Um painel sonoro gaúcho contemporâneo na CCMQ, neste sábado dia 26

Depois de grandes shows em Encantado e Osório, sábado, dia 26 de abril, é a vez de Porto Alegre receber o 1º Festival Sul Universal. O evento reflete toda a diversidade musical produzida no Rio Grande do Sul, com influências das sonoridades brasileira e latino-americana.
As apresentações na capital gaúcha acontecem a partir das 18h30, na Travessa dos Cataventos, na Casa de Cultura Mario Quintana, com entrada franca. Dunia Elias, Quinteto Canjerana e Rapajador compõem um painel sonoro gaúcho contemporâneo: choro, MPB, Música Gaúcha Contemporânea, rap e pajada, num diálogo harmônico entre a raiz regional, a brasilidade e o modernismo musical.
E, no mês de maio, o Festival vai levar Lucio Yanel e Thiago Colombo, Instrumental Picumã e Shana Müller a Lajeado (11) e Carlos Badia e Grupo e Paulinho Cardoso Quarteto a Pelotas (17). Confira a programação completa no site https://suluniversal.com.br e nas redes (@suluniversal no instagram e facebook).
Selecionado no Edital SEDAC nº 32/2024 PNAB RS – MÚSICA, o 1º Festival Sul Universal tem financiamento da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), programa do Ministério da Cultura do Governo Federal. Com planejamento cultural da Gaita Produtora Cultural e Experimentais Cria Cultura, a iniciativa tem apoio do Movimento Sul Universal, IEM – Instituto Estadual da Música e CUBO PLAY.

O evento integra as primeiras ações do Movimento Sul Universal, dentre as quais se destacam o Podcast Sul Universal – cuja a primeira temporada está disponível nos canais no YouTube do MSU (https://www.youtube.com/@suluniversal)  e da CuboPlay (https://www.youtube.com/@CuboPlay) e a futura Escola Sul Universal.

Atrações:

Dunia Elias é conhecida pelo público gaúcho como uma artista original, que se expressa como pianista, compositora e atriz-pianista, tendo sido várias vezes premiada em festivais, no Rio Grande do Sul e fora dele. Sua música retrata a identidade sonora do sul do Brasil, no pedaço de mundo contido entre Brasil, Argentina e Uruguai – a vasta região do Pampa, onde as fronteiras geográficas se confundem e se diluem. Música com tempero jazzístico.

Suas composições refletem essas influências que permeiam seu universo sonoro: “Choro Pampeano” (Prêmio Plauto Cruz no Festival de Choro de Porto Alegre 2005), “Antonio Abdallah” (milonga e dança árabe), “Candombe no Bomfim” (2º lugar no 13º Festival de Música de Porto Alegre), “O Choro do Bugio” (Melhor Música Instrumental no XI Musicanto).

Neste show, dois dos instrumentistas mais versáteis do RS a acompanham, formando uma parceria de longa data: Artur Elias na flauta e Giovani Berti na percussão.

Quinteto Canjerana_foto Cláudio Zagonel Neto/Divulgação

Quinteto Canjerana

Criado em 2012, o Quinteto Canjerana apresenta temas autorais que propõem uma sonoridade gaúcha contemporânea. São composições que trazem o universal para a música gaúcha.

Com dois álbuns lançados, o grupo busca inserir elementos da música do mundo em suas composições, o que resulta em uma sonoridade ímpar e um diálogo harmônico entre a raiz regional e modernismo musical.

O Quinteto é formado por Alex Zanotelli no contrabaixo, Fernando Graciola no violão, Maurício Horn no acordeon, Maurício Malaggi na bateria e percussão e Zoca Jungs na guitarra, violão e viola caipira.

O trio Rapajador crédito divulgação/

RAPajador

Resultado de uma mistura entre o rap e a pajada (Payador em castelhano, quer dizer repentista ou poeta do improviso), RAPajador nasce com o objetivo de representar a tradição do Sul por meio de sua essência musical e da rima.

O Rapajador vem da união entre duas manifestações artísticas presentes na cultura brasileira, mas com “sotaques” diferenciados, vez que, tanto o rap quanto a Pajada (Payada), tem como principal fundamento o verso – tanto escrito quanto improvisado. O projeto surge em 2018 com a parceria do rapper Chiquinho Divilas, do acordeonista Rafa De Boni e do DJ Hood.

Nomes como Jayme Caetano Braun e Mano Brown inspiram letras e arranjos que contam com a participação do DJ Hood, mixando temas e batidas típicas da região Sul com a batida do rap.

Plataforma digital revela legado do fotógrafo Jacob Prudêncio Herrmann com cenas históricas do RS

Um olhar que atravessa o tempo: as cidades, seus habitantes e seus silêncios registrados por uma lente sensível e apaixonada. É isso que o público poderá descobrir com o lançamento do projeto “Jacob Prudêncio Herrmann – O Olhar Revisitado”, que traz à luz mais de 1.000 fotografias inéditas feitas entre as décadas de 1930 e 1940 por um fotógrafo amador que, com sua câmera Zeiss-Ikon, eternizou cenas da vida urbana e do cotidiano em Porto Alegre, Litoral Gaúcho e Catarinense, além de outras cidades do Rio Grande do Sul

A iniciativa culmina na criação de uma plataforma digital pública e gratuita, onde as imagens serão acompanhadas de contextos históricos e interpretativos. Mais do que um resgate visual, o projeto propõe uma releitura de uma Porto Alegre distante, revelada pelo olhar atento e artístico de Jacob Prudêncio Herrmann.

O lançamento oficial acontece no dia 24 de abril, quinta-feira, às 18h30min, no Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. O evento marcará a primeira exibição pública da plataforma, permitindo ao público explorar virtualmente o extenso acervo fotográfico de Herrmann, cuidadosamente recuperado e organizado ao longo dos últimos meses.

