Empresa de porte médio que mais cresce no Brasil, a Renovigi Energia Solar, finalizou o ano de 2018 atendendo a 35,9% das empresas que revendem equipamentos fotovoltaicos no país.
Os dados foram apresentados no último levantamento feito pela Greener, empresa de pesquisa e consultoria especializada no setor, e publicado neste mês de janeiro.
“Até final de 2017 tínhamos cerca de 60 mil painéis solares instaladas em todo o território nacional, hoje já ultrapassamos 220 mil. Se considerarmos o consumo médio no Brasil, isso significa energia para mais de 50 mil residências”, comemora Alcione Belache.
Segundo dados divulgados nesta mesma pesquisa da Greener, o setor movimentou R$ 7,4 bilhões no ano passado, sendo que deste montante R$ 4 bilhões no segmento de geração distribuída, e R$ 3,4 bilhões na área de parques solares de grande porte.
Já as empresas que projetam, vendem e instalam módulos fotovoltaicos, cresceram mais de 120%, de 2,7 mil em janeiro de 2018 para mais de 6 mil até o início deste ano.
“As pessoas estão percebendo, dia após dia, as vantagens de produzir a sua própria energia a partir de uma fonte gratuita e disponível a todos, que é o sol.
Estes números que demonstram o aumento da procura, tanto por parte das empresas instaladoras, quanto por parte do consumidor final. Mostra que o nosso trabalho de conscientização está dando certo. É preciso enxergar a geração de energia fotovoltaica como um investimento”, finaliza Alcione.
Sobre a Renovigi
Com mais de 220 mil painéis solares já distribuídos no Brasil, a Renovigi se destaca no mercado fotovoltaico brasileiro pela excelência no atendimento e pela qualidade de seus produtos. Hoje a empresa é líder em satisfação do consumidor, com 99,8% de clientes que indicariam a marca para um amigo, além disso, está no pódio nacional de preferência das empresas instaladoras e foi premiada pela EXAME e Deloitte como a Média Empresa com maior crescimento no Brasil. Esses números são fruto do empenho mútuo entre a equipe Renovigi e suas mais de 3000 empresas credenciadas, espalhadas por todas as regiões do país.
Autor: da Redação
Cais Mauá tem até segunda para explicar "plano piloto" ao TCE
Esgota-se na segunda-feira, 25, o prazo dado pelo Tribunal de Contas aos gestores do Cais Mauá para que esclareçam o tipo de intervenção que pretendem fazer na área com o anunciado “plano piloto”.
Concessionário desde 2010 da principal área do porto em Porto Alegre, junto ao centro histórico da capital, o consórcio Cais Mauá do Brasil (CMB) ainda não conseguiu dar partida às obras de revitalização e urbanização do local.
Há um ano, junto com nova direção e recomposição acionária e após a licença ambiental, foi anunciado o começo da restauração dos principais armazéns, que são tombados pelo patrimônio público.
Máquinas escavadeiras foram fotografadas no local e o então diretor chegou a anunciar negociações com empresas interessadas em participar do empreendimento.
Nada aconteceu, por conta de inúmeros incidentes, entre eles uma ação da Polícia Federal que investigava suspeita de fraude num dos fundos que aportaram recursos ao projeto.
Há duas semanas, já com novo diretor, o CMB anunciou uma mudança nos planos.
Em vez de começar pela restauração dos armazéns, na área central do porto, os trabalhos começariam pela ponta, junto à Usina do Gasômetro, numa área de dois hectares.
Sem maiores detalhes, foi informado que seria aberto um estacionamento para 600 automóveis e instalações para eventos e canchas de tênis de praia. “É um´plano piloto”, explicou o novo diretor.
A notícia nos jornais, acionou o procurador Geraldo da Camino, do Ministério Público de Contas que acompanha o processo desde o início.
Já em 2010, por instância dele, o Tribunal de Contas do Estado, instaurou uma Inspeção Especial para acompanhar a execução do projeto.
Agora, Da Camino pediu ao relator do processo, conselheiro Alexandre Postal medida cautelar para suspender “qualquer intervenção da arrendatária na área do empreendimento até que sejam sanadas e elucidadas as questões suscitadas”.
