O jogo eleitoral já começou e existem ao menos 15 pré-candidaturas à Prefeitura de Porto Alegre.
Se o número foi confirmado após as convenções partidárias, que vão de 31 de agosto a 16 de setembro, será um recorde para a cidade.
Nos últimos 30 anos, a eleição com mais candidatos foi a de 1996, com 12 concorrentes.
Com o cenário da pandemia, as eleições 2020 serão diferenciadas, e o palco principal para a disputa estará nas redes sociais. Os que pretendem disputar o cargo para o executivo municipal, além do confronto usual, irão debater também o combate à pandemia e a retomada do crescimento econômico.
Entre aqueles que se preparam para concorrer ao cargo, o prefeito Nelson Marchezan Júnior, candidato à reeleição pelo PSDB, estará numa situação inusitada, já que enfrenta um processo de impeachment que deverá ser decidido dias antes de 15 de novembro, data do primeiro turno da eleição.
Este ano as coligações estão permitidas apenas para a eleição de Prefeito, o que vai alterar a distribuição de candidatos, já que partidos tendem a lançar nomes ao cargo principal para conseguir dar visibilidade e “puxar” votos dos seus possíveis vereadores.
O vereador eleito deverá ainda obter um quociente mínimo de votos – é a cláusula de barreira (o candidato não poderá fazer menos que 10% do quociente eleitoral em sua cidade, sob pena de perder a vaga).
Com o atual prefeito tendo apoio reduzido na Câmara, e com os campos mais conservador e progressista divididos, o resultado é incerto.
Para a disputa, o lado da centro/esquerda não conseguiu emplacar uma união maior. O impacto nas coligações do campo progressista é a união do PCdoB de Manuela D’Ávila com o PT, que deve indicar Miguel Rossetto como vice da chapa.
Outras candidatas mulheres devem ser a deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL), a deputada estadual Juliana Brizola (PDT) e a vereadora Nadia Gerhard (DEM).
O médico Montserrat Martins é o pré-candidato do PV, e o deputado estadual Rodrigo Maroni deve sair pelo PROS.
Com o centro/direita também é visível a divisão, que começa com a pré-candidatura do vice-prefeito Gustavo Paim (PP).
Outros partidos também já laçaram seus postulantes. O pré-candidato do PTB à prefeitura é o ex-prefeito José Fortunati.
No MDB o nome é Sebastião Melo (que pode ter como vice a deputada estadual Any Ortiz (Solidariedade).
Já o DEM pretende lançar a vereadora Comandante Nádia Gerhard. Há ainda o médico André Cecchini (Patriota), o ex-judoca e deputado federal João Derly (Republicanos).
No lado mais conservador e liberal na economia há uma disputa para atrair os votos bolsonaristas. Nesta linha entram nomes como o experiente política e vereador Valter Nagelstein (PSD), a empresária Carmen Flores (PSC), e o oficial da Brigada Militar, Mário Ikeda (PRTB).
Até o final das convenções o cenário pode mudar, com coligações que ainda podem ser negociadas e com outros partidos ainda lançando candidatos. Ao todo, 33 siglas estão aptas e registradas no TSE.
Os pré-candidatos:André Cecchini (Patriota)
Carmen Flores (PSC)
Fernanda Melchionna (PSOL)
Gustavo Paim (PP)
João Derly (Republicanos)
José Fortunati (PTB)
Juliana Brizola (PDT)
Manuela D’Ávila (PCdoB)
Mário Ikeda (PRTB)
Montserrat Martins (PV)
Comandante Nádia (DEM)
Nelson Marchezan Júnior (PSDB)
Rodrigo Maroni (PROS)
Sebastião Melo (MDB)
Valter Nagelstein (PSD) Fotos: Reprodução Redes Sociais