Viaduto da Borges . Crédito Jacob Prudêncio/ Divulgação

Com curadoria e coordenação de pesquisa de Jorge Herrmann, artista visual e neto do fotógrafo, o projeto representa um marco para a preservação da memória urbana e da arte fotográfica gaúcha. Financiado com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio do Ministério da Cultura e da Secretaria de Estado da Cultura do RS, “Jacob Prudêncio Herrmann – O Olhar Revisitado” é uma oportunidade única de revisitar um passado quase esquecido — e, ao mesmo tempo, redescobrir a força documental e estética da fotografia.

Jacob Prudêncio Herrmann ficou conhecido por sua capacidade de capturar, com sensibilidade e rigor, aspectos do cotidiano e da transformação urbana. Embora tenha sido um fotógrafo de fins de semana, devido à sua rotina profissional, isso jamais limitou seu olhar. “Jacob era um fotógrafo de fins de semana, pois o seu trabalho impunha esta condição. Porém, isso em nada pareceu tê-lo limitado, pois tinha o dom do memorialista, que sabe estar fotografando uma realidade que precisa ser documentada”, destaca Jorge Herrmann.

Homens empoleirados acompanhando algum evento (talvez próximo ao Lago Guaíba)/Divulgação

E completa: “Foi registrando tipos humanos, costumes, eventos históricos, paisagens e fatos do dia a dia com uma sensibilidade surpreendente para um homem cujo cotidiano durante os dias de semana era bem outro. Talvez Jacob não tivesse exatamente essa ideia a seu próprio respeito, mas ao analisar suas fotografias, não consigo deixar de pensar que se tratava, mesmo, de um sensível artista.”

Lago Guaíba – Margem e cais ao fundo/Divulgação

Agora, esse legado se torna acessível a todos, abrindo janelas para uma Porto Alegre de outros tempos — uma cidade que pulsa nas imagens de Jacob, entre bondes, ruas de pedra e céus cruzados pelo Zepellin. Uma cidade viva, que volta a respirar pela força da memória e da arte.

A fala de especialistas

O acervo fotográfico de Jacob Prudêncio Herrmann é uma rica fonte para refletir sobre a evolução da cidade. O arquiteto Analino Zorzi, que integra a equipe de pesquisadores, destaca os aspectos arquitetônicos e urbanísticos mais marcantes que percebeu nas imagens analisadas e que ajudam a compreender o crescimento de Porto Alegre no final do Século XIX e início do XX: – Na variedade de imagens clicadas por Jacob Prudêncio Herrmann percebemos claramente os diversos momentos, com características distintas, da paisagem urbana e dos estilos arquitetônicos. Conseguimos acompanhar o que foi se desenvolvendo na cidade de Porto Alegre. O registro e a divulgação destas imagens colaboram com a conscientização do valor cultural que deve ser conferido às ações humanas. Esta produção cultural contribui indelevelmente para reforçar a compreensão de que somente pelo conhecimento e entendimento do passado, construiremos o futuro desta produção cultural, reforça.

Centro – Andradas / Divulgação

Jacob Prudêncio Herrmann foi um dos membros mais assíduos do Photo-Club Helios. A pesquisadora Luzia Rodeghiero, analisa o envolvimento dele com a fotografia na época e o seu papel dentro desse ambiente fotoclubista.  – Jacob era contador de profissão e sua presença foi constante nas reuniões do Photo-Club Helios, no período analisado. Acredito que sua qualificação e habilidade técnica em realizar os serviços contábeis para seus clientes contribuíam para seu perfil metódico e extremamente organizado como fotógrafo amador. Em cada um dos envelopes em que armazenou os negativos de vidro de sua produção, ele registrou os dados técnicos das fotografias, como o tempo de exposição, a abertura do diafragma da câmera, o horário em que fotografou, local e data, revela Rodeghiero.

Segundo a pesquisadora, essas características se uniam à grande sensibilidade de Herrmann para pensar e estudar as formas e os recursos técnicos necessários para capturar o instante que percebeu nas cenas que eternizou em fotografias. – Seu talento artístico, aliado ao conhecimento que era compartilhado e obtido nas reuniões do Helios, além de garantir a criação de imagens memoráveis, foi uma força persistente que contribuiu para a sobrevida do fotoclube até o limite imposto pelas circunstâncias que levaram à sua extinção, destaca Rodeghiero.

Morro Ricaldone – Delta do Jacuí/Divulgação

Kátia Becker Lorentz, responsável pela pesquisa histórica sobre processos fotográficos, ressalta “a qualidade, a escolha, a composição das imagens e a sensibilidade extrema em tudo que fotografou. Tem imagens que parecem pura poesia”, ressalta. Segundo ela, as imagens do acervo do Jacob Prudêncio Herrmann mostram uma Porto Alegre que já não existe mais, mas que pode ser conhecida através dos registros que ele deixou. – As cidades são desde muito o centro da vida econômica, política e social de uma comunidade. As fotografias de Jacob e suas relações com a cidade ajudam a compreender a história e a evolução urbana nas suas mais diversas funções, morfologia e tipologias. Possibilitam a visualização do espaço urbano, seus habitantes e seus costumes ao longo do tempo em que Jacob registrou suas imagens, afirma.

Meninos negros – Autoria duvidosa/ Divulgação

As museólogas Eroni Rodrigues e Isabel Ferrugem realizam o trabalho de indexação, catalogação e pesquisa do acervo fotográfico e documental de Jacob Prudêncio Herrmann. Para Eroni Rodrigues, os registros fotográficos de Jacob Prudêncio Herrmann se constituem em testemunhos das transformações ocorridas em diversos setores da sociedade, principalmente, da cidade de Porto Alegre. – Suas fotografias nos revelam uma cidade com as suas mais variadas nuances – costumes locais, crescimento da malha urbana, catástrofe climática, etc. E, dessa maneira, por suscitarem memórias de um passado, o acervo fotográfico representa uma valiosa fonte primária de informações, opina Eroni.