A medida, segundo o Procurador, se justifica pelas mesmas razões que foi requerida a Inspeção Especial: “ausência de definição da disponibibilidade de recursos financeiros para o projeto, a necessidade de esclarecer o regime urbanístico aplicável à área e os riscos para os armazéns que são tombados pelo patrimônio público”.
A “Promoção” do Procurador foi emitida em 11 de fevereiro e a cautelar do relator no dia 18 de fevereiro, com prazo de cinco dias para o gestor da CMB responder aos questionamentos. É o prazo que vence segunda-feira, 25.
O JÁ tentou falar com a CMB, mas foi informado pela assessoria de que só irão se manifestar depois e atendidas as exigências do TCE.
Biblioteca Pública estadual distribui kits de livros para bibliotecas do interior
O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Rio Grande do Sul (SEBP-RS) está distribuindo para bibliotecas públicas municipais, do interior gaúcho e da Região Metropolitana de Porto Alegre, kits de livros resultantes de doações de autores e contrapartida de obras publicadas com financiamento da Lei de Incentivo à Cultura e Lei Rouanet.
Instituições que nunca efetuaram a retirada, levam 78 titulos e as que já o fizeram, recebem os exemplares que chegaram depois, já que o SEBP-RS recebe constantemente novas publicações.
Os títulos abrangem literatura adulta e infantil, fotografia, cultura gaúcha, entre outros assuntos.
Alguns dos títulos disponíveis são:“Sepé Tiaraju”, romance dos Sete Povos das Missões de Alcy Cheuiche e Leonid Streliaev; o songbook “Luiz Carlos Borges, a Alma Atada na Gaita”; “Guga, Imagens de uma Vida” de José Eduardo Moura; “Quando os Diabos Eram Loiros”, romance de Marcos Francisco Reimann; “O Sumiço da Boneca Princesa”, livro infantil de Rosaria Garcia Costa, ilustrado por Cassiano da Rosa e pela autora; “Bienal 11, o Triângulo Atlântico”, do Minc e Sedactel, sobre a 11ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul/2018; “Bienal do Mercosul 2018), programa educativo/material pedagógico, pelo MinC e Sedactel 2018; “Revolução Farroupilha” edição revisada, com poesias de Luiz Coronel e ilustração de Danúbio Gonçalves; “Vila do IAPI- Orientações para Conservação” – da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, com organização de Luiz Antônio Bolcato Custório e Manuela Franco Lopes da Costa.
O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do RS funciona no prédio da Biblioteca Pública do Estado/BPE (Riachuelo, 1190, esquina com General Câmara), no Centro Histórico da capital gaúcha e é coordenado pela bibliotecária Morgana Marcon. As prefeituras que quiserem receber livros podem entrar em contato pelo fone (51) 3225-1124 ou pelo e-mail sebprs@gmail.com.
Transferência dos líderes do PCC foi o maior golpe no crime organizado
Se o promotor Lincoln Gakiya está certo, a transferência de 22 líderes do PCC para presídios federais de Segurança Máxima é o maior golpe já dado na maior organização do crime organizado no país.
O Primeiro Comando da Capital (PCC) baseado em São Paulo, hoje tem ramificações em quase todos os Estados. Depois de um intrincado planejamento, Gakiya conseguiu que a Justiça autorizasse a operação.
Ele diz que a remoção isolou o primeiro e o segundo escalões da facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios, com ramificações internacionais.
E acredita que não haverá retaliação por parte do crime organizado. “O Estado se preparou. A inteligência vem se preparando. As polícias estão posicionadas”, avalia.
Gakiya diz que os chefes criminosos foram surpreendidos e que o líder principal, Luciano Camacho, o Marcola, terá dificuldades em seguir no comando da organização.
O promotor diz, porém, que o PCC não vai acabar. “Seria muita pretensão da nossa parte. O que eu acho é que essa geração de líderes pode ser modificada”, afirmou Gakiya, que atua no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP) em Presidente Prudente, interior de São Paulo.
