Bolsonaro leva crise para dentro do BNDES

Em entrevista, neste sábado,  Bolsonaro disse que o presidente do BNDES,  Joaquim Levy está “com a cabeça a prêmio”, porque ainda não demitiu um assessor, que ele quer fora do banco.
Falando com os repórteres na saida do Palácio do Alvorada, o presidente tocou no assunto: “Qual o nome do assessor do BNDES? (Pergunta a assessores): Marcos Pinto. O Levy o nomeou para uma função no BNDES. Eu já estou por aqui com o Levy. Falei para ele: demita esse cara na segunda-feira ou eu demito você sem passar pelo Paulo Guedes”.
E completou:
– Um governo tem de ser assim. Quando coloca gente suspeita em cargos importantes e essa pessoa, como o Levy, já vem há algum tempo não sendo leal àquilo que foi combinado e àquilo que ele conhece a meu respeito. Ele está com a cabeça a prêmio já tem algum tempo.
O assessor em questão é o advogado Marcos Barbosa Pinto, que Levy nomeou como diretor da área de Mercado de Capitais do BNDES, que é responsável pelos investimentos da BNDESPAR, que financiam os grandes projetos de infra-estrutura. .
“Com laços com o PT, Marcos Pinto foi chefe de gabinete de Demian Fiocca na Presidência do BNDES. Fiocca era um dos principais nomes da gestão de Guido Mantega”.
“Pinto foi sócio da Gávea Investimentos, gestora de recursos fundada por Armínio Fraga, e diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de 2007 a 2010. É bacharel em direito pela Universidade de São Paulo, mestre em direito pela Universidade de Yale (EUA) e doutor em direito pela Universidade de São Paulo”.
A situação de Joaquim Levy ficou insustentável e se ele cair agora, a crise da gestão Bolsonaro chega ao principal banco de fomento do país, o único com financiamentos de longo prazo, para grandes projetos de base, exatamente os mais importantes na hora de recuperação da economia.
(Com informações do G1)

CUT faz balanço da greve: protestos em todas as capitais e mais de 300 cidades

No início da tarde, a CUT Nacional publicou em seu site um balanço da greve geral:
“Em todas as capitais, no Distrito Federal e em mais de 300 cidades brasileiras, trabalhadores e trabalhadoras protestam contra a reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL) desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (14).
Até o momento, aproximadamente 45 milhões de trabalhadores e trabalhadoras foram envolvidos na greve geral, segundo balanço divulgado pelas centrais sindicais.
No início da manhã, motoristas e cobradores de ônibus e trabalhadores dos metrôs de várias capitais cruzaram os braços. Em São Paulo, parte das linhas de ônibus, trens e várias estações do Metrô estão paradas, especialmente nas Zonas Norte e Leste da capital paulista.
CONFIRA O MINUTO A MINUTO DA GREVE GERAL NO BRASIL
Em capitais de estados como Ceará (Fortaleza) e Pernambuco (Recife) e no Distrito Federal (Brasília), ônibus e metrôs pararam. Em capitais como João Pessoa, Curitiba, Maceió, Rio de Janeiro e Salvador, protestos bloquearam vias da cidade e saídas dos ônibus das garagens.
No ABC paulista, 98% das fábricas do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC estão fechadas, 65 mil trabalhadores cruzaram os braços contra o fim da aposentadoria e por mais empregos. No início da madrugada, o presidente da CUT, Vagner Freitas, e o Secretário-Geral, Sérgio Nobre, estiveram com os trabalhadores da Volks, em São Bernardo do Campo.
Em praticamente todo o país, as agências bancárias amanheceram fechadas. Em São Paulo, principal centro financeiro do país, os bancos não abriram.
Confira o que está acontecendo nos estados:
No Acre, trabalhadores, estudantes e sindicalistas protestaram fazendo bloqueios em frente a pelo menos uma garagem de ônibus da capital Rio Branco.

Ato em frente a garagem de ônibus, no Acre

No Amazonas, alunos e professores fecharam parcialmente a entrada da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). No Centro Histórico da capital, Manaus, bancários se reuniram às 7h na Praça da Polícia em um ato que contou também com os trabalhadores de refinarias da Petrobras.
No Amapá, professores, técnicos administrativos e estudantes da universidade federal (Unifap) fizeram ato a partir das 9h, em Macapá, e as aulas foram suspensas.
Em Alagoas, rodoviários atrasaram o início da jornada em 2 horas na capital, Maceió. Teve também paralisação na porta do CEPA, maior complexo educacional de Alagoas, em Maceió, contra os cortes na educação e contra a reforma da Previdência.

Ato dos trabalhadores em frente ao CEPA, em Alagoas

Na Bahia, motoristas e cobradores pararam os ônibus e trens de Salvador, mas o metrô funcionou porque a Força Nacional foi para dentro dos trens fazer pressão. Na capital, teve manifestação na Rótula do Abacaxi nesta manhã, no sentido shopping da Bahia.
Em Ilhéus, Itabuna e Lauro de Freitas foram registrados atos de trabalhadores e trabalhadoras nesta manhã. A BR-101 foi bloqueada em Eunápolis, Itamaraju, Teixeira de Freitas e no Extremo sul da Bahia, no município de Mucuri. Os trabalhadores também paralilsaram as atividades no Polo Petroquímico de Camaçari.