Agora, com o lançamento da plataforma digital, o olhar de Jacob Prudêncio Herrmann encontra novos olhos. Suas imagens, antes guardadas em negativos e álbuns familiares, ganham o mundo — oferecendo não apenas um registro visual do passado, mas uma ponte sensível entre gerações.

FICHA TÉCNICA:

 

Tommaso Mottironi: digitalização do acervo.  geração do website. diagramação e design gráfico de impressos.  acondicionamento do acervo.  produção executiva.

Jorge Herrmann: digitalização do acervo.  coordenação interdisciplinar.  curadoria. pesquisa estética do acervo. palestrante no evento de lançamento.

Eroni Rodrigues e Isabel Ferrugem: pesquisa museológica.  indexação, reorganização e catalogação do acervo.

Luzia Costa Rodeghiero: pesquisa histórica sobre o fotoclubismo.

Analino Zorzi: pesquisa arquitetônica sobre evolução urbana.

Kátia Becker Lorentz: pesquisa histórica sobre processos fotográficos.

José Nilton Teixeira: roteiro e locução de audiodescrição.

Silvia Mara Abreu: assessoria de imprensa .  plano de divulgação .  entrevistas.  clipping .

Carolina Marzulo e Ana Vieira: gestão de divulgação em redes sociais.

Claudia Herrmann e Jeff Minchef: organização e apresentação do projeto em escolas públicas de Porto Alegre.

Documentário sobre mulheres indígenas, na Cinemateca Paulo Amorim

 O protagonismo feminino indígena na atuação coletiva em defesa dos direitos dos povos originários é o tema central do documentário Kunha Karaí e as Narrativas da Terra, que chega às telas da Cinemateca Paulo Amorim nesta quinta-feira (17). As sessões acontecem diariamente (exceto na segunda-feira), sempre às 19h, até o dia 23 de abril, na Sala Norberto Lubisco (Rua dos Andradas, 736 – térreo da Casa de Cultura Mario Quintana). Os ingressos custam R$ 8,00 (meia-entrada) e R$ 16,00 (inteira) na terça, na quarta e na quinta-feira. Já na sexta-feira (feriado), no sábado e no domingo, o valor das entradas é R$ 10,00 (meia-entrada) e R$ 20,00 (inteira).

Longa-metragem dirigido pela cineasta e pesquisadora Paola Mallmann, o filme conta a história de vida de mulheres indígenas brasileiras de diferentes povos e biomas, em que os caminhos de luta política e espiritualidade vinculada ao resgate da ancestralidade se entrecruzam no processo de se tornarem lideranças.

Entre memórias afetivas, sonhos, elementos da cosmovisão ameríndia e gestos de resistência, Kunha Karaí e as Narrativas da Terra nos leva a reconhecer de forma intimista e sensível a autenticidade das relações das entrevistadas com os territórios visitados e com a ancestralidade brasileira.

Foto: Divulgação

O elenco do filme é formado por Elis Alberta Santos (Elis Mura), Shirley Djukurnã Krenak, Alice Martins – Kerexu Takuá, Iracema Gãh Té Nascimento, Celita Xavier, Jera Guarani, Juliana Kerexu, Francisca Arara, Edina Shanenawa, Nedina Yawanawa, Talcira Gomes, Júlia Gimenez, Eryia Yawanawa, Rosa Peixoto, Ermelinda – Yepário, Kedasere, Laurinda Borges e Raquel Kubeo (esta última também colaborou com o processo de pesquisa e produção das filmagens).

O documentário aborda, através das mulheres, o debate sobre mudanças climáticas e proteção dos biomas – elementos que apontam caminhos de fortalecimento da história indígena contemporânea brasileira como vozes da Terra. Rodado entre 2019 e 2022, em diferentes regiões e cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Brasília e Acre, o filme foi lançado em abril de 2024, sendo exibido nos cinemas de Brasília (DF), Palmas (TO), Manaus (AM), Salvador (BA), Ribeirão Preto (SP) e Teresópolis (RJ).

Por conta das enchentes de maio, a estreia do filme em Porto Alegre precisou ser adiada, ainda que, em outubro, o documentário tenha sido exibido em uma sessão especial na Sala Redenção e, no mês seguinte, na Sala Paulo Amorim da Cinemateca Sala Paulo Amorim, dentro do evento Mostra Virada Sustentável.  Agora, Kunha Karaí e as Narrativas da Terra estreia oficialmente nos cinemas gaúchos, com a temporada na Sala Norberto Lubisco.

Foto: Divulgação

“É bem significativo que as pessoas possam assistir ao filme e conhecer a história dessas mulheres e, quem sabe, através delas refletir um pouco sobre sua própria história e sobre os laços com sua ancestralidade e sua responsabilidade na construção do nosso futuro comum como cidadãos”, ressalta a diretora, destacando a importância do lançamento desse documentário em salas de cinema, em especial para novos realizadores. Contando com distribuição independente da Panda Filmes (RS) e da Opará Cultural (RS), Kunha Karaí e as Narrativas da Terra teve produção executiva de Beto Rodrigues, da Linha de Produção Cinema e TV, em produção associada com Opará Cultural, com diversos apoios de articulações locais.

“Vivemos um momento histórico de grande relevância central da pauta dos povos originários, com a recente criação do Ministério dos Povos Indígenas, em articulação com questões globais de grande impacto e esperamos contribuir com essa causa, a partir do nosso ofício, resultando neste registro feito de forma imersiva para os povos indígenas e para todos os brasileiros e brasileiras”, afirma a diretora do filme. Ela destaca a relevância da pauta, citando a ação policial violenta contra os indígenas em marcha pacífica realizada em Brasília no início deste mês, que atingiu também a deputada federal Célia Xakriabá. “Esse incidente mostra o quanto ainda é preciso lutar pelo respeito aos direitos dos povos indígenas”, destaca Paola.

