Sarau intimista homenageia Armando Albuquerque

O compositor e pianista Armando Albuquerque é o quarto homenageado no Unimúsica, que neste ano comemora os oitenta anos da Universidade do Rio Grande do Sul, apresentando uma série de concertos de sete importantes compositores gaúchos.
Todos eles têm uma especial relação com Porto Alegre, seja porque aqui nasceram ou viveram uma parte importante de suas vidas, seja porque aqui fizeram sua formação, deram início ou firmaram sua trajetória profissional.
Além disso, os sete compositores também têm em comum o fato de apresentarem em suas biografias algum tipo de vínculo com a UFRGS.
A  homenagem a Armando Albuquerque, no dia 6 de novembro, terá a um sarau intimista, reúne obras do compositor e a poesia de seus companheiros do modernismo porto-alegrense.
Na música, as peças para piano de Albuquerque com CELSO LOUREIRO CHAVES. Nos poemas, trechos de Augusto Meyer, Athos Damasceno Ferreira, Ruy Cirne Lima e Theodemiro Tostes, na voz de MIRNA SPRITZER.
Armando Albuquerque (1901-1986) foi um dos mais importantes compositores da música erudita brasileira e morou em Porto Alegre a maior parte de sua vida. Classificar a música dele é bem difícil, pois ali tem de tudo: desde as peças muito curtas do início da carreira, quando ele foi colega de Radamés Gnattali na Escola de Belas Artes de Porto Alegre (hoje Instituto de Artes da UFRGS) até as peças mais longas, muito dramáticas, do final da vida.
Para Armando Albuquerque foram 60 anos de música e no Unimúsica o pianista e compositor Celso Loureiro Chaves, que foi aluno dele nos anos 1970, vai mostrar boa parte da produção para piano, da primeira peça, “Pathé-Baby” de 1926, à última, “Sonho III” de 1974.
A poesia, na voz da atriz Mirna Spritzer, lembrará que, nos anos 1920 e 1930, era com os poetas que Armando Albuquerque dialogava; não era com os músicos.
Além disso, foi nos seus amigos poetas que ele foi buscar a inspiração para compor canções eruditas nos anos 1940.
No Unimúsica, vão aparecer poesias de “Poemas da minha cidade” de Athos Damasceno, de “Poemas de Bilu” de Augusto Meyer, vários de Theodemiro Tostes e alguns de “Colônia Z” de Ruy Cirne Lima.
O diálogo da música de Armando Albuquerque com a poesia dos seus companheiros de bar inspirou o Unimúsica de Celso e Mirna.
No palco, música e poesia vão ser colocadas lado a lado. Levando em conta que raramente elas são ouvidas ou lidas, fica a pergunta: por que Porto Alegre dá as costas à sua cultura do passado, despreza tanto a música erudita e a poesia de tempos atrás?
O Unimúsica pretende responder essa pergunta da única maneira possível: tocando, lendo, ouvindo, recitando.
Na música, voltarão os sons trepidantes de Armando Albuquerque com as suas várias correntes, tendências e estilos.
Na poesia, será um momento para relembrar cenas da memória sentimental de uma cidade – Porto Alegre – que desapareceu para sempre.
UNIMÚSICA 2014 | SÉRIE COMPOSITORES – A CIDADE E A MÚSICA
06 de novembro: Armando Albuquerque por Celso Loureiro Chaves, Mirna Spritzer e convidados | Direção de Celso Loureiro Chaves
27 de novembro: Vitor Ramil por Chico César
04 de dezembro: Lupicínio Rodrigues por Adriana Calcanhotto
17 de dezembro: Barbosa Lessa por Yamandu Costa e Camerata Pampeana do Maestro Tasso Bangel | Direção de Renato Mendonça
 
HOMENAGEM A ARMANDO ALBUQUERQUE POR MIRNA SPRITZER E CELSO LOUREIRO CHAVES|DIREÇÃO DE CELSO LOUREIRO CHAVES
Data: 06 de novembro – quinta-feira – 20h
Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)
Retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso a partir de 03 de novembro, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br
Informações: Lígia Petrucci | 3308.3933 | 3308.3034 |ligia@difusaocultural.ufrgs. br
 