Brasil de FatoPopulação vai às ruas em Ilhéus, na Bahia
Ato em Itabuna, Bahia
CUT-BABR-101, na Bahia, completamente parada

No Ceará, tem paralisação dos transportes coletivos e no início da manhã o presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, participou de ato organizado pelos trabalhadores do Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante. Os manifestantes cruzaram os braços em protesto contra a reforma da Previdência (PEC 06/2019). Em Juazeiro do Norte também teve protesto dos trabalhadores.

CUT-CEÔnibus parados na capital cearense

No Distrito Federalmotoristas, cobradores de ônibus, BRT e trabalhadores do Metrô pararam o transporte público de Brasília. Trabalhadores e trabalhadoras da educação, do serviço público, da iniciativa privada, terceirizados, de autarquias e empresas públicas também cruzaram os braços.
Em Goiás, motoristas e cobradores atrasaram o início da jornada em protesto contra a reforma de Bolsonaro.
No Maranhão, rodoviários do transporte coletivo paralisaram as atividades desde as 4h na capital, São Luís.
No Mato Grosso do Sul, motoristas e cobradores da capital, Campo Grande, atrasaram o inicio da jornada de trabalho em protesto contra a reforma da Previdência e começaram a voltar a partir das 7h.
Em Minas Gerais, várias estações do Metrô amanheceram fechadas e foram realizados protestos em várias vias da capital, Belo Horizonte. Na Praça Afonso Arinos, teve manifestação dos trabalhadores e trabalhadoras, que saíram às ruas para protestar contra a reforma da Previdência, em defesa da educação e por mais empregos.

FotoStudiumAto na Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte

No Mato Grosso, houve paralisação parcial dos transportes em Cuiabá e Várzea Grande.
No Pará, trabalhadores impediram a saída dos ônibus das garagens em protesto contra a reforma e contra decisão judicial que determinou que 90% dos veículos circulassem. Os bancários também paralisaram as agências do estado. Em São Felix do Xingu também teve protesto contra a reforma da Previdência e por mais empregos.

Bancos amanheceram fechados no Pará
Trabalhadores protestam em São Félix do Xingu, no Pará

No Paraná, em Curitiba, capital paranaense, algumas garagens de empresas de transporte coletivo amanheceram fechadas.
Em Londrina e em Maringá, onde teve repressão da polícia militar contra os trabalhadores, motoristas e cobradores aderiram em peso à greve geral.
Em Cascavel, mais de 5 mil trabalhadores realizaram uma marcha pelo centro da cidade com gritos de ordem “a nossa luta é todo dia, educação não é mercadoria”. #GreveGeral!
Ato em Cascavel, no Paraná
Na Paraíba, trabalhadores foram as portas das garagens de ônibus no início da manhã fazer protestos e debates sobre a importância de parar pela aposentadoria. Na Universidade Federal de Campina Grande, também na Paraíba, um policial agridiu uma estudante que participava da greve e dos protestos na universidade.

Em Pernambuco, motoristas e cobradores de ônibus e do VLT de Recife estão parados e os trens funcionam parcialmente. Escolas públicas e agências do INSS também estão fechadas. Em cidades do interior, como Guaranhuns, foram registrados atos logo pela manhã, no dia da #grevegeral em defesa das aposentadorias, da educação e por mais empregos.
Em Jaboatão dos Guararapes, os trabalhadores da Limpeza Urbana, de três garagens de ônibus, e da Prefeitura Municipal, decidiram cruzar os braços.

Brasil de FatoAto em Guaranhuns, em Pernambuco
Agência do INSS fechada no Recife
Trabalhadores de Jaboatão dos Guararapes cruzaram os braços

No Piauí, motoristas e cobradores de ônibus estão parados na capital, Teresina, onde também teve manifestação contra a reforma da Previdência com mais de dois mil trabalhadores e trabalhadoras.
Socorro Silva/CUT-PI
No Rio Grande do Norte, motoristas e cobradores de Natal pararam no início da manhã e começaram a deixar as garagens a partir das 7h. O setor industrial também amanheceu todo parado. A CUT e movimentos sociais fecharam a rotatória de Extremoz, região metropolitana de Natal, desde as primeiras horas da greve geral, para protestar contra a reforma da Previdência do governo de Bolsonaro que praticamente acaba com o direito à aposentadoria dos brasileiros e brasileiras.
Policiais militares não identificados agrediram trabalhadores e trabalhadoras, entre eles a presidenta da CUT-RN, Eliane Bandeira e Silva, crianças e idosos que participavam dos protestos nesta sexta-feira (14).

Ato no Rio Grande do Norte

No Rio Grande do Sul, a greve geral começou com milhares de trabalhadores, trabalhadoras e estudantes protestando em frente às garagens de ônibus e nas rodovias. Os motoristas e trabalhadores dos trens da Região Metropolitana de Porto Alegre aderiram à greve geral pela aposentadoria e por mais empregos, mas foram reprimidos com violência pelas tropas de choque da Brigada Militar, que jogaram centenas de bombas de gás lacrimogêneo. Soldados a cavalo fizeram perseguições e, pela primeira vez no estado, um caminhão da BM atirou jatos de água em manifestantes, que caminhavam pacificamente na Avenida Bento Gonçalves, em Porto Alegre.

Na capital, trabalhadores de várias empresas também pararam no início da manhã. Pelo estado, diversas categorias, como petroquímicos, petroleiros, professores, sapateiros, bancários, municipários, agricultores familiares, trabalhadores rurais, servidores públicos e trabalhadores da saúde e da alimentação, pararam as atividades nesta manhã e protestaram contra a reforma da Previdência e os cortes na educação.