Kunha Karaí e as Narrativas da Terra contou com recursos do edital Programa #Audiovisual Gera Futuro, do Ministério da Cultura (MinC) e também marca a estreia de Paola no formato longa-metragem. A diretora já havia dirigido três curtas-metragens documentais, um deles com vários prêmios e participações em festivais de cinema importantes, como Gramado e Brasília.

Foto: Divulgação

“Conseguir lançar o documentário em salas de cinema é realmente bem importante, por viabilizar a difusão da informação ao público que não acessa obras com essa temática e compromisso social e pelo desafio que é colocar filmes documentários brasileiros dirigido por mulheres no circuito comercial”, comemora a diretora, que também assina o argumento do filme.

“Esse documentário é fruto da imersão no caminho que nos leva ao encontro dos povos originários, revelando as diversidades e o universo plural das mulheres indígenas do Brasil contemporâneo. Torcemos para que o maior número de pessoas possa assistir, compartilhar com amigos, e que o filme se some, às ações do movimento de luta abril indígena, como o ATL que ocupa Brasília todos os anos para reivindicar os direitos garantidos às comunidades indígenas”, observa Paola. Nesta temporada do filme na Sala Norberto Lubisco, a diretora do documentário estará presente na sessão do dia 22 (terça-feira).

Foto: Divulgação

Ficha técnica

Produção: Linha de Produção Cinema e TV

Produção associada: Opará Cultural

Pesquisa, argumento e direção: Paola Mallmann

Direção de Fotografia e Câmera: Pedro Clezar

Direção de som: Guilherme Cássio

Direção de Produção: Flávia Seligman

Montagem e Edição: Vanessa Leal dos Santos

Distribuição: Panda Filmes

Produção executiva: Beto Rodrigues e Gabriel Sager Rodrigues

Duração: 1h45min

Perfil no Instagram: @kunhakarai.ofilme

Livro se debruça sobre a vida e a obra de Trindade Leal (1927-2013)

Dia 5 de abril, sábado, às 10h, na Casa da Memória Unimed Federação RS, Rua Santa Terezinha, 263, em Porto Alegre, faremos o lançamento do livro Trindade Leal – moderno fronteiriço, no mesmo local da retrospectiva do artista, homônima ao livro, com cercas de 100 peças.

O autor do livro e curador da retrospectiva é José Francisco Alves. Entre outros livros seus, as monografias de artistas: curadoria e livro sobre vida e obra de Amilcar de Castro, “Amilcar de Castro – Uma Retrospectiva” (2005, Bienal do Mercosul) e “Stockinger – Vida e Obra” (2012, Multiarte).

Quem foi

Geraldo Trindade Leal, nascido em Sant’Ana do Livramento (1927), cidade gaúcha limítrofe do Brasil com o Uruguai, foi um dos precursores do modernismo no Rio Grande do Sul. Criança, foi educado em Porto Alegre e São Paulo (Colégio Dante Alighieri). Sua formação artística em Porto Alegre foi autodidata, eis que foi recusado de ingressar no Instituto de Belas Artes do RS, pelos acadêmicos. Voltou a São Paulo e foi onde sua carreira profissional começou, no 1.º Salão Paulista de Arte Moderna, em 1951. A partir de 1952, começou suas andanças, do litoral fluminense à Salvador. Na Bahia, trabalhou com Mário Cravo Júnior (1923-2018). Lá, observou que os temas regionais estavam representados na arte moderna baiana. Quando voltou ao Rio Grande do Sul, mergulhou na cultura gaúcha, a partir da vivência na Fazenda Olaria, de parentes no interior de Livramento, pautando seus temas gauchescos na pintura e no desenho.

Além dos temas regionais gauchescos, foram diversas as suas fases. Entre elas, o erotismo, as temáticas fantásticas – como a famosa série “Lobisome” – e o lirismo de suas memórias de infância; esta última, sua maior produção em tempo e número de obras, entre princípios da década de 1970 até o seu falecimento, em 2013, na cidade de Cruz Alta, quando estava aos cuidados da filha.

Suas mais importantes participações e atividades foram em São Paulo, entre 1951 e cerca de 1970, estando ligado a exposições, eventos e atividades com instituições a exemplo da Bienal de São PauloPrêmio Leirner de Arte ContemporâneaMuseu de Arte Moderna de São PauloFAAP e TV Tupi. Nessa emissora, por exemplo, durante 1960, trabalhou diariamente na confecção dos cenários dos programas musicais, que eram transmitidos ao vivo. O acervo fotográfico sobre esta atividade de Trindade Leal, incluído no livro, é um raríssimo registro da história da TV brasileira.

Trindade Leal realizou individuais na Oxumaré (Salvador), no IBEU (RJ), Museu de Arte Moderna de Florianópolis, MARGS e MASP, entre outros locais.

O local do lançamento do livro é a Casa da Memória Unimed Federação/RS. Trata-se de um espaço criado em 2019 para atividades artísticas e culturais. As exposições mais recentes têm focado na história da arte do Rio Grande do Sul, sob curadoria de José Francisco Alves, com retrospectivas de nomes históricos, como Pedro Weingärtner* (1853-1929), José Lutzenberger (1882-1951) e Nelson Boeira Faedrich* (1912-1994). E agora, com Trindade Leal. A exposição seguinte será do italiano, inicialmente radicado em São Paulo, Angelo Guido* (1893-1969). *Curadas conjuntamente com Marco Aurélio Biermann Pinto.

