O vexaminoso patamar da polícia gaúcha

A curto prazo, o governo terá de traçar uma nova política para a segurança pública.
Os policiais gaúchos, levados de governo a governo, aos mais baixos salá-rios das organizações policiais do país, estão mobilizados em busca de um ponto final nesse descalabro ou, pelo menos, que seja estabelecido um real ponto de partida para a saída desse vexaminoso patamar. A pretensão, tra-çada com absoluta justiça, estabelece como parâmetro os salários dos poli-ciais de São Paulo. Alcançar este objetivo não é simplesmente difícil e, sim, a curto ou médio prazo, plenamente impossível. No entanto, o governo terá de responder, pontualmente, cada questão colocada pelas entidades que representam os profissionais da segurança gaúcha – inclusive dos peritos criminalísticos e dos agentes penitenciários – e traçar, a curto prazo, uma política que não seja costurada com a indiferença arrogante das portas fe-chadas nem pelas promessas de cérebros carreiristas, quando não caducos. O Rio Grande tem uma polícia com efetivo absurdamente baixo e em cons-tante queda livre, condições de trabalho sofríveis e salários aviltantes. A sociedade gaúcha não merece isso.
Subsídio (1)
Todas as entidades de classe da Polícia Civil e da Brigada Militar partici-pam, hoje, a partir das 14h, de coletiva à imprensa. Ante o encaminhamen-to da peça orçamentária, que prevê reajuste zero ao funcionalismo público em 2009, os policiais devem apresentar proposta de implantação de subsí-dio para remunerar as categorias, conforme dispõe o § 9° do artigo 144 da Constituição Federal. A entrevista será realizada na sala de imprensa da Assembléia Legislativa.
Subsídios (2)
O Sindiperícias-RS, entidade que representa os servidores do IGP (Insti-tuto-Geral de Perícias), protocolou junto à Secretaria da Segurança Pública minuta de implantação do subsídio para os servidores do quadro da institui-ção, acompanhando, com isso, iniciativa semelhante tomada pela Brigada Militar e Polícia Civil. O mesmo sindicato está buscando apoio junto às bancadas e deputados da Assembléia Legislativa para o projeto.
Subsídio (3)
O deputado Cassiá Carpes (PTB), 1º vice-presidente da Assembléia Le-gislativa, solicitou na quinta-feira, 18 de setembro a instalação de Audiên-cia Pública na Comissão de Finanças e Planejamento para que sejam anali-sadas e debatidas as verbas destinadas a Segurança Pública no Orçamento 2009, principalmente no que diz respeito a questão salarial.
Aula
Ontem, o titular da SSP-RS (Secretaria da Segurança Pública), Edson Goularte, ministrou aula-palestra aos alunos do Curso Avançado de Admi-nistração Policial Militar. O evento ocorreu no auditório da Academia de Polícia Militar, em Porto Alegre. O ponto primeiro do pronunciamento tee-ve o título de “Muito trabalho em equipe.”
Século XX
O presidente em exercício do Tribunal de Contas do Estado, Porfírio Pei-xoto, entregou, ontem, três veículos para a Brigada Militar. O termo de transferência foi assinado com a presença do secretário da Segurança Ed-son de Oliveira Goularte e do subcomandante-geral da Brigada Militar, co-ronel João Carlos Trindade Lopes. Dois Kadett Ipanema, ano 1997 e um Pálio Weekend, ano 1998, mesmo sendo do século passado, estão em per-feito estado de conservação e irão, respectivamente, para Carazinho, Cano-as e Porto Alegre.
Ação correta
Dois assaltantes foram presos, na manhã de ontem, na esquina das aveni-das Ipiranga com Silva Só. Em um Gol roubado, três criminosos foram perseguidos do posto da Brigada Militar do parque da Redenção até o local da prisão. Um dos bandidos capturados foi baleado durante o enfrentamen-to com os policiais e, um terceiro conseguiu escapar.
Posse
O titular da pasta da Segurança, Edson de Oliveira Goularte, deu posse ontem, às 17h, em plena Primavera, portanto, ao novo titular da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários) Paulo Roberto Zietlow.
Quase tudo
A operação desencadeada esta manhã em Porto Alegre pelo Ministério Público Estadual, com apoio da Brigada Militar, resultou na prisão de pelo menos 17 pessoas. de 17 pessoas. A ação, coordenada pela Promotoria Es-pecializada Criminal, teve como alvo a quadrilha que comanda o tráfico na Vila Maria da Conceição, Zona Leste da Capital. Quase tudo deu certo, mas o chefe dos quadrilheiros, Paulo Ricardo Santos da Silva, O Paulão, que tem poder de vida e morte naquela área, não foi localizado e Marilia Fidel, presidente da Associação Comunitária da rua Paulino Azurenha, disse que teve a casa revirada por PMs armados.

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