CUT-RSBrigada Militar de Porto Alegre avança sobre os grevistas

No Rio de Janeiro, os trabalhadores foram atacados pela Polícia Militar ao fazer atos de protesto em várias vidas importantes da capital. O transporte público funcionou na capital.
Em Santa Catarina, motoristas e trabalhadores de ônibus pararam na capital Florianópolis e em Blumenau. Trabalhadores dos Correios e os servidores públicos também aderiram à greve. Em Joinvile, trabalhadores estão concentrados na Praça da Bandeira. Em Itaberaba, trabalhadores também se concentraram na praça principal da cidade. Tem paralisação também em Caxambu do Sul e Chapecó de várias categorias profissionais.
Em São Paulo, trabalhadores fizeram bloqueios pacíficos na Avenida do Estado, que liga a capital a cidades da Região do ABC e em outras avenidas e rodovias. No terminal João Dias, os trabalhadores também fecharam as vias em protesto contra a reforma da Previdência, por mais empregos e mais educação.
Em Santos, no litoral paulista, também houve bloqueios na entrada da cidade e os trabalhadores fizeram uma caminhada pelo centro. Em Sorocaba, no interior do Estado, motoristas e cobradores de ônibus não saíram de nenhuma garagem das empresas de transporte público.
No São José dos Campos, Taubaté e Jacareí, os motoristas e cobradores pararam o transporte público.
Acompanhe aqui o minuto a minuto da paralisação no estado de São Paulo.
Em Sergipe, trabalhadores de várias categorias se concentraram em algumas garagens do transporte coletivo de Aracaju para dialogar sobre os problemas da reforma da Previdência. Os ônibus não circularam na manhã desta sexta-feira, greve geral.

CNTTLRodoviários de Aracaju não saíram das garagens

No Tocantins, os portões da Universidade Federal de Tocantins (UFT) amanheceram fechados em Palmas e trabalhadores fizeram um protestos. Em Palmas, a população foi às ruas na #GreveGeral em defesa da aposentadoria.

Brasil de Fato
Ato em Palmas, no Tocantins

 

Greve começa com 70 pessoas presas no Rio Grande do Sul

Seis grevistas foram presos na madrugada desta sexta-feira em Sapucaia.
Segundo a Brigada Militar, os manifestantes são funcionários do Trensurb e foram apanhados com pedaços de madeira, pneus e gasolina para colocar fogo nos trilhos para impedir a circulação dos trens da região metropolitana.
Outras prisões no início da manhã ocorreram em Porto Alegre, quando  grevistas que faziam piquete na frente da empresa Carris, tentaram impedir a saída dos ônibus.
A Brigada Militar usou bombas de gás para desobstruir o local, houve conflito e 54 pessoas foram presas.
A Brigada Militar registrou também a prisão de dez pessoas nos protestos em Pelotas.
Em Alvorada também houve conflito entre grevistas e a polícia militar. Um brigadiano foi atingido por uma pedrada no rosto.
A partir das oito horas da manhã o trem metropolitano voltou a circular com a catraca livre por falta de motoristas.
Um balanço do movimento será feito às 17 horas no ato na Esquina Democrática, de onde sairá uma passeata até o largo Zumbi dos Palmares.

Fiergs diz que "tentativa de greve não tem amparo legal"

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul emitiu nota nesta quinta, 13: “A tentativa de realizar uma greve geral amanhã, dia 14, não tem amparo legal, pois não se trata de mobilização de uma categoria e sim sob o pretexto de ser contra a Reforma da Previdência. Portanto, é um movimento nitidamente político”. 

Essa é a posição da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) ao analisar  a pretendida paralisação  marcada para esta sexta-feira.
Segundo o presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry, “além da ilegalidade, há grupos de sindicalistas que se utilizam do bloqueio de vias de trânsito, estradas e garagens do transporte coletivo para dar a falsa impressão de adesão de trabalhadores da iniciativa privada”.
O movimento também é inoportuno quando, lamentavelmente, existem no País mais de 13 milhões de pessoas desempregadas.
“Se quisermos ajudar a mudar o Brasil temos que olhar criticamente para essas tentativas de greve”, disse Petry.
A FIERGS também esclarece que a legislação prevê o desconto do dia parado dos salários dos trabalhadores, já que a falta é entendida como suspensão do contrato de trabalho, de acordo com a Lei nº 7.783/1989.

EPTC informa que "expectativa é a normalidade na circulação dos ônibus.

Sobre o serviço do transporte público para esta sexta-feira, 14, na Capital, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) informou que o Associação dos ransportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) comunicou o funcionamento normal dos coletivos.
“Com o apoio da Brigada Militar, a EPTC realizará todos os esforços possíveis para garantir a regularidade no atendimento à população, com a expectativa da normalidade da circulação de ônibus. Informações serão prestadas à população pelo fone 118, 24 horas, além do twitter oficial da empresa @EPTC_POA”, diz a nota emitida às 18 horas.
 