O livro, realizado sem recursos públicos, tem tiragem reduzida e poderá ser encontrado também on-line, a R$ 150,00:

Amazon

https://www.amazon.com.br/dp/6599726240

Estante Virtual

https://www.estantevirtual.com.br/sebos-e-livreiros/ponto-arte?sellerId=1006016

vida Amostra do Livro TRINDADE LEALvida Amostra do Livro TRINDADE LEALA mostra Trindade Leal – Moderno Fronteiriço estará em exibição nos horários da Casa da Memória, em Porto Alegre-RS, até dia 3 de maio, de segundas a sextas, das 13h às 18h. Em sábados, abrirá para o lançamento (5 de abril) e no dia do encerramento da exposição, 3 de maio.

Adeli Sell lança “Memórias do PT gaúcho-vol. 2”, no Chalé da Praça XV

Adeli Sell, militante histórico do Partido dos Trabalhadores RS , dirigente, ex-vereador, ex- secretário municipal em administrações petistas, há anos vem resgatando  o que ele chama de “as memórias” vivenciadas do PT gaúcho”
Na próxima quinta-feira, dia 20, às 17h30min às 20h ele promove o lançamento do livro “Memórias do PT gaúcho, vol. 2” no Chalé da Praça XV.
Segundo Adeli “em 202, foi lançado o seu primeiro volume, cujos lançamentos e debates foram prejudicados  pela pandemia, agora em 2025 acontece o volume II.”
Adeli salienta que o primeiro “foi um trabalho de
rememorizações das suas andanças e de elementos fundantes em tempos áridos.”
No volume II, Adeli Sell traz alguns textos de militantes
históricos, como Selvino Heck e David Stival, que presidiram o partido no Estado. Notas sobre a vida de militantes do PDT, PSB e PCB que vieram ao PT.
Começa a resgatar a memória de seus núcleos de base, dos debates das tendências, a necessidade de atualizar as concepções do Modo Petista de Governar e Legislar. Não deixa de listar uma série de tópicos nos quais considera ter lacunas no partido.
Lembra também a memória de militantes históricos como Clóvis Ilgenfritz da Silva, Lorim, “Mulita”, Pedro Carleti, entre outros.
O livro está à venda por 50 reais. Pedidos podem ser feitos ao autor – 51.999335309 – com envio pelos correios, sem custos adicionais.

Projeto “Curta no Jardim” com novas sessões, na Casa de Cultura Mario Quintana

A Casa de  Cultura Mario Quintana (CCMQ), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), promove, a partir da próxima quinta-feira (20/2), três novas sessões do projeto Curta no Jardim. Serão exibidos dez curtas-metragens do Acervo Videobrasil, uma plataforma de arte sem fins lucrativos, com curadoria do artista visual, pesquisador e professor Marco Antônio Filho. As sessões são gratuitas, sempre às 19h30, no Jardim Lutzenberger, localizado no 5° andar da CCMQ.

A primeira sessão, na quinta-feira (20/2), intitulada “Ruínas da Terra”, apresentará os curtas “Contornos”, de Ximena Garrido-Lecca; “1978: Cidade Submersa”, de Caetano Dias; e “A Idade da Pedra”, de Ana Vaz. Segundo Filho, as três produções dialogam ao apresentar paisagens que emergem a partir do triunfo do projeto capitalista moderno. “Os vídeos apresentam o espaço não como algo inerte, mas como o conjunto de camadas estratificadas de existências que resistem às constantes tentativas de obliteração e apagamento”, afirma o curador.

No dia 6 de março, o encontro terá como tema “Máquina e Imaginário”, e discutirá o papel das imagens técnicas na naturalização de ideologias e na criação de memórias. Serão exibidas as produções “Artifícios do Olhar”, de Joacélio Batista e Pablo Lobato; “Landscape Theory”, de Roberto Bellini; “Paisagem em Fuga: Apreensão”, de Glaucis de Morais; e “The Age of Happiness”, de Damir Ocko.

A última sessão, que ocorrerá no dia 20 de março, intitulada “Dizer o Mundo”, buscará discutir as obras “Trecho”, de Clarissa Campolina e Helvécio Marins Jr.; “Mientras paseo en cisne”, de Lara Arellano; e “Sertão de acrílico azul piscina”, de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz. A partir das exibições, o curador incentivará o público a lançar o olhar à ação de viajar como um ato triplo: o deslocamento no espaço, a contemplação introspectiva e a fabulação narrativa.

Em caso de chuva, as duas primeiras sessões ocorrerão na Sala Sérgio Napp 2, no 2° andar da Casa, e a última, no Auditório Luís Cosme, no 4° andar.

Sobre o projeto

Sucesso de público, a iniciativa Curta no Jardim, criada em 2024, é uma realização da CCMQ em parceria com o Instituto Estadual do Cinema (Iecine) e a Cinemateca Paulo Amorim – instituições da Sedac. Por meio do projeto, organizações culturais projetam suas coleções nas paredes do Jardim Lutzenberger, que, no ano passado, recebeu a Fundação Vera Chaves Barcellos, o Cine Esquema Novo e o projeto Tela Indígena. O Acervo Videobrasil será a quarta a expor seu acervo, que conta com vídeos, videoinstalações, arte eletrônica e registros de performances.

O plano anual da CCMQ é financiado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio direto do Banrisul; patrocínio prata de Hyundai, Lojas Renner e EDP; apoio de Tintas Renner, Banco Topázio, e iSend; e realização da Sedac e do Ministério da Cultura – Governo Federal.

