O projeto Cozinha Solidária do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST, no bairro Azenha foi despejado pela Justiça Federal o início desta manhã (13).
No local, um imóvel de propriedade da União, eram servidas cerca de 150 refeições diárias a pessoas carentes.
Com protestos, os integrantes do movimento saíram do terreno às 07h29.
A ação envolveu efetivo significativo da BM e Polícia Federal.
Não houve uso da força, que esteve presente com policiais fortemente armados da PF e brigadianos com motos e a cavalo. A avenida Azenha ficou fechada por quase duas horas.
Dentro do terreno, integrantes do movimento e apoiadores aguardaram simbolicamente a chegada do Oficial de Justiça. A cozinha propriamente dita já havia sido transferida para outro local.
Agentes da PF tentaram impedir o trabalho da imprensa quando da chegada do Oficial de Justiça Laércio Lima ao terreno. Record e RBS chegaram pouco depois das 8h.
Representante da União, o superintendente de Patrimônio Gladstone Silva explica que “em seguida, o pessoal do Patrimônio vem fazer o fechamento do terreno”. Passado das 8h da manhã e nenhuma outra equipe esteve no local.
Segundo Gladstone, quando questionado pela deputada Fernanda Melchionna (PSOL) sobre o destino do local, não houve nenhum requerimento formal solicitando o imóvel: “nem da Prefeitura, nem do Governo do Estado. E nem do movimento”, pontuou.
A PF não ficará de guarda no terreno. Às 15h haverá leilão do local, que foi retirado pela União da condição de interesse social para moradia popular.
Vizinhança voluntária
A desapropriação foi tranquila. Deu-se a ordem e os integrantes do movimento retiraram tapumes, mudas da horta e bandeiras. Sabendo da ordem de despejo, parte da vizinhança ofereceu novo local para montagem da cozinha ao MTST.