Crise da Lava Jato turbina a greve contra reforma da Previdência

Contra a reforma da Previdência, contra os cortes na educação e por mais empregos, as centrais sindicais organizam greve geral nesta sexta-feira (14).
A crise produzida pela divulgação de mensagens que comprometem a imparcialidade do ministro Sérgio Moro, quando juiz condutor da Lava Jato, que condenou Lula, deu uma outra dimensão ao protesto.
Estão marcados  atos em mais de 200 cidades do país. Confira no mapa produzido pelo Armazém Memória e Comissão Justiça e Paz de SP com apoio da CUT e UNE.
Bancários, trabalhadores e trabalhadoras da educação pública e privada, eletricitários, metalúrgicos, petroleiros, químicos e urbanitários de todas as regiões do país já anunciaram a adesão à greve geral.
Motoristas, cobradores, metroviários, ferroviários, portuários e demais categorias ligadas ao setor de transportes, como aeroviários, também aderiram à paralisação em todo o país.
Em entrevista ao Portal CUT, o presidente da Central, Vagner Freitas, mandou o recado para a classe trabalhadora:
“A greve geral é de todos. Sexta-feira não é para ir trabalhar, é dia de ficar em casa. É dia de cruzar os braços e dizer que não aceitamos os ataques aos nossos direitos, à soberania nacional e à democracia”.
Confira as categorias que vão parar em todo o Brasil:
Bancários
Sexta-feira os bancos não abrem em todo país. Os bancários e bancárias aprovaram, em assembleias, a participação na greve geral contra a reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Veja onde os bancários vão parar: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Pernambuco, Paraíba, Dourados (MS), Mogi das Cruzes (SP), Acre, Alagoas, Baixada Fluminense (RJ), Bahia, Belo Horizonte, Brasília, Campina Grande, Ceará, Florianópolis, Guarulhos (SP), Ipatinga (MG), Juiz de Fora (MG), Jundiaí (SP), Macaé (RJ), Mato Grosso, Pará, Niterói (RJ), Patos de Minas (MG), Piauí, Piracicaba (SP), Rondônia, Santos (SP), Taubaté (SP), ABC Paulista (SP), Teófilo Otoni (MG), Uberaba (MG), todas as cidades do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Goiás, Maranhão e Mato Grosso do Sul, entre outras cidade em que os trabalhadores estão aprovando adesão à greve geral.
Educação Pública
Não vai ter aula nas escolas públicas Estaduais em todas as Regiões do país. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) cerca de 4,5 milhões de trabalhadores da educação pública vão cruzar os braços nos 26 Estados e no Distrito Federal.
Em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Brasília 100% da categoria não vai para escola. Professores, professoras e o pessoal da administração vão participar de várias atividades durante o dia, como aulas públicas, passeatas, panfletagens, assembleias e atos políticos.
Os alunos não serão prejudicados pela paralisação, já que em grande parte das escolas a aula já tem data para ser reposta. O movimento estudantil está ajudando a mobilizar mais gente para a greve geral em defesa da educação pública e de qualidade.
A paralisação, segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), é uma extensão das grandes mobilizações que aconteceram nos dias 15 e 30 de maio contra os cortes da educação, mas também participarão das paralisações do dia 14 contra os ataques aos direitos da classe trabalhadora.
O Fórum Nacional Popular da Educação, que reúne mais de 35 entidades nacionais, também está mobilizando o movimento e emitiu uma nota em defesa da luta por direitos e por uma educação pública e de qualidade.
Educação Particular
Em diversos Estados do país, cerca de 2 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, entre professoras e funcionárias administrativos, de escolas particulares já anunciaram a paralisação. Em São Paulo, mais de 33 escolas vão fechar suas portas, segundo a Federação dos Professores do Estado de São Paulo e as trabalhadoras e os trabalhadores da rede anunciaram que as aulas serão nas ruas, como é o caso de Sorocaba.
Em outros Estados, como Goiás, Brasília, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Alagoas e Pernambuco centenas de escolas também aderiram.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE), há um reforço das escolas e universidades católicas para participar da luta contra a reforma da Previdência, como orientou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que já anunciou publicamente sua posição contrária a medida de Bolsonaro, que se aprovada, acaba com aposentadoria de milhares de brasileiros e brasileiras.
Eletricitários
Os 14 mil trabalhadores e trabalhadoras do sistema Eletrobras prometem “um dia de luta e doação para o Brasil”, numa referência à nota da direção da estatal que notifica o desconto de um dia na folha de pagamento de quem aderir à greve geral.
Segundo o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), a categoria vai participar dos atos que ocorrem nas capitais dos estados, porém, promete que a população não vai ficar sem atendimento em caso de emergência no setor.
Metalúrgicos
O transporte parando ou não, os cerca de 550 mil metalúrgicos e metalúrgicas de 15 Estados de todas as Regiões do país vão ficar em casa na Greve Geral, segundo o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM).
No Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Maranhão e Bahia as empresas metalúrgicas estarão fechadas em protesto contra os ataques do governo contra a classe trabalhadora.
Petroleiros
Todas as 13 bases da Federação Única dos Petroleiros (FUP) vão cruzar os braços. Segundo a entidade, haverá adesão dos trabalhadores próprios e terceizados do Sistema Petrobras na Amazonas, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro (Duque de Caxias e Norte Fluminense/Bacia de Campos), Minas Gerais, São Paulo (Campinas, Mauá, Barueri, Guararema, São Caetano e capital), Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A maioria da base petroleira vai começar a parar a partir do primeiro minuto do dia 14, ou seja, a meia noite e um minuto.
Todas as refinarias vão parar – da maior, a Replan, até a menor, que fica em Mauá. Já viram o segundo turno fechadas.
Trabalhadores Químicos
Na Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Sergipe, São Paulo, no Amazonas e Rio Grande do Sul os cerca de 430 mil trabalhadores e as trabalhadoras do ramo químico da CUT, como petroquímicos, vidreiros, papeleiros, farmacêuticos, os que trabalham com minério e entre outros vão cruzar os braços a partir das 03 horas da manhã do dia 14 de junho.
Segundo a Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT (CNQ-CUT), as máquinas de grandes empresas do ramo não vão funcionar nas primeiras horas do dia também e grande parte da categoria irá participar dos atos políticos que estão sendo organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Saneamento, energia e gás
A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), que representa mais de 50 sindicatos, acredita que os 200 mil trabalhadores ligados aos setores de energia, gás e elétrico, no país vão aderir à greve geral contra a reforma da Previdência.  São trabalhadores de companhias estaduais de saneamento e federais do setor elétrico, além do gás.

