O ano que terminou antes

Elmar bones
Politicamente, 2017 terminou em outubro quando o Congresso rechaçou, pela segunda vez, a denúncia contra Temer.
Ali fixou-se um dos marcos que vão balizar as eleições gerais de 2018, quando apenas prefeitos e vereadores vão escapar ao crivo das urnas.
Ali ficou decidido que Temer vai conduzir o processo cuja meta central é a legitimação, pelas urnas, do golpe parlamentar comandado por Eduardo Cunha. Temer fará poses de árbitro, mas tem as cartas e joga de mão.
Tem contra si a impopularidade e a idade. Impopularidade reverte-se com propaganda e mídia a favor, já as crises renais podem surpreender mesmo os melhores médicos.
O outro fator que antecipou o 2018 político foi a campanha popular de Lula pelos Estados, como pré-candidato.
Com seis meses de antecedência ele se firmou como o único em condições de derrotar o golpe nas urnas.
Temer, apesar de todas as evidências, gravações, malas, imagens, só poderá ser investigado quando deixar o cargo.
Lula, com base em evidências questionáveis, já foi condenado e pode ser barrado por uma decisão de três juízes do Tribunal Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.
As mobilizações de apoio a Lula prometem transformar Porto Alegre na capital política do Brasil neste janeiro.
Sempre vazia no  “veraneio”, a cidade estará irreconhecível.
Este janeiro de 2018 em Porto Alegre, politicamente falando, já está lá em setembro, em plena campanha.
 
 

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