Serviço

Curta no Jardim

Sessão 1 “Ruínas da Terra”
Quando: Quinta-feira, 20 de fevereiro, às 19h30

  • Ximena Garrido-Lecca, “Contornos”, 2014. ️© Acervo Videobrasil

  • Caetano Dias, “1978 – Cidade Submersa”, 2010. ️© Acervo Videobrasil

  • Ana Vaz, “A Idade da Pedra”, 2013. ️© Acervo Videobrasil

Sessão 2 “Máquina e Imaginário”
Quando: Quinta-feira, 6 de março, às 19h30

  • Joacélio Batista e Pablo Lobato, “Artifícios do Olhar”, 2005. ️© Acervo Videobrasil

  • Roberto Bellini, “Landscape Theory”, 2005. © Acervo Videobrasil

  • Glaucis de Morais, “Paisagem em Fuga: Apreensão”, 2004. © Acervo Videobrasil

  • Damir Ocko, “The Age of Happiness”, 2009. © Acervo Videobrasil

Sessão 3 “Dizer o Mundo”
Quando: Quinta-feira, 20 de março, às 19h30

  • Clarissa Campolina e Helvecio Marins Jr., “Trecho”, 2006. ️© Acervo Videobrasil

  • Lara Arellano, “Mientras paseo en cisne”, 2010. ️© Acervo Videobrasil

  • Marcelo Gomes e Karim Aïnouz, “Sertão de acrílico azul piscina”, 2004. ️© Acervo Videobrasil

Abertas inscrições para curso de dubladores, em Canoas

Programação realizada pelo Projeto Dublapoa conta com curso intensivo, oficinas livres, aula técnica online e bate-papo com profissionais da área

Segmento do audiovisual que mantém o mercado aquecido anualmente, a dublagem oferece inúmeras oportunidades de trabalho para atores e atrizes do teatro e do cinema. Com o objetivo de colaborar na qualificação desse público, o Projeto Dublapoa irá realizar, no próximo mês, uma série de atividades na cidade de Canoas (RS), iniciando com uma palestra ministrada por profissionais de notoriedade nacional. Na sequência, ainda ocorrem presencialmente um curso intensivo de dublagem e duas oficinas livres, além de uma aula técnica online. As inscrições estão abertas e devem ser feitas através de formulários específicos para cada atividade (que podem ser acessados via QR Code publicado nas redes sociais da Dublapoa e em material gráfico, distribuído em pontos estratégicos da cidade).

Iniciativa financiada pela Lei Paulo Gustavo (edital nº 14/2023, voltado ao setor audiovisual), o projeto, denominado Dublagem em Canoas, é idealizado pelas atrizes Silvana da Costa Alves e Fera Carvalho Leite – que, desde 2017, promovem de forma independente diversas capacitações na área, através do Projeto Dublapoa. Nesta edição, o curso e as oficinas contarão com valores subsidiados e bolsas de estudo, e serão ministrados por três professores da empresa Dubrasil – Central de Dublagem: André Rinaldi (ator, dublador, locutor e diretor de dublagem), Victor Moreno (ator e dublador) e Bruno Sangregório (ator, dublador e filmaker).

Foto: Dublapoa/divulgação

Aberto a qualquer pessoa interessada, o evento de abertura terá entrada franca e acontecerá às 19h do dia 12 de março, no Colégio Estadual Marechal Rondon (rua Santini Longoni, 147). Na ocasião, os professores dubladores irão realizar um bate-papo com o público presente, além de explicar como funciona o mercado de dublagem e o cotidiano de gravações. A atividade contará com mediação de Marcelo Figueiredo, diretor da Radioativa Game Sounds, e terá tradução para LIBRAS, além de ser transmitida ao vivo pelas redes sociais do Projeto Dublapoa. Voltado para atores e atrizes com registro profissional (provisório ou definitivo), o curso intensivo de dublagem acontece nos dias 13, 14, 15 e 16 de março, nos turnos da manhã (das 9h às 13h) e da tarde (das 14h30min às 18h30min), no estúdio Handle Foley Sound.

Antecedendo as atividades teóricas e práticas – com metodologia diferenciada das encontradas no mercado –, às 19h do dia 11 do mesmo mês, ainda haverá uma aula de fonoaudiologia para os participantes da qualificação, ministrada pela fonoaudióloga Ligia Motta. O valor do investimento é de R$ 500,00. Dentre as dez vagas disponibilizadas para esta atividade, uma contará com bolsa integral. A seleção para o benefício será feita por currículo (através de carta de interesse) e é destinada para ator ou atriz profissional residente em Canoas, com preferência para pessoa preta ou indígena.

Dublapoa/divulgação

Já as oficinas livres de dublagem são voltadas para não-atores, a partir dos 11 anos de idade.  As turmas, com dez vagas cada, serão divididas nos dias 15 (para adultos, a partir de 17 anos de idade) e 16 de março (para crianças e jovens até 16 anos), e ocorrem na Casa de Artes Villa Mimosa, das 9h às 12h. Em ambos os casos, serão disponibilizadas cinco bolsas integrais para pessoas pretas e indígenas. Para as demais, o investimento é de R$ 100,00.

Além disso, no dia 17 de março, das 14h às 17h, os alunos da turma do curso intensivo de dublagem terão acesso a um conteúdo adicional de criação de home studio e gravação remota, durante aula ministrada pelo professor Anderson Carvalho, coordenador técnico de dublagem da Dubrasil. A atividade ocorre de forma remota. Tanto a qualificação profissional como as oficinas livres oferecem certificação aos participantes que concluírem 100% das horas/aula.

 Dublagem em Canoas – Programação:

11/03: Aula específica, com a fonoaudióloga Ligia Motta

  • Local: Handle Foley Sound (endereço será divulgado por email, aos inscritos)
  • Horário: das 19h às 22h
  • Público alvo: participantes do curso intensivo.