Hamilton de Holanda e Regional Espia Só tocam Octavio Dutra na UFRGS

A série de concertos do Unimúsica, na UFRGS, homenageia grandes nomes da música  que tiveram algum vínculo com a universidade. O resultado é uma programação rica, que segue até dezembro.
No dia 1º de outubro, às 16h, Hamilton de Holanda conversa sobre a obra de Octavio Dutra, no palco do Salão de Atos, em workshop aberto ao público.
Octávio Dutra é um excepcional violonista e compositor que vem sendo redescoberto graças ao trabalho de pesquisadores como Márcio de Souza, Arthur de Faria e Hardy Verdana. Ele é um dos personagens mais importantes da música de Porto Alegre no início do século 20.
Violonista e bandolinista virtuoso, Octavio Dutraintegrou as turmas iniciais do Conservatório de Porto Alegre, hoje Instituto de Artes da UFRGS, onde além de aprender a ler e escrever música estudou harmonia e contraponto.
As partituras preservadas (em torno de 500!), cheias de “modulações raras” e “acordes desconcertantes”, nas palavras de Arthur de Faria, abarcam uma infinidade de gêneros, como polcas, valsas, sambas, maxixes e choros.

Músico Octávio Dutra / Foto Divulgação Ufrgs
Músico Octavio Dutra / Foto Divulgação Ufrgs

Dia 2 de outubro, 20h, o concerto em homenagem a Octavio Dutra, no Salão de Atos, terá formação inédita: o Regional Espia Só, que já gravou músicas do pioneiro do chorinho, e o bandolinista Hamilton de Holanda, sob direção de Rafael Ferrari.
Criado a partir das gravações do documentário dedicado a Octavio Dutra dirigido por Saturnino Rocha, o Espia Só tem Luis Arnaldo Cabreira no cavaquinho, Max Garcia no violão de sete cordas, Augusto Maurer no clarinete, Giovani Berticom o pandeiro e Rafael Ferrari (bandolim 10 cordas, arranjos e direção musical).
O instrumentista Hamilton de Holanda demonstra nos mais diversificados projetos o virtuosismo de sua performance no bandolim de 10 cordas.
Dia 23 de outubro, Nei Lisboa será cantado por Ná Ozzetti e a Camerata Unimúsica, sob direção de Vagner Cunha.
Dia 06 de novembro: Armando Albuquerque por Celso Loureiro Chaves, Mirna Spritzer e convidados | Direção de Celso Loureiro Chaves
Dia 27 de novembro: Vitor Ramil por Chico César
04 de dezembro: Lupicínio Rodrigues por Adriana Calcanhotto
17 de dezembro: Barbosa Lessa por Yamandu Costa e Camerata Pampeana do Maestro Tasso
Bangel | Direção de Renato Mendonça
UNIMÚSICA 2014 | SÉRIE COMPOSITORES – A CIDADE E A MÚSICA
WORKSHOP COM HAMILTON DE HOLANDA
Quando: 01 de outubro, quarta-feira, às 16h
Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)
Inscrições: www.difusaocultural.ufrgs.br
CONCERTO EM HOMENAGEM A OCTÁVIO DUTRA POR REGIONAL ESPIA SÓ E HAMILTON DE HOLANDA
Quando: 02 de outubro, quinta-feira, às 20h
Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)
Ingresso: A retirada de senhas pode ser realizada através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso, a partir de 29 de setembro, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br.