Os criminosos foram levados de unidades prisionais paulistas para penitenciárias federais em Mossoró, no Rio Grande do Norte, Brasília (DF), e Porto Velho em Rondônia.
A megaoperação de transferência foi autorizada pela Justiça e envolveu representantes do MP e de forças de segurança do governo paulista, além das forças armadas.
O grupo, segundo Gakiya planejava resgatar Marcola e outros membros que estavam detidos em São Paulo. Eles ainda são acusados de planejar ataques criminosos em outros estados.
Gakiya, que investiga o PCC há mais de dez anos e vive sob escolta policial 24 horas por dia.
Veja abaixo trechos da entrevista que o promotor, considerado inimigo número 1 pela facção, deu ao G1:
O que o senhor gostaria de falar agora?
Lincoln Gakiya – O importante era manter o efeito surpresa. Uma remoção dessa natureza implica muitos riscos. Nunca foi feita na história do estado de São Paulo. Decidimos fazer isso em outubro e os presos só saberiam da remoção quando ela nitidamente se concretizasse. O fato é que o pedido acabou vazando para a imprensa.
Isso atrapalhou?
Lincoln Gakiya – Atrapalhou muito porque, veja, a partir daí os presos tomaram ciência de que o estado, no caso o Ministério Público, pretendia removê-los. Então dá tempo para você se preparar, passar o comando para outros integrantes. Mas a gente acabou superando isso e conseguimos agora em fevereiro, quando achavam que isso não seria mais feito, conseguimos concretizar essa remoção. Então de certa maneira os presos acabaram sendo surpreendidos pela remoção. Nesses 15 já está o primeiro e segundo escalão, mais os 7. Está meio misturado ali.
Essa liderança tinha quais funções?
Lincoln Gakiya – Todas as ações de coordenação, de comando, dessa organização criminosa eram feitas pela ‘sintonia final’ a mando do Marcola. E o que era decidido ali, no colegiado, passava por ‘sintonias gerais’, que é o segundo escalão, e alguns presos também que assumiriam essas funções também acabaram removidos. A gente conseguiu detectar quais seriam esses presos que iriam ficar no lugar do Marcola e dos demais, e a gente removeu o grupo.
Por que demorou tanto tempo essa transferência?
Lincoln Gakiya – A transferência não é uma operação simples. Ela depende primeiro de ajustes com o governo estadual, Secretaria da Segurança Pública [SSP] e Secretaria da Administração Penitenciária [SAP], porque envolve todo o sistema penitenciário, 230 mil presos no estado todo. Envolve a segurança pública também. Então, nós não podíamos agir de uma maneira isolada. Desde o início da descoberta desse plano, nós do Ministério Público já fizemos tratativas com o governo estadual, pelas secretarias da Segurança e da Administração da época, para que essa remoção fosse feita o mais rápido possível. Então, o ideal é que essa remoção fosse feita o mais rápido possível. Nós tivemos aí durante as tratativas as eleições, no primeiro e segundo turnos, que acabaram atrapalhando também um pouco os planos de remoção, porque a polícia estava toda mobilizada para garantir as eleições. Fazer uma remoção desse porte com eleições seria arriscado.
A ideia era fazer a remoção no período das eleições?
Lincoln Gakiya – Logo depois das eleições.
Qual o pedido de transferência para os 15 presos?
Lincoln Gakiya – Os 15 por conta de liderar organização criminosa e havia risco de serem resgatados. Marcola, o irmão dele.
O plano de resgate foi descoberto por quem?
Lincoln Gakiya – Pela Secretaria da Administração Penitenciária e por nós também, pela inteligência do Ministério Público.
E os outros sete são por qual motivo?
Lincoln Gakiya – Os sete são pela Operação Echelon, que eles comandavam a ação do PCC na sintonia dos outros estados, fora do estado de São Paulo. Ataques que tiveram em Minas Gerais, Ceará na época, e em outros locais. Esses presos comandaram os ataques de dentro da penitenciária. Foram identificados através de caligrafia, por cartas, e eles foram isolados no RDD [Regime Disciplinar Diferenciado]. Também foi pedida a remoção deles para a federal.
E as ameaças que o senhor recebeu por cartas?