12/03: Palestra de André Rinaldi, Victor Moreno e Bruno Sangregório (professores dubladores da Dubrasil), com mediação de Marcelo Figueiredo (diretor da Radioativa Game Sounds)

  • Local: Colégio Estadual Marechal Rondon (Rua Santini Longoni, 147 – Canoas)
  • Horário: 19h
  • Aberto ao público, com entrada franca

13/03 a 16/03: Curso Intensivo de Dublagem – aulas teóricas e práticas, com metodologia diferenciada, ministradas por professores da Dubrasil (André Rinaldi, Victor Moreno e Bruno Sangregório)

  • Público alvo: atores e atrizes com registro profissional (provisório ou definitivo)
  • Local: Handle Foley Sound (endereço será divulgado por email, aos inscritos)
  • Horário: das 9h às 13h e das 14h30min às 18h30min
  • Investimento: R$ 500,00*

*uma das dez vagas contará com bolsa integral para pessoa preta ou indígena, residente em Canoas (seleção por currículo, através de carta de interesse)

15/03: Oficina Livre de dublagem (adultos, a partir de 17 anos de idade)

  • Público alvo: não-atores
  • Local: Casa de Artes Villa Mimosa (endereço será divulgado por email, aos inscritos)
  • Horário: das 9h às 12h
  • Investimento: R$ 100,00*

*cinco bolsas integrais para pessoas pretas ou indígenas

16/03: Oficina Livre de dublagem (crianças e adolescentes de 11 até 16 anos)

  • Público alvo: não-atores
  • Local: Casa de Artes Villa Mimosa (endereço será divulgado por email, aos inscritos)
  • Horário: das 9h às 12h
  • Investimento: R$ 100,00*

*cinco bolsas integrais para pessoas pretas ou indígenas

17/03: Aula técnica online sobre de criação de home studio e gravação remota, ministrada por Anderson Carvalho (coordenador técnico de dublagem da Dubrasil)

  • Público alvo: atores e atrizes com registro profissional (provisório ou definitivo) inscritos no curso intensivo de dublagem
  • Horário: 14h às 17h*

*o link será enviado para a turma, juntamente com todas as informações pertinentes do curso presencial

INSCRIÇÕES: Aqui o link para os formulários, com mais informações: https://linktr.ee/dublapoa

Dublapoa: https://www.instagram.com/dublapoa/

 

A primeira edição do Samba da Conselheiro, no coração do Quarto Distrito

Dançar, socializar e levar diversão. Esses são os objetivos do projeto Samba da Conselheiro – Samba de Roda da Glau, no dia 14 de fevereiro, em Porto Alegre. A 1ª edição do evento, que acontece na Conselheiro Travassos, 203, no Quarto Distrito, tem entrada franca, e inicia a partir das 18h. A novidade chega para levar muita alegria e samba na calçada, como nos tempos antigos. 

Conforme Glau Barros, o repertório destacará grandes do samba como Leci Brandão, Dona Ivone Lara, Jovelina Pérola Negra, Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes, além de Jorge Aragão e Almir Guineto. “Estou muito animada para a estreia da roda de samba da Glau! Esse projeto nasce com a força e a ancestralidade da nossa cultura, trazendo o melhor do samba e dos ritmos afro-diaspóricos para celebrar a música, a comunidade e a resistência. A expectativa é de uma noite vibrante, cheia de energia, encontros e muito batuque. Que essa roda seja um espaço de troca, de alegria e de reafirmação das nossas raízes. Axé e que venha muito samba”,conclui. Lembrando que a Kombi cervejeira da Veterana estará estacionada próximo ao evento, afinal samba e cerveja tem tudo a ver.

Nascida em Porto Alegre e criada em Gravataí, Glau começou como cantora de uma banda de MPB e pop rock na década de 1990. Como atriz, desde 2002 faz parte do Grupo Caixa Preta de Teatro, no qual interpretou personagens clássicos do teatro, como Antígona (Sófocles) e Ofélia (Shakespeare). Em 2019, lançou Brasil Quilombo, trabalho ganhador do Prêmio Açorianos de Melhor DVD. No ano seguinte, graças ao edital da Fundação Marcopolo, produziu o projeto Sambaobá – A Raiz Feminina do Samba, no qual destacou mulheres cantoras, intérpretes e instrumentistas de várias cidades gaúchas.

SERVIÇO:

SAMBA DA CONSELHEIRO – SAMBA DE  RODA DA GLAU

Data: 14 de fevereiro

Horário: a partir das 18h

Local: Conselheiro Travassos, 203, em frente ao Nosso Tap Room, no Quarto Distrito

Entrada: gratuita

Arte preta e periférica retorna em atividade colegial, com apresentação dos Poetas Vivos

Colégio Estadual Carlos Fagundes de Mello, em Porto Alegre, recebe projeto que valoriza a arte preta e periférica

No dia 17 de fevereiro, quando as aulas voltarem, às 10h, o Coletivo Poetas Vivos marcará o retorno de suas atividades em 2025 com a apresentação do show exclusivo “Heróis Negros – O Show Tem Que Continuar!” no Colégio Estadual Carlos Fagundes de Mello, localizado na Vila Farrapos, Zona Norte de Porto Alegre. A apresentação, que faz parte da retomada cultural do grupo, tem como objetivo reforçar a importância da cultura hip-hop dentro das escolas, além de trabalhar temas fundamentais ao grupo, como resistência, saúde mental, afeto e autoestima.

Com o apoio do PROGRAMA RETOMADA CULTURAL RS – BOLSA FUNARTE DE APOIO A AÇÕES ARTÍSTICAS CONTINUADAS 2024, o projeto visa proporcionar um momento de identificação e empoderamento para a juventude periférica, utilizando a arte como ferramenta de transformação social e enfrentamento ao racismo. O show contará com a participação dos cinco integrantes do coletivo – Felipe Deds, Mariana Marmontel, DaNova, Dj Ericão e Maicon PNA – e será uma oportunidade única de reconexão entre os artistas e a comunidade escolar, especialmente após os desafios enfrentados pela região devido às enchentes e a paralisação de atividades artísticas.