Unimúsica reuni Renato Borghetti e Alegre Corrêa pela primeria vez em Porto Alegre

Renato Borghetti e Alegre Corrêa encontram-se no palco do Salão de Atos da UFRGS para comemorar os trinta anos de criação do projeto Unimúsica.  A apresentação, que integra a série tempomúsicapensamento, acontece no dia 10 de novembro, às 20h. Os ingressos podem ser retirados a partir do dia 07, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos ou pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br.
Músicos de performances bastante distintas, Renato Borghetti e Alegre Corrêa têm em comum uma consistente carreira internacional. Ambos portam as raízes locais em suas obras, mas as elaboram e transformam em uma música que reforça a ideia do caráter universal, conseguindo comunicar aqui e em todo lugar. Quando estão juntos, esses instrumentistas sofisticados deixam vaneirões, polcas, chamarras e milongas surgirem de modo fluido, entre convenções e improvisos, graças à amizade de longa data e à admiração mútua.
Renato e Alegre já dividiram o palco na Europa, em turnê pela Áustria, mas esta será a primeira vez que isso acontece no Brasil. Acompanhados pelos músicos que formam o quarteto de Borghettinho – Daniel Sá (violões), Pedrinho Figueiredo (flauta e sax) e Vitor Peixoto (piano) –, eles interpretarão composições do último trabalho de Borghetti, Fandango!, e temas clássicos do folclore gaúcho e do prata.
O berço da trajetória musical de Renato Borghetti foi o CTG 35, do qual seu pai era patrão à época. Sua vida profissional iniciou no cenário efervescente dos festivais de música nativista dos anos 1980 no Rio Grande do Sul. O primeiro álbum de Borghettinho alcançou a marca de cem mil cópias em poucos meses e tornou-se o primeiro disco de ouro da história da música instrumental brasileira.
Na década de 1990, foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte; participou, como convidado, do Projeto Asa Branca, ao lado de Sivuca, Dominguinhos, Elba Ramalho e Alceu Valença; e representou o sul do país no projeto Brasil Musical, junto de Paulo Moura, Hermeto Pascoal, Wagner Tiso e Egberto Gismonti. Hoje ele mantém turnês regulares pela Europa, e sua produção fonográfica conta com mais de vinte discos gravados e dois DVDs.
Alegre Corrêa é gaúcho de Passo Fundo, mas há mais de vinte anos vive em Viena, na Áustria. Sua formação iniciou com o chamamé, a chacarera e a milonga, depois passou para o samba, a bossa nova e a MPB.
Hoje desenvolve um trabalho em que incorpora influências especialmente de Hermeto Pascoal, Tom Jobim e Toninho Horta. Na Europa, participou de diversos grupos, com os quais percorreu os principais países daquele continente. Integrando o The Zawinul Syndicate, liderado pelo tecladista Joe Zawinul, fez turnês também nos Estados Unidos, na América do Sul e na Ásia, e recebeu o Grammy Awards, na categoria melhor álbum de jazz contemporâneo, pelo disco 75, no qual atuou como guitarrista.

ESPETÁCULO:
O Projeto Unimúsica é uma promoção da Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS – Departamento de Difusão Cultural.
Data: 10 de novembro – quinta-feira – 20h
Local: Salão de Atos da UFRGS – Av. Paulo Gama, 110
Ingresso: A retirada de senhas pode ser realizada através da troca de 1kg de alimento não-perecível por ingresso, a partir de 07 de novembro, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br

