Protestos contra a retirada de isenções no transporte público em Porto Alegre

Movimentos estudantis, Cpers e outras entidades se reuniram em frente à Câmara para protestar contra o projeto do executivo que retira isenções.

A proposta já está na ordem do dia e pode ser votada à qualquer momento.

OPLE 015/21 vai mexer nas isenções.

O governo propõe que das 15 isenções existentes hoje permaneçam apenas cinco:
* idosos acima de 65 anos (constitucional)
* Brigada Militar
* assistidos da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do RS (Fase), Fundação de Proteção Especial (FPE) e acompanhante, *pessoa de baixa renda com deficiência e acompanhante
* estudantes, estabelecendo limite de renda familiar per capita de 1,5 salário mínimo (exceto idosos e Brigada Militar).

O projeto também inclui subsidio da passagem para estudantes dos ensinos Médio e Fundamental, respeitando limite orçamentário. Junto com o projeto do passe-livre, o impacto seria de 21 centavos a menos para o cidadão ao passar na roleta.

Estudantes tentam convencer vereadores 

No meio da tarde uma comitiva de estudantes ingressou na Câmara para acompanhar a sessão e convencer vereadores a alterar alguns pontos do projeto. ” A gente tem tentado um diálogo, o projeto é muito ruim, estamos tentando convencer os vereadores disso. Os movimentos de estudantes não estão contentes com esse projeto.

A gente tem dialogado e feito a nossa parte, existe um indicativo pequeno por parte do governo de ter diálogo. A gente apresentou emendas para tentar melhorar o projeto” explicou a integrante da União Estadual dos Estudantes (UEE), Vitória Cabreira que também é vereadora suplente pelo PC do B.

Sorospositivos também compareceram

Em um grupo menor, mas também representativo, estavam no ato integrantes da ONG Casa Fonte Colombo Centro de Promoção da Pessoa Soropositiva – HIV, mantida pela Ordem dos Frades Menores Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Existente desde de 1999, atua na prevenção e assistência aos portadores da doença.

“Como vou buscar meus remédios, fazer minhas consultas?” indagou Claudia Villanova da Luz, que é soropositiva. Claudia que recebe apenas uma ajuda do Bolsa Família de R$91 diz que pega às vezes de quatro a seis conduções por dia.

Cláudia (a direita) e representante da Casa Fonte Colombo., Cristiane Saraiva. Fotos: Felipe Uhr/Jornal Já

A ONG encaminhou junto aos vereadores uma emenda que garante que portadores de HIV com renda inferior a um salário mínimo e meio não seja prejudicado pelo projeto e tenha sua isenção retirada.

A entidade alega que teve 366 pedidos de solicitações de isenção e “que 100% delas necessitam da isenção para manter sua adesão ao tratamento e manter suas necessidades básicas”.

O projeto que poderá ser votado na semana que vem já tem onze emendas e poderá ter mais até ser votado.

Um comentário em “Protestos contra a retirada de isenções no transporte público em Porto Alegre”

  1. O povo quer tudo de graça. “Quero meus ‘direito'”. Só que não tem nada grátis. Alguém irá pagar, afinal, combustíveis, lubrificantes, pneus, motoristas, etc custam dinheiro. Empresas que dão prejuízo, fecham. Não quer pagar a passagem? Vá a pé, de bicicleta, no lombo do burro.

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