Luta em defesa da FZB completa 31 meses, com nova mobilização dia 25

Manifestações em defesa da FZB, resistência que já dura 31 meses/Cleber Dioni Tentardini

O Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente ( MoGDeMA) e os grupos  Apoio à Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul e Comunidade RS promovem no dia 25 de março, domingo de tarde, no Jardim Botânico de Porto Alegre, um nova mobilização em defesa da FZB. A luta contra o fechamento da instituição já dura 31 meses.
Os organizadores criaram uma página no Facebook para incentivar a participação, reforçar as adesões à causa e chamar a atenção para o contexto do desmonte da FZB, “que a cada dia se acentua mais, com a transferência de técnicos para a SEMA, o esvaziamento de salas e demissões.” Confira a página do evento aqui.
“Jardim Botânico, Parque Zoológico e Museu de Ciências Naturais nunca estiveram correndo tanto perigo! Tudo a serviço dos interesses do governo do RS em desmantelar o estudo e o cuidado com o meio ambiente. Nosso querido Jardim Botânico corre o risco de se tornar uma mera praça, o Zoológico poderá ser concedido à iniciativa privada sabe-se lá a que termos e o Museu poderá se tornar um depósito de coleções sem a adequada curadoria e uso científico”, denunciam.
Um fato ocorrido na quarta-feira, dia 14 deste mês, serve de exemplo para o esvaziamento das atividades da Fundação Zoobotânica: o presidente Luiz Branco notificou os funcionários que as três instituições vinculadas à FZB estão proibidas de receber animais machucados, abandonados e vítimas do tráfico para serem tratados e reconduzidos aos seus habitats. Dessa forma, o Centro de Triagem de Animais Silvestres, do Parque Zoológico, o CETAS, perde sua finalidade.
“Precisamos demonstrar nosso apoio à Fundação Zoobotânica! Se não for agora, possivelmente amanhã será tarde”, convocam os ambientalistas para o evento.
Mobilizações começaram em 2015 
A luta contra o fechamento da instituição já dura 31 meses. Confira aqui um retrospecto das manifestações. As mobilizações iniciaram em agosto de 2105, logo após o governo do Estado apresentar à Assembleia Legislativa, com pedido de urgência para votação, o projeto de lei (PL) 300, prevendo a extinção da Zoobotânica e outras duas fundações, de Esporte e Lazer (Fundergs) e Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps). 
Lá, começaram também as mobilizações em defesa da FZB. No primeiro sábado de agosto daquele ano, cinco servidores estenderam faixas nas grades do Jardim Botânico. Foram programados piqueniques e abraços simbólicos à instituição, ao longo da avenida Salvador França.
O corpo técnico da Fundação reuniu-se na tarde daquele sábado para decidir que providências seriam tomadas. Foram organizadas audiências públicas, manifestações, abaixo-assinados.
Pressionado, o governo decidiu cancelar essa proposta mas não demorou para apresentar um projeto mais abrangente, através do projeto de Lei 246.
Esse Pl foi aprovado pelos deputados em 20 de dezembro de 2016, e autorizou o fechamento de outras oito fundações e duas companhias, além da Zoobotânica: Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS), Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF), a Fundação de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), Fundação de Economia e Estatística (FEE), Fundação Piratini, Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), Fundação Estadual de Planejamento (Metroplan).
 

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