a diminuir ao longo de 2012. “Temos tudo para reduzir esse índice. Além da economia manter um ritmo de expansão, a prefeitura tem trabalhado na qualificação dos moradores para acesso ao emprego, e os investimentos públicos nas obras de infraestrutura criam oportunidades de trabalho e renda para os profissionais de Porto Alegre”, avaliou Fortunati.
O desempenho positivo do mercado trabalho para os moradores da Capital está baseado principalmente na expansão do emprego assalariado no setor privado, com carteira assinada, enquanto houve redução do ingresso nos trabalhos autônomo, doméstico e o assalariado sem carteira assinada. Esse movimento confirma a tendência de formalização das relações de trabalho.
A economista do Dieese Lúcia Garcia afirmou que a situação em Porto Alegre é positiva, inclusive na comparação com as demais capitais pesquisadas. “A taxa de 6,5% em Porto Alegre a deixa quase no mesmo patamar de Belo Horizonte e muito abaixo do nível de desemprego verificado em cidades como Recife, São Paulo e Fortaleza”, destacou a pesquisadora.
O tempo médio de procura por vaga acompanhou a tendência do mercado e reduziu de 28 para 26 semanas em 2011. O setor de serviços e a indústria foram os maiores responsáveis pelo crescimento no nível de empregos.
Entre os projetos do município para ampliar o atendimento aos trabalhadores, estão a implantação do Observatório do Trabalho, do Sine Móvel e do Sine Virtual, além da ampliação da parceria com empresas da Capital e da Região Metropolitana para facilitar o acesso a oportunidades de emprego aos porto-alegrenses.

Taxa de desemprego marca 5,8% em outubro, menor índice para o mês desde 2002

A taxa de desemprego em seis regiões metropolitanas do país ficou em 5,8% em outubro. É a menor taxa para o mês desde 2002, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reformulou a Pesquisa Mensal de Emprego.
Os dados divulgados hoje (24) mostram que a taxa apresentou leve queda em relação ao resultado de setembro (6%) e de outubro do ano passado (6,1%).
Cerca de 1,4 milhões de pessoas estavam desocupadas no mês passado, enquanto 22,7 milhões de brasileiros trabalhavam. Na comparação com outubro de 2010, houve aumento de 1,5% no número de pessoas ocupadas (adicional de 336 mil trabalhadores) em 12 meses.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,1 milhões) não teve variação significativa em relação ao total de setembro. Na comparação com o de outubro de 2010, houve aumento de 7,4%, o que representou um adicional de 765 mil postos de trabalho com carteira assinada no período de um ano.
O rendimento médio real dos ocupados (R$ 1.612,70) também não variou na comparação com setembro e permaneceu estável ante outubro do ano passado.
As regiões metropolitanas analisadas – Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre; não apresentaram variação significativa na taxa de desocupação na comparação com a de setembro.
Já em relação à de outubro de 2010, houve queda de dois pontos percentuais na região metropolitana de Recife e de 0,8 ponto percentual em Belo Horizonte e elevação de 0,7 ponto percentual em Porto Alegre. Nas demais, o índice ficou estável.
Na comparação com o de setembro, o rendimento médio aumentou em três das seis regiões em outubro: Recife (5,1%), Salvador (1,5%) e Belo Horizonte (0,8%).
No entanto, caiu no Rio de Janeiro (1,6%) e em Porto Alegre (0,6%) e não variou em São Paulo.
Em relação ao valor de outubro de 2010, houve declínio em Recife (6%) e no Rio de Janeiro (1,9%) e aumento em Salvador (3,7%) e Belo Horizonte (2,5%). Em São Paulo e Porto Alegre, o rendimento médio ficou estável.