Lincoln Gakiya – Estão em apuração ainda. Mas indícios apontam que foi uma determinação da cúpula. Inclusive a carta deixa bem claro: se o Marcola fosse removido, se o ‘amigo’ fosse removido, era para me executar. Isso era uma tentativa talvez de a gente recuar e não fazer o pedido [de remoção dos presos].
O senhor investiga a facção desde quando? E desde quando conta com segurança?
Lincoln Gakiya – Investigo assim, de maneira ininterrupta, desde 2005. Eu conto com segurança já há praticamente 10 anos. Na verdade, desde 2006 eu já tenho andado escoltado, mas com uma escolta mais discreta. Hoje eu conto com uma escolta mais reforçada.
Escolta por tempo ininterrupto?
Lincoln Gakiya – 24 horas.
Como o senhor convive com isso?
Lincoln Gakiya – Você tem uma restrição na sua vida pessoal. Você, praticamente, não tem vida social mais. Porque a escolta é fortemente armada. Acaba constrangendo as pessoas. E também há risco em locais abertos. Então tudo isso a gente evita. Mas isso não é só comigo. Várias pessoas, várias autoridades do estado estão na mesma situação.
Por que o senhor decidiu investigar a facção apesar desses riscos?
Lincoln Gakiya – Eu acho que o Estado tem de ser mais forte do que a organização criminosa. E eu sou mais um. Se eu sair, vem outro promotor que vai fazer as minhas funções da mesma maneira. Não é uma pessoa só. É uma instituição.
Houve algum registro de reação por parte de presos nas ruas ou unidades prisionais a essa transferência?
Lincoln Gakiya – Por enquanto não há registro nenhum.
Por que o senhor acredita que não vai haver retaliação?
Lincoln Gakiya – Eu acredito porque o Estado se preparou. Na verdade, isso está sendo gestado desde outubro. A inteligência vem se preparando. As polícias estão posicionadas. O sistema penitenciário hoje ele é quase que totalmente automatizado. Então, por precaução, os presos estão trancados.
Então não houve nenhuma negociação entre o Ministério Público e governo com a facção para realizar essa transferência.
Lincoln Gakiya – Claramente. O Ministério Público não compactua com qualquer tipo de acordo. Seja formal, tratado diretamente com o Marcola, ou seja tácito, que eles ameacem e a gente recue para não ter retaliação. Então eu sempre deixei isso bem claro. Se o Estado não entrasse com o pedido, o Ministério Público entraria, como de fato fez.
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Marcola em imagem de arquivo
Com a transferência de Marcola, ele deixa a liderança da facção para quem?
Lincoln Gakiya – Na verdade nós englobamos, nos pedidos de remoção desses 22 presos, 15 que estavam na P2 [Penitenciária 2 de Presidente Venceslau] e sete que estavam no RDD [em Presidente Bernardes], os possíveis sucessores dos integrantes da “Sintonia final”, e não só do Marcola.
Quem poderia assumir?
Lincoln Gakiya – Isso eu não posso adiantar, mas os que poderiam assumir imediatamente foram removidos.
O MP está tomando medidas para asfixiar economicamente a facção?
Lincoln Gakiya – Existem investigações em curso. Era até uma ação bem delicada na época. Não é uma investigação fácil. A gente tem indícios bem fortes de que hoje há uma evasão de divisas através de doleiros. Esse dinheiro é mandado para fora, para o Paraguai, para a Bolívia, principalmente. Não fica mais em São Paulo e no Brasil.
Esse é um braço da investigação que depende também de ação conjunta e integrada com o governo federal. Tentar fazer essas tratativas ou retomar essas tratativas com o ministro [da Justiça, Sérgio] Moro.
1 – A facção vai acabar?
Lincoln Gakiya -“Não. Infelizmente, não. O PCC não vai acabar. Seria muita pretensão da nossa parte. O que eu acho é que essa geração de líderes pode ser modificada. Essa geração de liderança está aí no poder, o Marcola, por exemplo, de maneira estável, desde 2003. Sem mudança nenhuma. Com Marcola e com a maioria desses líderes, não só daqueles que morreram.”
