Pepe Vargas preside a Assembléia do RS em 2025

Deputado Pepe Vargas: "O governo Lula está corrigindo um erro histórico" Pepe Vargas está no quarto mandato na AL/RS Foto: Ramiro Sanchez/@outroangulofoto

O deputado Pepe Vargas, do  PT, assume a presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul nesta segunda-feira, 3 de fevereiro.

A posse solene inicia às 14h.

Vereador e duas vezes prefeito em Caxias do Sul, Pepe Vargas está em seu terceiro mandato como deputado estadual.

Foi deputado federal por três mandatos e ocupou tres ministérios no governo de Dilma Rousseff: ministro do Desenvolvimento Agrário, ministro das Relações Institucionais e ministro dos Direitos Humanos.

O novo presidente pretende pautar sua gestão pela defesa das instituições democráticas, dos interesses pautas do Rio Grande no contexto da Federação, da independência e da harmonia do Poder Legislativo na relação com o Poder Executivo e demais poderes do Estado.

“Crescimento sustentável” é o lema de sua gestão.

“Precisamos crescer, mas com sustentabilidade social e ambiental. Produzir com mais cuidado com o meio ambiente, distribuindo melhor a renda e reduzindo desigualdades entre as regiões”, afirma.

Para ele, depois das tragédias climáticas “é incontornável a necessidade de um pacto pela transição energética e de uma transformação ecológica nos nossos sistemas produtivos, na ocupação do território e no uso dos nossos recursos naturais”.

“É este debate que pretendemos levar através do Fórum Democrático”, esclarece.

“O Governo Federal e o Governo do Estado têm propostas, o que precisamos ver é se elas são adequadas e suficientes”.

É tradição da Assembleia que cada presidente eleja um tema para trabalhar nos espaços institucionais da Casa, principalmente através do Fórum Democrático. “Creio que este diálogo pode nos conduzir a um pacto que permita a elaboração de um documento com diretrizes para o Crescimento Sustentável do Rio Grande do Sul, aproveitando oportunidades que a transição energética e a transformação ecológica abrirão, em termos de novos investimentos, de pesquisa e inovação, de capacitação de recursos humanos e empregos de maior remuneração”, conclui.
Meio século de vida política

Pepe Vargas iniciou sua vida política aos 16 anos, apoiando as candidaturas que faziam oposição à ditadura militar, no ano de 1974.

Com a reconstrução da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Estadual dos Estudantes do Rio Grande do Sul (UEE-RS), ambas fechadas pela ditadura e reorganizadas após a Lei da Anistia de 1979. Pepe passou a atuar no movimento estudantil universitário.

Na década seguinte foi um dos líderes da “Caravana das Diretas”, movimento que percorreu o Rio Grande do Sul defendendo a realização de eleições diretas para presidente em 1984. Na ocasião, exercia a função de diretor da União Estadual dos Estudantes (UEE).

Pepe Vargas engajou-se desde o início no movimento  que levou à fundação do PT em fevereiro de 1980, mas só se filiou formalmente ao partido em 1981.

Sua trajetória parlamentar teve início em 1989, eleito como o primeiro vereador pelo PT em Caxias do Sul, cidade onde chegou aos cinco anos, vindo de Nova Petrópolis.

Em 1994, conquistou seu primeiro mandato como deputado estadual. Dois anos depois, foi eleito prefeito de Caxias do Sul.

Foi reeleito em 2000. Sob sua liderança, o município alcançou o melhor desempenho em qualidade de vida no Rio Grande do Sul, conforme o IDESE.

Eleito deputado federal em 2006 e reeleito em 2010 e 2014, Pepe Vargas foi presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados e presidiu a Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas, do Congresso Nacional, responsável pelas negociações que regulamentam o Simples Nacional. Relatou importantes projetos como a Lei de valorização do Salário Mínimo, que garantiu reajustes acima da inflação aos trabalhadores que ganham salário mínimo; o Projeto de Lei com regras alternativas ao Fator Previdenciário, que permitiu aposentadorias sem as brutais perdas decorrentes do Fator Previdenciário; a Lei que regulamentou os percentuais mínimos de investimentos orçamentários para o SUS por parte da União, dos Estados e Municípios. Seu destaque nacional o colocou repetidamente entre os 100 Cabeças do Congresso Nacional, segundo o DIAP.

Durante a gestão da presidente Dilma Rousseff, ocupou três ministérios.

Como Ministro do Desenvolvimento Agrário, ampliou os limites de financiamento para cooperativas agropecuárias, reduziu os juros nos contratos do Pronaf investimento para 2% ao ano, contribuiu para a criação do Programa Nacional de Produção Orgânica e Agroecológica, coordenou o PAC Máquinas, que doou a mais de cinco mil municípios brasileiros máquinas como retroescavadeiras, motoniveladoras, caminhões caçamba e pás carregadeiras para melhoria das estradas municipais; encaminhou 100 decretos para assentamentos de agricultores, através do Programa Nacional de Reforma Agrária. Como Ministro dos Direitos Humanos negociou a aprovação da Lei que instituiu o Estatuto das Pessoas com Deficiência.

Como Ministro das Relações Institucionais, estabeleceu critérios objetivos para liberação de emendas parlamentares.

Em 2019, retornou à Assembleia Legislativa como deputado estadual, onde presidiu comissões importantes. Também liderou frentes parlamentares em defesa da Petrobras, dos usuários de rodovias pedagiadas e das vítimas da Covid-19.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)