***

(…) Confira os locais e horários das mobilizações em todo país:
Acre | Alagoas | Amapá | Amazonas | Bahia | Brasília | Ceará | Espírito SantoGoiás | Mato Grosso | Mato Grosso do Sul | Minas Gerais | Pará | Paraíba | Paraná | Pernambuco | Piauí | Rio de Janeiro | Rio Grande do Norte | Rio Grande do Sul | Rondônia | Roraima | Santa Catarina | São Paulo | Sergipe | Tocantins

Acre

Mobilização com piquete no local de trabalho de algumas categorias às 7h da manhã. Depois, tem ato na Praça da Revolução, no centro de Rio Branco, às 9h, de onde sairá um cortejo em defesa da Previdência pública e solidária e da educação pública e mais empregos. À noite, no Cine Recreio tem noite cultural e show na Gameleira.


Alagoas

O ato político terá concentração às 15h na Praça do Centenário, uma das principais de Maceió. Os alagoanos e as alagoanas também vão se manifestar contra a intenção do governo Bolsonaro de privatizar o setor de saneamento básico no país, o que inclui a distribuição de água à população.


Amapá

Às 08h começa a paralisação de várias categorias e às 15 horas terá um ato “Lula Livre” na Praça da Bandeira, em Macapá.


Amazonas

Ato será às 15h, na Praça da Saudade em Manaus.


Bahia

O ato político será às 14 horas na Rótula do Abacaxi, na capital baiana.
Também terá mobilização em outros municípios:
Paulo Afonso
Juazeiro
Senhor do Bonfim
Serrinha
Conceição do Coité
Alagoinhas
Catu
Pojuca
São Sebastião do Passé
Candeias
Santo Amaro
Camaçari
Feira de Santana
Jacobina
Ipirá
Cruz das Almas
Santo Antonio de Jesus
Valença
Vitória da Conquista
Ilhéus
Itabuna
Guanambi
Urandi
Jiquié
Itapetinga
Barreiras
São Desidério
Oliveira dos Brejinhos
Eunápolis
Porto Seguro
Itamaraju
Teixeira de Freitas
Mucuri


Brasília

No Plano Piloto não vão ter transporte. Os cerca de 12 mil rodoviários, condutores e cobradores aprovaram em assembleia na sexta-feira (7) cruzarão os braços por 24 horas.
Não vai ter ato político organizado pela CUT, mas os sindicatos filiados estão organizando aulas públicas, assembleias, piquetes, panfletagens e muito diálogo com a população sobre reforma da Previdência, corte na educação, desemprego, acesso a terra e sobre as privatizações.


Ceará

Em Fortaleza, além das paralisações previstas, acontecerá a Marcha Estadual da Classe Trabalhadora contra a Destruição da Previdência na Praça da Bandeira, no Centro, a partir das 10h30.
Outros municípios também se organizaram para fazer ato político.
Altaneira – 09h, Calçadão
Aquiraz – 7h30, Rodoviária
Barreira – 8h30, Praça dos Taxistas
Beberibe – 8h, Câmara dos Vereadores
Canindé – 7h, Posto Estrela
Cascavel – 8h, Praça de São Francisco
Caucaia – 8h, Praça da Matriz
Chorozinho – 9h, Praça da Escola Padre Enemias
Crateús – 7h, Praça da Matriz
Horizonte – 7h, Estádio Domingão
Icó – 8h30, Sede do Sindicato dos Servidores Municipais
Iguatu – 8h, Praça da Caixa Econômica Federal
Jucás – 8h, Praça Getúlio Vargas
Iracema -7h, Praça Casimiro Costa Moraes (Mangueira)
Itapipoca – 8h, Praça do Cafita
Jaguaribara  – 7h, Escola Estadual Liceu
Juazeiro do Norte – 7h30, CREDE (Rua São Pedro com Rua Rui Barbosa) 8h Russas Secretaria da Saúde
Limoeiro do Norte – 8h, INSS (Ao lado da Honda)
Madalena – 8h, Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STTR)
Maracanaú – 8h, Praça da Estação de Maracanaú
Milhã – 8h30, Sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Monsenhor – 8h, Tabosa  – Sindicato dos Servidores Públicos
Nova Russas – 8h, Praça da Macavi
Pacujá – 8h, Sede do Sindicato dos Servidores Municipais
Quixadá – 8h, Praça da Catedral
Senador Pompeu  – 8h, Praça da Juventude
Sobral – 8h, Praça de Cuba
Tabuleiro do Norte – 8h, Igreja Matriz
Tauá  – 8h, EEM Liceu Lili Feitosa
Trairi  – 8h, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SISPUMT)


Espírito Santo

Sindicalistas e representantes das frentes estão fazendo reuniões para decidir local do ato.