Marcola estando em presídio federal, a chance de ele continuar tendo ação sobre a facção existe?
Lincoln Gakiya – Ela existe, mas ela a logística é mais complicada. Primeiro que eles vão ficar 30 dias isolados. Eles já foram separados. Estavam todos juntos na P2. Eles conseguiam se comunicar tranquilamente. Todo fim de semana eles tinham visita, visita íntima inclusive. Inclusive as cartas com ameaças, foram pegas com visita. As ordens entravam e saíam de maneira tranquila dentro e de uma semana e até menos por conta de advogados.
Essa transferência para outros estados não pode fortalecer a expansão nacional da facção?
Lincoln Gakiya – Não acredito. O que pode acontecer, às vezes, é eles fazerem alguma aliança com uma ou outra organização, mas isso cada estado tem de cuidar de mantê-los isolados também de outras facções. Eu não acredito que a ida da liderança vai ter esse efeito. Pelo contrário, vai alijar a liderança. Pelo menos vai dificultar para que ela tenha o comando.
Acordo entre empresas e sindicatos eleva em 4,2% o piso regional em SC
As federações empresariais e centrais sindicais laborais de Santa Catarina chegaram a consenso para atualizar o mínimo regional.
Os pisos acordados para as quatro faixas foram de R$ 1.158, R$ 1.201, R$ 1.267 e R$ 1.325. O índice médio de reajuste foi de 4,29%.
Os novos valores foram acordados durante reunião na FIESC, nesta terça-feira (12), em Florianópolis, e são retroativos a janeiro.
“A aproximação entre os trabalhadores e os empresários é saudável e o diálogo equilibrado leva à construção de um estado melhor e mais justo”, afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Ele ressaltou a importância da negociação coletiva. “A negociação é tradicional em Santa Catarina e mostra que chegamos a um acordo que atende trabalhadores e empregadores”, completou.
“A negociação é um processo importante e cada dia que passa estou mais convencido disso. Valoriza tanto os empresários quanto os trabalhadores. O fechamento de um acordo tem grande significado para o movimento e as entidades sindicais”, afirmou o diretor da Federação dos Trabalhadores no Comércio (FECESC), Ivo Castanheira.
Entre os representados na negociação estiveram pelo lado empregador: FIESC (Federação das Indústrias de SC); FAESC (Federação da Agricultura); FECOMÉRCIO (Federação do Comércio), FETRANCESC (Federação das Empresas de Transportes de Cargas) e Federação dos Hospitais (FEHOESC). Representaram os trabalhadores: FECESC, FETIESC, FETIAESC, Força Sindical, Nova Central dos Trabalhadores, UGT, CUT, FETAESC e Dieese.
(Com informações da Assessoria de Imprensa)
Veja abaixo as faixas que compõem o mínimo regional:
Piso Atual | Piso Proposto | |
Primeira Faixa | R$ 1.110 | R$ 1.158 |
Segunda Faixa | R$ 1.152 | R$ 1.201 |
Terceira Faixa | R$ 1.214 | R$ 1.267 |
Quarta Faixa | R$ 1.271 | R$ 1.325 |
Trabalhadores que integram as quatro faixas do mínimo regional catarinense:
Primeira faixa:
- a) na agricultura e na pecuária;
- b) nas indústrias extrativas e beneficiamento;
- c) em empresas de pesca e aquicultura;
- d) empregados domésticos;
- e) em turismo e hospitalidade; (Redação da alínea revogada pela LPC 551/11).
- f) nas indústrias da construção civil;
- g) nas indústrias de instrumentos musicais e brinquedos;
- h) em estabelecimentos hípicos; e
- i) empregados motociclistas, motoboys, e do transporte em geral, excetuando-se os motoristas.
Segunda faixa:
- a) nas indústrias do vestuário e calçado;
- b) nas indústrias de fiação e tecelagem;
- c) nas indústrias de artefatos de couro;
- d) nas indústrias do papel, papelão e cortiça;
- e) em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas;
- f) empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas;
- g) empregados em empresas de comunicações e telemarketing; e
- h) nas indústrias do mobiliário.
