Projeto Cais Mauá segue buscando investidores para revitalização

Há nove anos o Cais Mauá – uma faixa de 60 metros e 3,2 quilômetros de extensão, com prédios e equipamentos portuários entre o Guaiba e o centro histórico de Porto Alegre – é uma área privada, concedida por 25 anos para um empreendimento comercial.
Mas, fora os cercamentos e os esquemas de segurança que impedem a entrada, quase nada aconteceu.
Há um ano foi autorizado e anunciado o inicio das obras. Algumas máquinas foram fotografadas no terreno.
O novo gestor, recém assumido, disse na época que com as obras iniciadas para recuperação dos armazéns, já estava conversando com possíveis parceiros para ocupar os espaços comerciais.
“As negociações podem incluir desde um pequeno comércio de cem metros quadrados até um supermercado”, disse Vicente Criscio, o gestor de então.
Na semana passada, em palestra na Associação Comercial de Porto Alegre,  o prefeito Nelson Marchezan surpreendeu os presentes ao anunciar que parte da área do Cais Mauá, ao lado da Usina do Gasômetro, será aberta ao público no dia do aniversário da cidade,  26 de março.
O espaço contará com estacionamento para 600 veículos, “áreas de gastronomia, quadras de beach tênis e bancos para apreciar o pôr do sol”, informou o prefeito   .
O novo diretor do Consórcio Cais Mauá, Eduardo Luzardo, estava presente e explicou que é uma espécie de “plano piloto” para atender “uma expectativa da população de Porto Alegre pela abertura dos portões do Cais Mauá”.
Dois dias depois da notícia o Ministério Público de Contas advertiu que nenhuma intervenção pode ser feita na área do Cais Mauá antes que se apontem as fontes de financiamento para o projeto.
Não foi possível saber se essa medida vai interferir nas obras anunciadas. A assessoria de imprensa do Consórcio informou que todos os pontos serão esclarecidos nos próximos dias.
O projeto de revitalização, com a recuperação dos armazéns e todos os bens tombados pelo patrimônio público, está orçado em mais de R$ 140 milhões de reais.
Captar esses recursos junto a investidores é o principal objetivo do Consócio Cais Mauá no momento. “Depois de tantos anos o projeto sofreu desgaste, mas a força da prefeitura e do governo Estado acelerou o processo”, afirmou Luzardo na ACPA..
Sua expectativa é captar em quatro anos recursos junto a investidores privados para a restauração dos armazéns do cais, que é a primeira fase.
Depois dessa etapa será feita a captação de recursos para a viabilização de um shopping center na área a lado da Usina do Gasômetro, que poderá ser a céu aberto.
Além disso serão captados recursos também para a construção de duas torres comerciais do outro lado do Cais, próximas da Rodoviária.
No total, o projeto vai exigir mais de R$ 500 milhões em investimentos.
 

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