China responde ao intervencionismo de Trump propondo “igualdade soberana entre países”

A proposta que o presidente chinês, Xi Jinping, lançou esta semana, intitulada “Iniciativa de Governança Global” é mais um desafio chinês e uma resposta às políticas intervencionistas dos Estados Unidos.

O ponto central dessa “Governança Global” é a “igualdade soberana” de todos os integrantes do acordo. Independente do tamanho, os países membros tem igualdade de representação e o direito de resolver seus problemas internos sem interferência de fora.

“Espero trabalhar com todos os países por um sistema de governança global mais justo e equitativo e avançar em direção a uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade,” afirmou o presidente Chinês. “A mentalidade da Guerra Fria, o hegemonismo e o protecionismo continuam a assombrar o mundo”, disse Xi. Segundo ele, o mundo se encontra em um novo período de turbulência e transformação. “A governança global chegou a uma nova encruzilhada.”

Os acordos que a China vem estabelecendo com a Russia são citados como exemplo desse novo modo de encarar as relações entres os países, uma relação de cooperação, não de competição.

Como afirma o governo chinês, o “América em primeiro lugar” não pode privar outras nações dos direitos de desenvolvimento e ficar acima das regras internacionais.

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Xi Jinping propõe governança global com igualdade soberana entre países

Expointer: Conab anuncia R$ 500 milhões em compras da agricultura familiar

A Conab anuncia na Expointer um investimento inédito na agricultura familiar:  R$ 500 milhões no Programa de Aquisição de Alimentos. São os primeiros projetos contemplados em todo o país.

Do  total dos R$ 500 milhões, R$ 400 milhões são para atender propostas da agricultura familiar na modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) e R$ 100 milhões para Compra Direta (CD) e atendimento de Cozinhas Solidárias.

O evento será no estande do MDA, localizado no Pavilhão Agricultura Familiar, no parque de Esteio, onde se realiza a 48a.. Expointer..

Edgar Preto, presidente da Conab vai detalhar os projetos foram selecionados, o número de cooperativas e associações fornecedoras, o total de agricultores agraciados, a quantidade aproximada de alimentos que será adquirida, além das unidades recebedoras e o número de pessoas que serão beneficiadas com essa operação.

Crescimento

A Expointer este ano tem 456 agroindústrias e empreendimentos parceiros no Pavilhão da Agricultura Familiar (PAF) – maior número de expositores desde que foi criado o espaço, em 1999.

Na edição passada, o pavilhão recebeu 413 expositores. O aumento só foi possível graças à realocação das câmaras frias e dos depósitos de alimentos para uma área externa, liberando espaço para novos estandes.

O público que circular pelo espaço encontrará novidades que combinam criatividade com tradições familiares transmitidas entre gerações. Além dos produtos tradicionais que encantam os visitantes ano após ano, as inovações aparecem entre os itens mais procurados.

Serviço:

Data: quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Horário: a partir das 14h30 horas

Local: Estande do MDA – Pavilhão Agricultura Familiar – Expointer (Parque de Exposições Assis Brasil) Endereço: BR-116, Km 13, s/n – Esteio/RS

Nota do Editor: A primeira versão deste post informava a presença do ministro Paulo Teixeira, anunciada por sua assessoria mas que não se confirmou. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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CPI pede prisão preventiva de 21 investigados por fraude no INSS

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) encaminhou  ao STF uma lista de 21 pessoas que devem ser presas preventivamente;

O requerimento foi aprovado por 26 votos a favor e nenhum contrário, durante a quarta reunião da comissão que apura o esquema de descontos ilegais feitos diretamente na conta de aposentados e pensionistas, sem autorização.

A decisão está nas mãos do ministro do STF, André Mendonça, relator do processo na corte suprema.

Ao encaminhar o pedido, o relator da Comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), jdestacou que “mesmo diante da presença de veementes indícios de materialidade e de autoria de infrações penais que vitimaram aposentados e pensionistas, até o momento nenhum investigado se encontra submetido a prisão cautelar”.

A medida preventiva, segundo o deputado,  é necessária para garantir a coleta de provas para instrução do processo e à eventual aplicação da lei.

Entre as pessoas incluídas no requerimento está o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, cuja convocação para depor já foi aprovada.

Também constam da lista o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi exonerado do cargo no mesmo dia que a PF e a CGU deflagraram as investigações.

A CPMI também pede a prisão preventiva do ex-procurador-geral do INSS, Virgílio de Oliveira Filho, bem como dos ex-diretores, André Fidelis e Vanderlei Barbosa, além do advogado Eric Douglas Fidelis, filho de André, suspeito de movimentar valores do suposto esquema em benefício do pai.

Os outros investigados são Cecília Rodrigues Mota; Thaisa Hoffmann Jonasson; Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira; Alexandre Guimarães; Rubens Oliveira Costa; Romeu Carvalho Antunes; Domingos Savio de Castro; Milton Salvador de Almeida Júnior; Adelino Rodrigues Júnior; Geovani Batista Spiecker; Reinaldo Carlos Barros de Almeida; Vanderlei Barbosa dos Santos; Jucimar Fonseca da Silva; Philipe Roters Coutinho e Maurício Camisotti.

Estima-se que três milhões de beneficiários do INSS foram lesados, num total que pode chegar a R$ 6 bilhões. O governo já começou a ressarcir as vítimas dos descontos ilegais.