Terceira faixa:
- a) nas indústrias químicas e farmacêuticas;
- b) nas indústrias cinematográficas;
- c) nas indústrias da alimentação;
- d) empregados no comércio em geral; e
- e) empregados de agentes autônomos do comércio.
Quarta faixa:
- a) nas indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico;
- b) nas indústrias gráficas;
- c) nas indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana;
- d) nas indústrias de artefatos de borracha;
- e) em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito;
- f) em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, em turismo e hospitalidade;
- g) nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas;
- h) auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino);
- i) empregados em estabelecimento de cultura;
- j) empregados em processamento de dados; e
- k) empregados motoristas do transporte em geral.
- I) empregados em estabelecimentos de serviços de saúde.
Texto: Assessoria de Imprensa da Fiesc
Governo estuda vender até 49% das ações ordinárias do Banrisul
Em entrevista para apresentação do novo presidente do Banrisul, nesta quinta feira, o governador Eduardo Leite disse que o governo do Estado poderá vender ações ordinárias do banco “no limite do controle”, se isso for necessário para concluir o acordo para suspensão da dívida com a União.
Isso significa que o Banrisul poderá negociar até 49% das ações ordinárias (com direito a voto).
Até agora, o governo vendeu ações preferenciais do banco (sem direito a voto).
“Nosso é compromisso de manter o banco público mas diante da necessidade de aderir ao Regime de Recuperação Fiscal estamos analisando todas as possibilidades de ativos para atender as exigências do acordo. A venda de ações ordinárias do Banrisul até o limite do controle, que não abriremos mão, sé uma das alternativas”, disse Leite.
O novo presidente do Banrisul, Claudio Coutinho disse que será feito um estudo analisando essa e outras alternativas de ativos que o banco pode oferecer, mas que a decisão será do controlador, ou seja o governador Eduardo Leite.
Formado em economia e engenharia no Rio de Janeiro, Coutinho é mais um egresso do BNDES a integrar a equipe econômica do governo Eduardo Leite.
Desfile na Rua da Praia abre o "Liquida Porto Alegre" sexta-feira
Panificadoras e padarias serão alvo de fiscalização especial
A Equipe de Vigilância de Alimentos fechou por falta de condições sanitárias panificadora Porto Pão, na zona Norte da Capital, na semana passada.
No local foram identificados “problemas estruturais e higiênico-sanitários que podem representar riscos à saúde pública”.
A ação dos fiscais foi motivada por denúncia feita à Ouvidoria do município (156).
A denúncia, sobre presença de fezes de rato e partes de aranha em um produto comprado no local, foi considerada procedente durante a vistoria realizada.
O agente de fiscalização, Adalberto Rosa, explica que não há prazo para as adequações serem feitas.
“Depois de finalizados os trabalhos e providenciadas as medidas apontadas na notificação, a empresa deve solicitar nova vistoria, que deverá ser realizada para a liberação do local, retorno da produção e comercialização de alimentos”, finaliza.
Na lista de exigências consta: limpeza minuciosa e imediata das instalações, reforma e limpeza de máquinas, equipamentos e utensílios, isolamento de áreas de produção, instalação de barreiras físicas eficientes contra insetos, roedores e pássaros, instalação de kit de higienização de mãos para os manipuladores, retirada de estrados de madeira do local de produção e realizar desinsetização e desratização do local, além de contratação de um responsável técnico (RT) ou assessor técnico habilitado.
Além das adequações, a Porto Pão tem que regularizar o seu alvará de localização (o alvará vigente é para comércio-padaria), e o alvará sanitário para a atividade de indústria de panificação.
A Equipe de Vigilância de Alimentos, da secretaria municipal da Saúde, assumiu este ano a fiscalização das Indústrias de Panificação e Confeitaria em Porto Alegre, substituindo a Vigilância do Estado (2ª Coordenadoria Regional de Saúde do RS), que era responsável por este serviço.
Em setembro do ano passado, segundo a chefe da equipe Paula Rivas, a EVA já reuniu os responsáveis pelas indústrias de panificação e confeitaria, da qual participou o responsável pela Porto Pão, empresa autuada.
