ELMAR BONES/ Galvani, um jornalista

Perder Walter Galvani nesta altura do campeonato é como perder um grande epidemiologista no meio da pandemia.

Basta mencionar a revolução que ele produziu, em plena ditadura, ao abrir as portas da vetusta Companhia Jornalística Caldas Júnior para os jovens jornalistas que estavam saindo da universidade e eram discriminados pelos “chapa branca” que dominavam as redações.

Foi bom em tudo o que fez: coluna social, reportagem, editor, chefe de redação e, depois, escritor.

Sempre com aquele faro de repórter que o levou a descobrir, às vésperas dos 500 anos do Descobrimento do Brasil, que não havia, nem aqui nem em Portugal, uma biografia de Pedro Álvares Cabral.

Informação que ele guardou até ter toda a pesquisa feita para o livro que editou pela Record.

No meio da pandemia de desinformação que nos assola,  uma mente lúcida como a de Walter Galvani é uma perda irreparável.

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