 

Quinhentos jornalistas credenciados para o julgamento de Jair Bolsonaro

Mais de 500 jornalistas acompanham o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados pela tentativa de golpe depois da derrota nas eleições de 2022.

O grupo faz parte do núcleo da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Cerca de dois anos e meio após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, a Corte realizará um julgamento histórico, que pode levar para a prisão um ex-presidente da República e generais do Exército pela acusação de golpe de Estado, medida inédita após a redemocratização do país.

Para garantir a tranquilidade do julgamento, o Supremo preparou um esquema especial de segurança para restringir a circulação de pessoas nos edifícios da Corte, além de varredura com cães farejadores em busca de bombas e uso de drones.

O julgamento terá ampla cobertura jornalística. A Corte recebeu 501 pedidos de credenciamento de profissionais da imprensa nacional e internacional interessados em noticiar o julgamento.

Em um procedimento inédito, o Supremo também fez o credenciamento de pessoas interessadas em acompanhar a deliberação de forma presencial. Segundo a Corte, foram 3.357 inscrições de interessados, entre advogados e cidadãos.

Apesar do grande número de inscritos, somente os primeiros 1.200 pedidos serão atendidos, devido à limitação de espaço.

Os contemplados vão acompanhar o julgamento na sala da Segunda Turma da Corte, por meio de um telão, e não poderão ficar na Primeira Turma, onde o será o julgamento. O espaço será destinado somente aos advogados dos réus e aos profissionais de imprensa.

Foram disponibilizados 150 lugares para cada uma das oito sessões de julgamento, marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.

Nos dias 2,9 e 12, as sessões serão realizadas no período da manhã e da tarde, com pausa para o almoço. Nos dias 3 e 10, o julgamento ocorrerá somente pela manhã.

Saiba os horários das sessões
2 de setembro – 9h e 14h;
3 de setembro – 9h;
9 de setembro – 9h e 14h;
10 de setembro –9h;
12 de setembro – 9h e 14h.

Quem são os réus?
Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;

Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

Almir Garnier- ex-comandante da Marinha;

Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;

Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;

Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;

Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

Rito
O rito que será adotado no julgamento está previsto no Regimento Interno do STF e na Lei 8.038 de 1990, norma que regulamenta as regras processuais do tribunal.

No dia 2 de setembro, às 9h, primeiro dia de julgamento, a sessão será aberta pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin.

Em seguida, o ministro chamará o processo para julgamento e dará a palavra a Alexandre de Moraes, que fará a leitura do relatório com o resumo de todas as etapas percorridas no processo, desde as investigações até a apresentação das alegações finais, última fase antes do julgamento.

Após a leitura do relatório, Zanin passará a palavra para a acusação e as defesas dos réus.

Acusação
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, será responsável pela acusação. Ele terá a palavra pelo prazo de até duas horas para defender a condenação dos réus.

Defesas
Após a sustentação da PGR, os advogados dos réus serão convidados a subir à tribuna para as sustentações orais em favor dos acusados. Eles terão prazo de até uma hora para suas considerações.

Crimes 
Todos os réus respondem no Supremo pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

A exceção é o caso do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que, atualmente, é deputado federal. Ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente a três dos cinco crimes. A regra está prevista na Constituição.

A suspensão vale para os crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado, relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro.

Ramagem continua respondendo pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Votos
O primeiro a votar será Alexandre de Moraes, relator da ação penal. Em sua manifestação, o ministro vai analisar questões preliminares suscitadas pelas defesas de Bolsonaro e dos demais acusados, como pedidos de nulidade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonardo e um dos réus, alegações de cerceamento de defesa, pedidos para retirar o caso do STF, além das solicitações de absolvição.

Moraes poderá solicitar que a turma delibere imediatamente sobre a questões preliminares ou deixar a análise desses quesitos para votação conjunta com o mérito.

Após a abordagem das questões preliminares, Moraes se pronunciará sobre o mérito do processo, ou seja, se condena ou absolve os acusados e qual o tempo de cumprimento de pena.

Sequência de votação
Após o voto do relator, os demais integrantes da turma vão proferir seus votos na seguinte sequência:

Flávio Dino;
Luiz Fux;
Cármen Lúcia;
Cristiano Zanin;

A condenação ou absolvição ocorrerá com o voto da maioria de três dos cinco ministros da turma.

Pedido de vista
Um pedido de vista do processo não está descartado. Pelo regimento interno, qualquer integrante da Corte pode pedir mais tempo para analisar o caso e suspender o julgamento. Contudo, o processo deve ser devolvido para julgamento em 90 dias.

Prisão
A eventual prisão dos réus que forem condenados não vai ocorrer de forma automática após o julgamento e só poderá ser efetivada após julgamento dos recursos contra a condenação.

Em caso de condenação, os réus devem ficar em alas especiais de presídios ou nas dependências das Forças Armadas.

Oficiais do Exército têm direito à prisão especial, de acordo com o Código de Processo Penal (CPP). O núcleo 1 tem cinco militares do Exército, um da Marinha e dois delegados da Polícia Federal, que também podem ser beneficiados pela restrição.

Núcleos 
A denúncia da trama golpista foi dividida pela PGR em quatro núcleos. O núcleo crucial, ou núcleo 1, formado por Jair Bolsonaro, será o primeiro ser julgado. As demais ações penais estão em fase de alegações finais, última etapa antes do julgamento, que deverá ocorrer ainda este ano.

(Com reportagem da Agência Brasil)