“Este projeto é um ato de resistência e renovação. Queremos mostrar aos jovens da periferia que dentro de cada um de nós existe um herói negro, que pode transformar sua realidade por meio da arte”, afirma Felipe Deds, um dos fundadores do Coletivo Poetas Vivos.

Além da apresentação musical de 30 minutos, os artistas promoverão um bate-papo com os alunos, abordando a importância da arte no enfrentamento das dificuldades e como ela pode servir como uma poderosa ferramenta de mudança pessoal e profissional. A interação será seguida de uma sessão de fotos e autógrafos, marcando esse momento de aproximação entre artistas e estudantes.

O projeto também busca reafirmar a presença de jovens artistas pretos no cenário cultural do Rio Grande do Sul e possibilitar que seus versos e composições, carregados de vivências reais, se tornem um espelho para a juventude local. O coletivo tem como missão valorizar a arte preta e periférica, além de fomentar o empreendedorismo artístico na comunidade.

Sobre o Poetas 

Fundado em 2018, o Poetas Vivos é um coletivo cultural composto por jovens artistas negros, com o objetivo de fortalecer a arte preta e periférica. O grupo promove ações de educação, literatura, música e afro empreendedorismo, realizando atividades culturais em mais de 100 escolas e espaços culturais em Porto Alegre e outras localidades. Seu trabalho visa à valorização da autoestima, a saúde mental e a resistência antirracista.

SERVIÇO:

O quê: Show exclusivo “Heróis Negros – O Show Tem Que Continuar!”

Quando: 17 de fevereiro de 2025, sexta-feira, às 10h

Onde: Colégio Estadual Carlos Fagundes de Mello, Rua Irmã Maria José Trevisan, 200, Bairro Navegantes, Porto Alegre-RS

Participação: Poetas Vivos (Felipe Deds, Mariana Marmontel, DaNova, Dj Ericão, Maicon PNA)

Quanto: Exclusivo para estudantes do Colégio Estadual Carlos Fagundes de Mello

Celebrando os 60 anos do flautista Pedrinho Figueiredo, com canções que marcaram sua carreira

No dia 19 de fevereiro (quarta-feira), Pedrinho Figueiredo celebra 60 anos com uma grande festa no Espaço 373. O encontro de músicos começará com um quarteto formado por Antonio Flores (guitarra), Edu Saffi (contrabaixo), Luiz Mauro Filho (piano) e Kiko Freitas (bateria), seguido por uma JAM (Junção de Amigos de Músicos) com vários convidados.

No repertório, músicas que marcaram a carreira do flautista, como Se eu quiser falar com Deus (Gilberto Gil), que está no CD Primeira Impressão; o próprio samba Primeira Impressão, de Pedrinho Figueiredo; e canções de nomes como Alegre Corrêa, Daniel Sá e Paulo Dorfman.

Mil músicas 

Essa é a soma de uma carreira de sucesso do multi-instrumentista e entusiasta da música instrumental contemporânea com base no folclore do Rio Grande do Sul e países vizinhos, que ainda traz na bagagem aproximadamente 250 discos e DVDs com sua assinatura como técnico de gravação e produtor musical. Desses 60 anos de vida, 35 são ao lado de Renato Borghetti, com quem se apresentou em mais de 40 países.

Nos anos 1980 e 1990, participou intensamente de festivais no Estado, conquistando 23 prêmios de “Melhor instrumentista” e dois de “Melhor Arranjador”. Ainda nos anos 1990 foi produtor musical em várias edições do Festival da Moenda da Canção (Santo Antônio da Patrulha), de duas do Musicanto Sul-americano da Canção (Santa Rosa) e de três do Festival de Música de Porto Alegre. Pedrinho Figueiredo também conquistou o Prêmio Açorianos em seis edições como Melhor Instrumentista e Melhor Produtor Musical.

Pedrinho Figueiredo – Foto Karine Rossi/ Divulgação

Desde 1997, escreve arranjos para orquestras de câmara, sinfônicas e bandas sinfônicas, contribuindo para a aproximação da música popular com as salas de concerto. Escreveu para intérpretes regionais e nacionais, entre eles Ivan Lins, Lenine, Zeca Baleiro, MPB 4, Shana Müller, Luiz Carlos Borges, Nelson Coelho de Castro, Vítor Ramil e Zé Caradípia, totalizando cerca de 800 arranjos. Em 2017, foi convidado pela Ospa para apresentar sua primeira peça sinfônica, “Lua Rosa”, quando, mais uma vez, atuou como solista.

Como técnico de sonorização, é responsável pelas apresentações do Renato Borghetti Quarteto, nas turnês internacionais, da Orquestra Villa-Lobos e do grupo vocal Expresso 25 e coordena o Festival Choro Jazz de Jericoacoara, um dos maiores festivais de música instrumental do país. Desde 2020, integra o Coletivo Músicos Online, coordenado pelo Ajurinã Zwarg, com direção artística de Itiberê Zwarg, que tem como membro os grupos de Hermeto Pascoal e da Itiberê Família. Este Coletivo gravou músicas de compositores de várias partes do mundo e lançou trabalhos no Brasil, Estados Unidos, Japão e França.

Em 2023, Pedrinho lançou o álbum Jogo de Peteca em duo com o pianista Paulo Dorfman. O projeto incluiu a gravação ao vivo no teatro da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, material de áudio e partituras e um bate-papo entre Pedrinho Figueiredo e Paulo Dorfman sobre as composições, seus aspectos técnicos e inspirações no site do artista. Pode ser visitado no site www.pedrinhofigueiredo.com/jogodepeteca

SERVIÇO
19 de fevereiro | Quarta-feira | 21h
60 anos de Pedrinho Figueiredo
Ingressos:
Ingressos antecipados:

Informações e reservas de mesas pelo WhatsApp: (51) 999 99 23 15
Espaço 373: Rua Comendador Coruja, 373 – Bairro Floresta