Turbinado pela candidatura de Lula, o deputado Edegar Pretto, candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul contará ainda com a divisão das forças adversárias para garantir uma vaga no segundo turno da eleição.
O MDB suspendeu a prévia para contornar o embate que divide o partido, entre o presidente da Assembléia, Gabriel de Souza, e o deputado Alceu Moreira, presidente do diretório estadual.
O partido busca um nome de unidade e o primeiro que aparece é o ex-governador José Sartori, que desponta nas pesquisas. Sartori diz que não é candidato, mas sempre foi um “soldado do partido”.
Outro é Cezar Schirmer, que certamente será o candidato de Sartori, se este realmente não quiser concorrer. Pedro Simon se declara neutro mas nos bastidores trabalha para Sartori ou Schirmer.
A crise no MDB que vinha latente foi precipitada por uma declaração do governador Eduardo Leite à ZH. Ele reafirmou que não será candidato e adiantou que o governo poderia apoiar o deputado Gabriel de Souza, numa aliança PSDB/MDB.
O deputado Alceu Moreira, preparado para disputar a prévia do partido marcada para 13 de fevereiro (agora adiada) se sentiu emparedado e reagiu. Para evitar uma prévia traumática, o partido decidiu ganhar tempo.
No espectro mais à direita há outras duas candidaturas inconciliáveis que antes de disputar os eleitores estão disputando o apoio do presidente Jair Bolsonaro: o ministro Onyx Lorenzoni, do DEM, e o senador Luiz Heinze, do PP. Onyx tem a caneta do maior orçamento entre os ministérios, Heinze tem a âncora do agronegócio. Nenhum dos dois deu sinal de possível entendimento, ao menos no primeiro turno..
No outro lado do espectro político, a tendência é que a candidatura de Edegar Pretto aglutine forças à esquerda, na esteira do que Lula está buscando a nível nacional.
O segundo turno será outra eleição.