“Os dois nobres parentes” um conto de Chaucer, teatralizado por Shakespeare

 

A coleção Shakespeare da Editora Movimento – 5

OS DOIS NOBRES PARENTES

p/William Shakespeare

& John Fletcher

Tradução interlinear, introdução e notas de Elvio Funck

Porto Alegre, Editora Movimento, 2016, 248p.

Em coedição com EDUNISC, Santa Cruz do Sul, RS.

“Palamon e Arcite, personagens centrais desta obra, querem sair da Tebas corrupta, onde o vício é virtude e a virtude, vício. Como eles dizem, o leite da vaca tem o gosto do pasto que a alimenta, ou seja, como não ficar corrupto em meio a tanta corrupção?”

Tendo o argumento dessa peça sido retirado de um conto de Chaucer (de certo modo o codificador da língua inglesa), no Prólogo, o Coro diz assim:

É Chaucer, por todos admirado, o pai desta história;

nela, por toda a eternidade ele vive.

Se não fizermos jus à nobreza da obra de Chaucer

e o primeiro som que esta criança ouvir for um apupo,

como haverão de se agitar os ossos daquele bom poeta

e como ele haverá de chorar debaixo da terra: Ó, longe

de mim esta palha sem gosto de um escritor tão ruim,

que destrói minha reputação de poeta e faz menos caso de minhas

obras do que das histórias de Robin Hood. Este é nosso medo.

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