Ufrgs comemora 30 anos do Unimúsica com shows e debates

Criado em 1981 como uma iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS, que tinha como intenção abrir espaço para a produção musical universitária, o Unimúsica fez surgir junto com ele uma geração da qual fizeram parte grandes nomes do cenário musical gaúcho como: Nelson Coelho de Castro, Vitor Ramil, Totonho Villeroy e Nei Lisboa. De lá para cá, o projeto adotou um caráter mais didático proporcionando oficinas, debates, encontros com artistas, mostras cinematográficas e distribuição de materiais gráficos ao público.
Os espetáculos também passaram a ser idealizados segundo temas específicos como: piano e voz (2004), que tinha como objetivo resgatar a importância histórica da relação instrumento-canção, e contrapontos (2008), que colocava lado a lado músicos experiente e jovens artistas.
Em comemoração as três décadas de existência do projeto, o Departamento de Difusão Cultural da UFRGS dá início – no dia 1º de junho, às 20h, no Salão de Atos da Reitoria da Ufrgs – à série tempomúsicapensamento com Zélia Duncan e Arthur Nestrovski. Na data em questão, os artistas irão realizar um ensaio aberto. No dia seguinte, 2 de junho, ambos se apresentam também às 20h, no Palco do Salão de Atos. O repertório recupera algumas das canções cantadas em 2007, quando os mesmos criaram juntos o show Na linha de Cartola para o Unimúsica, além de outras músicas, que englobam trabalhos individuais e obras-primas do cancioneiro norte-americano e clássicos da música brasileira.
O tempo, foco da série deste ano, foi escolhido por ser o elemento por trás do resultado mostrado no palco. Quase que imperceptível, ele envolve tanto o processo criativo, fundamental para a o desenvolvimento de uma obra, quanto o esforço empregado para a manutenção de uma carreira artística e, principalmente, de um projeto cultural, que, no Brasil, tende a ter vida curta.
Zélia Duncan começou a cantar profissionalmente em 1981, mesmo ano em que o Unimúsica surgiu. A partir deste momento, deu início a uma sólida carreira que concilia qualidade artística e grande popularidade. Em 1990, gravou o primeiro disco, Outra luz, pelo qual recebeu duas indicações para o prêmio Sharp, como revelação e melhor cantora pop-rock. De lá pra cá, a cantora e compositora de voz inconfundível lançou muitos outros: Zélia Duncan (1994), Intimidade (1996), Acesso (1998), Sortimento (2001), Sortimento vivo (2002), Eu me transformo em outras (2004), Pré-pós-tudo-bossa-band (2005) e Pelo Sabor do Gesto, álbum de 2009 consagrado pela crítica, que rendeu à cantora uma indicação ao Grammy Latino e o prêmio de Melhor Cantora na categoria Pop/Rock da 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira. Para celebrar os trinta anos de carreira, Zélia Duncan prepara o lançamento do DVD Pelo Sabor do Gesto em Cena.
Arthur Nestrovski é atualmente o diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). Formado em música pela Universidade de York (Inglaterra) e doutor em literatura e música pela Universidade de Iowa (EUA), foi articulista da Folha de São Paulo (1992 -2009) e editor da PubliFolha (1999-2009). Nestrovski é autor de Notas musicais, Outras notas musicais e Palavra e sombra, entre outros livros ? incluindo o premiado título de literatura infantil Bichos que existem e bichos que não existem (Cosac Naify, 2002, Prêmio Jabuti de Livro do Ano/Ficção). Voltou à atividade musical como violonista e compositor em 2004, apresentando-se e gravando com Zé Miguel Wisnik, Ná Ozzetti e Tom Zé, entre outros, no Brasil e no exterior. Em 2007, lançou os CDs Jobim violão e Tudo o que gira parece a felicidade, com composições próprias. Completam sua discografia o álbum Chico violão e o disco em parceria com o cantor Celso Sim, Pra que chorar.
Também compõem a programação da edição 2011 do projeto Unimúsica: o Trio 3-63, com uma homenagem, no dia 14 de julho, a Moacir Santos; Vitor Ramil, que sobe ao palco no dia 4 de agosto; Egberto Gismonti e a Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro sob regência de Antônio Borges-Cunha, que se apresentam no dia 1 de setembro; os duos brasileiros Ná Ozzetti e André Mehmari, Mônica Salmaso e Teco Cardoso e Izabel Padovani e Ronaldo Saggiorato com show marcado para o dia 06 de outubro; Renato Borghetti, Quarteto e Alegre Corrêa, que tocam no dia 10 de novembro; e Zé Miguel Wisnik, que encerra os trabalhos no dia 08 de dezembro. Qualquer alteração será comunicada previamente no site do departamento www.difusaocultura.ufrgs.br.
 CONTATO
Lígia Petrucci –  ligia@difusaocultural.ufrgs.br  
Departamento de Difusão Cultural – Av. Paulo Gama, 110 Campus Central da UFRGS
Mezanino do Salão de Atos F: (51) 3308.30.34 difusaocultural@ufrgs.br