Goiás

Goiânia – 10h, Coreto da Praça Cívica;
Cidade de Goiás – 8h, ato na Praça do João Francisco
Formosa – 8h, na praça Anísio Lobo;
Silvânia – 8h, na Feira Coberta Central;
Itapuranga – 8h, Centro Cultural Cora Coralina;
Jataí – 09h – Concentração Sintego de Jataí


Mato Grosso

A concentração do protesto será na Praça Ipiranga, em Cuiabá, às 14 horas
 


Mato Grosso do Sul

Em Campo Grande com concentração às 09 horas na Praça do Rádio Clube
 

Minas Gerais

O ato unificado da CUT e demais centrais e sindicatos será às 11h, com concentração na Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte.
Em João Monlevade, a concentração será na Praça Domingos Silvério, conhecida como Praça dos Aposentados às 14h. Em seguida terá caminhada pelas avenidas Getúlio Vargas e Wilson Alvarenga seguido com um ato político em frente ao INSS.


Pará

O ato será às 10 horas na Praça da República

 

Paraíba

CUT e demais centrais, além das frentes estão decidindo o local e horário do ato

Paraná

Curitiba às 11h em Frente ao Palácio Iguaçu com caminhada para a Praça Santos Andrade
 

Pernambuco

O ato será no cruzamento da Rua do Sol com Rua Guararapes, no Centro do Recife, às 14 horas.
Piauí
A concentração para a Greve Geral está marcada para às 8h no INSS, proximo a Praça Rio Branco.
Rio de Janeiro
Na capital, às 11h aulas públicas no Calçadão de Campo Grande,  Taquara, Saens Peña, Antero de Quental e Largo do Machado.E na escadaria da ALERJ às 13:30h – Aula pública sobre a reforma da previdência, com Elaine Behring / ASDUERJ – ANDES-SN
Ato a partir das às 15 horas na Candelária e caminhada para a Central do Brasil.
Vários municípios também vão fazer atos descentralizados:
Subsede do SinproRio às 00:01h
Centro do Rio às 05h no INTO
Volta Redonda às 5h da manhã, na porta da CSN
Arco da Reduc  às 07h
Angra dos Reis às 05h em frente a ampla sindical
Barra do Piraí às 9h no Largo
Cachoeiras de Macacu às 09h na Rodoviária
Barra Mansa a partir de 9h na Praça da Matriz
Arraial do Cabo às 9h na Praça do Guarani.
Mendes terá  aula Pública às 9:00 – na Praça Dr. João  Nery elaborada pelos professores da rede estadual e às 10:30 – Ato e passeata no entorno do centro da cidade. Vale ressaltar que a rede municipal de Eng. Paulo de Frontin participa das atividades em Mendes
Rio das Ostras às 10h na Praça José Pereira Câmara no centro
Duque Caxias às 10h na Praça do Relógio
Petrópolis às 17h na Praça da Inconfidência (com caminhada)
Sulfluminense fará ato às 17 horas na Praça Juarez Antunes em VR
Niterói concentração nas barcas às 14h para ir juntxs para o ato unificada da capital
Itaperuna 15h30 na Pracinha da Rodoviária
Campos dos Goytacazes ato público às 15h no Pelourinho, em frente à Caixa Econômica Centro.
Região dos Lagos concentração às 15h na Praça Porto Rocha
Macaé em frente à antiga Câmara Municipal  com show político cultural
Valença ato às 17h na Rua dos Minérios.


Rio Grande do Norte

Em Natal, o ato político será na calçada do Midway às 15 horas e termina com um show político cultural na praça de Mirassol.
Açu – 7h30 ao lado do INSS
Angicos – 15h, em frente a Rodoviária
Caicó – 7h30 na Praça da Alimentação, no centro.
Mossoró – 7h, Assembleia unificada na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do RN (Sinte/RN)
Fernando Pedrosa – em frente ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Outros municípios também prometem atos, como em Caraúbas, Pau dos Ferros, Apodi, Canguaretama, São Paulo do Potengi.
Rio Grande do Sul
A concentração do ato político será às 17h, seguida de ato, às 18h, na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre. Outros municípios também farão protestos:
Alegrete
9h30 – Concentração na Praça Nova, seguida de caminhada até o Centro.
Caxias do Sul
16h30 – Ato público na Praça Dante.
Cruz Alta
9h30 – Concentração na Praça da Matriz.
Erechim
14h – Concentração na Praça dos Bombeiros, seguida de caminhada até a frente do INSS.
Farroupilha
10h – Concentração na Praça Central.
Frederico Westphalen
14h – Concentração na Praça da Matriz.
Ijuí
9h – Concentração praça da República
Lajeado
8h30 – Ato na Avenida Piraí, no bairro São Cristóvão, seguido de caminhada até o centro.
Osório
8h – Concentração no Instituto Federal, seguida de caminhada até o Largo dos Estudantes, onde durante todo o dia haverá atos e manifestações.
Pelotas
14h – Concentração no Mercado Público, seguida de atos e manifestações.
Rio grande
17h – Ato no Largo Dr. Pio.
Santa cruz do sul
8h – Concentração da Praça Getúlio Vagas.
Santa rosa
8h30 – Ato na Praça da Independência.
17h – Aula Pública na Praça da Bandeira, seguida de marcha Luminosa.
Santo Ângelo
9h30 – Concentração da Praça da Catedral;
11h – Caminhada até a agência do INSS;
15h – Mateada da Cidadania junto à Catedral, com apresentações culturais;
19h30 – Aula Pública na URI
Três de maio
9h30 – Concentração na Praça da matriz, seguida de caminhada e ato público da Praça da Bandeira
Rondônia
O ato político será a partir das 08h, na Praça das 3 Caixas d’Água
Roraima
Em Roraima tem programação de atividades.
O ato da capital será às 15h, com passeata até a Praça do Centro Cívico
Em Roraima tem uma série de atividades já marcadas:
6h– Café da manhã coletivo – Universidade Federal de Roraima (UFRR)
7h30 – Ato na frente do Ibama
13h30– Concentração no Portão da UFRR (Entrada da Av. Ene Garcez).
16h– Ato “Contra a Reforma da Previdência”, na Praça do Centro Cívico.
18h às 22h – Show musical e Cultural “Nenhum Direito à Menos” na praça do centro cívico.
Santa Catarina
Blumenau – 10h, na Praça do Teatro Carlos Gomes
Joinville – 9h, na Praça da Bandeira
Florianópolis – concentração às 16h, em local no centro a definir
Caçador –  14h, na Praça Nossa Senhora Aparecida
Criciúma – 14h, na Praça da Chaminé
Itapema – 15h, na Praça da Paz
Rio do Sul – 9h, concentração em frente à Rodoviária
Itajaí – 13h, na Praça Arno Bauer
Chapecó – 9h, na Praça Coronel Bertaso
Pinhalzinho – 9h, na Praça Central
Dionísio Cerqueira – A partir das 9h, no Salão Paroquial
São Carlos – 10h30, na Praça Matriz
Faxinal dos Guedes – 13h30, na Praça Municipal
Maravilha – 8h, na Praça Matriz
Xanxerê – 13h30, na Praça Tiradentes
Santiago do Sul – 16h, na Praça Municipal
Irati – 13h, na Praça Municipal
Xaxim – 8h, na Praça Frei Bruno
São Domingos – 8h30, na Praça Central
Passos Maia – 8h, na Praça Municipal
Joaçaba – 8h30, na praça da Prefeitura
 

