Se o Centro Popular de Compras, que será inaugurando ainda no final de outubro, no Centro de Porto Alegre, está deixando muitos comerciantes satisfeitos, não se pode dizer o mesmo dos vendedores ambulantes.
Tanto os que não conseguiram fazer parte do novo espaço, quanto os contemplados com o box, todos têm alguma reivindicação a fazer. “Eles querem o extermínio de uma classe”, protesta a vendedora ambulante Ana Cláudia Fonseca dos Santos, de 37 anos, 20 deles dedicado à atividade.
Ela, que depende exclusivamente da venda de suas bijuterias, com que sustenta os dois filhos, não conseguiu ficar entre os 800 camelôs que serão abrigados no novo espaço. Ana Cláudia pretende recolher 40 mil assinaturas para criar uma lei de iniciativa popular. Com este documento, ela pretende garantir aos vendedores da Rua da Praia e da Praça XV um espaço de venda fixo.
A razão para a rejeição da maioria dos ambulantes que hoje ocupam alguns pontos do Centro de Porto Alegre diz respeito, principalmente, aos custos. Atualmente os vendedores que ocupam estes pontos gastam em média R$180 por mês. Entre as despesas estão incluídos os custos com o depósito dos produtos que são vendidos, alimentação e passagem.
Mas a partir do final do mês de outubro, quando o Centro Popular de compras deverá funcionar, já está estipulado o pagamento de R$ 124,80 por semana, mais as despesas próprias como luz, serviços de limpeza e de vigilância do prédio.
“Se a gente vai ter que pagar quase R$ 400,00 por mês porque teremos que desembolsar mais o custo de limpeza e segurança? Nós pedimos um camelódromo e que nos deram foi um shopping” reclama uma camelô que não quis ser identificada, por temer represálias por parte da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio (Smic).
Algumas bancas não somam R$ 250,00 em mercadorias. A maior preocupação é de que forma se terá garantia do pagamento semanal dos espaços, pois, conforme o contrato, o não cumprimento implica multa e suspensão do contrato de locação.
Alguns vendedores também rejeitam o Centro Popular de Compras porque a exposição dos produtos será prejudicada. “Aqui na rua, fica mais fácil para quem está a caminho comprar. Agora quem vai querer se deslocar até o CPC e olhar cada um dos 800 estandes?”, reclama outra camelô.
Os vendedores dizem se sentir “enganados” pela Smic, já que o primeiro projeto apresentado a eles pela secretaria difere do prédio que está sendo erguido. Uma reunião com os ambulantes para discutir os pontos polêmicos, marcada para a última terça-feira, foi suspensa pela Smic.
O projeto prevê escadas rolantes, elevadores, ocupação de redes de fast food, farmácia e estacionamento. Conforme a Smic, a obra já está na sua fase final, com prazo de conclusão para o final do mês de outubro.
Até o início desta semana 781 camelôs já haviam se cadastrado. O restante terá até esta sexta-feira, 10, para aderirem ao centro Popular de Compras, caso contrário, os suplentes começarão a ser chamados no dia 13, segunda-feira.
Espero que os Gaúchos aproveitem bem essa oportunidade, pois camelódramo é uma realidade mundial, um centro de compras popular muito bem organizado, moro no Estado de São Paulo, e estou pleitiando um Lanchódramo para o município de Garça -Sp, a 5 anos, e estive em Janeiro vizitando, esse de Porto Alegre, que está junto com o camelódramo, e digo que os gaúchos estão de parabens!!