Paula Rivas informou que as indústrias de panificação e confeitaria passaram a ser um eixo específico de atuação da Equipe de Vigilância de Alimentos, com fiscalização permanente.
Com lucro de R$ 1 bilhão, Banrisul diz que tem "apetite para investir"
Vinte por cento a mais de lucro e menor inadimplência entre os grandes bancos foram destaques nos resultados de 2018 do Banrisul, apresentados nesta terça-feira.
O banco público gaúcho obteve aumento de 20,3% no lucro líquido recorrente – que chegou a R$ 1,09 bilhão, “maior valor em 90 anos de história”.
Percentualmente, foi um desempenho superior a alguns dos principais players privados nacionais: o lucro do Bradesco foi de 13,4%, a do Itaú Unibanco chegou a 3,4%.
Segundo o presidente Luiz Gonzaga Veras Mota, há “apetite para financiar investimentos no Rio Grande do Sul”.
“Temos mais de R$ 2 bilhões no BNDES em linhas para repasse no estado. Há uma confiança para a retomada da economia, e o banco está preparado para esse momento. Estamos prospectando operações, à disposição para quem quer desenvolver-se aqui”, declarou.
A carteira de crédito do banco cresceu 8,6% em 2018.
Mais do que cresceram o Bradesco (7,8%) e o Itaú (7,9%). Na média nacional o mercado de crédito cresceu 5,5%, segundo o Banco Central.
Através do crédito, o Banrisul injetou R$ 47,2 bilhões na economia gaúcha em 2018. O índice de cobertura, que chegou a 300%, também foi ressaltado:
“Para cada real de inadimplência, temos três guardados. Isso nos dá segurança para seguir multiplicando a oferta de crédito”, pontuou. Bradesco (245%), Santander (241%) e Itaú (200%) tiveram performances inferiores ao Banrisul no ano que passou.
Boa parte dos mais de R$ 34 bilhões em operações destinam-se ao varejo – tanto pessoas físicas como jurídicas. São 73,4% para essa parcela, ou R$ 25 bilhões.
O setor imobiliário representa 12,1%, ou R$ 4,1 bilhões. Crédito rural (R$ 2,4 bilhões), câmbio (R$ 1,5 bilhão) e financiamento de longo prazo (R$ 920 milhões) completam a carteira.
“No auge da crise, em 2015, houve uma baixa na oferta de crédito. Retomamos definitivamente agora, e ainda há muito espaço para crescer”, pontuou o executivo.
A redução da inadimplência foi outro fator importante no resultado do Banrisul: caiu pela metade em dois anos, chegando a 2,6%. Foi o melhor desempenho na comparação com os três principais bancos privados do país: Bradesco e Itaú atingiram 3,5%, e Santander chegou a 3,1%.
Os ativos totais do Banrisul subiram em 5,6%, somando avanço de 30% nos últimos quatro anos. E o retorno sobre os ativos (ROA) também animou a diretoria, pois o resultado está em linha com as grandes instituições financeiras nacionais. Com média anual de 1,5%, o percentual ficou em cerca de 1,7% nos últimos dois trimestres – desempenho semelhante a Bradesco, Itaú e Santander, com 1,6%, 1,6% e 1,7%, respectivamente.
(Com informação da Assessoria de Imprensa)
Crédito da foto: David Pires.
Pedido de CPI foi arquivado mas Judiciário seguirá sob pressão
Em apenas um dia da semana passada, o senador estreante Alessandro Vieira (PPS-SE), conseguiu as 27 assinaturas necessárias para uma CPI, imediatamente apelidada de “Lava Toga”, para investigar os ministros do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça.
Na segunda-feira, porém, depois de um fim de semana de conchavos houve uma reversão: três senadores retiraram o apoio à apuração: Tasso Jereissatti (PSDB-CE), Kátia Abreu (PDT-TO) e Eduardo Gomes (MDB-TO).
O movimento obrigou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre(DEM-AP), a arquivar o pedido de investigação.
O arquivamento, contudo, significa apenas uma “trégua temporária”.
O senador Vieira informou que estuda outras maneiras de obter apoio a investigação, se apresentando um novo pedido com outras 27 assinaturas ou apenas substituindo as que foram retiradas.
