Uma nova liminar da Justiça deve retardar o processo de impeachment que o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, responde na Câmara municipal.
Protocolado por advogados do prefeito, um mandado de segurança foi aceito e com isso a ordem dos trabalhos na comissão da Câmara que analisa o impeachment deve ser invertida. O juiz Fernando Carlos Tomazi Diniz, da 4ª Vara da Fazenda Pública da capital, determinou que os autores do processo sejam ouvidos antes das testemunhas de defesa do caso.
Agora, as dez testemunhas de defesa terão que serem novamente notificadas, o que pode retardar o processo. A câmara tinha entendido que a apresentação da denúncia já colocava o rito do processo na fase de ouvir a defesa, mas não foi o entendimento da Justiça.
O processo corre paralelamente ao calendário eleitoral. Marchezan é candidato a reeleição e tudo indica que o resultado do primeiro turno das eleições, em 15 de novembro, saia antes da finalização do processo de impeachment. Se afastado pela Câmara, o prefeito fica inelegível por 8 anos. Caso seja reeleito no voto popular, será a Justiça que decidirá o futuro do ocupante do Paço Municipal.
O prefeito responde por suposto uso irregular de verbas da saúde em campanhas publicitárias.