Lixo no lugar errado: multas chegam a mais de R$ 1 milhão por ano em Porto Alegre

Prefeitura realizou com caminhões próprios parte do serviço de coleta de lixo nesta sábado. Foto: Alex Rocha/PMPA

Em oito anos, de vigência do Código Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre, aprovado em 2014, fiscais da prefeitura já aplicaram maisde  R$ 9,6 milhões de multas, o que dá mais de R$ 1 milhão por ano, em média.

Desse total, apenas R$ 2,3 milhões foram pagos.

O restante, em atraso, está registrado como dívida ativa, que soma R$ 7, 2 milhões.  Uma das razões é que muitas das multas são aplicadas a catadores de lixo, carrinheiros e até moradores de rua.

Os números foram divulgados pelo DMLU nesta quinta-feira, 7

Entre abril de 2014 e o mesmo mês deste ano, foram feitas 67.570 abordagens e orientações a pessoas flagradas cometendo algum tipo de irregularidade.

No mesmo período, foram aplicados 6.129 autos de infração.

As multas  variam de R$ 444,26, para infração leve,  até R$ 7.108,13 em caso de infração gravíssima (valores de 2022).

De acordo com o diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Paulo Marques, em contrapartida ao endurecimento das penalidades, além das coletas regulares, o Departamento oferece Unidades de Destino Certo, também conhecidas como Ecopontos que recebem, gratuitamente, materiais diversos e realiza o Bota-Fora que atende mais de 200 comunidades em vulnerabilidade social.

“Pedimos o apoio da população para fiscalização e denúncia de descartes irregulares de resíduos no sistema 156 e total adesão à separação dos materiais”, destaca Paulo Marques.

A falta da separação correta dos resíduos pela população, dividindo resíduos orgânicos e recicláveis, causa graves impactos ambientais e financeiros aos próprios moradores da Capital.

Todos os anos, quase R$ 9 milhões são gastos para aterrar resíduos com potencial de reciclagem.

 

Deixe uma resposta