Educadores e pesquisadores do Museu de Ciências Naturais (MCN) comemoraram 20 anos do Projeto O Museu vai à Escola, junto à comunidade escolar do Tiradentes, colégio estadual da Brigada Militar, em Porto Alegre.
Essa edição teve mostra de grupos de algas, mamíferos, plantas herborizadas, além da apresentação do kit didático de “vertebrados fósseis do RS”. Também teve palestra do biólogo Roberto Oliveira sobre as serpentes do Rio Grande do Sul.
Márcia Severo Spadoni, da Seção de Educação Ambiental e Museologia do MCN, diz que o objetivo é aproximar os estudantes do mundo científico, através do contato com peças de acervo. “Um museu como o nosso, com trabalhos fantásticos, tem um papel fundamental na sociedade e, portanto, tem que ir além das pesquisas e de suas coleções”, diz a educadora ambiental, formada em História com especialização em psicopedagogia.
Coleções são referências no país e exterior *
As coleções científicas do MCN são consideradas pelos especialistas o maior acervo de material testemunho da biodiversidade dos ecossistemas terrestres e aquáticos do RS. A coleção de insetos, por exemplo, é considerada a melhor do Estado, com cerca de 400 mil exemplares, e está entre as cinco melhores do Brasil, no que diz respeito à conservação e organização.
Além da quantidade, a qualidade das coleções é outro fator que chama a atenção dos pesquisadores de fora. Acervos conservados, atualizados e devidamente identificados frequentemente rendem elogios aos servidores, ambos indissociáveis das coleções.
O Museu realiza ainda outras atividades como Ciência na Praça e Museu de portas abertas, que oportuniza visitas guiadas às coleções. O MCN está aberto para visitação de terça a domingo, das 10h às 17h.
Conheça um pouco mais na reportagem Coleções da Zoobotânica somam mais de 600 mil exemplares da fauna e flora nativas.
* Do livro Patrimônio Ameaçado (2019)
Autor: Cleber Dioni Tentardini
Marcada audiência pública para avaliar situação das fundações extintas por Sartori
Uma audiência pública para debater a situação das fundações estaduais extintas no governo Sartori, e dos seus servidores, foi marcada para 7 de novembro, no Plenarinho da Assembleia Legislativa.
A audiência foi proposta pelos parlamentares Luiz Fernando Mainardi (PT), Luciana Genro (PSol) e Juliana Brizola (PDT), que visitaram nos últimos meses a FEE (Fundação de Economia e Estatística), Fepagro (Pesquisa Agropecuária) e Cientec (Ciência e Tecnologia) em junho; Fundação Piratini (TVE e FM Cultura), em agosto; e Zoobotânica, em setembro.
A partir dos debates na audiência, um relatório será apresentado ao governador Eduardo Leite pelos deputados.
“A tentativa do governo anterior não se realizou. Não houve nem enxugamento da máquina, nem economia e os serviços que eram prestados estão paralisados ou em risco”, disse o deputado Mainardi após a última visita, na Fundação Zoobotânica.
“Parece-me, após essas visitas, que a decisão de Sartori foi mais ideológica do que pragmática. Não deu certo. Servidores e cidadãos estão sendo prejudicados. Não tem sentido manter um erro que é reconhecido por todos”, conclui.
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