“Essa não é uma demanda de um ou outro senador, mas de toda a sociedade. Não pode haver democracia se um poder for imune ao debate, críticas e fiscalizações”, afirmou.
A ação do senador coincide com uma série de manifestações nas redes sociais, principalmente entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que tentam minar a credibilidade das altas cortes e especialmente do STF.
Há ao menos outras duas ofensivas em curso, que vão testar seu poder de fogo nas próximas semanas e meses.
Movimentos sociais e ativistas prometem apresentar mais uma série de pedidos de impeachment de ministros do STF, que tramitam pelo Senado. Enquanto isso, na Câmara, há um movimento incipiente para derrubar a Proposta de Emenda à Constituição que aumentou de 70 para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória dos ministros do STF e de tribunais superiores.
Se revogada a chamada PEC da Bengala, o Governo Bolsonaro poderia indicar até quatro nomes para o STF até o fim do mandato –uma das agitadoras da campanha é a deputada Bia Kicis (PSL-DF).
“Ativismo judicial” e Gilmar Mendes
No requerimento em que solicitava a abertura da CPI, o senador Vieira ressaltava quatro razões para investigar as Cortes, que ele as definiu como distorções do funcionamento dos tribunais:
1) uso abusivo de pedidos de vista para retardar ou inviabilizar decisões do plenário;
2) o frequente desrespeito ao princípio do colegiado;
3) a distinção entre o lapso de tramitação de pedidos, a depender do interessado e;
4) a participação de ministros em atividades econômicas incompatíveis com a Lei Orgânica da Magistratura.
“Temos até ministros empresários. E isso não pode, o magistrado só pode ser juiz ou professor, qualquer atividade fora disso é irregular”, disse o senador.
Há 20 anos, uma CPI do Judiciário foi a responsável por ajudar a polícia a desvendar os desvios de 169 milhões de reais da construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.
O caso resultou na futura condenação do então senador Luiz Estevão e do juiz Nicolau dos Santos Neto, que ficou nacionalmente conhecido como Lalau.
Na frente dos movimentos sociais e ativistas, o primeiro alvo de pedidos de impeachment deve ser Gilmar Mendes, que já teve cinco requerimentos do tipo arquivados pelo Senado em anos anteriores.
Uma reportagem da revista Veja da semana passada apontou Mendes e sua esposa, a advogada Guiomar Mendes, como investigados por auditores da Receita Federal por delitos como corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência.
O documento obtido pela revista mostra que os fiscais da Receita afirmam, de forma genérica que “o tráfico de influência normalmente se dá pelo julgamento de ações advocatícias de escritórios ligados ao contribuinte ou seus parentes, onde o próprio magistrado ou um de seus pares facilita o julgamento”.
Assim que a informação vazou, Mendes pediu que o Supremo tomasse providências.
No mesmo dia, o Ministério da Economia determinou a abertura de uma sindicância para investigar os investigadores. Em nota, a Receita negou que haja provas contra Mendes e a mulher.
Em sua defesa, o ministro negou qualquer irregularidade, afirmou que a Receita não pode se transformar na Gestapo (a polícia política do nazista alemão Adolf Hitler), reclamou de abuso de poder e que é alvo de ataques de sua reputação.
Outros pedidos devem ser apresentados contra os ministros Toffoli e Ricardo Lewandowski. O anúncio foi feito pelo advogado e jurista Modesto Carvalhosa em sua conta no Twitter. Ele é autor de outros dois pedidos que acabaram arquivados.
Dos 11 ministros da atual composição do STF, oito já foram alvos de 20 pedidos de impeachment desde o ano de 2008, todos arquivados pelo presidente da ocasião.
Além de Mendes, Toffoli e Lewandowski, já houve tentativas de destituição de Roberto Barroso, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello, Edson Fachin e Rosa Weber. Apenas Celso de Mello, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes não responderam a nenhuma representação.
O principal argumento para o arquivamento era “inépcia da inicial”, ou seja, que não havia a comprovação de delitos cometidos pelos denunciados.
(Com informações do Senado, G1 e El País)