São Paulo

Capital – São Paulo
16h – Ato em frente ao Masp
Itapeva
14h – Ato com concentração na Praça Anchieta
Campinas
17h – Ato no Largo do Rosário – Marielle Franco
Limeira
8h – Concentração em frente ao INSS (Rua Pres. Prudente, 150) para caminhada
Osasco
9h – Ato no Largo de Osasco, próximo à estação da CPTM
Santos
17h – Ato em frente à Estação Cidadania
Ubatuba
14h – Ato na Praça Bip – Feira de hortifrut
Bragança Paulista
10h – Ato na Praça Raul Leme, no centro
Sorocaba
8h – Ato com concentração em frente à Apeoesp (Rua Maranhão, 130 – Santa Terezinha)
10h – Ato na Praça Coronel Fernando Prestes
Vale do Ribeira
6h – Ato em frente à Mosaic Fertilizantes, em Cajati
Registro
16h – Ato na Praça Joya
Presidente Prudente
8h – Concentração na Rotatória Museu com caminhada iniciando na Av. Manoel Goulart
Mirante do Paranapanema
8h – Praça Sebastião Farias
São Carlos
11h – Ato na Praça do Mercado Municipal
Araraquara
16h – Ato/passeata com concentração na Praça Santa Cruz
Matão
9h – Ato/passeata com concentração na Praça Dr. Leonidas Caligola Bastilha (em frente à Igreja Matriz)
Bauru
9h – Ato em frente à Câmara Municipal
Ribeirão Preto
11h – Ato em frente à Câmara Municipal (Av. Jerônimo Gonçalves, 1200)
Piracicaba
6h30 – Terminal Central de Integração
Americana
10h – Praça Basílio Rangel
Salto
7h – Ato em frente à Apeoesp
Jundiaí
9h – Ato na Praça Nossa Senhora do Desterro
Bragança Paulista
10h – Praça Raul Leme
Itapevi
9h – Praça Carlos de Castro
Sergipe
Em Aracaju, vários protestos serão realizados desde a madrugada e também no turno da manhã. À tarde, a partir das 15h, na Praça General Valadão.
Tocantins
Em Palmas, a partir das 8h, na Avenida JK, próximo ao Colégio São Francisco.

Cais Mauá: meio século para ficar pronto, 40 anos de uso, quase 20 de abandono

O projeto original denominava-se “Porto Alegre Porto de Mar”, visava melhorar o acesso da navegação marítima ao porto da capital.
Foi lançado em 1904, cento e quinze anos atrás. Previa 3.200 de cais, 14 armazéns. Mas só começou a sair do papel em 1911, com o projeto original reformulado, reduzindo  para 1733 metros a extensão do cais. Desse total seriam: 416 metros para a navegação fluvial (calado de 2 metros), 917 metros para a navegação costeira (calado de 4 metros) e 400 metros para navios de longo curso (calado acima de 5 metros).
Em 1918, estavam construídos apenas 66 metros, quatro anos depois recebeu os primeiros guindastes e, em 1930, já tinha quase 2 mil metros de cais  construídos e se equiparava ao porto de Rio Grande em movimento de navios e cargas.
Só 30 anos depois, em 1960, foi integrado ao Sistema Portuário  Nácional e só foi dado por concluído em 1962. Aí já eram três cais acostáveis (Mauá, Navegantes e Marcirlio Dias) num total de 8 mil metros. e um calado de 17 pés (5 metros  e 17 centímetros), menos da metade de Rio Grande (calado de 40 pés).
Ou seja, levou 58 anos para ser construído, depois que ficou pronto, manteve 40 anos de operações, até 2002, quando começou a ser desativado. Está há quase 20 anos inativo, sendo que nos últimos nove anos em completo abandono.

Gaspari compara crise da Lava Jato à "República do Galeão"

As grandes corporações da mídia estão empenhadas em desidratar a crise que se abriu com a divulgação de conversas do então juiz Sérgio Moro com os procuradores durante a Lava Jato.
O enfoque geral é esse: mais grave do que o revelado nas conversas é a “ação criminosa da invasão ilegal de telefones privados”.  Mesmo que se revelem alguns “deslizes”, o importante é preservar a Lava Jato, simbolo do combate à corrupçao.
Na contramão desse jogo de abafa, que tirou o assunto da manchete dos principais jornais, Elio Gaspari, em sua coluna no Globo, nesta quarta-feira compara a crise deflagrada com os vazamentos da Lava Jato a um dos episódios mais turbulentos da história do país, a chamada República do Galeão, em 1954, quando se montou um Inquérito Policial Militar para incriminar o presidente Getúlio Vargas, que acabou se suicidando
“As conversas impróprias de Sergio Moro com o procurador Deltan Dallagnol enodoaram a Lava-Jato e fragilizaram a condenação imposta a Lula pelo tríplex do Guarujá”, diz Gaspari.
“Basta ler o que se tem lá e verificar que o fato grave é a invasão criminosa do celular dos procuradores”, disse Moro.
O colunista rebate: “O fato grave é ver um juiz, numa rede de papos, cobrando do Ministério Público a realização de “operações”, oferecendo uma testemunha a um procurador, propondo e consultando-o a respeito de estratégias”.

Além de tudo, “precisam explicar o conteúdo de suas falas. Sem explicações, a presença dos dois nos seus cargos ofende a moral e o bom senso. No caso de Moro, ofende também a lei da gravidade. Ele entrou no governo amparando Jair Bolsonaro e agora depende de seu amparo. Se o capitão soltar, ele cai”.

Uma das revelações mais tenebrosas das mensagens é aquela em que, dias depois de divulgar o conteúdo do grampo de uma conversa da presidente Dilma Rousseff com Lula, Moro diz :“não me arrependo do levantamento do sigilo, era a melhor decisão, mas a reação está ruim”.

“O viés militante de Moro e Dallagnol na Lava-Jato afasta-os do devido processo legal, aproximando-os da República do Galeão, instalada em 1954 em cima de um Inquérito Policial Militar que desaguou no suicídio de Getúlio Vargas”.

Decisão sobre liberdade de Lula foi transferida para o plenário

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu nesta terça-feira, 11, remeter ao plenário da Corte a questão da prisão automática em segunda instância, adotada pelo TRF-4 e que levou o ex-presidente Lula à cadeia.
O TRF-4 é a segunda instância de processos da Operação Lava Jato e condenou o ex-presidente Lula no caso do “triplex do Guarujá”.
A discussão no caso é se o TRF-4 pode determinar a detenção automática de réus após condenação em segunda instância.
O Supremo já firmou o entendimento a favor da possibilidade de prisão, mas não de sua obrigatoriedade, observou o ministro Ricardo Lewandowski. Lewandowski votou para anular todas as prisões impostas por súmula do TRF-4 sobre o tema, como a do ex-presidente Lula.
A decisão da Segunda Turma de deixar a definição do caso para o plenário prolonga a espera de Lula por uma medida que o tire da prisão da Lava Jato.
Durante a sessão, o decano do STF, ministro Celso de Mello, cobrou o julgamento do mérito de três ações que tratam da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. “Entendo que é mais do que necessário que o plenário do STF venha a julgar as três ações declaratórias de constitucionalidade para que se defina em caráter definitivo essa questão delicadíssima”, disse Celso de Mello.Ainda não há previsão de quando o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, marcará o julgamento dessas três ações.
(Com informações do Estadão)

Crise da Lava Jato chega ao Supremo com julgamento do habeas de Lula

A imprensa tradicional tentou minimizar a crise detonada pelo concorrente Intercept Brasil com a revelação de mensagens entre o juiz  Sérgio Moro com os procuradores em Curitiba durante  a Operação LavaJato.
O site do Globo só deu manchete depois que Sérgio Moro deu entrevista dizendo que não via nada demais na troca de mensagens com os procuradores. A tarde o destaque já era outro: “Caixa vende ações da Petrobrás: saiba se vale à pena”.
Merval Pereira, do Conselho Editorial, desde cedo dizia que “vazamentos ilegais não mudam decisões da justiça”.
Em ação coordenada, o governo Bolsonaro se moveu em bloco em defesa de Moro e a idéia de uma CPI no Congresso foi considerada “inútil”.
Mas as manchetes dos principais sites no início da noite já não deixavam dúvidas sobre a extensão do terremoto político que os vazamentos do Intercept começaram a causar:
“2a. Turma deve decidir no fim de junho se Moro foi parcial no julgamento de Lula”
“Defensores da Reforma tentam blindá-la contra efeitos da crise da Lava Jato”.
“Conselho do Ministério Público abre investigação disciplinar contra Dallagnol”
“OAB recomenda afastamento de ex-juiz e procurador”
“Conversas de Moro com procuradores e ação de hacker serão investigadas”.
“2a. Turma do Supremo deve julgar pedido de Lula nesta terça”.

Este julgamento, de um pedido feito no ano passado, coloca a crise da Lava Jato dentro do Supremo. O pedido é um habeas corpus que aponta a suspeição do ex-juiz e atual ministro Sérgio Moro e questiona a atuação dele durante o processo no qual o ex-presidente foi condenado.

E isso é apenas o começo. Segundo o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept, o que divulgaram até agora é  um por cento do que têm em arquivos digitais.